"Encontro à chuva entre campeãs e líderes termina com vitória das segundas e com a terceira partida sem vencer das primeiras. Depois da derrota frente ao Sporting CP e do empate em Ovar, as campeãs em título somam três jogos sem vencer na primeira volta e iniciam a segunda a oito pontos do líder Benfica.
Por seu turno, as encarnadas lisboetas seguram o primeiro lugar, com três pontos de vantagem sobre o Sporting, mantêm o registo imaculado (11 vitórias em 11 jogos) e voltam a não conceder golos (só o CF Benfica fez abanar as redes benfiquistas, por uma vez).
A partida inicia-se com um ligeiro ascendente das visitadas, que, aos 12 minutos, provocam o primeiro calafrio à defesa benfiquista. Um bom cruzamento de Uchendu encontra correspondência de Keane ao segundo poste, que atira ao lado. Três minutos volvidos e novo momento de perigo junto da baliza de Neuhaus, em lance que termina com falta assinalada sobre a guardiã brasileira.
A resposta das líderes da tabela ao domínio das campeãs surge aos 25 minutos, com Cloe, lançada em profundidade por Nycole, a não conseguir bater a guarda-redes arsenalista. Os restantes quinze minutos do primeiro tempo, pautados pelo equilíbrio, não encerram oportunidades de golo dignas de registo. Ao intervalo, marcador justificadamente inalterado.
O retomar do encontro traz um Benfica mais incisivo e um Braga mais perigoso. Uchendu regressa dos balneários decidida a continuar a fazer em água a cabeça de Daiane e na primeira oportunidade coloca em sentido a defensiva visitante. No entanto, o remate cruzado de pé esquerdo da nigeriana não segue para a baliza.
Na segunda oportunidade, o remate da 10 bracarense leva a direcção da baliza, mas encontra Dani Neuhaus. A brasileira defende para a frente e a bola é batida na frente pelas encarnadas de Lisboa. Passa o perigo e retorna o equilíbrio. Equilíbrio – palavra de ordem. Faltava um factor de desequilíbrio para movimentar o marcador. Luís Andrade pensou que Geyse poderia ser esse factor e… acertou.
Aos 60 minutos, a avançada brasileira entra e, aos 66 minutos, a avançada brasileira marca. Darlene transporta a bola da linha de meio campo até às imediações da área arsenalista, serve Geyse na direita e a recém-entrada finaliza com um potente e colocado remate cruzado pela relva.
Numa demonstração de carácter, a equipa da casa não quebra animicamente e carrega sobre as forasteiras, criando algumas situações de potencial perigo, marcadas pela ineficácia. Do outro lado, Geyse continua a minar a defensiva bracarense e ganha uma grande penalidade cometida por Jana. Chamada a bater, Darlene fá-lo de forma exemplar e amplia a vantagem benfiquista.
Aos 82 minutos, a sociedade brasileira Geyse-Darlene quase resulta no terceiro golo do Benfica. No entanto, a capitã das águias atira por cima, num cenário pouco habitual. Até final, nota de registo para um lance inusitado na área benfiquista, no qual as bracarenses não reduzem a desvantagem por mero acaso. O resultado não mais se alterou e, de forma ajustada, o Benfica sai de Braga com os três pontos na algibeira, pese embora a excelente réplica arsenalista.
Onzes Iniciais e Substituições:
SC Braga: Hourithan, Pratt, Jana, Diana Gomes, Rayane, Dolores, Ágata Filipa, Denali (Machia, 70′), Uchendu (Regina, 87′), Vanessa e Keane (Francisca, 87′).
SL Benfica: Dani Neuhaus, Daiane Rodrigues, Sílvia Rebelo, Raquel Infante, Yasmim, Andreia Faria, Catarina Amado (Geyse, 60′), Pauleta, Cloé Lacasse, Darlene (Lúcia Alves, 90′) e Nycole Raysla (Ana Vitória, 73′).
A Figura
Geyse – Até à entrada da brasileira, Uchendu parecia ter na mão o “prémio” de figura do jogo. Aos 60 minutos, tudo mudou: a exibição benfiquista, o resultado e essa hipótese que se encaminhava para facto. O golo – que desbloqueou a partida -, o penálti conquistado – que “matou” a partida” – e a influência de Geyse no jogo vale-lhe a atribuição de figura do jogo.
O Fora de Jogo
Ineficácia bracarense – Numa partida em que nenhuma individualidade nem nenhum dos colectivos se destacou pela negativa, só a ineficácia bracarense nas oportunidades de que dispôs se me afigura como aspeto negativo de um jogo bem disputado."
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