Últimas indefectivações

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bienvenue Carole

Pode não ser uma aposta imediata, é jovem, e tem pouca experiência, mas estamos a precisar de um defesa-esquerdo no plantel, para precaver qualquer problema com o Fábio. Entre ficar 6 meses sem jogar em França, e ficar 6 meses em Lisboa em fase de adaptação, creio que a opção foi a correcta. O Nantes neste momento está na segunda divisão, mas tem história, principalmente na formação.

Considerações

"Afinal, no último fim-de-semana, o novo ano começou como o velho acabou, ou seja, a gamar. Em Aveiro, foi o que se viu, com mais uma palhaçada do 'incrível' que vai ganhar a Bola de Prata através de grandes penalidades. O palhaço-mor que tanto falou do Elmano Santos esqueceu-se que só já estava a seis pontos se não fosse o mesmo Elmano a salvá-lo do K.O.!
Continuamos a praticar um futebol de eleição que é um regalo para a vista. E, por isso, volto a reafirmar que sem as três derrotas iniciais, estávamos à frente da classificação e iríamos fazer o Bi. Fomos roubados? Fomos! Mas tínhamos obrigação de ganhar, como ganhámos muitos e muitos outros ao longo dos anos, e sempre a sermos roubados.
Em Atletismo, femininos e masculinos, lá 'limpámos' os respectivos Campeonatos Nacionais, ao contrário de outros que desistem quando não têm argumentos para ganhar.
Em Portimão, quando todos esperavam um desastre da nossa equipa de Andebol, vencemos de forma categórica e sem margem para qualquer dúvida. O que vem demonstrar que algo estava errado com esta equipa de Andebol. E, com isto, mais um troféu para o nosso Museu.
Entendo que devemos começar a falar menos do cadáver adiado e dos seus acólitos e começar a divertir-nos, pois é mais salutar. Então onde é que eu fui no último fim-de-semana? Fui ao 'Jardim da Celeste, Giroflé flé flá'. O que é que eu fui lá fazer? Isso não posso dizer. Encontrei o Al-Capone agarrado a um trombone.
Estava lá o Rocky Balboa a ver se lhe iam à Broa, e ainda o Alguidar a ver quem lhe ia saltar. E também estava o fuínha, agarrado a uma flautinha, e ainda o merceeiro a ver passar o padeiro e com vontade de chorar pelo trio ter de deixar. Era tamanha a confusão que, no fim de tudo acabado, era vê-los, um a um, a mancar demasiado mas com vontade de voltar, ao sítio onde tudo foi aviado. E a Celeste ria a bom rir ao vê-los a partir, em fila indiana, a pensarem na iguana. Para a semana cá estarei, só não sei onde vou estar."

José Alberto Pinheiro, in O Benfica

Crença vermelha

"O que é que se dizia do mês de Janeiro? Que era um teste decisivo à capacidade do Benfica. Com intensa carga competitiva, várias provas em discussão, ou confirmava a disposição da equipa para atacar com audácia a segunda metade da temporada ou poderia conduzi-la ao precipício.
O que é que se tem visto no mês de Janeiro? Um Benfica mais autoritário, mais organizado, mais criativo, mais sedutor. Um Benfica mentalmente mais persuadido, mais consistente, mais forte.
Nem todos os jogos constituíram expressão cabal de uma equipa poderosa? Porventura, a tempo inteiro, já que a espaços emergiu, amiudadas vezes, o melhor Benfica, a réplica quase perfeita do grande Benfica da época transacta.
O que é que resulta deste mês de Janeiro? Uma campanha imaculada, um fluxo de moral, uma empatia com os adeptos que só pode traduzir-se num Benfica convincente até ao termo do ano futebolístico.
Com provas para vencer?
Com várias competições susceptíveis de serem ganhas. Todas elas?
Campeonato, Liga Europa, Taça de Portugal, Taça da Liga?
Fazer o pleno é improvável, ainda assim improvável é, também, que o Benfica não reforce, a breve trecho, a sua montra de troféus.
Há mais e melhor Benfica. Não fossem as imoralidades do começo da temporada e a situação até seria semelhante à do ano passado. A resposta às múltiplas adversidades, sobretudo no contexto doméstico, tem sido firme, corajosa e prometedora. Por isso mesmo é que vale a pena mobilizar vontades e acreditar neste Benfica."

João Malheiro, in O Benfica

Agressor à força...

"1. As imagens só mostram discussões, braços ao ar, empurrões. Não é possível ver se Jorge Jesus agrediu ou simplesmente esbracejou e empurrou. Mas há declarações (ainda por cima zangadas) do pretenso agredido, Luís Alberto, que não poupa Jorge Jesus mas afirma que 'ao tentar abraçar-me para apaziguar, acabou por empurrar-me'. Mais papistas que o Papa, logo alguns escreveram que Jorge Jesus agrediu ou, até, 'deu chapada'. Resta saber se por vontade de sensacionalismo ou de ver o treinador do Benfica suspenso...
2. Isso foi no domingo, porque, no sábado à noite, tive a primeira surpresa. O tema de abertura do programa Tempo Extra, da SIC Notícias, foi o breve desaguisado no final do Benfica-Nacional, com o comentador Rui Santos a 'pedir' forte punição para os implicados (neste caso Jorge Jesus). Estava com a ideia de (re)ver os golos do jogo e, afinal, vi breves imagens da confusão. Só não percebi foi a razão por que os jogadores do Nacional se foram meter ali quando a equipa do Benfica se preparava para a habitual saudação aos adeptos. Mas também é verdade que, passados uns segundos, todos (benfiquistas e insulares) se estavam a cumprimentar.
3. De penálti em penálti... Foi o sexto marcado por Hulk neste Campeonato, alguns deles (como este) inexistentes. A pressão exercida sobre o árbitro pelo treinador do FC Porto antes do jogo parece ter resultado. Quanto às declarações do seu presidente sobre Elmano Santos, essas, são ridículas. Mas dali já não há nada a esperar. O certo é que, de penálti em penálti (marcado ou... mandado repetir!), o FC Porto vai somando pontos e mantendo a distância.
4. Depois de derrotar Sporting e FC Porto, o Benfica ganhou de forma espectacular a Supertaça de Andebol, vencendo, claramente, o Águas Santas na final. Vitória saborosa de uma equipa que vinha fazendo uma época abaixo das expectativas e que se espera tenha ganho um novo alento com vista ao Campeonato Nacional. Sabor muito especial para mais uma vitória sobre o FC Porto nas modalidades, depois dos triunfos do Hóquei na Supertaça e do Basquetebol na final da Taça Hugo dos Santos."

Arons de Carvalho, in O Benfica

"Bate Boca"

"Um dos grandes ensinamentos que sempre retive do meu avô é que 'vozes de burro não chegam ao céu'. Vem isto a propósito do 'bate boca' que se instalou na Comunicação Social entre o treinador do Benfica e o 'menino' André Vilas-Boas. Parece que há uma estratégia concertada na comunicação do Porto. Tentam por todos os meios escamotear os reiterados favores das arbitragens, pois é urgente desviar atenções às grosseiras escandaleiras que se sucedem jogo após jogo e, por isso mesmo, sugeriram ao 'menino' Vilas-Boas para vir a terreiro atacar, indiscriminadamente, Jorge Jesus. Tal como o filho rebelde que se pretende emancipar, o treinador do Porto assume protagonismo, comportando-se antes como um vulgar dirigente, fazendo uma pressão inqualificável sobre as instâncias da justiça desportiva para punir terceiros por prática de actos que ele não viu e nem sabe porque aconteceram.
O que importa realçar é que a máquina comunicacional do Porto está a desvirtuar a mancha mediática do momento que é, ou deveria ser, os favores das arbitragens que acontecem domingo após domingo, e que no pretérito jogo de Aveiro teve mais um escandaloso episódio. Só não vê quem não quer. E escusa o senhor Vítor Pereira de vir, também ele, relembrar publicamente que o golo do Benfica obtido em Coimbra foi precedido de falta, porque o que está em cima da mesa é um assunto estrutural e não meramente de conjuntura. O Porto anda a ser 'levado ao colo' pelas equipas de arbitragem desde o início do Campeonato. E tem sido assim há muitos e muitos anos. E isto tem de ser denunciado, por muito que custe ao senhor Vítor Pereira e seus acólitos.
Para André Vilas-Boas deixo um conselho final: um treinador que se quer grande, que se quer emancipado, que se quer digno e respeitado não pode, nem deve, entrar por este caminho de discurso demagógico e truculento. Era bom que tivesse consciência do que diz mas, sobretudo, do que faz, para que um dia mais tarde não fosse apanhado na 'lama' das suas próprias palavras."

Luís Lemos, in O Benfica

Mentira

"O suposto engraçadinho, confiante que cada alegada piada que soltar cá para fora tem repercussão garantida e espaventosa nos numerosos 'jornais do partido' e outros meios equiparados, disse recentemente que do plantel do Benfica só lhe interessava... o Elmano Santos. O hipotético engraçadinho está sempre a dizer supostas graçolas, no que já fez escola entre o respectivo entourage: alguns figurantes, devidamente autorizados, soltam presumíveis gracejos na senda do supositivo gracejador-mor. E os 'jornais do partido' escrevem em coro que o figurado engraçadinho usou, mais uma vez, da sua proverbial veia satírica.
A presumível chalaça destinava-se a iludir a resposta a uma pergunta sobre o suposto interesse do conjecturado engraçadinho em relação a determinado jogador do plantel do Campeão Nacional. Anteriormente, cada vez que falou verdade num desmentido deste domínio caiu um braço ao alegado chistoso. Ou seja, a única verdade em toda esta anedota é a mentira.
A referência a Elmano Santos é, no entanto, uma metafórica piada que sai pela culatra da putativa ironia do seu autor - seja quem for o autor. Entre as mais recentes prestações do árbitro funchalense conta-se uma arbitragem que chegou a ser anedótica, em que imaginou um penalti para um lado e anulou um golo marcado de penalti para outro. Quem beneficiou com a facécia? Ora, quem havia de ser? Os do costume.
Post Scriptum: No fim-de-semana passado, terceira vitória tangencial de 'os do costume' à custa de um penalti duvidoso. Entre penaltis duvidosos a favor e penaltis por marcar contra, assim se ergue um líder da classificação! Quanto ao Campeão Nacional, já nos devem mais de uma dezena de grandes penalidades. E assim se constrói um avanço na classificação!"

João Paulo Guerra, in O Benfica

A indignação dos hipócritas

"No passado fim-de-semana houve atitudes reprováveis no final do jogo com o Nacional da Madeira. Um dos intervenientes foi Jorge Jesus, treinador do nosso Benfica.
Imediatamente se levantaram vozes indignadas, sedentas de sangue, a dar voz à medíocre moralidadezinha hipócrita dos opinadores de bolso. Rui Santos foi o primeiro a exigir uma punição exemplar para Jorge Jesus [que Jorge Jesus não se esqueça de lhe dar mais uma entrevista exclusiva no final desta época…]. E depois vieram todos os outros, com ar mais ou menos indignado, mais ou menos compungido, mais ou menos convincente, mas todos, todos sem excepção, com o ferrete da hipocrisia estampado na máscara de justiceiro de bairro com que se apresentaram.
Os que calaram perante as escutas em que um presidente de um clube recebe um árbitro na antevéspera de um jogo, os que calaram perante as escutas em que se ouvem árbitros a pedir prostitutas a dirigentes de um determinado clube em troca de serviços prestados, os que mascaram o crime de corrupção em malabarismos de linguagem e que à prática da corrupção chamam “estilo de liderança” são os mesmos que exigem punições exemplares para um ‘crime de lesa futebol’ constituído por uns empurrões e duas bofetadas que nem ao destino chegaram.
O que aconteceu no final do dito jogo foi lamentável, mas foi menos lamentável do que as exibições públicas de moralismo bacoco, parolo e pequeno que se lhe seguiram. Quem calou e ajudou a branquear a corrupção não tem qualquer autoridade para levantar a voz, exigindo punições sumárias e exemplares para… um par de empurrões.
Além destas reacções, uma outra houve, por parte do treinador do Porto, que merece uma resposta clara e inequívoca por parte de Jorge Jesus. Que a resposta lhe seja dada dentro do campo, num jogo de futebol que não esteja condicionado pela oferta de “fruta para dormir”."

Pedro F. Ferreira, in O Benfica