Últimas indefectivações

quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Vermelhão: Tranquilidade chegou tarde...

Benfica 3 - 0 Tondela


Vitória na Taça da Liga, em jogo morno, mas com um resultado justo, que pecou pelos golos da confirmação terem chegado tarde... O Benfica fez algumas alterações, o Tondela também alterou muito, acabou por montar um esquema mais defensivo, o que acabou por evidenciar as dificuldades do Benfica, a atacar blocos mais fechados!

No 2.º tempo, com a entrada de alguns titulares, e com o Tondela a arriscar um pouquinho mais, acabámos por jogar melhor, em transições, com espaços, marcando dois excelentes golos...

Teria sido muito arriscado mudar demasiado o 11, mas discordei da titularidade do Otamendi, independentemente dos números redondos, o António deveria ter sido titular... O plano passaria por resolver o jogo cedo, e depois substituir alguns titulares, mas com os golos a surgirem tarde, a gestão ficou mais complicada...

O MVP foi o Lukebakio, pelo toque de magia que dá aos lances, mas se calhar não merecia o prémio! A verdade é que não houve jogadores em grande evidência! Eu até gostei do Barreiro que dentro das suas limitações esteve muito bem, com participação nos golos...!!!


O penalty assinalado pelo VAR, é duvidoso, pessoalmente não concordo com este critério, mas é consistente com os penalty's assinalados a favor dos Dragartos! O golo anulado ao Sudakov, por fora-de-jogo de 1cm foi completamente absurdo (Vasco Marques foi o AVAR, fixem o nome, vai longe seguramente...)!


Mas a cereja em cima do bolo, foram mesmo as jogadas onde os jogadores do Benfica foram rasteirados e o árbitro assinalou falta contra o Benfica!!!


Agora, no Sábado, com menos de 72 anos, temos jogo em Guimarães. Um Vitória mais fraco do que tem sido habitual, mas mesmo assim uma equipa sempre complicada em casa. Ainda por cima, no início do Inverno chuvoso! Pessoalmente teria adiado este jogo com o Tondela, mas... A margem de erro é inexistente, com o Pinheiro no apito, o grau de dificuldade ainda será maior...

Liderança reforçada...

Benfica 4 - 2 Corruptos

Vitória, mais uma vez sofrida, sem necessidade. Cheirou a goleada, mas no 2.º tempo, com os apitadeiros a empurrarem os do costume, acabámos por garantir a vitória, nos últimos segundos, com o golo da tranquilidade...

Goleada em Malta...

Benfica 9 - 0 Loznica

Obrigação cumprida em Malta, na estreia da Ronda Principal na Champions do Futsal!
Até nestes jogos mais fáceis se nota as melhorias na consistência da equipa...

Agora segue-se o Riga, provavelmente a equipa mais complicada nesta fase.

Sofrimento...

Las Palmas 3 - 0 Benfica
Golden Set: 0-1
25-18, 25-19, 25-17
10-15

Depois da vitória na Luz, creio que as jogadoras pensaram que a eliminatória estava encaminhada, e as Espanholas mais bem preparadas, e com muita atitude defensiva, acreditaram e acabámos por fazer um mau jogo...
Com a salvação a chegar no Golden Set!

Depois da derrota no fim-de-semana na Luz, com as Corruptas, a equipa começa a dar maus sinais. A lesão da Dixon debilitou bastante o nosso ataque, mas temos jogadoras que têm que jogar mais...

Muito mau...

Ferrol 107 - 58 Benfica
24-6, 26-12, 30-23, 27-17

Continuamos a jogar sem duas jogadoras que ainda não foram contratadas e hoje sem a Soeiro, fizemos uma 1.ª parte desgraçada com 18 pontos, em 20 minutos!!!

Martim...

Glorioso e inesquecível dia na história do Benfica


"A retumbante afluência eleitoral iluminou um dia glorioso e inesquecível para a história do Benfica, reforçando a sua expressão internacional. Um recorde mundial de votantes alcançado numa jornada feliz, bem organizada e que retrata a grande dinâmica do clube. A votação obtida, largamente recordista, ultrapassa, em muito, o melhor resultado eleitoral, mesmo somado, dos dois rivais nacionais.
Este era o contexto em que equipa do Benfica regressava à Luz com o peso de mais uma derrota na UEFA Champions League, transportando o cansaço físico e o desgaste anímico de quem perde quando precisava de pontuar. À partida, para mais um jogo de campeonato que era imperioso vencer, o cenário não era, assim, o mais propício. Porém, as eleições, consideradas por muitos como um problema em dia de jogo, viriam a funcionar, com o orgulho renovado do clube, como um importante condimento para a vitória. O ambiente de euforia clubística resultante da expressiva vitória eleitoral, por si só, elevava o jogo a uma jornada de consagração, mas que faltava confirmar no campo. Agora, o natural desejo de que no próximo dia 8 se repita mais um dia exemplar e à Benfica.

Goleada feliz
Quanto ao jogo, o Benfica entrou pressionante, empurrando o Arouca para próximo da sua área. A equipa visitante defendia as suas alas com rigor, contrariando a atual referência que Lukebakio representa na ala direita. No lado oposto, as dificuldades que o Benfica tem tido na criação atacante contavam, agora, com o regressado Prestianni, que funcionou como o maior agitador da equipa. O Arouca acabaria por colaborar, com intervenções faltosas na sua própria área, que deram os dois golos iniciais, ainda muitos dos orgulhosos eleitores se sentavam. Prestianni é alguém, disse-o Mourinho, que dificilmente consegue fazer o jogo inteiro. É daqueles jogadores que lembram as crianças. A gestão física não existe. Joga sempre no limite, até não poder mais. Uma rara irreverência que contagiou colegas e adeptos, com contributo direto na vitória conseguida. Pavlidis e Lukebakio, parceiros do ataque, estiveram ativos, mas bem tapados pela tática defensiva arouquense.
Já no meio campo o Benfica teve dificuldades. As equipas dependem muito dos seus médios, quer na defesa, quer no ataque e ainda nas necessárias ligações. Desta vez o talentoso Sudakov não esteve em dia, provocando até, com um passe paralelo perdido, a melhor oportunidade ao adversário. Rios e Enzo também estiveram abaixo do nível exigido. Muitos passes falhados e perdas da posse de bola foram permitindo que o Arouca dividisse o jogo. O esforço a que esta tripla intermediária esteve sujeita no recente confronto europeu também terá determinado o seu menor rendimento. No final, um dia feliz, celebrado com uma goleada com mérito, mas também resultante da fragilidade defensiva visitante.

Falar sem mudar
Os referidos duelos entre equipas nacionais e inglesas só atualizaram aquilo que é uma das nossas maiores limitações competitivas atuais. Nada de novo, portanto. O ritmo e a intensidade, dos quais muito se fala ma em relação aos quais pouco ou nada se muda, são ainda mais essenciais no contexto europeu, onde crescem as dificuldades. Reconhecendo que a função de arbitrar é especialmente difícil e sempre será, não poderemos, ainda assim, fazer algo que melhore a nossa arbitragem e valorize o nosso futebol? Penso ser possível. O perfil do nosso árbitro é de intenso gosto pelo apito, quase paixão, assinalando ligeiros contactos, num desporto de contacto, e parando constantemente o jogo. É só verificar o tempo útil de jogo, o número de faltas e cartões mostrados e compará-los com outros campeonatos. Os números não enganam. Será assim tão complicado mudar? Cristiano Ronaldo, quando saiu de Portugal para Inglaterra, teve que inverter o seu apurado instinto para o mergulho, quando percebeu que ninguém por lá apreciava essa habilidade. Um bom exemplo de alguém que chegou ao topo.

Egolândia
Muitas vezes a capacidade e o talento futebolístico convivem na mesma pessoa com a arrogância, o egoísmo e o descontrole emocional.
Vinícius Júnior, especialista em conflito, é o exemplo de alguém que cabe nesta descrição, desta vez confrontando o seu treinador Xabi Alonso, já consagrado enquanto treinador e lenda enquanto jogador do Real Madrid. O que fazer neste tipo de choques, ainda por cima públicos? Yamal é outro dos casos bem atuais, neste caso, de desvario juvenil e défice educacional a precisar de orientação. Tão bom quanto irresponsável, aceitará algum reparo, do alto da sua fortuna pessoal? Os pais ajudarão? Os golos, a fama e o poder económico não podem validar todas as atitudes. Este foi um fim de semana rico em incidências tristes, que não valorizam os implicados. O que dizer também de Lautaro Martinez e Antonio Conte, jogador e treinador em triste confronto, num dos mais importantes clássicos do futebol italiano? Sabemos que o futebol profissional é um meio competitivo em que o stress é enorme e desgaste também, quer no banco, quer no campo, mas não foi sempre assim? Quando os episódios se passam entre portas,tornam-se bem mais fáceis de gerir. É verdade que as redes sociais vieram também alimentar os conflitos, mas os artistas devem ter a capacidade e a destreza de exigir mais de si mesmos."

Benfica: a mãe de todas as decisões


"Há memórias que pesam mais do que vitórias .Rui Costa vive dentro da sua. O ícone que criou protege-o e aprisiona-o, e o Benfica chega a uma encruzilhada de alma. A responsabilidade é tremenda

Rui Costa navega na jangada que é o ícone que criou enquanto jogador, desde a formação ao regresso antes do adeus, do benfiquismo exacerbado que o leva aqui e ali a lágrimas de gratidão, da resistência natural à mudança e do medo do desconhecido. Não foi o pouco que fez e o muito que não fez durante os últimos quatro anos enquanto capitão de um barco abandonado pelos lugares-tenentes um atrás do outro, que lhe garantiram 42% dos votos, nem o projeto populista, aí parecido com os dos outros, ainda que escrito com quatro ou cinco bullets no PowerPoint, que nunca comprometem, e ainda assim alegadamente copiados noutro divulgado bem antes.
Não foram os títulos, não foram as modalidades, não foram as contas, não foi o património criado, não foi o carisma ou a esperança que irradia da sua liderança em definitivamente deixar o quase e conquistar troféus, entregando a hegemonia prometida ao clube. Foi tudo o que está acima e ainda o medo do bicho-papão, que antes era gordo, careca e rasgava contratos, e agora é visto, por algum vidente dos tempos modernos, nos gestos e palavras dos outros cabeças de lista.
Se o futebol português precisa de um Benfica forte, Rui Costa apresenta-se como dirigente medíocre, sem legado, e teima em escapar de ser julgado por este. Noronha Lopes e todos os outros foram já sim julgados pelo que não têm.
A maior parte dos 85 mil escolheu a rotura, já que Vieira também estava contra Rui Costa. Essa é a leitura do copo meio-vazio, por muito que o atual presidente queira beber do meio-cheio. Porque era ele que estava em escrutínio. Mas Noronha Lopes, o mais votado dos outros, falhou. Focou-se demasiado no quanto Rui Costa havia sido mau que se esqueceu de explicar como ele próprio era bom. Foi ingénuo face aos ataques menos corretos de que foi alvo, porém não percebeu que, quando os olhos viravam para si, estava nu. Agora, é o momento de «o quê» virar «como», e de se construir num candidato bem mais forte.
A olhar à distância, depois de ter defendido a mudança e de ver o que esta significou para FC Porto e Sporting, tenho afirmado que Rui Costa não tem condições para mais quatro anos. Mantenho. De qualquer forma, a decisão é de quem vota. Os sócios irão assumir, no dia 8, uma das decisões mais importantes da história do clube, talvez até com novo recorde. E arcar com toda a responsabilidade! Eu respeitarei a minha: a de manter um olhar crítico construtivo sobre o eleito. Seja quem for."

Futebolistas que não veem futebol


"Quando nem os jogadores assistem a jogos alguma coisa está errada; reflexo de novos hábitos e aquilo que pode estar em causa numa liga como a portuguesa

A primeira vez que o ouvi foi da boca de Renato Paiva. Disse o treinador português que um dia tentou falar com os seus jogadores da formação do Benfica sobre um Real Madrid-Barcelona na véspera, mas que quase nenhum deles assistira ao encontro em direto, no máximo apanharam uns resumos, viram os golos e pouco mais. Um dos jogos mais mediáticos (senão o mais) do planeta, portanto.
Na semana passada foi Ruben Amorim abordar a questão, confidenciando aos jornalistas ingleses que os futebolistas que dirige no Manchester United veem pouco futebol e que assim torna-se mais difícil trocar ideias sobre exemplos de jogadas da equipa A ou B e transpô-las eventualmente para um modelo de treino ou de jogo.
Esta não será a exceção, mas a regra: as novas gerações não têm paciência para assistir a um jogo de futebol de uma forma linear. Quando se nem os próprios intervenientes, aqueles que fazem disso vida, dedicam pouco tempo ao fenómeno, o que dizer de todos os outros?
Isto levanta pelo menos duas questões: uma, do ponto de vista, do negócio; outra na forma como os treinadores são obrigados a adaptar-se do ponto de vista da gestão socioemocional.
Começando pela primeira: o próprio José Mourinho já o afirmou no passado, ainda nos tempos em que orientava o Tottenham - os jogadores de agora têm outros interesses, são frutos de outra cultura e não aceitam métodos ou discursos de um passado não muito distante. O atual treinador do Benfica tentou reinventar-se, seja pela presença nas redes sociais ou na tentativa de absorver o que pensam e sentem os jovens de agora, e desse conhecimento resulta o sucesso ou insucesso. Só o tempo o dirá, mas parece evidente que Mourinho encontra-se agora naquela fase da vida (e de treinador) em que tenta perceber o que mudou e movimenta-se em função dos novos ventos em vez de impor um modo de estar que resultou noutra era, com plantéis feitos de outra massa e inseridos num caldo cultural comum a jogadores e líder técnico. Antes era uma espécie de irmão mais velho, agora assume uma figura paternal.
Mas se para os treinadores este desafio geracional pode representar um estímulo, o mesmo não se aplica aos modelos de negócio. Não acredito que o futebol como produto de consumo possa vir a valer mais no futuro se os futuros consumidores não forem ávidos espectadores de jogos. 
Não sabemos se vai demorar 5, 10 ou 20 anos, mas começa a haver uma preocupação generalizada em clubes e operadores sobre uma bolha que possa estar a rebentar relativamente ao valor dos direitos televisivos. A questão não é nova, mas em Portugal ganha outra vez relevância a partir do momento em que ainda há uma centralização para negociar. Saber o que vale realmente o campeonato nacional num mercado em baixa é crucial (basta ver a queda em França ou o regresso dos jogos da liga espanhola em sinal aberto na Ásia para recuperar o interesse) e nem o mais otimista acredita que o produto vale hoje mais do que valia há cinco ou dez anos. Não só pelas deficiências estruturais da prova (estádios vazios, quadros competitivos desadequados e demasiada desigualdade) mas também pelo perfil de milhões de consumidores do futuro, que poderão encarar aquelas partidas como papel de parede: está lá, mas é algo que não se sente."

Unidos para vencer


"Numa semana que começou com uma derrota difícil e que retira margem de erro na Champions, o final de semana ficará marcado para sempre na história do Benfica e, estou em crer, durante muitos anos na história do futebol mundial, com a pulverização do anterior recorde do número de sócios votantes em eleições para um clube desportivo até aqui na posse do Barcelona. Os mais de oitenta e cinco mil sócios que debaixo de chuva, vento, frio e, para muitos, depois de percorrerem dezenas ou mesmo centenas de quilómetros, ainda tiveram de aguardar horas para votar, revelam uma grandeza ímpar (que alguns ainda teimam em negar e outros até apoucar, esquecendo-se que votaram nestas eleições muito mais sócios que os recordes dos rivais juntos) parecem ter contagiado a equipa, que fez um bom jogo contra o Arouca e mostrou que este Benfica sabe ser seguro a defender, pressionante a tempo inteiro na recuperação da bola, criativo no ataque organizado e rápido a aproveitar os erros do adversário. Para rever, e acompanhar, ficaram ainda as boas prestações de Prestianni e João Rego, que mostraram que podem vir a ser muito úteis a curto prazo. Agora, conscientes que em duas semanas terão de voltar às intempéries e às urnas de voto, não devemos perder o foco no que temos pela frente e garantir a estabilidade e confiança necessárias à equipa para dar continuidade a este regresso animador à Liga e para que possamos vencer dentro do campo da mesma forma como fomos capazes de arrasar fora dele.

PS - Contrariando alguns ventos e marés, o processo eleitoral do Benfica decorreu impecavelmente, sem acidentes ou incidentes. Parabéns a todos quantos contribuíram para este sucesso."

Colocar os Benfiquistas acima de tudo


"No passado sábado vivemos uma das mais bonitas histórias de associativismo mundial — não apenas no desporto, mas em qualquer tipo de instituição. Este deve ser o primeiro pensamento de todos os benfiquistas ao final deste longo fim de semana.
Ao contrário do que se lê nas redes sociais e na bolha do Twitter, o Benfica está vivo. Quer gostemos ou não dos resultados da primeira volta, temos de aceitar que os sócios querem continuar a ter uma palavra a dizer no rumo do clube.
Deixando isso claro, este texto dirige-se aos sócios que acreditam que o Benfica precisa de mudar, mas que também sentem que o Benfica que ambicionam pode parecer uma ilusão ou uma impossibilidade, dada a imensa massa associativa que exprimiu intenção contrária no sábado. Não se deixem abater pelos resultados, nem entrem na crítica fácil a quem pensa diferente.
Um voto em JNL, Rui Costa, LFV ou JDM vale exatamente o mesmo. O valor democrático do Benfica exige que o debate se faça em torno das ideias e não da aptidão de quem vota. Não podemos continuar a ostracizar sócios do Sport Lisboa e Benfica. O Benfica não tem lados — todos defendemos aquilo que acreditamos ser o melhor para o clube, cada um à sua maneira. Eu próprio sinto vergonha alheia por ver tantos acreditarem mais em Vieira do que em JDM, mas chegou a hora de perceber também o que se passa do outro lado da barricada. É tempo de criar pontes e desmontar mitos.
As eleições mostraram dois polos distintos: o Benfica de Lisboa — o que habita regularmente o Estádio da Luz — e o Benfica periférico, que não vive o dia-a-dia do clube.
Nos pavilhões da Luz assistiu-se a uma luta acesa entre JNL e Rui Costa (e até entre JDM e LFV), revelando o desejo de mudança que aqui se sente. Já nas mais de cem secções de voto espalhadas pelo mundo, viu-se uma monumental mobilização pela continuidade. Não há benfiquistas de primeira nem de segunda; há apenas Benfica e benfiquistas.
Cabe-nos a nós, arautos da mudança, compreender o que leva a maior parte dos sócios a defender o status quo e o que falhou na comunicação de JDM e JNL. Com efeitos diferentes, uma vez que para JDM, tendo em conta todo o contexto o número de votantes alcançado já é, por si só, um feito marcante.
Temos de reconhecer que o Benfica afastado do estádio vive o clube de outra forma. Enquanto uns vivem o benfiquismo nas assembleias, nos pavilhões, e para mim, no glorioso convívio na madrugada de sábado para domingo à porta do pavilhão à espera de resultados, para outros o Benfica é representado nas suas atuais figuras — Rui Costa, Simão, Mourinho, e, no passado, Vieira.
O pesadelo vivido pelo Benfica, e do qual muitos sócios ainda não recuperaram, marcou uma geração: a queda do verdadeiro Benfica de 1904-1994 e o período negro que se seguiu deixaram marcas profundas. Para muitos, esse ciclo terminou com Vieira. Para mim, ainda o vivemos, mas devemos respeitar o pensamento contrário e tentar compreendê-lo.
Com Vieira, o Benfica voltou a ganhar — pouco, mas voltou. Recuperou algum respeito e enfrentou a ditadura de Pinto da Costa e do FC Porto, ainda que entrando na lama onde o adversário era rei. O último ponto levou a que o nome do Benfica fosse arrastado por inúmeros processos e polémicas, desde aliciamentos a jogadores e árbitros até à suspeita de lesar o próprio clube.
Rui Costa, conseguiu mudar o seu paradigma. A sua comunicação foi eficaz: o nome do Benfica (ou do próprio) está mais limpo na praça pública, mas o clube mais envergonhado dentro de campo. A campanha do atual presidente (ao longo do mandato e não só nas últimas semanas) focou-se em limpar a imagem e convencer os sócios de que o clube que herdou estava em ruínas devido ao foco judicial que pairava na altura sobre o clube — livrando-se definitivamente das amarras do seu passado com Vieira, e que o próximo passo da sua direção será o do sucesso desportivo.
É fácil entender o próximo passo necessário dentro desta narrativa: a união. Após o período tenebroso de Vieira, a mensagem é que o Benfica precisa de união para voltar a vencer. Essa ideia tem mais impacto no benfiquista afastado do estádio, que associa a contestação interna à falta de união e, por isso, ao insucesso.
Quem vive o Benfica pelo estádio, porém, vê outra realidade. A contestação nasce de um clube mais associativo e participativo do que no período de Vieira, e Rui Costa aproveita essa vitalidade para reforçar a ideia de que lutou pela democracia interna, ao mesmo tempo que critica o próprio ambiente de debate, argumentando que isso fragiliza a tão proclamada união.
O Benfica periférico não deseja a continuidade por considerar Rui Costa o mais preparado, mas por querer o seu querido Benfica em paz. Cabe-nos, a nós, enquanto oposição, apresentar ideias, desmontar estereótipos e compreender as decisões de quem vota diferente.
Rui Costa herdou a mais poderosa máquina de propaganda em Portugal, fortalecida pelo seu nome limpo e pelo peso simbólico que tem no futebol do Benfica. Essa fusão entre pessoa e instituição leva muitos a acreditar que não votar Rui Costa é não votar Benfica. Temos de desmontar esta ideia, sócio a sócio.
O mote que quero deixar para esta segunda volta é que nós, e João Noronha Lopes e a sua equipa, saibam apresentar mais as suas virtudes, que os defeitos de quem lá está, porque isso para uma larga franja de Benfiquistas equivale a atacar o clube. Não entremos na luta na lama, e saibamos elevarmo-nos na defesa daquilo que achamos ser o Benfica ideal, e esse Benfica ideal depende também de quem neste momento não concorda com a nossa visão para o clube.
Se apregoamos que o Benfica deve ser devolvido aos Benfiquistas, saibamos convencer esses Benfiquistas que a mudança também parte por eles, ao invés de ser contra eles."

Rui Costa, o destruidor de Ferraris


"O que o resultado da primeira volta das eleições do Benfica revelou é simples e terrível: perante Rui Costa, qualquer adversário seria sempre o usurpador, o vilão. Noronha é o irmão mais velho da parábola: o que ficou em casa; fiel, sensato e previsível, mas a quem ninguém dá um abraço, nem mata o vitelo gordo e que, pelo contrário, todos castigam por ser lúcido

Diz a ciência política que, quando muitos saem de casa, é porque o poder está em perigo. É o sinal dos tempos, o rumor da insurreição. Mas no Benfica, tudo acontece ao contrário. No Sábado, os sócios saíram de casa aos milhares, em fervor devocional, para ir votar (mais gente do que em noventa e oito por cento dos municípios do país, nas últimas autárquicas; um país dentro do país; maior que o próprio país). Cantava-se, discutia-se, ofereciam-se finos a desconhecidos. Uma revolução às avessas.
O benfiquista que, nesta primeira volta, votou na continuidade, convencido de que participava, agia e decidia, apenas confirmou as paredes do cubículo em que se habituou a viver. E votou como quem fecha uma janela. O tal voto record não seria, então, esse inequívoco sinal de vitalidade democrática, mas antes uma prova de clausura. Todos se mexem, mas ninguém sai do sítio. A verdadeira viagem, a que implicaria risco, mudança e contacto com a realidade, ainda está por cumprir.
O que explica isto?, perguntará o meu amigo que me lê. Não se sabe. Não se explica o Benfica. Há coisas que não se pensam, sofrem-se. Como compreender que um presidente sem títulos, sem pulso, sem voz, continue a ser o eleito da maioria? Presumir-se-á que é da sua naturalidade. Ponderaremos aquele olhar tristonho, o cabelinho lambido que sobrevive há trinta anos, e concluiremos, talvez, que o benfiquista não vota num presidente, mas na sua própria juventude. A resposta à inquietação é parecida com esta, sim, mas talvez seja um pouco mais funda.
Explico. A hermenêutica mais popular da parábola do Filho Pródigo é a que se centra no perdão do filho que regressa a casa. Nada contra. Mas, para haver perdão, teve de haver pecado; e dos complicados. Sejamos sérios: o filho foi um estroina do piorio; exigiu que lhe antecipassem a herança, espatifou tudo, e voltou quando já não tinha onde cair morto. Ora, o verdadeiro protagonista da história é o pai. São os seus braços abertos que verdadeiramente importam. O pai é o milagre e a ruína. E é aqui, leitor, neste fragmento novo-testamentário, que reside o busílis da questão: o amor sem juízo do pai. O amor sem juízo do benfiquista.
O voto em Rui Costa é como o carro novo que o pai do estroina lhe continua a dar, depois de ele ter espatifado o décimo brinquedo. Só que este brinquedo, sabemos, é um Ferrari — o próprio Jorge Jesus o disse. O erro de Rui Costa esfuma-se, assim, no amor que o benfiquista tem por ele. E, como ama demais, o benfiquista vê de menos. Esquece-se das vitórias. Agarra-se à lembrança do miúdo com o número 10 e o rosto lavado de melancolia.
Porque o pai que ama perdoa até o filho que volta só para abrir uma empresa no quintal da casa paterna. E assim se passaram quatro anos, nos quais o grande legado — preparem-se para o sarcasmo, que nem é meu, é de Vieira — foi o bicampeonato do Sporting. Rui Costa é um homem que é um milagre de conservação moral: envelhece e continua inocente.
Foi preciso um portista (um portista, vejam bem!), Rodolfo Reis, vir dizer o que nenhum benfiquista ousa murmurar: “para os sócios do Benfica, ganhar, perder ou empatar é a mesma coisa.” E é mesmo. Porque o Benfica, esse velho império do sagrado, deixou de medir a eternidade nas pernas que marcam golos, passando a medi-la em olhos que vertem lágrimas.
O que este resultado revela é simples: perante Rui Costa, qualquer adversário seria sempre o usurpador, o vilão. Noronha é o irmão mais velho da parábola: o que ficou em casa; fiel, sensato e previsível, mas a quem ninguém dá um abraço, nem mata o vitelo gordo e que, pelo contrário, todos castigam por ser lúcido.
Em todo o caso, no Benfica, a história ainda está em aberto. Na parábola, o irmão mais velho fica, fiel, à porta da festa. É como se o festim ainda não tivesse terminado, e ainda haja tempo para o bom irmão entrar. Falta-lhe a última volta. Quem sabe, o benfiquista poderá ainda redimir esse irmão; o que ficou a cuidar das coisas em vez de andar a espatifar Ferraris."

CMTV: Bagão Félix...

Zero: Canto - Rui Costa foi "bom rapaz" e Noronha não uniu

Terceiro Anel: Diário...

Terceiro Anel: React - Mourinho...

Zero: Tema do Dia - 2007: a nova geração de ouro do Sporting?

Observador: E o Campeão é... - Blopa surpreende, “mas calma com o menino!”

Observador: Três Toques - Estádio em arranha-céus nas Arábias: jogadores vão ficar "nas nuvens"?

Observador: Decisão - João Leite: “Apelei à mudança. Para a MAG voto na lista F”

No Princípio Era a Bola - Nas urnas, o Benfica deu uma “lição democrática”. Em campo, o FC Porto já não engana ninguém

Taça da Liga na Luz


"O Benfica recebe o Tondela (20h45) nos quartos de final da Taça da Liga. Este é o tema em destaque na presente edição da BNews.

1. Em busca de mais um troféu
José Mourinho frisa: "O Benfica, a partir do momento em que entra numa competição, tem de respeitar a competição ao máximo, tem de respeitar a essência do Benfica. Esta Taça da Liga não é para brincar, é para jogar."

2. Chamadas internacionais
Trubin e Sudakov (Ucrânia), Dedic (Bósnia e Herzegovina) e Ivanovic (Croácia) foram convocados para representar as suas equipas nacionais nas datas FIFA de novembro.

3. Bastidores
Veja imagens exclusivas dos treinos orientados por José Mourinho ontem e anteontem.

4. Comunicado oficial
Leia o comunicado oficial do Sport Lisboa e Benfica acerca da participação efetuada à Comissão Nacional de Proteção de Dados relativa a denúncias no âmbito do ato eleitoral do passado sábado.

5. Entrevista
Em entrevista à BTV, o presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica, José Pereira da Costa, analisa a 1.ª volta histórica das eleições dos Órgãos Sociais do Sport Lisboa e Benfica e a preparação da 2.ª volta.

6. O sonho do Martim
Uma iniciativa conjunta do Futebol Profissional e da Fundação Benfica.

7. Clássico na Luz
Hoje há embate de hóquei em patins entre Benfica e FC Porto. O início da partida na Luz está agendado para as 18h30.

8. Jogos europeus
A equipa masculina de futsal disputa, em Malta, a Ronda Principal da UEFA Futsal Champions League. A primeira de três partidas é hoje, às 15h30, frente ao Loznica-Grad 2018 da Sérvia.
A equipa feminina de basquetebol visita o BAXI Ferrol em jogo a contar para a fase de grupos da EuroCup Women (19h15). E a equipa feminina de voleibol atua no reduto do CD Heidelberg Las Palmas na 2.ª mão da 2.ª ronda de qualificação da CEV Women Champions League (19h00).

9. Renovação de contrato
Kutchy prolonga a ligação ao futsal benfiquista até 2030.

10. Distinção
Ana Catarina, guarda-redes de futsal do Benfica, integra a lista das mulheres mais influentes do desporto nacional em 2025 elaborada pela revista Forbes Portugal.

11. Acervo mais rico
O antigo atleta da formação de futebol do Benfica, Jorge Gilmar, emprestou documentação pessoal da sua carreira desportiva. No total, mais de 100 fotografias e um álbum de recortes de imprensa enriqueceram o espólio encarnado.

12. Benfica 1 Minuto
A atividade desportiva mais recente do Benfica em 60 segundos."

As queixas e queixinhas do futebol português


"Têm estado na ordem do dia as participações disciplinares feitas por clubes (sociedades desportivas) ou entidades como a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) contra dirigentes (ou outros agentes desportivos) e outros clubes.
As pessoas perguntam-se muito porque é que as participações só acontecem nuns casos e noutros não e como é que tudo isto, em geral, se processa.
Estas queixas (participações disciplinares) estão previstas no Regulamento Disciplinar da Liga Portugal, sendo que qualquer pessoa que tenha conhecimento de factos que possam configurar uma infração pode participá-los ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Algo que não se compreende é o facto de, muitas vezes, o objeto destas participações disciplinares serem factos públicos e amplamente divulgados pela imprensa e o Conselho de Disciplina precisar, ainda assim, do impulso de terceiros para proceder à abertura dos competentes processos disciplinares.
Mas olhemos para os requisitos de forma: a participação disciplinar pode ser realizada por escrito ou oralmente, devendo indicar de modo claro a identidade do participante e do participado e, na medida do possível, as circunstâncias de tempo, lugar e modo relativas aos factos participados. Nada de muito complicado, esperando-se que o Conselho de Disciplina faça o resto: investigar os factos e ponderar qual ou quais as normas que foram infringidas.
As participações anónimas ou que não digam respeito a factos concretos são arquivadas sem dar lugar à instauração de processo disciplinar, o que faz sentido visto que as participações disciplinares infundadas podem representar a prática de uma infração disciplinar tipificada no regulamento disciplinar como «Denúncia caluniosa» — saudando-se a importância da inclusão desta infração de modo a prevenir participações disciplinares sem base factual apenas com o intuito de perturbar e condicionar o participado e com isto trazer mais perturbação mediática às competições.
Caso a participação cumpra os requisitos que enumeramos, o que se espera é a abertura de processo disciplinar para posterior análise e investigação. E dizemos o que se espera porque, infelizmente, o que muitas vezes se verifica é um arquivamento automático, que não se alinha, minimamente, com o estabelecido no Regulamento Disciplinar.
É que o Regulamento Disciplinar é bastante claro quando refere que os arquivamentos imediatos devem acontecer quando não estão preenchidos os tais requisitos mínimos que referimos.
E, em bom rigor, só após a realização das diligências de investigação e da análise da prova recolhida é que deveria verificar-se um eventual arquivamento — caso tenha sido concluído que não existiu infração disciplinar. Infelizmente, nem sempre é isto que se verifica.
Mas voltando ao processo: com a abertura deste, o Arguido é notificado, passando a saber que o mesmo existe e sendo informado das infrações disciplinares de que está indiciado, sendo nesse momento convidado para, querendo, se apresentar a fim de prestar declarações sobre os factos em investigação e requerer diligências instrutórias.
Realizadas as diligências referidas, inicia-se a fase instrutória do processo disciplinar, dirigida pelo Instrutor do processo, tratando-se, no fundo, de um momento (processual) em que se faz a investigação dos factos, cabendo ao Instrutor ordenar a realização das diligências e atos necessários à descoberta da verdade material.
O Arguido não é obrigado a prestar declarações, podendo manter-se em silêncio durante todo o processo, sem que isso o possa prejudicar.
Recolhida toda a prova e feita a análise desta, caso se conclua pela existência de indícios suficientes da prática da infração disciplinar, teremos uma acusação e se, pelo contrário, se entender que não existem indícios suficientes será proposto, através de despacho, à Comissão de Instrutores o arquivamento do processo.
Finda a fase da instrução, tendo nós em mão uma Acusação, o processo passa para a fase da audiência disciplinar. Realizada a audiência disciplinar, a Secção Disciplinar elabora a decisão que será posteriormente notificada às Partes.
Quando pensamos nestas queixas, pensamos em castigos, suspensões e quem ganhou esta guerra disciplinar.
Nesta festa mediática e com base no que se passa fora de campo, é impossível não se falar nas expetativas de castigo de um Dirigente (onde cabem os Presidentes).
E, neste caso específico, ocorreu uma alteração relevante ao regulamento disciplinar (em junho deste ano) no que toca aos efeitos da suspensão.
No anterior Regulamento Disciplinar, os Dirigentes suspensos não podiam «fazer qualquer intervenção pública em matérias relacionadas com as competições desportivas» o que era altamente limitante para a atividade de um Presidente de clube (para não dizer também altamente discutível no plano da legalidade).
Ora, no atual regulamento disciplinar já não encontramos essa limitação, tratando-se de uma alteração com que concordo plenamente.
Resta agora perceber se, com isto, teremos mais ou menos queixas, porquanto uns passarão a falar e outros falarão ainda mais (e mais à vontade)."

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