Últimas indefectivações

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Borrego !!!

Atlético de Madrid 1 - 2 Benfica


Algum dia tinha que ser, 33 anos depois, vitória do Benfica em Espanha (fomos à final nesse ano)!!! Por alguma razão, nunca gostei de confrontos com equipas Espanholas na UEFA (além das Italianas...)!!! Mas houve outras marcas interessantes: primeiro confronto na UEFA com estas duas equipas; além da invencibilidade Europeia do Atlético de Simeone em casa...!!!
É preciso ser competente, é preciso ter talento, é preciso ter qualidade, é preciso trabalhar, é preciso suar, mas também é preciso um bocadinho de sorte. Não foi o nosso melhor jogo de 'sempre', limitámos o estrago na nossa baliza (principalmente na 1.ª parte), e fomos eficazes...
Outro pormenor importante foram as bolas paradas defensivas. O Atlético tem um altíssimo grau de eficácia nestas situações, com o Godin a marcar muitos golos... mas esta noite, estivemos quase sempre bem.
Aqueles minutos, de algumas picardias, discussões com o árbitro e fiscal-de-linha, desconcentraram a equipa, e podíamos ter sofrido mais golos, mas a qualidade do Júlio César e o nosso 'central' Jackson Martinez resolveram o problema!!!
Foi importante, marcar antes do intervalo, deu outra confiança.... e o golo do Guedes fez a equipa acreditar. Recuámos como é óbvio, mas tirando uma dupla-defesa no Imperador, na mesma jogada, mantivemos sempre a cabeça fria... só faltou um contra-ataque letal 'entrar', para matar o jogo!
A estreia a titular do Jiménez era esperada, mas o destaque tem que ir todo para os putos: Nelsinho e Guedes, não acusaram a responsabilidade, e foram decisivos. O Nelsinho quando a equipa recuou, esteve perfeito, evoluiu muito na cobertura aos Centrais.
A Champions é importante, pelo prestígio, pelo dinheiro, pela valorização dos jogadores, pelo ego dos adeptos, e hoje demos um passe de gigante a caminho dos Oitavos, com o empate do Gala no Cazaquistão a ajudar... mas, é sempre bom recordar que o grande objectivo do Benfica, é ser Campeão Nacional. E as ressacas destes jornadas Europeias são sempre difíceis, ainda por cima, com uma viagem à Madeira, contra uma equipa que só sofreu 4 golos, os mesmos que o Benfica, os Corruptos, os Lagartos e o Braga: as melhores defesas do Campeonato.
E foi visível nestes últimos minutos alguns jogadores com bastantes dificuldades físicas, o Gonçalo Guedes é o melhor exemplo. Temos que recuperar bem, e se calhar o treinador deve tomar algumas decisões difíceis...
Uma nota para a arbitragem: os do 'costume', vão dizer que ficou um penalty por marcar contra o Benfica. Numa jogada onde o André Almeida sofre um bloqueio, e ao encolher-se de um remate à 'queima', acabou por tocar a bola com o braço, quando estava a proteger-se, com os braços encostados ao corpo...!!! Alguns (RTPorcos) até já usaram esta boa decisão, para 'compensar' o erro de ontem, que beneficiou os Corruptos... Mas não se pronunciaram sobre o critério disciplinar no resto da partida, por exemplo a falta do Gabi sobre o Jonas, entre outras!!!
O apoio ao Benfica em Madrid voltou a ser fantástico... mas os atrasados mentais do costume voltaram a atacar: atirar tochas para dentro do relvado, e para cima dos adeptos contrários, é uma das coisas mais estúpidas que alguém pode fazer num jogo da UEFA. Vamos ver o que vai acontecer... Para quando a responsabilização individual destes animais?!

Só mais uma...

Benfica 8 - 2 Sarajevo

Vitória esperada, num jogo que durante muito tempo esteve demasiado próximo! Só na parte final, com o risco dos Bósnios, conseguimos tranquilizar... O Juanjo voltou a marcar!!!
Amanhã podemos garantir matematicamente a qualificação para a Ronda de Elite, com o Varna (Bul), que hoje perdeu com o Dobovec (Esl) por 7-2.

Putos a darem o exemplo...

Atlético de Madrid 1 - 2 Benfica

Ferreira; Buta, Ferro, Lima, Yuri; Rodrigues, Sanches, Carvalho; Gonçalves, Berto; Sarkic (Guga, 83')

Foi um Benfica superior, todas as crónicas confirmam... Estivemos a vencer por 0-1, e quando a poucos minutos do fim o Atlético empatou, foi contra a corrente do jogo, num erro individual nosso. Mesmo assim, ainda fomos de rectificar, e marcar o golo da vitória...
Voltámos a 'baixar' muitos jogadores da equipa B, desta vez, até o Renato Sanches. Pessoalmente, concordo. A UEFA Youth League é uma competição importante, com boas equipas (o Astana é a excepção), e este ano é muito importante terminar no 1.º lugar do Grupo. Após garantirmos a qualificação para os Oitavos-de-final, então poderemos gerir o plantel de outra forma... Além disso, a equipa que esta a disputar o nacional de Juniores, não está a conseguir bons resultados, portanto na UEFA não faria melhor... Recordo, que a UEFA Futsal foi remodelada esta época, e além das equipas das Champions, existem mais equipas representadas, que irão disputar uma eliminatória extra, com os 2.ºs classificados de cada Grupo.

PS: Hoje, também faltaram alguns jogadores sub-17, que têm feito parte desta equipa, porque estão na Selecção: Zé Gomes, Jota... que ainda ontem estiveram em destaque na vitória de 7-1. Uma referência, para a absurda não convocação do Filipe Soares para a Selecção!!!

Empate com 10 !!!

Chaves 1 - 1 Benfica


Com muitos jogadores em Madrid a disputar a UEFA Youth Cup, foi um Benfica com muitos jogadores defensivos que se apresentou em Chaves... E pelo relato radiofónico do jogo, foi mesmo um Benfica defensivo que se apresentou...!!!
Tudo ficou mais difícil no início da 2.ª parte com a expulsão do João Teixeira, logo a seguir o Chaves adiantou-se no marcador, mas mesmo em inferioridade numérica, conseguimos empatar...

A síndrome de jogar fora

"Nos dias de hoje e com atletas altamente profissionalizados, custa-me a perceber a diferença entre jogar em casa ou fora dela. Os jogadores são os mesmos, as equipas técnicas também, a relva (embora melhor ou pior tratada) não é muito diferente, o clima e a altitude não divergem, as balizas têm o mesmo tamanho, as medidas do campo, ainda que variando (aspecto bizarro no século XXI), não serão decisivas. O que pode então ter aparentemente alguma, mas não crucial, importância? A assistência e o ambiente à volta de um jogo?
Ao que creio, a diferença fundamental reside na cabeça de quem joga e orienta. Como, aliás, podemos constatar no medo de jogar fora, com que treinadores falam nas agora compulsivas conferências antes dos jogos.
Em tese, contra equipas mais modestas até pode ser mais fácil jogar fora. Os adversários abrem-se mais e não há autocarros tão evidentes.
Vejamos o caso intrigante do Benfica neste início de época. Em casa, o Benfica está intratável: 16 golos em 4 jogos e 4 vitórias. Jogo alegre, compressor, desinibido. Fora de casa, 3 jogos e 3 derrotas (incluindo a Supertaça). Nenhum golo marcado com os mesmíssimos jogadores. Jogo receoso, tolhido, dando a iniciativa aos adversários. E só no Dragão foi num ambiente desportivamente hostil, porque os outros foram em campo neutro ou quase em casa (a incrível derrota contra o Arouca foi numa mini Luz). Na Liga, o Benfica só joga verdadeiramente fora no Dragão e Alvalade e, vá lá, ela por ela, em Braga, Guimarães e na Madeira. Um mistério para mim. Que espero ver contrariado rapidamente."

Bagão Félix, in A Bola

A bipolaridade de Vitória

"O caminho faz-se caminhando, como diz e muito bem Rui Vitória, e o que é certo é que o treinador do Benfica, com mais ou menos dificuldade, mais do que menos dificuldade, para já, tem levado a sua cruz ao calvário. O plano de intenções para a nova época obrigou a cortar a direito porque a realidade é nua e crua, o que contribuiu para que Vieira não tivesse apresentado nomes brilhantes, antes pelo contrário, obrigou-o a um investimento na formação. O Benfica cruzou pois caminhos enviesados na abertura de mais um ano desportivo, logo na sua fase de preparação e por imperativos financeiros, mas aos poucos vai-se endireitando e, por esta altura, não é difícil concluir-se que está a reentrar nos eixos, aliás como os mais recentes resultados o confirmam. A liderança na Liga está só a dois pontos, depois de já ter actuado no Dragão, e o percurso na Liga dos Campeões começou da melhor maneira frente ao Astana.
O jogo de hoje, com o Atlético, em Madrid. poderá contribuir para o reforço desta tendência positiva, tornando-se apenas indispensável que Rui Vitória apresente uma equipa de hábitos e intencionalidades, para além de sentido estratégico e posicional, e, se assim for, não há razões para não se pensar num resultado positivo. Há razões de sobra, obviamente que as há, porque há bons jogadores - Gaitán e Jonas nos apertos têm sido determinantes - e há sobretudo equipa para tal. Haja vontade ganhadora e um treinador mais corajoso na condição de visitante, um dos seus problemas por agora, pois continua a haver uma diferença substantiva entre os jogos na Luz e os jogos fora da Luz.
O que não se compreende e muito menos se aceita numa equipa com perfil alto, que deve jogar sempre em função dos seus princípios e nunca à mercê da vontade do adversário, que deve ser de iniciativa e nunca de expectativa, que deve mandar no jogo sendo, enfim, igual a si própria; ou melhor, que seja como tem sido perante o seu público. É essa a sua matriz e não se vêem razões para que assim não seja sempre. Há indicadores que apontam nesse bom sentido por exemplo, a primeira parte no Dragão - e nada melhor do que um teste de exigência alta, como será este em Madrid, para que a sua bipolaridade tenha os dias contados."

O 'complexo de Bruno'

"Se o presidente leonino não tivesse recorrido à sua fonte principal de inspiração, o Benfica, provavelmente o discurso na assembleia encurtaria aí para metade... 

A família benfiquista não desiste de pensar na conquista do tricampeonato, apesar de se olhar com reticências para o potencial do atual plantel. Registam-se ausências de peças fundamentais na construção do sucesso na última época (Maxi Pereira e Lima desertaram e Salvio só vai regressar em Fevereiro de 2016), além da mudança de rumo na política do futebol orientada a partir de agora, em linhas gerais, por gastos mais baixos e investimentos nos jovens valores da casa mais altos. É este o caminho, não só o da águia, como o dos restantes emblemas, cada qual no seu universo e com a sua ambição. Os adeptos têm pressa e são exigentes e este processo de renovação precisa de tempo, ponderação e saber para dar frutos. O efeito do imediatismo dos resultados é terrível. Culpa dos presidentes dos clubes, os quais, na esmagadora maioria, só navegam à vista da costa, sem ideias nem rumo definido. Fazem promessas voláteis, que arrancam palmas e dão votos, mais nada. Erguem castelos de cartas que se esboroam ao primeiro sopro.
A excepção que confirma a regra chama-se FC Porto, que soube esperar, construir um projecto sólido com sentido de futuro e... recolher os dividendos desportivos, absolutamente espantosos. O Benfica, renascido das cinzas, reergueu os alicerces necessários e suficientes para voltar a projectar a sua grandeza e recuperar o prestígio que foi perdendo no mundo, em consequência de gestões incompetentes e ruinosas.
O Sporting quer impor-se, pela dimensão que reconhecidamente possui e também por mais títulos no futebol, por forma a encurtar a desvantagem que o separa de benfiquistas e portistas. O problema reside, porém, no caminho e na estratégia: dizer mal de tudo e de todos e desdenhar o que se passa nas casas dos outros será um hábito bem português, embora se não se recomende em sociedade moderna e influenciada por gerações cada vez mais arejadas e indisponíveis para encenações canhestras e bafientas.
Li que, na assembleia geral de anteontem, o presidente leonino usou da palavra durante hora e meia, o que colide seguramente com as mais básicas técnicas de comunicação. Falar durante tanto tempo foi meio caminho para entediar a plateia, por mais interessante que fosse o conteúdo da mensagem, sendo certo que se o orador não tivesse recorrido à sua fonte principal de inspiração, o Benfica, provavelmente o discurso encurtaria aí para metade e os sócios ter-lhe-iam ficado agradecidos por duas ordens de razões: mais tempo para discutirem assuntos igualmente pertinentes e não serem massacrados com referências várias sobre o vizinho da Segunda Circular, tradutoras de uma tendência que começa a ser encarada como fraqueza de espírito que a associação vitamínica 'B+C' não supera, nem disfarça sequer, gerando o que se pode designar como 'complexo de Bruno'.
Aparte o longo monólogo interpretado pelo presidente nada de relevante aconteceu: das duas uma, ou a assembleia ficou encantada e esclarecida ou desejosa de se pôr a milhas, mesmo com temas importantes a ficarem guardados no baú das coisas inúteis. A ser verdadeira a segunda hipótese, revelou notável perspicácia táctica por parte de quem a arquitectou, na medida em que quanto mais prolongou a oralidade menos espaço sobrou para abordagem das questões que justificavam ser trazidas à colação, como a situação de Carrillo e o perigo de esboroamento do edifício futebolístico, mais uma vez com o Benfica a funcionar como paliativo eficaz para o resto da época.
Ou seja, no pior dos quadros, a Supertaça chega... Porque a Liga dos Campeões já se foi, a Liga Europa começou mal e não é prioritária e no Campeonato, em seis jornadas, já lá vão quatro pontos perdidos, dois em casa (Paços de Ferreira) e dois fora (Boavista): não está mal, mas podia estar melhor, não? Se a ideia foi eliminar estas e outras questões eventualmente incómodas, então o plano foi brilhante."

Fernando Guerra, in A Bola

O Jonas

"Há sensivelmente um ano, após Jonas se ter estreado, marcando quatro golos nos primeiros 135 minutos com a camisola do Benfica, escrevi aqui que era um erro ver nisso um sinal de que estávamos perante um goleador, até porque o que o brasileiro ia oferecer ao futebol do Benfica não eram tanto os golos, mas acima de tudo muita qualidade na participação no jogo ofensivo. Tendo em conta a avalanche goleadora com que Jonas nos tem brindado, começa a ser difícil defender o meu argumento de há um ano. Ou talvez não.
Por muitos golos que Jonas marque, a sua principal mais-valia continua a ser aquilo que oferece ao futebol do Benfica. Individualmente, Jonas impressiona por ser uma combinação incomum de capacidade individual em espaços curtos, à imagem do que acontece no futebol de salão, com profundidade e verticalidade assim que se liberta do primeiro adversário. Tanto é assim que se torna difícil recordar uma má decisão do brasileiro ao longo de um jogo. A Jonas assenta a definição de grande jogador como alguém que joga bem e coloca os colegas a jogar melhor.
Espanta por isso que, de quando em quando, ainda surjam alusões a que Jonas pode ser um empecilho no sistema táctico do Benfica. Diz-se que com Jonas é impossível jogar em 4X3X3, pois não tem características para jogar como único avançado. Talvez a questão seja outra: a qualidade de Jonas é tal que condiciona de forma positiva todo o sistema do Benfica, na medida em que a dinâmica ofensiva da equipa tem mesmo de ser construída em torno do avançado brasileiro."

FIFpro e a 'casa comum'

"A FIFPro interpôs junto da Comissão Europeia uma acção judicial destinada a pôr fim ao actual sistema de transferências da FIFA. O mandato que recebeu dos jogadores expressa a necessidade de promover um sistema mais justo e equitativo, salvaguardando as condições laborais, a formação e integração dos jovens no mercado.
Não é intenção da FIFPro condicionar ou impedir a transferência de jogadores, mas garantir que estas sejam realizadas de acordo com os interesses dos jogadores e dos clubes independentemente da sua capacidade financeira. O sistema de transferências actual gera 'disparidade competitiva e financeira', ou seja, salvaguarda interesses nefastos ao desporto e à competição, quer por permitir os abusos de agentes e terceiros detentores de direitos económicos quer porque privilegia os interesses dos clubes com maior capacidade financeira.
A intervenção da Comissão Europeia é determinante para a protecção de um dos mais importantes princípios comunitários: a liberdade de circulação de trabalhadores e a tutela dos seus direitos e garantias. 
Enquanto alguns ordenamentos jurídicos tutelam o acesso à justiça desportiva a partir de instâncias nacionais e instrumentos de regulamentação colectiva de trabalho, convocando a FIFA e o TAS como instâncias de recurso, outros recorrem de imediato à FIFA para a resolução de conflitos. Esta situação gera incerteza no acesso, uma justiça díspar, lenta e penosa para os jogadores. Na aplicação de sanções desportivas e financeiras no momento da rescisão unilateral do contrato no 'período protegido' o jogador tem um prejuízo inaceitável. É urgente uniformizar e proteger o jogador como parte contratualmente mais débil. Importa facilitar a rescisão com fundamento na falta de pagamento da retribuição e a respectiva inscrição federativa no novo clube ou a criação de tectos indemnizatórios respeitadores da liberdade de trabalho. Estas restrições à liberdade de desvinculação não evitaram que os clubes mais poderosos utilizem essa capacidade para adquirir os melhores jogadores, prejudicando a competitividade dos clubes mais fracos. 
Pode discutir-se a oportunidade desta acção - face à implosão da FIFA, aguardar seria responsável - mas nunca os argumentos, legítimos e justos, invocados pela FIFPro."

'Fifagate'

"1. Há gente com responsabilidades no futebol - incluindo dirigentes e jornalistas - que têm a língua demasiadamente afiada. E é mau. Desde logo, porque enxovalha a sua própria imagem e mancha o espaço dos média em que colabora; e depois, porque maltrata o futebol que tanto diz amar. Bem pior do que isso, todavia, é o Fifagate que desde há longos meses atormenta a cúpula da modalidade, mas que agora se agudizou ao estender-se à própria Suíça e a atingir não só o boss Blatter no seu próprio país de origem (onde se refugiava e era intocável), mas também Platini. De facto, ao cabo de todos estes meses, Blatter é finalmente investigado criminalmente por «má gestão e apropriação indevida» de milhões, dois dos quais, sabe-se lá como e porquê, foram parar aos bolsos de Platini, o sucessor in pectore do suíço. Falta saber se, depois deste novo escândalo, o continuará a ser. Sabe-se, isso sim, que sempre foram aliados na política da bola e que o que os conduziu à ruptura foi a traição do pai ao filho ao recandidatar-se e ser reeleito para novo mandato. Quando o que estava combinado entre eles era que, desta vez, a sentar-se no cadeirão de comando seria o francês. Agora, com o bliz da Procuradoria de Berna à Fifa House tudo se agravou e ninguém pode prever o que acontecerá no futuro próximo. Até o ex-internacional brasileiro Romário, hoje senador da República, dispara lá de longe: «Platini é igual a Blatter e o nosso seleccionador Dunga faz convocatórias recomendadas em detrimento dos melhores jogadores.»
2. Depois da rotunda vitória de anteontem (4-1) em pleno estádio de San Siro sobre o Inter, Paulo Sousa é hoje o treinador do dia, da semana, do mês e sabe-se lá se do ano em Itália. Confirma assim as lisonjeiras referências que desde o início da época lhe têm vindo a ser feitas. Adoptando o 4x3x2x1 contra o 4x4x2 de Mancini, desbaratou a defesa nerazzura que ao fim de 31' já havia encaixado três golos secos e decidido o destino do jogo. Os golos da Fiore foram marcados por IIicic (1)e Kalinic (3) e não por sul-americanos. Chapeau, Paulo."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

Patos-bravos e outras aves

"O futebol sempre foi reduto de mentiras, intrigas, confusões e até crimes, alguns dos quais aguardam intervenção legal, que há de chegar, no ritmo e no tempo que a justiça portuguesa sempre tomou como de sua rara exclusividade.
Os mais experientes nesse mundo armadilhado, entre os quais me incluo, com o peso de mais de três décadas de jornalismo da área do desporto, convivem com esta realidade quase sem se darem conta dela, como se o normal fosse a podridão, o insulto, a refrega, a ameaça e até a ofensa física.
Dizer-se que o futebol deveria ser um campo de meninos de coro, dominado por franciscanos da escola argentina, também não será ideal pelo qual devamos pugnar; mas exigir educação, respeito e alguma nobreza, que aqui pode ser traduzida por fair-play, é imperioso, ecológico e de boa higiene mental. Afastar de cena os patos bravos que por aí andam a contaminar a espécie, alguns deles com tiques de indigência, parece-me, pois, razoável e urgente. Embora difícil.
É claro que podemos sempre dar um desconto por insanidade intelectual a tudo o que essas aves papagueiam ou executam, atirando-as para a lixeira como quem deleta um vírus perigoso do computador. Tudo ficaria assim melhor. Só que não resolveria o problema. Um problema que, aliás, nem o será assim tanto, salvo o desconforto de ter que respirar o ambiente conspurcado por esses novos empreendedores da demagogia.
É que apregoar a asneira para iludir os bem contabilizados milhões de acólitos é metodologia arcaica, que pode ter dado frutos mas que já só colhe por instantes, ainda que com entusiasmo das massas e dos 'share' televisivos. Por que raio subsistem então estes refinados aldrabões que gritam mais alto ao fim de semana?!... Aí teremos que voltar ao início do texto..."

Paulo Montes, in A Bola

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Da velha cidade de Portugal ao meio da loucura de Istambul

"Em Outubro a águia voa em direcção ao Bósforo. Tantos e tantos anos depois de aí ter pousado pela primeira vez: Junho de 1962. Houve um turco que cantou igualmente as duas cidades - Dario Moreno. Viveu depressa e morreu cedo. Ficaram as canções...

não falta muito. Será no dia 21 de Outubro que o Benfica se desloca a Istambul para defrontar o Galatasaray, terceiro jogo da fase de grupos da Liga dos Campeões.
Nas últimas semanas trouxemos aqui episódios da vida do Astana e do Atlético de Madrid, duas equipas contra as quais o Benfica não soma jogos oficiais.
Já no que respeita o Galatasaray, a memória é curta e negra. Em 2008, para a Taça UEFA, num grupo esquisito composto por Benfica, Hertha Berlim, Galatasaray, Olympiakos e Metalist Kharkiv, uma derrota em pleno Estádio da Luz por 0-2 e um jogo mau como poucos, aliás dir-se-ia mesmo péssimo, tal como péssima foi a presença dos 'encarnados' na prova que contemplava apenas um jogo contra cada adversário.
Invencionices da UEFA que felizmente duraram pouco.
Quanto a Istambul, já lá foi o Benfica três vezes, a última das quais bem recentemente, para defrontar o Fernerbahçe na meia-final da Liga Europa.
Quanto à primeira, data de Junho de 1962, também para um jogo com o Fernerbahçe, mas este de carácter particular.
Uns anos antes, fizera furor uma canção de Nat Simon, pianista e cantor americano, com letra do irlandês Jimmy Kennedy: chamava-se «Istambul (Not Constantinople)».
Talvez a mais famosa versão dessa música tenha sido a de Dario Moreno, um artista turco que fez carreira sobretudo em França.
O mesmo Dario Moreno que cantou:
«Adieu Lisbonne
Vieille cité du Portugal
Sous ton ciel bleu sans égal
Tu apparais, royalle».
Uma figura, esse Dario Moreno!
O seu nome verdadeiro era de David Arugete, criado num orfanato para judeus de Esmirna - cidade onde o Benfica já esteve por duas vezes, ora para jogar contra o Fernerbahçe, ora para se encontrar com o Altay local - e que dominava várias línguas na perfeição. Guitarrista, pianista, voz melosa e bigodinho à Clark Gable, actor que contracenou com Yves Montand, Brigitte Bardot (à qual dedicou uma balada), Fernandel Aimée e Jean-Pierre Cassel, entre muitos outros, conhecido por ser hiper-activo, algo que terá contribuído para a sua morte prematura, aos 47 anos, no dia 1 de Dezembro de 1968, a bordo de um táxi que o transportava para o aeroporto de Istambul.
É bom que o futebol nos ligue a tudo aquilo que o rodeia.
Fazem-se viagens pelo Mundo e pelas vidas dos que o habitam.
De Lisboa a Istambul cantadas por Dario Moreno:
«Istambul, Istambul!
-C'est a Istambul ou Constantinople
Que je suis allé um jour
Pour y découvrir la grand amour
Istambul ça n'est plus Europe
-C'est a Istambul ou Constantinople
Que je l'ai trouvé um soir qui flânait
Au millieu de la foule d'Istambul».
Cidade é a mesma o adversário foi outro
Não é Europa em grande parte; é Europa num pedacinho. Para os líricos pouco importa.
O bairro de Galata, que dá nome ao Galatasaray, é dos mais bonitos e icónicos desta Istambul que já se chamou Constantinopla e Bizâncio. À sombra da torre genovesa, os estudantes da universidade de Galatasaray fundaram o clube em 1905. São assim os nomes que abundam pela maior cidade da Turquia. Galatasaray: Galata Sarayi Enderûm-u Humayûn - Escola Imperial do Palácio de Galata. E deste modo, Galatasaray é o Palácio de Galata, traduzindo à letra, se me dão licença.
Quanto ao nome Galata em si, a doutrina divide-se: uns garantem que vem da expressão genovesa «calata», que significa colina inclinada, outros afirmam que nasceu dos «galatas», pastores e fornecedores de leite da idade média.
Deixemos a matéria para os estudiosos da onomástica.
De resto, Galata também é nome de ponte, majestosa sobre o Corno de Ouro, já a quinta, herdeira dos esquissos de Leonardo da Vinci no tempo do sultão Bayezid II.
Se quanto à popularidade o Galatasaray é o maior clube da Turquia, também quanto a títulos (20 campeonatos e 16 taças) fica por cima.
Mas foram os vizinhos do bairro de Kadikoy, os primeiros turcos a receberam o Benfica.
No dia 8 de Junho de 1962, o campeão europeu defrontava o Fernerbahçe, o campeão turco dessa época.
Istambul era palco de honra para o grande Benfica.
E a vitória foi firme: 3-1.
«A impressão deixada pelo Benfica foi ilustrada pelo comportamento do próprio público turco: ao terminar o encontro, apesar de se tratar de um dos públicos mais 'caseiros' de todo o mundo, os espectadores sublinharam a saída dos jogadores portugueses com prolongados aplausos», registava a imprensa.
Mais de 20 mil pessoas rodeavam o campo.
Germano era imperial na defesa, digno de Costantino, o Grande, da Nova Roma. José Augusto, Cavém e Coluna dominavam o meio-campo. Águas, Eusébio e Simões massacravam a defesa contrária.
Numa fase brilhante do futebol encarnado, dois golos: por Coluna aos 38 minutos e por Eusébio aos 40.
A resistência turca desfez-se e o Benfica limitou-se a controlar a segunda parte. José Águas ainda fez o 3-0 (59 minutos), e Sefter reduziu no último minuto.
As águias de Lisboa tinham aterrado pela primeira vez no lugar ao qual os gregos chamavam «Istambulin», «A Cidade».
Regressam agora, no novo século, para enfrentarem outros desafios..."

Afonso de Melo, in O Benfica

"Uma homenagem ao popular corredor José Maria Nicolau"

"Uma oferta que eternizou, a óleo, uma das maiores referências do ciclismo nacional

1 de Abril de 1934. Não estava um dia bonito para celebrar o 30.º aniversário do Sport Lisboa e Benfica. Sentia-se um tempo implacável, com chuva e vento, que ainda assim não demoveu as alunas da ginástica infantil do Benfica de angariarem fundos para a concretização da homenagem ao famoso corredor, com a venda aos seus sócios e admiradores de '(...) uma miniatura do quadro, em cujo verso tem inscrita a lista das classificações das provas em que tomou parte, desde que enverga a camisola vermelha (...)' durante o festival. Esta ideia ideia tinha visto a luz do dia em Janeiro desse ano, vinda de um pequeno grupo de sócios, e ninguém ficou indiferente, muito menos a Clube que acolheu o famoso ciclista.
Esta pequena fotografia ainda desconhecia que, nesse ano, José Maria Nicolau viria a vencer a V Volta a Portugal em Bicicleta, que decorreu entre 19 de Agosto e 2 de Setembro. Foi o seu segundo triunfo individual nesta prova e terceira vitória colectiva como atleta benfiquista, ao completar a volta em 66h 31m 18s, menos 18 minutos e 16 segundos do que o seu rival mais próximo.
Para celebrar este feliz acontecimento, em Janeiro de 1935, o Sport Lisboa e Benfica organizou uma festa de homenagem aos ciclistas na sala do Capitólio. O entusiasmo atingiu o auge quando entregaram nas mãos de José Maria Nicolau a majestosa '(...) taça de prata com os seus músculos de aço'. E, nessa mesma noite, foi finalmente descerrado '(...) um belo retrato de José Maria Nicolau, em proporções naturais'.
No Museu Benfica - Cosme Damião, pode-se apreciar este magnífico retrato a óleo da autoria de António Duarte, pintor e escultor conhecido pelo seu 'estilo marcadamente másculo e firme'."

Lídia Jorge, in O Benfica

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Lixívia 6

Tabela Anti-Lixívia:
Benfica............ 12 (-4) = 16
Sporting...........14 (0) = 14
Corruptos....... 14 (+2) = 12

Jornada atípica, sem grandes erros, sendo que até o Benfica beneficiou de um erro do árbitro!!! A raridade do acontecimento, merece ser comemorada...!!!

A verdade é que a Mão do Mitroglou tocou na bola, mas foi de forma tão dissimulada, que ninguém viu. Nem o árbitro, nem os jogadores do Paços. Ninguém pediu penalty. Aliás as imagens mostram dois jogadores do Paços, a pedirem Canto... Foi burrice do Mitroglou, e é melhor não repetir a graçinha, noutros jogos.
Pouco tempo depois houve uma Mão na bola na área do Paços, mas o árbitro marcou falta do Jardel, e vendo a repetição, parece-me que a decisão foi correcta, pois o Jardel meteu o braço em cima do ombro do adversário.
No resto do jogo, tivemos que aturar mais uma daquelas partidas, onde o critério disciplinar foi adaptado à necessidade de não expulsar nenhum adversário do Benfica. Explico: durante os primeiros 60 minutos não se deve dar amarelos aos adversários do Benfica... a excepção podem ser os avançados!!! Para que assim, as equipas de arbitragem não sejam obrigadas a expulsar nos últimos 30 minutos, com duplo amarelo os caceteiros adversários!!! É uma daquelas regras, que não está escrita, mas é aplicada, semana após semana!!!
No penalty contra o Benfica, estava 0-0, é sempre complicado perceber a influência no jogo do 1.º golo, mas o Benfica acabou por vencer por 3-0, assim não se pode retirar a conclusão, que o resultado da partida seria muito diferente...!!!

No Bessa tivemos mais choradeira, e mais uma vez, sem qualquer razão. Os Lagartos queixaram-se de um golo anulado, e de um penalty, em ambos os casos, sem qualquer razão...

Por incrível que pareça, o Vasco Santos apitou bem um jogo dos Corruptos!!! Sendo que no 2.º golo do Moreirense, teve sorte!!! Se não tivesse sido golo, duvido muito que tivesse marcado o penalty claro do Danilo, empurrando o outro avançado do Moreirense...

Anexos:
Benfica
1.ª-Estoril(c), V(4-0), Tiago Martins, Nada a assinalar
2.ª-Arouca(f), D(1-0), Nuno Almeida, Prejudicados, (1-2), (-3 pontos)
3.ª-Moreirense(c), V(3-2), Jorge Ferreira, Prejudicados, (4-1), Sem influência no resultado
4.ª-Belenenses(c), V(6-0), Bruno Paixão, Nada a assinalar
5.ª-Corruptos(f), D(1-0), Soares Dias, Prejudicados, (-1 ponto)
6ª-Paços de Ferreira(c), V(3-0), Rui Costa, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado

Corruptos
1.ª-Guimarães(c), V(3-0), Veríssimo, Nada a assinalar
2.ª-Marítimo(f), E(1-1), Hugo Miguel, Nada a assinalar
3.ª-Estoril(c), V(2-0), Duarte Gomes, Prejudicados, (3-0), Sem influência no resultado
4.ª-Arouca(f), V(1-3), João Capela, Nada a assinalar
5.ª-Benfica(c), V(1-0), Soares Dias, Beneficiados, (+2 pontos)
6.ª-Moreirense(f), E(2-2), Vasco Santos, Nada a assinalar

Sporting
1.ª-Tondela(f), V(1-2), Xistra, Prejudicados, Beneficiados, (0-1), Sem influência no resultado
2.ª-Paços de Ferreira(c), E(1-1), Manuel Oliveira, Nada a assinalar
3.ª-Académica(f), V(1-3), Bruno Esteves, Prejudicados, Beneficiados, Sem influência no resultado
4.ª-Rio Ave(f), V(1-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
5.ª-Nacional(c), V(1-0), Veríssimo, Beneficiados, Impossível contabilizar
6.ª-Boavista(f), E(0-0, Soares Dias, Nada a assinalar
Épocas anteriores:

Arbitragem sempre mira de Bruno

"O caminho do confronto é perigoso, não tem meio-termo e precisa do cimento dos resultados desportivos para ter viabilidade...

O Sporting, pela palavra do seu presidente, apontou baterias à arbitragem e explicou todos os males que assolam o futebol do clube com o trabalho dos árbitros, o último dos quais Artur Soares Dias. O presidente da Assembleia Geral também ajudou à festa e o treinador não deixou de mostrar desagrado pelo trabalho do juiz da partida do Bessa. Porém, ao contrário de Bruno de Carvalho, Jorge Jesus teve a lucidez suficiente para fazer alguns reparos pertinentes: em primeiro lugar, o Sporting não fez um bom jogo, longe disso; em segundo lugar, o rendimento dos suplentes utilizados deixou muito a desejar; e, em terceiro lugar, faltou criatividade nas situações de um-contra-um. Jesus anda no futebol há demasiado tempo para não saber que por vezes dá jeito mascarar algumas situações, remetendo culpas próprias para terceiros e assim ganhar tempo para proceder às necessárias afinações. Por isso, não deixa de alinhar nas críticas à arbitragem; mas quando diz, por exemplo, que houve défice de criatividade, é inevitável que, de imediato, se pense em André Carrillo, o jogador mais criativo do plantel leonino e também o mais forte nas situações de um-contra-um. Francamente, sem estar dentro da cabeça de Jorge Jesus, custa-me a crer que o treinador do Sporting não estivesse a pensar no internacional peruano quando apontou aquela carência do futebol do Sporting. André Carrillo é o ausente mais presente da história recente do Sporting, sem que se vislumbre uma solução em que todas as partes envolvidas não percam (mais o clube do que o jogador, isso sem dúvida).
Bruno de Carvalho - e isso ficou bem à vista na intervenção que fez na Assembleia Geral de ontem - está a dramatizar o discurso, ciente da importância dos resultados desportivos imediatos para a viabilidade do projecto em curso. Por isso ataca de forma radical alegados oposicionistas (quem serão os seis a quem se refere?), não mede palavras para zurzir os rivais (Benfica à cabeça, depois da deselegância de Carnide) e coloca em xeque antigos dirigentes que se entregaram ao clube, a maior parte deles com prejuízos das vidas pessoais e profissionais.
É um caminho perigoso, sem meio-termo, que sobreviverá apenas enquanto o cimento dos resultados desportivos mantiver o edifício em pé...

Assim se passa ao lado de uma grande carreira
«Não é preciso ser humilde para se ser árbitro, é preciso ter um ego do tamanho do mundo.»
Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting
Bruno de Carvalho não poupou nas palavras para zurzir Artur Soares Dias (que o considerou expulso, por factos ocorridos depois do apito final) e teve esta curiosa expressão sobre a necessidade de um grande ego para se vingar na arbitragem. O presidente do Sporting, numa rápida introspeção, certamente concluirá que passou ao lado de uma grande carreira.

ÁS
Miguel Oliveira
A vitória no Grande Prémio de Espanha e a subida ao terceiro lugar no Mundial de Moto 3 são sinais de talento e capacidade do corredor de Almada. Por isso, de olhos postos no Moto 2 do próximo ano e até noutros horizontes mais ambiciosos, todas as esperanças são legítimas. Há um português a dar cartas no motociclismo mundial

ÁS
Jonas
Semana após semana derrama futebol cinco estrelas pelos relvados portugueses. O golo de bandeira que marcou ao Paços de Ferreira foi apenas o episódio mais recente de uma história de sucesso de um jogador que andava perdido em Valência e veio encontrar no Benfica o sítio certo para se renovar. E Dunga, andará de olhos abertos?

DUQUE
Sepp Blatter
Penoso final de mandato do ainda presidente da FIFA. O garrote está cada vez mais apertado e a figura de Blatter na liderança da FIFA não passa já de um cadáver adiado. Com tudo o que estava a acontecer era impossível que a investigação não chegasse a Sepp Blatter. A ver vamos, a seguir, o que se passará com Michel Platini.

Messi lesionado
Como vai reagir o Barcelona à ausência - prevêem-se dois meses em doca seca -  de Leo Messi? A resposta terá de ser dada pelas outras estrelas planetárias dos 'culés', Suarez, Neymar, Iniesta e companhia. É bom não esquecer que, no último jogo da 'pulga', sem limitações, o Barcelona foi goleado por 1-4 em Vigo, o que indica um apagão que vai para além do génio argentino. Provavelmente, nas próximas oito semanas, veremos um Barça mais colectivo, sem esperar que seja o suspeito do costume a resolver os problemas de todos...

A maior vitória da história de Gales
Quem o diz é o 'Wales on Sunday'. O triunfo de Gales, em Twickenham, sobre a Inglaterra, num jogo de cortar a respiração, 80 minutos de puro deleite para quem gosta de râguebi, foi o mais importante da história daquela nação de râguebi. Feitas as contas, a Inglaterra pode nem passar da primeira fase..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Gonçalo Guedes

"Os jovens olharão para Gonçalo Guedes com a certeza, agora, de que a pena o esforço, a entrega, a dedicação.

1. O dia de ontem fica para a história pessoal de um bem jovem futebolista que cresceu no Benfica. E merece bem o título deste artigo. Das escolinhas ao primeiro golo num jogo oficial da principal competição do futebol português vão poucos anos, muito trabalho, indiscutível ambição, imensa dedicação. Gonçalo Guedes mereceu aquele golo frente ao Paços de Ferreira e Rui Vitória foi um verdadeiro Professor ao motivar aquele aplauso imenso - de mais de quarenta e cinco mil fiéis adeptos do Benfica - aos setenta e oito minutos de jogo. A substituição foi um instante de reconhecimento. E de múltipla e colectiva motivação. A vitória do Benfica era bem necessária e foi totalmente merecida. E mostrou que a combinação entre ambição e experiência é uma estratégica correta. Jonas é fatal. Singular e artisticamente fatal. Como aquele primeiro golo claramente mostrou. Mas Gonçalo Guedes e Nelson Semedo evidenciam talento e vontade de vencer. Com serenidade crescerão. Sabendo que têm aproveitado o tempo que lhes tem sido, e bem, concedido. Para comum contentamento. E com o nosso entusiasmo. Tendo todos consciência das dificuldades que surgirão. Sabendo com André Gide que «a experiência ensina mais seguramente do que o conselho». Sendo que este é útil e deve ser bem recebido. Como se percebe do comportamento e das exibições de Gonçalo Guedes. Como ressalta da sua auto-estima e da sua generosidade genuína que brota das suas raízes e também das escolinhas do Benfica. E os jovens, muitos a partir do Seixal e da sua academia, olharão para ele com a certeza, agora, de que vale a pena o esforço, a entrega, a dedicação. E também a paixão ao clube do seu coração!
2. Na sexta feira passada no arranque de mais uma jornada de quatro dias - de sexta a segunda! - da nossa Liga o Futebol Clube do Porto perdeu mais dois pontos ao empatar em Moreira de Cónegos. Acredito que nenhum adepto do Porto acreditaria que não ganharia este jogo antecipado da Liga. Acredito que quando o Porto voltou a liderar o jogo a escassos minutos do apito final poucos apostavam - mesmo no novo e atrativo jogo de apostas Placard! - que a equipa de Lopetegui não conquistaria os três pontos. Mas o sortilégio do futebol é isto. Ao alento de alma pós Benfica seguem-se fantasmas da época passada em muitos da tribo portista. O interessante é que Futebol Clube do Porto e Chelsea fizeram o mesmo resultado. Empataram fora de casa a duas bolas. E agora encontram-se, no Dragão, na próxima terça feira. E cada um precisa de ganhar. Quer Lopetegui, quer Mourinho. É a paixão do futebol. E dos seus actores. Com as suas circunstâncias. Sempre!
3. Hoje em Guimarães há um confronto duplamente especial. O duelo do Minho. Com a rivalidade entre Vitória e Braga a crescer de ano para ano. Com adeptos cada vez mais fiéis. Fortemente fiéis. E hoje temos o regresso ao cheiro da relva de Sérgio Conceição. Esteve umas semanas, e com muito interesse, a comentar as incidências dos jogos da Liga dos Campeões na RTP. Hoje regressa com um picante acrescido. Defronta a sua anterior equipa após um despedimento doloroso. Para além da rivalidade do Minho fica o regresso cirúrgico de um treinador com uma forte personalidade num jogo contra o Braga que liderou na época passada e que levou à fase de grupos da Liga Europa. É a paixão do futebol em duplicado. Com um jogo que será, de verdade, de duplo risco. E para as autoridades de «alto risco»!
4. Hoje, na Catalunha, realizam-se umas importantes eleições. Também de alto risco. Para a Espanha e para a Europa. Está em causa, de verdade, o possível arranque de um complexo processo de grande autonomia da região que assume características de verdadeira «independência face a Espanha». A campanha eleitoral foi intensa e envolveu, entre outras, uma questão directamente relacionada com o desporto e, em particular, com o futebol: se - e repito se... - houvesse uma independência seria possível o Barcelona jogar na Liga espanhola? A resposta para muitos é um claro não. Seria necessária criar uma nova liga na nova nação! Importa acompanhar os dias seguintes ao processo eleitoral de hoje. O Benfica vai sentir o ambiente em Madrid a partir da próxima terça feira quando chegar à capital espanhola para o jogo da segunda jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões frente ao Atlético de Madrid. Clube fundado em 1903 mas que aproveitou, em certo momento, de uma ligação estreita com a Aviação espanhola denominando-se então Athletic Aviación Club e que, em 1947, com a liderança em Espanha do ditador Francisco Franco, passou a ser designado como Club Atlético de Madrid. Mas na Catalunha o Barcelona tornou-se, nesse tempo bem difícil, o maior símbolo do anti franquismo. O escudo do clube tem as cores da Catalunha e por isso se diz que o «Barcelona é mais do que um clube». É um símbolo de uma comunidade. E basta recordarmos que o seu estádio é o Camp Nou, novo campo, ou seja, um espaço colectivo que identifica «o colectivismo nacional catalão». E há um livro de Jimmy Burns Maranón que merece ser lido, ou relido, nestas semanas já que ajudará a perceber parte dos resultados das eleições de hoje: Barça: a paixão de um povo!"

Fernando Seara, in A Bola

A premonição de Rui Vitória

"Quando Rui Vitória dizia, na 6.ª feira, que os adversários directos ainda iam perder pontos não devia estar a pensar que isso pudesse acontecer tão depressa: poucas horas depois o FC Porto empatava em Moreira de Cónegos e ontem o Sporting também não conseguia levar a vitória do Bessa. Uma jornada de 7 pontos para o Benfica (3 ganhos, 4 perdidos pelos rivais), perfeita para recuperar o abalo sofrido no Dragão.
Para quem dizia que esta Liga seria um passeio para os três grandes - que iriam 'limpar' tudo e discutir o título nos jogos entre si - o que se percebe, à 6.ª jornada, vai mais em sentido contrário. Está a aumentar a dificuldade em vencer as equipas do meio da tabela para baixo e é provável que, por este andar, o próximo campeão fique muito longe dos 85 pontos que o Benfica conseguiu na época passada. Veremos.
Na Luz, a boa notícia é que Jonas não perde a inspiração. Já não há dúvidas de que existe uma química especial entre o avançado brasileiro e o palco das águias: em 18 jogos para o campeonato na Luz, Jonas tem 20 golos apontados. É obra! A outra boa notícia para o Benfica é que, depois de Nélson Semedo, aí está Guedes a dar razão à aposta na formação. Mais do que o golo marcado (o 1.º pela equipa principal), a assistência para o 3-0 é digna de figurar em qualquer compêndio de bem jogar futebol. Notável.
No Bessa, o Sporting desperdiçou uma oportunidade de ouro para passar a liderar sozinho. Os leões têm razão de queixa da arbitragem, é um facto, mas também não fizeram muito para merecer a vitória. Mais uma exibição frouxa. a levantar várias dúvidas."

A volta dos direitos de autor

"Sulejmani e Nolito, que passaram pelo Benfica, estiveram em grande plano no fim de semana ao serviço do Young Boys e do Celta de Vigo, os seus novos emblemas. Lá pela Suíça, Sulejmani marcou dois golos lindos, um de pé esquerdo, o outro de pé direito. Já o golo de Nolito, uma chapelada sensacional, aconteceu contra o Barcelona e, assim sendo, a proeza do ex-benfiquista fez dele o homem da jornada da Liga espanhola. Merecida nota artística para aqueles momentos de individualismo dos dois jogadores que resultaram em golos e numa torrente de elogios. A 'nota artística', como se sabe, tem em Portugal direitos de autor. Quando, há coisa de duas semanas, o Benfica fez os seus únicos 90 minutos inteiramente decentes desta época goleando o Belenenses na Luz, voltou à baila, a propósito da exibição de Gaitán, essa mesmo expressão a que Jorge Jesus recorria frequentemente quando, no seu primeiro ano na Luz, tinha à disposição jogadores geniais como Aimar, Di María e Saviola.
O agora treinador do Sporting terá visto o jogo e ouvido os elogios à exibição com nota artística da sua antiga equipa e não resistiu a chamar a si a paternidade do dito. "O Benfica ganhou com quê? Com nota artística? Era só para recordar e saber quem disse isso..." Na verdade, toda a gente sabe. É já tão indissociável de Jesus a fórmula da 'nota artística', que mede o talento ao desbarato, como é indissociável de outro 'cérebro', Albert Einstein, a famosa Teoria da Relatividade, que mede energia, massa ao quadrado e velocidade da luz, tudo na mesma equação.
No ano em que chegou ao Benfica, Nolito fez uma pré-época prometedora. Ao ponto de Dias da Cunha, um ex-presidente do Sporting, ter proferido um desabafo que também entrou, ainda que mais modestamente, para a História: "Se tivéssemos um Nolito, não estávamos a chorar: Depois, contrariando as expectativas, o jovem extremo catalão foi perdendo fulgor e espaço na equipa do Benfica, vendo-se presentemente relegado para a situação de ter de andar por Espanha a marcar golos ao Barcelona. O futebol tem destas provas.
Por exemplo, uma prova de que o Porto não perdeu em casa com o Benfica no domingo é que o presidente do Porto não aproveitou a semana para visitar José Sócrates, tal como o visitou na semana em que o Porto perdeu em casa como Benfica na Liga anterior."

Às pernas do adversário

"Ver as entradas dos jogadores do Atlético e do Leixões sobre os jovens do FC Porto e do Sporting André Silva e Mauro Riquicho {punidas com amarelo!!...), e a consequência que poderiam ter tido sobre as suas promissoras carreiras desportivas é o mote para voltarmos a um assunto por de mais evidente. Já sabemos que a forma como a agressividade tem crescido nos relvados nacionais não tem sido bem avaliada por muitas equipas de arbitragem. Mas esse crescendo está directamente relacionado como laxismo que as equipas constituídas por Fernando Gomes desde 2010 nos órgãos disciplinares adoptaram como natureza e idiossincrasia. Desde então não se distingue entre a agressão física (sem relação imediata com a disputa de bola) e o 'jogo violento' (entradas ao corpo do adversário relacionadas com a disputa de bola), mesmo depois das alterações regulamentares feitas na Liga em 2007 e 2010; para ambas as hipóteses vão todos os jogadores expulsos corridos com a suspensão de 1 jogo (tal como é punido um 'duplo amarelo'...), sem qualquer interpretação valorativa das descrições que os árbitros fazem nos seus relatórios; a reincidência é vista como uma acumulação sem juízo adicional de censura; a sensação de impunidade instalou-se e o campo passou a ser cada vez mais uma área de elevado risco. Pois. Os senhores 'conselheiros' estão na federação a assobiar para o ar e a vida corre entre os pingos da chuva que cai sobre os árbitros...
Já sabemos também que há muito se fala de uma importante medida: suspender os autores das faltas violentas, com consequência física grave, durante o período de incapacidade e recuperação do jogador lesionado. Já existe há muito essa sanção temporária para as agressões (lembram-se da novela Paulinho Santos vs João Vieira Pinto?) mas teima-se em não alargá-la expressamente para os 'tackles' e 'vassouradas' intoleráveis. Medida custosa mas, nesses casos de maior censura, proporcionada e tuteladora da correspetividade do dano. Porém, só se lembram quando a grosseria atinge a nossa casa...
Em Junho houve modificações do Regulamento Disciplinar da Liga. Mais uma vez não se mexeu nas infracções que mais respeitam à integridade física dos principais intervenientes no jogo. Os clubes estavam muito atarefados com a necessidade de extinguir a Comissão de Instrução e Inquéritos e afastar os seus membros da jurisdição do futebol profissional. Com certeza que deveriam ser eles que andavam por lá a entrar às pernas dos jogadores..."

'Sábado gordo'

"Miguel Leal, talvez com excesso de humildade, afirmou na projecção do jogo com o FC Porto, que «as probabilidades de vitória do Moreirense» eram de 0,01 por cento, o que, para bom entendedor, soava a prenúncio da derrota. Julen Lopetegui, apesar de desconfiar de tamanha generosidade, sentiu que a situação lhe era favorável e espraiou a petulância que o tem caracterizado desde que chegou a Portugal ao anunciar que iria insistir no modelo de rotatividade através de «um onze completamente novo». Cada um sabe de si e deve assumir as responsabilidades pelas decisões que toma. Na última época, o Benfica foi campeão, embora o melhor plantel fosse o do FC Porto. Na presente temporada, essa diferença acentuou-se em consequência da retracção benfiquista em matéria de gastos e de outro ousado investimento portista. Segundo opinião consensual, mora no Dragão um plantel que é muito superior, em quantidade e qualidade, aos de Alvalade e da Luz. Objectivamente, o FC Porto perdeu dois pontos na visita a Moreira de Cónegos e adverte para uma falha já identificada pelo próprio Lopetegui: o seu jogo é previsível. Ou seja, o treinador basco, continuando sem revelar uma ideia clara do que pretende, enreda-se na abundância de boas soluções que tão rico plantel lhe permite. Depois, a sua teimosia faz o resto... Não ser capaz de ganhar a um adversário que apenas reclamou 0,01 por cento de favoritismo é, no mínimo, estranho. Além de convidar a reflexão por parte da administração portista: se Lopetegui não muda, não deve existir plantel que lhe sirva... 
Resultado bem recebido, portanto, por Sporting e Benfica. O primeiro pode ficar líder se tiver sucesso na difícil viagem ao Bessa. O segundo recebe o Paços de Ferreira e se vencer recupera dois pontos ao FC Porto. 'Sábado gordo' em perspectiva, para confirmar os três candidatos prometidos por Jesus."

Fernando Guerra, in A Bola

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domingo, 27 de setembro de 2015

6.ª Troféu António Pratas

Benfica 76 - 48 Oliveirense
22-12, 21-18, 14-7, 19-11

Primeiro troféu da época (10.º consecutivo!!!), numa final totalmente dominada pelo Benfica, em São Pedro do Sul. Ainda com muito para melhorar, mas com vários pormenores promissores...
A Oliveirense sem o Elvis, foi um adversário ainda mais dócil, mas foi notório uma atitude defensiva muito profissional do Benfica... não me admirava nada, que tivesse sido proposto um numero de pontos sofridos máximo, pelo Lisboa!!!
Pessoalmente, a confirmação da qualidade do Wilson é a nota mais importante, não só nos pontos que marca, mas também nos ressaltos, na forma como defende, e em muitos daqueles pormaiores que não aparecem nas estatísticas...
O Cook transpira qualidade, mas fica muitas vezes 'desligado' do jogo. Uma das imagens de marca do Jobey, eram aquelas 'piscinas' na linha de fundo, à procura dos bloqueios, para ficar isolado para lançamento... deviam mostrar os vídeos ao Cook!!!
O Lonkovic e o Nuno Oliveira ainda estão um pouco fora do ritmo da equipa... vão ter que se adaptar rapidamente, em Barcelos jogavam os 40 minutos, no Benfica, têm que ser efectivos nos minutos que tiverem em campo.
Também gostei de ver a estreia do Monteiro em jogos oficiais... tem muito mais potencial do que o Pedro Belo, podemos ter aqui um Poste para o futuro!!!

Agora, é preciso não embadeirar em arco, ontem vencemos os Corruptos, mas durante a época eles vão evoluir, e nós também temos que ir melhorando... e não esquecer a Ovarense, que tem um bom treinador, e reforçou-se bem (estranhei a derrota com a Oliveirense), além do Guimarães que tem sido o nosso principal rival nas últimas épocas...

No Sábado, vamos disputar a Supertaça com o Barcelos, em Vila Nova de Cerveira.

Aviso

Benfica 2 - 4 Sporting

Não consegui acompanhar o jogo, mas as opiniões são unânimes: péssimo jogo do Benfica, com a agravante de termos desperdiçado todas as oportunidades que tivemos de bola parada, e ainda a superioridade numérica por duas vezes (4 minutos no total).
Parece que a secção quer manter a 'tradição' de perder a Supertaça, e depois vencer praticamente tudo no resto da época!!! Um bocadinho mais a sério, não gostei nada deste resultado...
A saída de dois jogadores não pode explicar tudo, os resultados da pré-época não foram nada animadores, mas têm uma importância relativa... é preciso integrar os novos jogadores rapidamente, no Hóquei não existe Play-off, portanto todos os jogos contam...

PS: Em Lamego, o nosso Voleibol triunfou no Torneio das Vindimas (o mais importante da pré-época Portuguesa), vencendo na Final a Fonte do Bastardo por 3-1 (25-22, 25-16, 23-25, 25-19). No próximo fim-de-semana temos a Supertaça com o Sporting de Espinho, em Coimbra.

No bom caminho...

Benfica 3 - 0 Paços de Ferreira


Não esperava a titularidade do André Almeida, para mim foi a grande surpresa, é verdade que dá consistência defensiva, temos menos desequilíbrios nas transições defensivas, mas depois faltam os passes de ruptura nas situações ofensivas. Talvez isso explique o jogo previsível do Benfica durante muitos minutos...
Aceito que nos jogos mais 'apertados' o André seja titular, neste tipo de jogos, acho que é um excesso de precaução. Em Madrid por exemplo, tem mesmo que ser titular naquela posição...
O Benfica entrou a controlar, mas com poucas jogadas de golo, com o Nico muito encostado à linha, acabou por ser o Nelsinho o nosso principal desequilibrador na direita. Não creio que esta situação tenha sido casual, acho que foi trabalhado durante a semana... sendo o Guedes, a sair do flanco, e a fazer os desequilíbrios no meio, e não o Nico.
Mas acabou por desbloquear a partida, foi o Jonas com um golo monumental.
No 2.º tempo, voltámos a entrar demasiado passivos... mas o Nico, a partir do flanco, acabou por criar as jogadas, para o Benfica marcar mais dois.
Sendo que o Guedes, quando recebe a bola na linha, ou quando tenta construir, acaba sempre por complicar, mas dentro da área (a posição natural dele...), acabou por ser decisivo, marcando um golo, e dando outro (já no 1.º golo, foi o miúdo que fez o passe para o Jonas).
Uma referência para as transições defensivas, depois dos sustos nos jogos com o Estoril e o Arouca, a verdade é que o Júlio César, tem sido um espectador nas restantes partidas... Nesses primeiros jogos o Imperador, foi quase sempre o melhor em campo, com várias intervenções decisivas, sempre com a defesa do Benfica apanhada em contra-pé... Mesmo antes da titularidade do André, já o Benfica estava melhor nesta fase do jogo. Claro sinal de trabalho no treino...

Júlio César fez um defesa, já com o resultado em 3-0; o Luisão esteve bem...; o Jardel 'ofereceu' a melhor oportunidade do Paços, com o passe 'louco', mas em termos defensivos este bem; o Eliseu foi ultrapassado uma vez, numa jogada que deu livre perigoso contra o Benfica, mas de resto esteve regular... sendo que ofensivamente as combinações com o Nico, desta vez, não saíram bem; o Nelsinho foi o nosso melhor jogador na 1.ª parte... está claramente melhor a defender; Samaris continua a dominar... com o André tem o trabalho facilitado; já disse quase tudo sobre o André, bem a defender, com bola e 'sem bola' (posicionamento, compensações...), mas com a bola nos pés, falta-lhe qualidade...; eu gosto de ver o Nico na linha, acho que o Nico quando vem para o meio, é perigoso, porque perde muitas bolas, com malabarismos desnecessários... e como foi visível, voltou a ser decisivo em jogadas a partir da linha, quando jogou simples; o primeiro golo do Guedes, será sempre recordado... até marcar o golo, até estava a ser semi-assobiado!!! Já o disse várias vezes, não é um extremo, não tem capacidade de drible, para furar linhas, mas quando aparece na área, nas costas dos avançados é muito perigoso...; o Jonas voltou ser decisivo... mas aquele sprint defensivo, rebentou em ele!!!; o Mitroglou teve pouco espaço, não procurou tanto a bola, mas os centros também não foram ter como ele...; em Madrid, optava pelo Jiménez, que voltou a entrar bem, com muita vontade. muita mobilidade e muita qualidade no passe...

Acabou por ser uma excelente jornada, onde recuperámos 4 pontos aos nossos directos adversários. Apesar dos nossos problemas, continuo a pensar que somos actualmente a equipa que melhor futebol está a jogar, mas agora é preciso concretizar nos jogos fora... E se alguém pensar que o União vai ser fácil, tiram o cavalinho da chuva, o jogo na Madeira, vai ser muito complicado...

Espero que a secção não volte a fechar !!!

Benfica 78 - 64 Corruptos
14-14, 22-16, 22-18, 20-16

O regresso dos Corruptos ao Basket, foi celebrado com nova derrota, tal como na despedida!!! Assim, é bonito...!!!
Acabou por ser um jogo típico de pré-época, ainda com muitas falhas, e com muito trabalho pela frente para afinar os parafusos, de ambas as equipas...
Mas deu para ver, que acertámos nos Americanos... Pessoalmente, continuo com dúvidas em relação à posição 5: Gentry e Fonseca parece-me curto...

Amanhã, na Final do Troféu António Pratas, vamos defrontar novamente a Oliveirense!!! Será o terceiro jogo entre as duas equipas, em 10 dias!!! Vencemos os dois anteriores, mas as vantagem até foram curtas...

Capote !!!

Passos Manuel 15 - 32 Benfica
(8-15)

Jogo fácil, onde todos os jogadores de campo marcaram, e onde só sofremos 15 golos.
A partir de agora o nível de dificuldade vai aumentar. Vamos receber o Águas Santas que tem uma excelente equipa, e depois vamos ao antro Corrupto... Vamos ver como a equipa reage.

sábado, 26 de setembro de 2015

Goleada, na véspera da Europa...

Benfica 9 - 1 São João

Bom início de tarde, com uma goleada bem construída, com golos para todos os gostos.
A única novidade foi o regresso do Brandi... desta vez foi o Juanjo a ficar de fora...

Agora, vamos para a Eslovénia, disputar a UEFA Futsal Cup, com o Centar Sarajevo (Bósnia), Varna (Bulgária) e o Dobovec (Eslovénia). Somos favoritos, passam duas equipas, estou bastante confiante...

PS1: A nossa equipa de Voleibol, venceu hoje em Lamego, no Torneio das Vindimas, o Castêlo da Maia, por 3-1 (21-25, 25-19, 25-23, 25-9). O Castêlo bastante reforçado. Amanhã disputamos a Final com o inevitável Fonte do Bastardo, que também venceu por 3-1 o Madalena.
Recordo que para a semana, vamos disputar o primeiro troféu oficial da temporada: Supertaça, contra um também reforçado Sporting de Espinho.

PS2: Esta noite na Catalunha, a Selecção Nacional de sub-20 de Hóquei em Patins, sagrou-se Campeã do Mundo, com três Benfiquistas na equipa: Gonçalo Nunes, Gonçalo Pinto e Pedro Baptista.