Últimas indefectivações

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Sempre a arbitragem ou só às vezes?

"O Sporting foi mais forte que o CSKA. Mas foi eliminado. Teve uma deplorável 2.ª parte na Rússia, mas foi prejudicado pela arbitragem, nos dois jogos. Sobretudo num evidente penalty em Alvalade e num golo à andebol do avançado do CSKA em Moscovo e onde se constatou, mais uma vez, a total inutilidade dos árbitros-turistas de cabeceira. Já não comungo das certezas quanto ao golo invalidado ao SCP, pela impossibilidade de se garantir que a bola, na sequência do canto, não saiu.
Pude ouvir muitos desabafos e comentários sobre a danosa arbitragem. Repito, justos. E dirigentes e técnicos do clube leonino com duras expressões (as do presidente, porém, são incomentáveis) depois de uma eliminação que, além do insucesso desportivo, é financeiramente redutora.
A memória fez-me regressar a um jogo europeu do Benfica. Não me refiro a um escandaloso penalty não assinalado na Luz, por braço de John Terry, que nem a múmia paralítica quis ver. Pensei, sobretudo, na final da Liga Europa com o Sevilha, em que o SLB jogou com menos 4 titulares por obra e graça de cartõezinhos no jogo com a Juve. Na final, uma equipa de 5 árbitros foi incapaz de castigar uma agressão brutal nos primeiros minutos sobre Sulejmani que ficou lesionado longos meses, não marcou um (pelo menos) penalty claro contra a equipa andaluza e cereja no topo do bolo sevilhano - não enxergou o Beto metros à frente no desempate por remates da marca de grande penalidade. Foi obra!
Não era uma eliminatória. Foi uma final. Onde estavam os agora inflamados analistas e dirigentes? Onde estava o vídeo-árbitro? Alguém foi ameaçado de prisão?"

Bagão Félix, in A Bola

Precisão era obrigatória

"Luís Filipe Vieira mudou o paradigma e mostrou nesta janela de transferências que a aposta no Seixal é para ser levada a sério. Para ajudar a reduzir o passivo, e também para dinamizar - financeiramente até - a cantera. Se é para contratar um jogador de 22/23 anos, por que não olhar para dentro? Se é para vender quem custou 7/8 milhões, porque não vender quem cresceu em casa e não implicou custos? Percebe-se a ideia, mas os riscos são elevados para uma equipa que se propõe lutar pelo tricampeonato. O Benfica foi ao mercado, ao contrário do que possa parecer. Mas quem tem pouco dinheiro deve ir às compras de forma precisa. Carcela, mas sobretudo Taarabt, tardam em justificar dentro das quatro linhas a aposta neles feita; e Ould-Chikh, estrela no Twente, é um jovem (mais um) que precisa de ser integrado com tempo. E depois há Mitroglou e Jiménez. dois reforços atacantes, estes sim, que têm levado a uma aposta do treinador. O balanço desta aposta fica para o final da época. Ou se calhar já para Janeiro."

Vanda Cipriano, in Record

Teste(s) de fogo para Rui Vitória

"Há sinais que não devem ser ignorados e, por isso, aquilo que o Benfica de Rui Vitória mostrou na pré-temporada e nos quatro jogos oficiais já disputados (Sporting, Estoril, Arouca e Moreirense) talvez justificasse uma intervenção no mercado que acabou por não acontecer. É preciso perceber, portanto, por que razão Luís Filipe Vieira aceitou a ideia de que o plantel actual dispõe de condições para atacar o tricampeonato, proeza que as águias não alcançam há 38 anos.
O Benfica não tem hoje - nem de perto nem de longe - uma equipa ao nível das que teve nos últimos anos, mas pode dar-se o caso, mesmo assim, de Vieira achar que Rui Vitória ainda ficou com o suficiente para poder discutir o título. É uma hipótese que deve ser levada em conta.
Consideremos um cenário diferente: a SAD admitiu a necessidade de reforçar a equipa já depois da digressão, mas faltou capacidade financeira para isso - até porque, pela primeira vez em muitos anos, o Benfica não efectuou nenhuma venda avultada no verão. Seja qual for o caso, é indiscutível que o bicampeão nacional começa a ser olhado com a alguma desconfiança. Por não aparecerem os reforços que entusiasmam, mas principalmente porque o futebol apresentado tem andado longe dos mínimos exigidos a um verdadeiro candidato. E nunca há uma segunda oportunidade para deixar uma boa primeira impressão. 
Rui Vitória chega a Setembro mais pressionado do que imaginava. Continua a ser cedo para conclusões, mas o treinador está obrigado a subir o nível de jogo da equipa. E há deslocações ao Dragão e a Madrid."

Que famosa é a nossa liga!

"Não falo de Casillas, que veio aumentar muito a visibilidade do futebol português, mas sobretudo de jogadores que têm nomes que nos remetem para outra dimensão, e alguns deles bem curiosos. Olhando para as inscrições no último dia de mercado, anteontem, o Arouca contratou Estaline, o Benfica fez regressar Jim Morrison ao futebol jovem e o Olhanense garantiu Martin Lutherking no plantel. Mas há mais, e agora sim, com ligação forte ao pontapé na bola. O Moreirense tem um Boteng, o V. Guimarães um Cafú, no Marítimo jogam Patrick Vieira, Romário e Lynneker, no Tondela há um Kaká e nos Paços um Pelé.
Despois há nomes da família que são uma responsabilidade acrescida para quem os usa, como será sempre o caso do filho do Bebeto, que joga no Estoril, e do filho de Rivaldo, que agora assinou pelo Boavista. E há nomes ainda que podem conduzir ao preconceito e atrapalhar carreiras, como pode muito bem ter acontecido com o avançado português Tozé Marreco, que saiu novamente para o estrangeiro, para os belgas do Mouscron, sem que os 25 golos que marcou a época passada no Tondela tivessem sido suficientes para convencer um clube maior na nossa liga principal.
Finalmente, alguns nomes, de tão estranhos, ajudam a que não nos esqueçamos e olhemos sempre para o seu dono. Sturgeon, do Belenenses, é um bom exemplo. E belo exemplo é também o próprio Belenenses, que tem um plantel quase exclusivamente português e jogará a fase de grupos da Liga Europa. Num trabalho do jornal espanhol AS, ontem, o Belenenses é apresentado como um dos três clubes em todo o Mundo que só tem jogadores nacionais nos plantéis principais - os outros dois são o Chivas (México) e o Nacional (Equador). Não é verdade, o Belenenses agora também tem o cabo-verdiano Kuca, mas é excepção que não se estranha."

Nélson Feiteirona, in A Bola

Lengalenga

"Há um clube que se queixa dos árbitros, que, tal como vários clubes, se queixam do presidente dos árbitros, que se queixa de haver clubes que querem manipular a arbitragem para controlar os árbitros. De entre os clubes que se queixam do presidente dos árbitros - que se queixa dos clubes que dele se queixam - clubes há que se queixam de que um outro clube manipula a arbitragem, o que, supostamente, aqueles de que o presidente dos árbitros se queixa também quereriam fazer.
O clube de que os clubes que se queixam do presidente dos árbitros se queixam de manipular a arbitragem queixa-se de que os clubes que dele se queixam queixam-se de barriga cheia, porque, queixa-se o clube de quem os outros clubes se queixam, as queixinhas levam os árbitros a queixar-se de falta de condições para arbitrar, pelo que tomam decisões que deixam de queixo caído os que se queixam de tudo, os que não se queixam de nada, e até os que se queixam de tanto queixume e de todos os queixinhas.
Irónico é que um dos clubes que mais vezes se queixa de ter razões para se queixar, não se queixe tão alto como costuma queixar-se no dia em que indiscutivelmente tem razões para se queixar. E, ainda mais irónico, que disso mesmo se queixem muitos dos que que apoiam esse clube, e por consequência as suas queixas.
Temos então que há clubes que se queixam do presidente dos árbitros e dos árbitros, que os árbitros se queixam do seu presidente, que o presidente se queixa dos clubes que se queixam dele, e que os adeptos dos clubes que se queixam do presidente dos árbitros, se queixam de que os seus clubes não se queixam o suficiente quer dos árbitros quer do seu presidente. E no meio disto tudo, queixam-se os que estão fartos de tantas queixas, que ou as queixas não fazem sentido, ou que há quem não se deixe comover por queixas, mesmo que carregadinhas de razão."

Nuno Perestrelo, A Bola

São factos, simplesmente

"Rui Vitória vai participar com o Benfica na Champions e Jorge Jesus com o Sporting na Liga Europa. Ou seja, no âmbito da UEFA, Jesus destruiu o que Marco Silva construiu.

Dos três que se sentem com pernas para alcançarem o título de 2016, o Benfica foi o que menos se reforçou, ou aquele que encarou a época com a devida moderação, não contando, porém, com o investimento financeiro feito por Porto e Sporting, como se de repente, por golpe de magia, a crise que varre todas as actividades tivesse feito tréguas com o futebol indígena.
Pouco interessa. A verdade, porém, é que Rui Vitória recebeu uma aproximação do Benfica campeão em 2015, substancialmente enfraquecida, e foi por aperceber-se de tal que Jesus exibiu a jactância que o caracteriza para transformar o jogo da Supertaça em objectivo muito especial, que lhe deu gozo ganhar, naturalmente, e que abalou a capacidade anímica da águia por questões entretanto esmiuçadas, que foram imensas, de que destaco uma, por me parecer fulcral e óbvia: 'este Benfica', tal como está, pode chegar ao tri, mas com muita dificuldade se não lhe for injectada mais qualidade.
Escrevo antes de se conhecer o resultado das diligências que estão a ser desenvolvidas nesse sentido, sendo certo que a saída de Maxi provocou um rombo mal reparado, no outro lado Eliseu representa um embaraço que o anterior treinador lá deixou, Luisão, a estrela polar da organização defensiva e de todo grupo, faz 35 anos em Fevereiro do próximo ano, Salvio continua sem data marcada para voltar a competir, Pizzi é inconstante como o vento, Ola John joga a duas velocidades e Talisca não ata, nem desata, incluindo-me na lista dos que lhe adivinharam infinitos atributos, na sequência das vistosas exibições e dos muitos golos no princípio de temporada transacta. O que fez Jesus, então, para atingir o sucesso? Nada de extraordinário: com aquele quarteto de luxo (Salvio, Jonas, Lima e Gaitán), enquadrado e oleado, apenas precisou de não inventar para ser aprovado com distinção nas competições internas, porque na Champions foi último no grupo, nem sequer na Liga Europa entrou.
futebolistas no plantel encarnado que até aqui, em face de menor exposição, cumpriam sem se comprometerem, mas que, sem o talento protector dos que resolviam as equações mais complexas, passaram a chapinhar na vulgaridade. De aí, a evidente diferença entre Gaitán e o resto, de aí o suspiro de alívio não só de Vitória mas também da nação benfiquista pela notícia da sua continuidade por mais algum tempo e... mais algum dinheiro.
Vieira sabe quanto gastou no consulado de Jesus, quanto lhe custou cada título e deve ter concluído que foram caros. É claro que o adepto não liga a essas coisas. Quer é vencer seja de que maneira for, sem se dar conta de que há direcções eleitas e administrações nomeadas precisamente para fazerem contas e manterem o fiel da balança, equilibrado, uma preocupação frequentes vezes violentada em nome de resultados imediatos, promoções pessoais, negócios mal explicados ou interesses nebulosos, com as devastadoras consequências que se conhecem: insolvências, incumprimentos contratuais, aumento do desemprego e por aí fora...
O presidente benfiquista, sem se desviar do rumo que traçou nem prejudicar a prossecução da grandiosa empreitada que se propôs concretizar, preconiza uma via mais sensata nos gastos, através de melhor aproveitamento dos recursos próprios, e reclama a ampliação dos objectivos desportivos, o que significa recolocar o emblema da águia no lugar que ocupou no universo europeu; legítima pretensão, embora inatingível com Jesus como deu para verificar nos seis anos que lá esteve. É por isso que Rui Vitória vai participar com o Benfica na Liga dos Campeões e Jorge Jesus com o Sporting na Liga Europa. É por isso que Rui Vitória, despromovido a pior treinador do mundo, conta com os seus jogadores, os quais provaram não haver limites para o sofrimento nem para a força de acreditar. É por isso que Jorge Jesus, o «cérebro», como se autoclassificou, com um rico plantel, apesar dos erros de arbitragem, não foi capaz de se impor a um CSKA de pouca classe. Ou seja, no âmbito da UEFA, Jesus destruiu o que Marco Silva construiu com o apuramento para o play-off. É por isso que mais vale ficar calado, para trabalhar, do que espalhar altivez, para impressionar...!"

Fernando Guerra, in A Bola

Mercado fechado

Finalmente, o Mercado fechou!!!
As reacções 'vermelhas' ao fecho do mercado, foram engraçadas... O nível de histeria que se assistiu online, devido ao facto do Benfica não ter contratado ninguém no último dia, chegou a níveis absurdos... Caso tivéssemos contratado alguém, só para satisfazer as 'massas', tenho a certeza que as criticas, seriam em sentido inverso: 'lá vem mais um perna-de-pau, que vai andar a saltar de empréstimo em empréstimo'!!!

Nas crónicas aos jogos alertei para as insuficiências do plantel, mas como não estou por dentro das negociações, valores, jogadores disponíveis, etc... não faço julgamentos. Até porque a informação que saiu cá para fora, normalmente é manipulada, por todas as partes.
Eu, gostava de ter tido, um '8', um defesa-esquerdo, e um extremo, por esta ordem de prioridades... mas, não foi possível.

Assim, as principais 'contratações' foram o Gaitán e o Jonas!!! Recordo, que ambos os jogadores tiveram capas de pasquim, garantindo, as suas vendas...
Além da competência do treinador (capacidade de transmitir à equipa os mecanismos necessários para melhorar a qualidade do jogo), creio que o sucesso desportivo do Benfica esta época, vai depender muito, da adaptação/atitude/evolução de alguns jogadores:
- Começando pelo Carcela, que nos últimos dias tem sido alvo de rumores nada abonatórios. Com o Salvio de fora por tempo indeterminado, o Carcela em condições normais será o nosso extremo-direito...
- A evolução do Nelsinho será fundamental, principalmente nas acções defensivas.
- A capacidade de 'concentração' do Eliseu!!! Fomos Campeões o ano passado com o Eliseu, as limitações físicas são óbvias, mas nos jogos 'grandes' contra adversários de nomeada, o Eliseu normalmente joga bem, o problema é quando parece deslumbrar-se, e comete erros infantis, com equipas teoricamente mais fáceis...
- Com o regresso do Jardel, qual será a opção do Rui Vitória?! Com dificuldades evidentes no processo defensivo da equipa, os nossos Centrais ficam mais expostos. O Luisão não está mais novo, nem está mais rápido. Não será politicamente fácil, optar por uma dupla Jardel/Lisandro, vamos ver se existe coragem...
Com a precipitada decisão de emprestar o César (o Lindelof não me parece apto para entrar na equipa neste momento...), a saúde física dos nossos Centrais, também será fundamental...
- A questão médio-organizador. Desde da saída do Enzo que temos um problema. O Pizzi disfarçou, mas não me parece ser a solução. Os bons finais de partida, com o Estoril e o Moreirense, foram com o Talisca em campo. O problema é que defensivamente o Talisca, não dá garantias, para os 90 minutos. E a dupla Samaris/Fejsa não convenceu ninguém...
Se o treinador conseguir retirar o melhor rendimento destes jogadores (Carcela, Nelsinho, Eliseu, Jardel, Lisandro e Talisca), seremos seguramente Tricampeões!!!

GR: Júlio César, Ederson, Paulo Lopes
DC: Luisão, Jardel, Lisandro, Lindelof
DD: Nelsinho, Almeida
DE: Eliseu, Sílvio
MD: Samaris, Fejsa, Cristante
MO: Pizzi, Talisca, Teixeira
ED: Salvio, Carcela, Andrade, Bilal
EE: Gaitán, Guedes, Santos
AV: Jonas, Djuricic, Taarabt
PL: Jiménez, Mitroglou

Sendo que destes 29 jogadores: o Salvio lesionado, e os jovens Nuno Santos, João Teixeira, Bilal, Lindelof (se calhar deviam ter sido emprestados) vão ter a vida muito difícil, para ganharem minutos... Além da situação 'estranha' do Djuricic (esteve muito bem nos únicos 45 minutos da pré-época). E ainda temos o Taarabt... Portanto, contando inclusive com o Vítor Andrade, e o Guedes, temos um plantel com 'cerca' de 22 jogadores 'úteis'!!! O que é um numero normal...
Já não acredito numa contratação tipo Jonas esta temporada, até porque os jogadores disponíveis não são apetecíveis!!!

Entraram: Ederson, Carcela, Bilal, Taarabt, Jiménez, Mitroglou
Regressos: Djuricic
Promovidos da B: Lindelof, Nelsinho, Teixeira, Andrade, Guedes, Santos
Saíram emprestados: César, Derley, Jonathan, Mukhtar, Amorim, Ola John, Oliveira
Saíram em definitivo: Artur, Lima, Mini, Sulejmani, Benito

Destaque para as contratações de quatro jovens para a equipa B: Marvin Lória, ponta-de-lança Costa-Riquenho; Emir Azemovic, Central Sérvio; Alexis Scholl, defesa-esquerdo Belga; e Francisco Vera, ponta-de-lança Paraguaio. Plantel da B:

GR: M. Santos, Graça, A. Ferreira
DC: Nunes, Lystcov, Lima, Dias, R. Carvalho, Azemovic
DD: Alfaiate
DE: Rebocho, Yuri, Scholl
MD: Dawidowicz, P. Rodrigues, Gilson
MO: Sanches, Elbio, J. Varela, J. Carvalho
ED: Dino, Clésio
EE: Gonçalves, B. Rodrigues, F. Ferreira
AV: Berto
PL: Sarkic, Vera, Lória, San Martin

Não me admirava se alguns dos jovens do plantel principal fizessem alguns jogos na B: Ederson, Lindelof, Teixeira, Bilal, Santos... Destaque para a presença de 7 Juniores neste plantel!!! 

Recordo aqui a extensa lista de jogadores do Benfica emprestados:
GR: B. Varela
DC: Steven, César, F. Cardoso, Sidnei, M. Valente
DD: Luís Filipe
DE: Gianni, Marçal
MD: Pelé, Amorim
MO: Mukhtar, Guzzo, Kevin, Fariña, Diego Lopes
ED: Hélder Costa, Bebé, Candeias, Dálcio
EE: Rojas, Murillo
AV: Lolo, Yannick, Romário, Harramiz
PL: Frisenbichler, Derley, Jonathan, Rui Fonte, Flávio Silva