Últimas indefectivações

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

Mi-Mi-Miccoli !!!

"«Diverti-me e diverti os outros»
(...)
- A decisão de terminar a carreira é sempre um momento muito duro para qualquer jogador. Como foi consigo?
- Foi um bocado difícil. Depois de vinte anos a jogar como profissional, nunca poderia ser fácil. Mas foi uma decisão vinda do coração. Terminei estes cinco meses em Malta, diverti-me muito, as pessoas gostaram muito de mim, fizemos história ao passar a primeira pré-eliminatória da Liga Europa e ao vencer o West Ham na segunda pré-eliminatória, tendo sido eliminados apenas no desempate por grandes penalidades. Além disso, marquei golos (n.d.r. nove em 14 jogos). Tomei a decisão de forma consciente, até porque em Junho faço 37 anos e, por isso, agora estava na hora de me dedicar à minha família.

- Teve a ver mais com o desejo de estar com a família ou com limitações físicas?
- Não, fisicamente estava muito bem, estava a jogar e não tive problemas este ano. Eu tinha regressado a Lecce (n.d.r. em 2013), à minha casa, à minha cidade, porque queria jogar ali. Depois aconteceram muitas coisas que me levaram a ter uma experiência noutro país, mas agora entendi que era a altura certa de terminar. Quero dedicar-me à minha família, quero passar mais tempo com eles. Depois, mais à frente, vamos ver o que vai acontecer. Posso fazer mais coisas ligadas ao futebol, mas agora quero estar tranquilo com a minha família.

 - Com o grande talento que sempre lhe foi apontado, acha que podia ter tido uma carreira melhor? Chegou a ser comparado a Romário e Maradona...
- Penso que podia ter feito algo mais, sem dúvida, mas o meu carácter... Bom, cada pessoa tem o seu carácter. O meu levou-me a ser assim. Mas aos meus filhos posso dizer com orgulho que sempre disse o que pensei a toda a gente, nunca me escondi atrás de ninguém. Podia ter feito algo mais, mas estou contente e honrado com aquilo que alcancei, sem dúvida alguma. Fiz aquilo que sempre desejei. Tive outras propostas, podia ter ganho mais dinheiro, mas tive objectivos em cada equipa que estive. No Benfica, na Juventus, no Palermo... Muitos deles consegui alcança-los, outros nem por isso. A coisa que mais prazer me dá é o facto de, em qualquer dessas equipas, ninguém poder dizer que não dei cem por cento de mim.

- As lesões foram um problema?
- Eu praticamente nunca tive lesões graves na minha carreira. Só uma operação ao joelho. Nos últimos anos tive alguns problemas numa coxa, mas nunca lesões graves. Desse aspecto não me posso queixar.

- Está, portanto, feliz e orgulhoso com o trajecto que teve.
- Sim, estou feliz e orgulhoso por tudo o que alcancei. E isso é demonstrado pelas pessoas dos clubes em que joguei e que ainda gostam de mim. As pessoas do Benfica ainda me demonstram isso. O simples facto de uma instituição com essa grandeza me ter agradecido no seu site oficial, quando deixei de jogar, é algo que me enche de orgulho. Vou agradecer para sempre ao Benfica e a todos no clube. Desde o presidente e a Direcção aos adeptos e aos amigos que lá tenho, como  o Nuno Gomes e o Rui Costa. Foi uma grande honra ali, acredite. e depois estou orgulhoso por tudo o que alcancei no geral, ao longo da carreira. Tornei-me numa lenda de uma cidade como Palermo, por isso para mim está bom assim. Estou satisfeito.

- Tem a consciência de que era considerado um jogador especial, um fora-de-série?
- Eu? (risos) Essas sempre foram as minhas características... Que posso dizer.. Muitas vezes fazia jogadas para o público, para os adeptos, porque eu divertia-me tanto a jogar no meio de uma estrada como num estádio cheio. Porque para mim o futebol era um divertimento. Por isso, tentava também divertir as pessoas que me iam ver, além de me divertir a mim próprio. Com certeza que nesse sentido era um jogador diferente em relação aos outros.

- O que faz agora no tempo livre e quais os planos para o futuro?
- Neste momento estou completamente fora dela. Levo os meus filhos à escola, passeio com a minha mulher, levo a meu filho Diego ao futebol e fico a vê-lo jogar, porque ele está na minha academia. A minha filha vai fazer patinagem. Estou completamente dedicado à família, portanto, agora preciso de estar com eles. Tenho muitos planos para o futuro, entre os quais continuar, sem dúvida, com a minha academia de futebol, que é filial da Roma (n.d.r. Scuola Calcio ASD Fabrizio Miccoli, criada em 2010 em San Donato di Lecce). Temos muitos rapazes bons e capazes de fazer aquilo que eu fiz.

- Pensa que pode ser treinador no futuro?
- Penso que não. Gostaria de ser director desportivo. Tenho também uma excelente relação com o meu agente, por isso, no futuro até pode existir a possibilidade de trabalharmos em conjunto e de me tornar agente também. Tenho diversas coisas em mente, vários programas. Vamos ver. Tenho tempo para fazer um pouco de tudo. Mais à frente vamos ver o que vai acontecer.

- Qual foi o melhor jogador com quem jogou?
- Joguei com tantos jogadores de qualidade... Na Juventus, no Benfica, no Palermo... O Rui Costa, para mim, era um fenómeno. Tal como eram o Thuram, o Montero. Qualquer um deles me deu alguma coisa. Não posso escolher um porque joguei com muitos, mas todos os campeões me fizeram aprender muitas coisas. E também tive sorte de jogar com jogadores jovens, aos quais penso tive o privilégio de ensinar algo, como o Dybala, o Cavani, o Pastore... Por isso, repito, tive a sorte de jogar com muitos campeões, não posso escolher um porque todos estes que eu disse, entre outros, são importantes.

- Se pudesse, mudaria alguma coisa na sua carreira?
- Se calhar sim. Quando estava na Juventus, provavelmente as coisas poderiam ter acontecido de forma diferente. Mas eu tenho um carácter muito especial, não consigo fingir, não consigo guardar aquilo que penso. Todos as coisas que para mim não estavam bem, disse-as. Se tivesse tido um pouco mais de paciência na Juventus, podia ter lá ficado mais alguns anos. É a única coisa que se calhar mudaria.

- Qual foi o ponto mais alto da sua carreira?
- O ponto mais alto foi, como para qualquer jogador, quando cheguei à selecção nacional. Foi seguramente esse. E depois tive vários marcos importantes: quando cheguei aos 100 golos na série A, quando me tornei no melhor marcador de sempre do Palermo e no mais importante jogador da história do clube. Entre outros episódios especiais, mas a chegada à selecção foi o ponto mais alto.

- Algum sonho ficou por realizar?
- Sim, vencer o campeonato italiano com alguma equipa e vencer o campeonato português pelo Benfica. Essa é uma espécie de espinha que fica encravada. Acabei por nunca ser campeão, mas também tive muitas coisas bonitas.

«O Benfica foi a experiência mais bonita da minha carreira»
(...)
- Foram só dois anos em Portugal, é verdade, entre 2005 e 2007, mas pareceram mais. O Benfica foi o grande amor da sua carreira?
- Sim, o Benfica, para mim, significa muito. Fui muito feliz e aprendi muitas coisas lá, foi uma fase muito importante da minha carreira. Foi, se calhar, a experiência mais bonita que tive. Sem retirar importância aos outros clubes, claro, porque repito, o Palermo e o Lecce estão no meu coração. Lecce porque foi onde nasci. Lecce é tudo para mim. E Palermo foi onde me tornei jogador. Mas o Benfica foi a experiência mais bonita, sim.

- Sempre elogiou o Benfica, mesmo em Itália. Ou seja, nunca o disse apenas para parecer bem na Imprensa portuguesa. Sempre foi uma relação genuína...
- Sim, eu não preciso de dizer coisas para ser simpático para as pessoas. Não sei se está recordado, quando houve o Juventus-Benfica na meia-final da Liga Europa, eu estava em Itália e disse que ia torcer pelo Benfica. Não tenho problemas com isso. Quando falámos do meu carácter, a questão é mesmo esta. Eu sou italiano, estava a jogar em Itália e já tinha jogado na Juventus, portanto podia dizer que ia torcer pela equipa italiano, pela Juventus, para parecer bem às pessoas. Mas eu não sou assim, não preciso dessas coisas. Digo a verdade, digo aquilo que penso. Não preciso dessas coisas. Se digo que o Benfica foi a experiência mais bonita da minha vida, é porque é mesmo assim. Não preciso da Imprensa portuguesa para nada.

- Ter jogado no Benfica foi mais importante do que conquistar títulos?
- Quer dizer, vencer é sempre bom para todos, seja em que clube for. Por isso, claro, ainda mais bonito do que ter jogado no Benfica teria sido ganhar algum título pelo Benfica.

- Os adeptos do Benfica nunca o esqueceram de si. Como se explica uma relação assim tão forte, tendo em conta que não ficou muito tempo no clube?
- Não sei explicar. Se calhar eles viram em mim um jogador que sempre honrou a camisola, que sempre a vestiu com muito respeito, tal como o Benfica escreveu no site, quando abandonei. Fui sempre assim em toda a minha carreira, e se calhar é por isso que ainda hoje sou tão acarinhado.

- O golo contra o Liverpool foi o ponto alto com a camisola do Benfica?
- Esse é um golo histórico. E foi um jogo inesquecível. Vencer (2-1) nos oitavos de final da Liga dos Campeões, em Liverpool, contra aquela grande equipa que o nosso rival tinha na altura, foi sem dúvida um dos pontos mais altos da minha passagem pelo Benfica.

- Fernando Santos foi entrevistado pelo nosso jornal no início do ano e disse que você tinha um talento fora do normal, que foi dos melhores com quem trabalhou e que podia ter tido uma carreira fantástica mas que levava tudo na desportiva e gostava muito de comer...
- (Risos) Isso é verdade, sempre foi uma coisa que gostei... Em relação ao Fernando Santos, gosto muito dele também. Como treinador e, sobretudo, como pessoa. É adorável, excepcional. Recordo-o com muito carinho e lembro-me muitas vezes dele também. Espero, um dia, ir a Portugal e poder encontrar-me com ele, estarmos um pouco juntos, darmos um passeio. Tenho grande estima por ele, deu-me muito.

- Voltando ao garfo e faca, sempre teve essa fama de gostar de comer...
- Não! (risos)

- É um mito?
- (Risos) Havia espaço para tudo. As pessoas sabiam que eu era assim. É a verdade. Não é que comesse de manhã à noite, mas também nunca fui uma pessoa como o Cristiano Ronaldo, que controla tudo. Eu era assim, ou gostavas de mim assim ou não tinhas hipótese.

- Sendo adepto do Benfica, ainda vê os jogos?
- Sim, continuo a seguir sempre o Benfica.

- E o que tem achado? Alguém o impressiona em particular?
- É uma equipa muito compacta e com bons jogadores. O Jonas está muito bem, marca muitos golos, e o Mitroglou também está muito bem. O Benfica pode ter sucesso, vamos ver como será até ao fim do campeonato. Vai ser equilibrado entre Benfica, FC Porto e Sporting.

- O Bryan Cristante foi emprestado pelo seu Benfica ao seu Palermo.
- É um jogador que conhece bem o campeonato italiano, e espero que, por ele e pelo Palermo, possa ter sucesso.

- Quando pensa vir a Lisboa?
- Agora que parei de jogar, de certeza que irei em breve porque tenho mais tempo. E também tenho muita vontade de voltar a ver o Benfica. Ainda não sei quando vou, mas vou, isso é certo. Até porque tenho aí muitos amigos,como o Nuno Gomes e o Rui Costa. Quero muito voltar a vê-los.

- Ainda mantém contacto com os seus ex-colegas de equipa?
- Tenho falado só com o Nuno Gomes.

- Já entregou a Maradona o brinco que comprou para lhe devolver? (n.d.r. o artigo foi comprado por €25 mil euros num leilão público, depois de o fisco italiano o ter confiscado, devido a dividas fiscais de Maradona, o grande ídolo de infância de Miccoli)
- Ainda não lho dei, mas só porque ainda não tive hipóteses de o encontrar. Assim que isso acontecer, vou devolver-lhe. Para mim o Maradona é tudo e ele sabe.

- Quer comentar as acusações de ligações à mafia?
- Não, agora não. Falarei quando chegar o momento certo.

Fabrizio Miccoli
Data nascimento: 27/06/1979 (36 anos)
Naturalidade: Nardó (Itália)
Peso: 73 quilos
Altura: 1,68 metros
Posição: Avançado
Jogos por clubes: 589 (215 golos)
Internacionalizações: 10 (2 golos)
Percurso: AS San Sonato e Milan (camadas jovens); Casarano (1996-1998); Ternana (1998-2002); Perugia (2002/04); Fiorentina (2004/05, empréstimo da Juventus); Benfica (2005-2007, empréstimo da Juventus), Palermo (2007-2013); Lecce (2013-2015); Birkirkara (2015)
Títulos: Supertaça Itália (2003, Juventus)

Nuno Gomes
Miccoli era jogador fora de série
«O Miccoli era um fora de série tecnicamente e tinha pormenores só ao alcance de jogadores de grande nível. Entendia-me muito bem com ele dentro e fora do campo e continuamos a ser amigos hoje em dia. É daqueles jogadores que deixam saudades.»

Rui Costa
Miccoli podia ter sido dos melhores do Mundo
«O Miccoli foi dos jogadores mais geniais com quem joguei futebol e tenho o maior apreço por ele, pela relação que criámos. É um rapaz extraordinário, muito divertido, com uma alegria impressionante e contagiante que também levava para dentro do campo. Era importante para as equipas onde jogava e ao mesmo tempo divertia os adeptos. O futebol perdeu mais um génio. Foi pena alguns contratempos que teve, mas estou à vontade para dizer isto porque lhe disse várias vezes: o Miccoli podia ter sido dos melhores jogadores do Mundo, pela genialidade e talento que tinha. Recordo-me do primeiro jogo que fiz contra ele em Itália, um Perugia-Milan, em que marcou um golo fora do normal. Estava a começar a destacar-se e depois desse momento eu percebi, e toda a Itália percebeu, que estava ali um jogador espectacular. Mais tarde fomos colegas no Benfica e tive o prazer de o conhecer pessoalmente. Criámos uma óptima relação, é um óptimo amigo e uma pessoa fantástica. A grande pecha da carreira dele é, de facto, praticamente não ter ganho títulos, mas atenção que isso não diminui em nada o grande talento e qualidade que tinha, apenas acabou por não o valorizar como ele merecia. Acontece com alguns jogadores e aconteceu com Miccoli.»

Facebook Oficial do Benfica, 16 de Dezembro de 2016
«Adeus aos relvados aos 36 anos. Obrigado, Fabrízio Miccoli, pelos golos e pela dignidade com que representaste o Sport Lisboa e Benfica. Serás sempre um de nós!»

Quem jogou com Miccoli em 2005/06
Treinador: Ronald Koeman
Quim, Moreira, Moretto, Rui Nereu, Ricardo Rocha, Anderson, Alcides, Luisão, Dos Santos, Nélson, Léo, Beto, Petit, Manuel Fernandes, Karyaka, João Coimbra, Karagounis, Nuno Assis, Geovanni, Simão, Laurent Robert, João Pereira, Manduca, Marco Ferreira, Hélio Roque, Carlitos, Nuno Gomes, Marcel e Mantorras.

'Padrinho' Portugal
Estreou-se pela selecção frente a Portugal, 12 de Fevereiro de 2003, era Trapattoni o seleccionador, e nesse particular assistiu Corradi para o único golo. A 30 de Março de 2004, noutro particular com os lusos, marcou o primeiro golo pela squadra azzurra, um canto directo que deu a vitória (2-1).

Coleccionador
Miccoli gosta de tatuagens (a de Che Guevara é uma das que tem) e colecciona camisolas. Tem, entre muitas, as de Rui Costa e do ídolo italiano Roberto Baggio, mas as mais valiosas são de Romário (Fluminense) e Maradona (Nápoles). Já lhe ofereceram 10 mil euros pela do astro argentino.

Família é o pilar
Conheceu a mulher, Flaviana, quando ele tinha 14 anos e ela 17. Para meter conversa chutou a bola contra as pernas dela. Têm dois filhos, Swami (nascida em 2003 e cujo nome significa amor em indiano) e Diego (nascido em 2008 e baptizado assim em homenagem a Maradona).

O ídolo Maradona
Em miúdo chamavam-lhe Fabrízio Maradona, mas Fabri (como lhe chamam os amigos de infância), também chegou a ser apelidado de El Pibe de Nardó, Romário de Salento, ou novo Del Piero. Estreou-se nos seniores aos 16 anos, pelo Casarano."

Entrevista de Gonçalo Guimarães, a Fabrízio Miccoli, in A Bola

O Artista, o Sem Má-fé, os Manipuladores dos Frames e ainda o Alemão ilusionista !!!


Muito daquilo que afirmei na última Lixívia está 'cristalizado' nestas duas peças do mesmo Jornal: A Bola!!!
Este é o critério base, para se ter emprego como jornaleiro desportivo em Portugal, quem não cumprir os requisitos mínimos, é despedido...!!! É assim, que todos os lances pseudo-polémicos são analisados...

Tanto o Rascord como o Nojo, puxaram para primeira página uma foto manipuladora.
A foto mostra o Jonas no ar, longe das pernas dos defesas, mas uns frames antes a perna do número 20 do Paços, toca no pé esquerdo do Jonas.
Não estamos perante incompetência, ou azar. Isto é uma tentativa premeditada de envenenar a opinião pública...
Continuo sem perceber como é que o Benfica, mantém relações normais com esta gentalha!!!


Os mesmos que escrevem estas pérolas, são os mesmos que esconderam, esta outra decisão, só agora pública através de um Blog Benfiquista, Hugo Gil: jogador dos Corruptos suspenso por um ano, por doping!!! Ninguém publicou esta notícia!!! O jovem Alemão Leander Siemann aparentemente está de férias...!!! Depois dos problemas com o SEF, entretanto esquecidos, agora temos este acto de doping ilusionista!!!



Vamos jogar no Alfredo Di Stéfano Stadium !!!

Pribram 1 (3) - (5) 1 Benfica


Estamos pela terceira vez, nos Quartos-de-final da UEFA Youth League. São 3 em 3 !!! Prova inequívoca da competência do trabalho no Caixa Futebol Campus... Hoje, jogando fora, contra uma equipa que chegou aqui com muito mérito (foram Campeões Checos contra os tradicionais emblemas nacionais...; eliminou o Zimbru (Mol), o Viitorul (Rom) e o CSKA Moscovo (Rus) - Russos que tinham ficado em 2.º num grupo com o PSV, o Manchester United e o Wolfsburgo!!!), com um ambiente de jogo Sénior, sem muitos dos melhores jogadores desta geração (Sanches, Dias, Joãozinho, Pêpê... Berto, Yuri...), conseguimos a qualificação. Nos Quartos, vamos jogar novamente fora, em Madrid com o Real...
Hoje, o Ferreira, o Ferro, o Digui e o Sarkic baixaram da B, mas pessoalmente, creio que esta equipa precisa de mais 'reforços' para a próxima eliminatória... Nota ainda para o regresso do Jota, após um longo período de fora por lesão.
O jogo não teve muitos remates à baliza, mas pelas infos que chegaram, o Benfica foi quase sempre a equipa mais perigosa. Marcámos ainda na 1.ª parte... acertámos nos ferros... e a 5 minutos do fim, sofremos o golo da igualdade!!! A equipa não tremeu, e nos penalty's, marcámos 5 em 5 !!!
Depois da derrota nos penalty's do ano passado, esta vitória tem sabor redobrado!

Quartos-de-final:
Chelsea - Ajax
D. Zagreb - Barcelona
Real Madrid - Benfica
PSG - Roma


Os luxos sublimes de Jonas

"Na rua iluminava o quarteirão com a aura de um talento infinito, acompanhado pela maturidade de quem conheceu o futebol antes mesmo de alguém lho ensinar. Hoje, reclama liberdade e confiança para se expressar, as mesmas que, nos tempos idos da infância, lhe permitiram evitar a anunciada derrota social. Antes para alimentar o eterno sonho da prosperidade, agora para recuperar as melhores recordações de menino, Jonas atribui à bola e ao jogo a importância da vida: não pode viver sem eles. É um génio do futebol que se apetrechou com o luxo de criações sublimes, a solidez do compromisso com as comunidades que o acolheram e o orgulho de ser profissional, sem beliscar a força dos elementos que lhe definiram o perfil: atrevimento, provocação, revolta e ambição.
Jonas podia ser um dos capitães de areia de Jorge Amado, o malandro para quem o pequeno delito não é propriamente crime; um pouco de batota e informação equivocada, emitida em cada gesto e movimento, são apenas parte do seu padrão criativo; iludir os carrascos espalhados pelo espaço ofensivo obedece ao estilo e aos princípios de quem luta por sobreviver e ser feliz. Tudo em nome da auto-estima, da causa que defende, da comunidade que representa e dos amigos com quem reparte o suor, a dedicação e os objectivos. Sendo um jogador pouco escrupuloso com as regras vigentes - se puder ludibriar a autoridade máxima em campo não hesita um segundo -, não custa imaginá-lo de boné com a pala para trás, olhar enigmático e roupas despreocupadas pronto a qualquer malfeitoria menor. É para isso que ali anda: para evidenciar a arte de que é feito e aproveitar os erros alheios.
Pode perceber pouco de etiqueta mas sabe tudo sobre paixão, engenho, picardia, aventura e solidariedade. Se o futebol é engano, ele é o futebol, porque poucos são tão perfeitos nessa arte de mentir com todo o corpo; de dar informações equivocadas aos adversários e de, entre um monte interminável de opções para cada lance, escolher precisamente aquela que mais cedo abandonou como solução. Numa equipa de tendência atacante, tem marcado a ritmo alucinante (26 golos na época, 57 em ano e meio de águia ao peito), mais do que seria suposto atendendo à correlação de estilos e de funções com Mitroglou, seu parceiro de ataque - João Pinto pincelava as obras-primas mas era Jardel quem as assinava; Saviola encantava a plateia e multiplicava a produção mas os golos eram de Cardozo... Sendo candidato à Bota de Ouro, cabe-lhe, acima de tudo, assumir-se como denominador comum da dança colectiva que antecede o remate final.
César Luis Menotti disse um dia, pensando em futebol, que o Mundo também devia estar grato a quem levou o piano a casa de Mozart, relevando a importância do músculo na expressão artística. Em muitos casos entendidos como fracassos de Jonas importa reconhecer que nem sempre os carregadores de piano cumpriram o seu dever; que o facto de não ter havido concertos grandiosos se deveu mais aos solavancos que afectaram o instrumento do que à desinspiração do criador. O brasileiro melhora o futebol daqueles com quem entra em contacto; é um goleador temível mas também um jogador sublime, que alimenta o enlace criativo da equipa e dá perigo, malícia, brilho e emoção a cada bola em que toca; um génio que combina a frieza dos números e o calor de quem deslumbra e exalta as bancadas com invenções deslumbrantes que põem a máquina funcionar. Com muitos ou poucos golos, em palcos de maior ou menor dimensão, perante adversários mais ou menos categorizados, só por preconceito ou ignorância alguém se atreve a discutir-lhe os méritos, recusar-lhe a influência e não o reconhece como um dos melhores avançados da história do Benfica. Negócio da China é não aceitar que o mercado o leve."

Cavar penáltis

"Coincidência ou não, na última jornada houve 3 penáltis assinalados que, por via televisiva, havemos de concordar, sem facciosismos resilientes, que, em boa verdade, não existiram. Refiro-me aos que favoreceram o Benfica, Porto e Guimarães.
Todavia, uma coisa é chegar a essa conclusão, sentados no sofá e olhando para imagens captadas de múltiplos ângulos, outra é vestir a pele de árbitro e ter que decidir ali mesmo no campo e no segundo seguinte. Não estou com isto a retirar responsabilidade pelas decisões tomadas. Erro é erro. Mas daí a dissertar-se sobre a 'intencionalidade' arbitral vai um trajecto demasiado fácil na luta de quem condiciona quem. Aliás, estarei sempre atento à coerência sobretudo de quem usa, sem exigência do contraditório, as redes sociais antes de a sua própria equipa jogar...
Esta coincidência de penáltis todos iguais, todos diferentes, pode e deve ser analisada segundo outro prisma: o dos jogadores que simulam as faltas. Sobre estes co-responsáveis pelo erro do árbitro ninguém tuge nem muge. Pelo contrário, são até elogiados por terem 'cavado' a falta. Vejamos, por exemplo, o que diz A BOLA sobre os 3 lances. Otávio do Vitória foi o melhor da equipa e converteu a falta ganha por si. Maxi Pereira não teve má-fé na queda que originou o penálti (gostaria de saber medir a boa ou má-fé...). Jonas, que culpa tem que o árbitro não tivesse percebido a façanha de ilusionista?
Nestas alturas vem-me à mente um penálti arrancado pelo sportinguista Jardel, na Luz que daria o empate 2-2. Aí nem contacto houve, apenas uma brisa de ar naquela noite. Mas foi... incensado pela façanha!"

Bagão Félix, in A Bola

PS: Já na Segunda-feira, no programa da Bola TV tinha ficado a saber que o consócio Bagão Félix, foi iludido pela onda de indignação hipócrita e mentirosa que considera que o Jonas simulou o penalty... Mas destaco que esta crónica tenta realçar essencialmente, a forma como os jogadores são desresponsabilizados... Só é pena, não realçar a forma como a analise da 'bondade' das decisões, ter adjectivos diferentes consoante a cor das camisolas!!!

Parabéns (com 1 dia de atraso)!!!


Aniversário Gaitán
Momentos de pura magia de Nico Gaitan. Consegues destacar algum?#EPluribusUnum
Publicado por Sport Lisboa e Benfica em Terça-feira, 23 de Fevereiro de 2016

Benfiquismo (XXIV)

De pequenino é que se torce... o Director!!!

Redirectas XXXVIII - Macaco Volta a Atacar

Vara de porcos comandada por um macaco volta a atacar. Desta vez a mesma foi vista para os lados de Fafe vá-se lá saber porquê para as bandas da tasca do pai do senhor do apito que esteve em campo durante o último jogo do Glorioso. E depois ainda tem gente que diz que claques é tudo igual.
Só gostava de saber quantas visitas domiciliares a familiares de senhores do apito esta vara de porcos já fez nos últimos 35 anos e depois comparar com as visitas efectuadas pelos nossos companheiros de luta.
Não misturar alhos com bogalhos seria muito agradável. Pelo menos no que diz respeito ao meu bem estar intelectual.
Também ouvi dizer que o referido senhor do apito teve nota negativa porque marcou uma falta inexistente. Será isto verdade? Mas onde é que a falta não existiu? Alguém me consegue explicar?
Já agora sempre saiu o comunicado do esquizofrénico mor sobre a pouca vergonha que se passou na pocilga ou não? É que eu também não consegui ver nada referente a tal facto. Mas se calhar o problema é meu que não tenho tempo para ler papelada a não ser muito ao viés ainda que seja pela internet.
Poderiam fazer o obséquio de me informar sobre estes quejandos caros companheiros?

«...e deixemos que os outros falem de nós!»

"Caros membros da Direcção do Sport Lisboa e Benfica,
Caros nomeados,
Estamos a poucos dias da Gala que celebra mais um aniversário do Clube. Momento solene, mas igualmente momento para avaliar o que foi feito e de insistir no que temos por fazer.
A Gala deve ser, ao mesmo tempo, um momento de celebrar a nossa História, os nossos valores, a nossa identidade, mas deve ser igualmente um momento de homenagem a todos aqueles sem cujo esforço, empenho e dedicação não estaríamos a celebrar o Clube que hoje somos.
Temos razões suficientes para estar orgulhosos com o trabalho desenvolvido durante o presente ano, e basta olhar para esta sala e ver os nomeados para perceber a qualidade do trabalho que foi desenvolvido, na Formação, nas Modalidades, na inovação, sem nunca esquecer o compromisso que foi assumido em 1904. Somos fiéis a esse compromisso.
Tivemos sempre a capacidade de olhar a médio e longo prazo, de olhar para o futuro não como algo distante, mas como factor fundamental de afirmação e crescimento do Clube, e dentro do futuro cabe toda a inovação que soubemos trazer para dentro do Sport Lisboa e Benfica e toda a formação – desde o Futebol às Modalidades – em que temos vindo a investir como factor diferenciador e estruturante do Clube.
Quero, por isso, manifestar o meu reconhecimento e admiração a todos os nomeados, recordando – e tenho a certeza de que todos têm isto bem presente – que os prémios individuais existem porque há um colectivo, porque há uma equipa que lhes dá suporte, e neste Clube sabemos destacar o mérito individual, mas valorizamos o trabalho em equipa, porque foi esse espírito de equipa que nos trouxe aqui.
O meu apelo é sempre o mesmo: Sejamos ambiciosos e exigentes connosco, e deixemos que os outros falem de nós!"