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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

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Benfica Podcast #505 - By Any Means Necessary

5 minutos: Diário...

Zero: Ataque Rápido - S04E13 - Klopp e o novo Liverpool: transição está feita ou vai a meio?

Não esqueçamos Fejsa


"1. Por ocasião do 20.º aniversário do estádio do Benfica deste século XXI - sim, porque no século passado teve o Benfica muitas 'casas' diferentes e indiferentemente espalhadas pelas cidade de Lisboa -, foi oficialmente inaugurado o Mural dos Campeões, que homenageia 20 dos jogadores do Clube que atuaram na 'nova Luz'. A escolha dessas 20 figuras que fizeram história no estádio inaugurado em 25 de Outubro de 2003 foi entregue aos sócios do Benfica, que se viram convidados a votar de acordo com as suas preferências e paixões.

2. Foi grande a adesão à inciativa entregue à decisão popular, os sócios do Benfica votaram, e o resultado foi apurado. O Mural dos Campeões já foi oficialmente inaugurado pelo presidente do Benfica, que também figura naquela galeria exclusiva de atletas na sua condição do antigo jogador. Não pode ter deixado de ser um momento muito emocionante para Rui Costa pelo simbolismo de tudo o que lhe diz respeito, é é muito.

3. O voto popular foi respeitado, e lá está agora, na nossa casa, essa evocação prestada a duas dezenas de grandes futebolistas que atuaram de águia ao peito no nosso atual estádio. Naturalmente, há quem pense que outros jogadores também mereceriam, ou mereceriam mais, essa distinção, mas as decisões foram tomadas democraticamente, a obra está feita e é bem bonita.

4. No entanto, se me for permitida uma nota pessoal, faz-me falta Ljubomir Fejsa naquele Mural dos Campeões. Fejsa, o extraordinário centrocampista sérvio que jogou por nós de 2013 a 2020. Fejsa, que saiu do Benfica corado com 5 títulos de campeão nacional, 2 Taças de Portugal, 3 Supertaças e 3 Taças da Liga, não ficaria mal, está visto, no Mural dos Campeões do nosso estádio porque poucos mais conquistaram tantos títulos oficiais para o Benfica quanto ele.

5. Não está Ljubomir Fejsa representado nessa homenagem que os sócios do Benfica prestaram aos jogadores que fizeram a diferença nas últimas duas décadas benfiquistas de futebol, mas fica aqui recordado, nas páginas do nosso jornal, como um dos mais extraordinários campeões que as novas gerações de benfiquistas tiveram o supremo prazer de ver atuar.

6. Voltemos ao presente. Sem contar com o que se possa passar nos jogos dos nossos concorrentes, a verdade é que o Benfica será brevemente líder do campeonato nacional de futebol caso vença os seus dois próximos encontros do calendário que tem pela frente.

7. Já neste sábado, o desafio é em Chaves, e no domingo, 12, temos dérbi na nossa casa. São dois encontros que, na temporada passada, não correram bem ao Benfica. Que estes reencontros nos corram agora melhor, muitíssimo melhor."

Leonor Pinhão, in O Benfica

O colecionador de títulos


"No regresso a casa, Torcato Ferreira cumpriu a promessa de voltar a vencer o campeonato nacional

A partir de 1970, as transferências no hóquei em patins, que até aí eram residuais, passaram a ser bastante comuns, com os jogadores a transitarem entre diversos clubes, gerando enorme expectativa a cada defeso. No entanto, no verão de 1978, a atenção não se prendia com a contratação de jogadores, mas sim qual seria o próximo destino de Torcato Ferreira.
Após ter ganho o quarto Campeonato Nacional consecutivo pelo Sporting, o treinador anunciou a saída do conjunto leonino e da seleção nacional. A imprensa apressou-se a anunciar o seu novo clube: 'Torcato Ferreira no FC Porto'. O técnico desmentiu essa hipótese: 'Quanto a um convite do FC Porto, só o posso aceitar quando for reformado na Companhia do Gás, o que espero que seja em breve'.
Estando o Benfica sem conquistar o Campeonato Nacional desde 1974, o dirigente benfiquista Rui Guedes viu uma oportunidade e encetou contactos com o treinador: 'Foi incansável. Não me largou a porta. Não consegui resistir'. A 4 de Setembro de 1978, Torcato Ferreira foi apresentado oficialmente como treinador do Benfica, sendo a sua terceira vez ao serviço dos encarnados. Confiante, traçou objetivos ambiciosos: 'Fazer um trabalho em profundidade e ganhar a Taça das Taças e o Nacional'.
A temporada iniciou da melhor forma, com os benfiquistas a vencerem o Torneio de Abertura. Poucas semanas depois, temeu-se que a Taça de Portugal escapasse aos encarnados, após terem perdido por 5-1, na 1.ª mão das meias-finais, frente à Oliveirense. Contudo, com Torcato Ferreira até os caminhos mais sinuosos se tornavam ultrapassáveis: 'É verdade que vai ser muito difícil a passagem à final. Mas também não nos vamos esquecer de que o Benfica vai jogar em casa, o que é uma vantagem considerável. É neste pé que se encontra a turma orientada por Torcato Ferreira. (...) É difícil, mas não impossível'. Com uma exibição perfeita na 2.ª mão, os benfiquistas venceram por 14-1. Na final, nova goleada, vitória por 7-1 perante o FC Porto.
Seguiu-se o Campeonato Nacional, em que os encarnados protagonizaram uma campanha quase perfeita, perderam apenas duas partidas e conquistaram o título com 4 pontos de vantagem sobre o 2.º classificado, o FC Porto. Das competições disputadas pelos benfiquistas, escapou só a Taça das Taças, prova em que foram eliminados nas grandes penalidades. A imprensa ficou rendida à evolução da equipa comandada por Torcato: 'Dispensa qualquer tipo de apresentações, continua a ser 'apenas e só' o melhor treinador português'.
Saiba mais sobre um dos melhores treinadores de hóquei em patins do Clube na área 3 - Orgulho Eclético, do Museu Benfica - Cosme Damião."

António Pinto, in O Benfica

"O que é demais enjoa"


"As críticas à equipa e a Roger Schmidt, sejam provenientes da comunicação social ou dos adeptos, são normais. O desempenho (até ver) aquém das muito elevadas expectativas, formadas, em parte, por se tratar do Benfica e pelo forte investimento no defeso, mas também pela excelente temporada passada com o treinador alemão, assim o determina. O que não se pode aceitar é a perseguição de que Schmidt tem sido alvo.
É inaudito que haja uma campanha em curso nalguma comunicação social a um treinador que, nos seus primeiros 70 jogos oficiais no Benfica, obteve 53 vitórias, perfazendo uma percentagem de sucesso de 75,71%, o que só Cosme Damião, Béla Guttmann, e Fernando Riera conseguiram superar em igual período (considerando vitórias ou derrotas após desempate nos “penáltis”). E que leva 81,4% de vitórias no Campeonato Nacional desde que chegou ao Benfica, uma percentagem inferior somente às alcançadas por Manuel Alexandre (13 jogos apenas) e Jimmy Hagan em toda a história encarnada na competição.
A estupefacção aumenta ao se observar o seguinte: Sérgio Conceição, nos primeiros 70 jogos oficiais no FC Porto, ganhou 52 (74,29%). E Rúben Amorim, no mesmo conjunto de jogos iniciais no Sporting, venceu 51 (72,86%). Qualquer deles com desempenho abaixo de Roger Schmidt e beneficiários, indubitavelmente, de maior tolerância.
Campeão nacional, vencedor da Supertaça, quarto finalista da Liga dos Campeões de um Benfica recordista de pontos na fase de grupos não chega, pelos vistos, para um conjunto de jogos menos felizes (ainda assim a três pontos da liderança e uma Supertaça conquistada), como se o Benfica, na sua história, tivesse ganho todas as partidas do Campeonato Nacional ou tido, sempre, extraordinárias campanhas europeias.
Roger Schmidt, por ter contribuído para uma grande época, não goza, nem poderia gozar, de tolerância infinita. Os eventuais erros podem ser apontados e daí não vem mal ao mundo.
No entanto, chega a ser indigna a forma como já há quem, no actual contexto, se dedica insistentemente, nos meios de comunicação social, a pedir a sua cabeça. Serão, por certo, aqueles que, vendo a cabeça de Schmidt rolar, se apressariam a pedir a do próximo treinador do Benfica, fosse ele quem fosse. Schmidt, no fundo, é um mero dano colateral de uma muito enraizada vontade de prejudicar o Benfica…"

João Tomaz, in O Benfica

Com amigos assim...


"Já sei que muitos e muitas de vocês não vai gostar de ler isto, mas é a vida. E eu prefiro escrever sobre vidas reais a sobre a ficção que é o futebol português. É cada vez mais complicado entender o que passa pela cabeça de alguns dos meus colegas, amigos ou conhecidos que se dizem benfiquistas. Todos reagimos de forma diferente às vitórias, aos empates e às derrotas, mas o que tenho assistido nesta temporada é muito diferente do que já vi noutras épocas. E não se fica pela trabalho, corredores, café, mesa lá de casa, restaurante ou qualquer outro local onde me junte com várias pessoas alegadamente apaixonadas - com gosto, vá - pelo Glorioso.
Seja às segundas, depois da jornada de fim de semana, seja às quartas ou quintas, após os compromissos europeus, tenho chegado com curiosidade ao meu local de trabalho ou aos grupos de WhatsApp e redes sociais onde se discute o futuro da humanidade a cada segundo. Depois das vitórias, sete seguidas para o campeonato, tudo tranquilo, não houve muito conversa. Ouvi e li 'foi por pouco', 'aquelas substituições que demoraram' e até 'devíamos ter resolvido mais cedo'. Nada de euforias. Até se entende, porque o brilhantismo só a espaços tem surgido nas nossas exibições no futebol masculino.
Já quando aconteceram os desaires da Champions ou o recente empate no dérbi com o Casa Pia, até parece que o Sol voltou a brilhar em algumas vidas. É só uma desilusão, quando penso que algumas destas pessoas que conheço, quando abrem a boca ou soltam os dedos nos teclados, passam claramente por adeptos portistas ou sportinguistas sedentos de achincalhar o rival. Sabendo do meu optimismo irritante em relação ao SL Benfica, sou até criticado por dizer que nem um terço do campeonato está cumprido e por defender o treinador alemão ou qualquer avançado, ou lateral que não tenha cumprido com o que era esperado. Repito: sou criticado por apoiar o treinador e os jogadores do meu clube, nos momentos bons e nos maus, por adeptos que também são do meu clube. Tenho de viver bem com isso. Espero que eles e elas também."

Ricardo Santos, in O Benfica

O Benfica ganhou


"Não parece, mas a última Taça da Liga que entrou no Museu Benfica - Cosme Damião foi em 2016. Passaram sete anos, e o melhor que o Benfica conseguiu foi uma final, onde se viam tantos adeptos quanto máscaras nas bancadas. Ninguém ficou com saudades de ver futebol nestas circunstâncias - com o Benfica a perder uma final, digo.
Esta vitória em Arouca, apesar de natural, era obrigatória. Para podermos ambicionar uma nova conquista de um troféu que nos tem escapado, mas também para as bancadas poderem voltar a cantar 'O Benfica ganhou'. Não conheço melodia mais bonita. Assim foi, com um onze inédito apresentado por Roger Schmidt. Gostei muito de ver o esquema com três centrais, e a explicação é simples: basta ouvir a música. Se o Benfica ganhar, o mister tanto pode jogar com um trio de defesas como pode fazer alinhar 11 avançados. Desde que escutemos este refrão no final, qualquer estratégia é maravilhosa para mim.
Tenho muitos amigos benfiquistas, estimo alguns comentadores desportivos e estimo ainda mais o meu pai. No entanto, não tocava as decisões do homem que está todos os dias com os jogadores e já os conduziu à conquista de um campeonato pelas decisões de qualquer outra pessoa. Quantos teriam percebido a categoria do António Silva? Quantos teriam feito um esforço tão grande para contratar um norueguês chamado Aursnes? Quantos teriam lançado o João Neves?
O Benfica precisa de vitórias para que a estabilidade dê origem, mais à frente, à onda vermelha. A melhor forma de contribuirmos é com o nosso apoio. Os lenços são bons para assoar o nariz, mas para ajudar o Benfica são melhores os cachecóis."

Pedro Soares, in O Benfica

Vencer o azar


"Uma desgraça nunca vem só. Quando o Benfica necessitava de reagir a um mau momento desportivo, e avizinhando-se compromissos importantes, capazes de definir boa parte da temporada, eis que nos vemos privados de três pilares fundamentais nos planos de Roger Schmidt.
David Neres, o fantasista que tantas vezes desbloqueia jogos, que consegue inventar espaços quase do nada, vai ficar no estaleiro até 2024. Que lástima...
Os casos de Bah e Kokçu não são tão graves, mas provavelmente também não lhes irão permitir jogar, nem em San Sebastián, nem no dérbi lisboeta. Numa perspectiva optimista, poderíamos dizer que estas ausências abrirão espaço para gente como João Vítor, Florentino ou Tiago Gouveia, que têm tido menor utilização e encontram agora a oportunidade de se evidenciar. Este último, em particular, deu boas indicações sempre que entrou em campo, e sem Neres poderá ter os minutos do que necessita para se afirmar na equipa do Benfica. Potencial não lhe falta.
De facto, o ciclo de jogos que temos pela frente é terrível.
No Campeonato, é imperioso vencer em Chaves. Antes de receber o Sporting, não podemos desperdiçar mais pontos, de modo que um triunfo no dérbi nos permita chegar à liderança da tabela classificativa.
Na frente externa, qualquer esperança que ainda possamos alimentar passa necessariamente por um bom resultado no País Basco. Temos 0 pontos no grupo, e jogamos só mais uma vez em casa, frente ao vice-campeão europeu Inter de Milão. È determinante pontuar em San Sebastián, para, pelo menos, deixar tudo em aberto com vista a uma eventual qualificação para a Liga Europa - que não só é possível como depende apenas de nós.
Vamos estar desfalcados, mas a motivação terá de ser elevada. Ainda estamos em Novembro, e até Maio muita água irá correr debaixo das pontes."

Luis Fialho, in O Benfica

Cidadania!


"Ser cidadão é um dever que nem todos cumprem, a um direito a que nem todos acedem. Se do lado do dever me refiro a todos independentemente da sua condição, do lado direito falo, sobretudo, das pessoas que nascem, crescem e vivem em exclusão ou fragilidade social. A cidadania é em si mesma uma forma de estar em sociedade que valoriza o grupo a que se pertence, cultiva o respeito pela diferença e enriquece humanamente o individuo.
Mas para usufruir plenamente e praticar a cidadania, isto é, ser cidadão, não basta a vontade de cada um. Sem essa, nada se faz, é certo, mas do querer ao fazer vai uma distância considerável, por vezes individualmente inultrapassável. Para dar esse salto qualitativo é necessário saber responder à pergunta que eventualmente todos fazemos perante situações que nos desafiam: 'O que pode uma pessoa só? O que posse eu sozinho fazer?'
A chave está quase sempre em aprender a ver o que nos rodeia, pensar em soluções e, sobretudo, juntar esforços com as pessoas que nos rodeiam para atuar, porque juntos somos mais fortes, e nada é grande demais para nós. Esta ideia, cara aos benfiquistas, é a grande lição que os jovens de Lisboa ensinam uns aos outros no projeto Community Champions League."

Jorge Miranda, in O Benfica

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"3
Di María apontou o seu 3º golo na Taça da Liga. Só 10 jogadores marcaram mais pelo Benfica na competição e Jonas lidera com 10;

5
Rafa ascendeu à 5ª posição, partilhada com André Almeida, dos futebolistas com mais jogos oficiais pelo Benfica no atual estádio da Luz (144). É o 9º em tempo de utilização;

15
O Benfica é o 15º no ranking europeu de clubes no futebol no feminino. Era o 94º em 2020;

16
Otamendi passou a ser o 16º futebolista que capitaneou a equipa de honra do Benfica em mais jogos (incluindo particulares);

35
Rafa é agora, a par de Paneira, o 35º com mais jogos oficiais pelo Benfica (289);

59
Arthur Cabral é o mais recente membro da lista de marcadores do Benfica na Taça da Liga (59 jogadores, excluindo autogolos). Ao todo, o Benfica marcou 131 golos na competição (2 autogolos);

70
Roger Schmidt é o 20º treinador a completar 70 jogos oficiais na primeira equipa do Benfica. É o 4º com melhor percentagem de vitórias nos primeiros 70 jogos oficiais no clube (75,71%), só superado por Cosme Damião, Béla Guttmann e Fernando Riera (considerando-se vitórias ou derrotas após desempate nos “penáltis”). Considerando todos os treinadores, independentemente do número de jogos, tem a 4ª melhor percentagem de vitórias em competições oficiais (Manuel Alexandre, Lajos Czeizler, Jimmy Hagan – 2º com um mínimo de 45 jogos) e a 3ª melhor no Campeonato Nacional (Manuel Alexandre, Jimmy Hagan – 2º com um mínimo de 15 jogos);

1513
Ao fim de 15 jogos, já só restam 3 totalistas no plantel (Aursnes, João Neves e Rafa). O norueguês é o único totalista absoluto, com 1513 minutos de utilização (inclui tempos adicionais). Otamendi, com 14 jogos, é o 2º em tempo de utilização (1404 minutos)."

João Tomaz, in O Benfica