Últimas indefectivações

sábado, 8 de dezembro de 2018

Festa da Taça em Santo Tirso

Santo Tirso 21 - 38 Benfica
(9-20)

Vitória na Taça de Portugal em Santo Tirso, num jogo tranquilo, onde o puto fartou-se de marcar...!!!

Uma Semana do Melhor... do Palacim

Benfiquismo (MXXVIII)

Capitão...

Obrigação cumprida

"Voltar a vencer no Bonfim é o único caminho de normalidade. Excepcional no Benfica é não ganhar

Uma vitória sobre o Feirense que tenta não descer à II Divisão e outra sobre o Paços de Ferreira que tenta subir à I Divisão não são mais do que o cumprir da obrigação e da normalidade encarnadas. Excepcional no Benfica é não ganhar. Não se aceita outra normalidade nos lados da Luz que não seja vencer.
Voltar a vencer no Bonfim é o único caminho de normalidade, para continuar na luta de um campeonato disputado por vários candidatos. Destaques individuais, embora os haja, fazem pouco sentido nesta fase, pois seriam sempre lidos como crítica imerecida ou menosprezo pelos demais. Não há pois qualquer razão para títulos propagandísticos ou alegrias induzidas por capas de jornais. O Benfica é uma deslocação tradicionalmente complicada para o Benfica, as equipas de Lito Vidigal jogam excepcionalmente bem contra nós. Há lugar a uma certeza: estamos com vida difícil mas muito realizável no objectivo do campeonato, estamos a um ponto da final four da Taça da Liga e vamos a Montalegre (esperamos todos que seja em Montalegre) com os olhos no Jamor. Dezembro vai apertar no calendário dos jogos, mas vai também ser a oportunidade de redobrar a ambição de passar o ano com os objectivos intactos e revigorados.
No futebol o disparate não tem latitudes e discutir uma final da Taça Libertadores em Madrid não lembrava nem a Américo Vespúcio que em 1502 entrou no Rio da Prata. Mas na CONMEBOL parece que só conta mesmo a prata e o ouro, talvez em homenagem a uma longa tradição de piratas da zona. Mas, como nos ensinaram, o futebol é a coisa mais importante que existe, dentro das coisas sem importância.
Palavra final, mas a mais importante, para um amigo, colega dos órgãos sociais do Benfica há vários anos, que partiu deixando em todos nós que com Vítor Neves partilhámos este caminho uma saudade eterna do seu sereno sorriso. Vítor Neves serviu o Benfica com lealdade e dedicação, sofreu e festejou com o seu/nosso Benfica e deverá ser eternamente lembrado neste momento em que nos deixa. O Vítor faz parte daqueles portugueses que gostavam de gostar dos amigos, das causas e das coisas e é por esses amigos, essas causas e essas coisas que tantos vão continuar a gostar e respeitar o Vítor."

Sílvio Cervan, in A Bola

Videodesgraça

"Tenho dito e repetido que a tecnologia do videoárbitro, não obstante o evidente potencial da sua utilização para salvaguardar a verdade desportiva, encontra nos utilizadores o seu maior constrangimento. No caso português, os árbitros e videoárbitros, susceptíveis de errarem, seja por incompetência, parcialidade ou condicionamento, beneficiam do respaldo do protocolo, cuja interpretação deste por parte dos adeptos, baseada somente na avaliação da interferência dos videoárbitros jornada após jornada, se torna um exercício assaz complicado, para não o considerar mesmo impossível. Só neste país de múltiplas originalidades se poderia ouvir especialistas, sobre a falta claríssima do portista Brahimi na área, algo como 'errou ao não assinalar grande penalidade, mas o videoárbitro estava impedido de actuar devido ao protocolo'.
O 'protocolo', aparentemente, porque há muito que deixei de ter certezas sobre a arbitragem de futebol em Portugal, limita a actuação dos videoárbitros em lances duvidosos. Ou seja, o videoárbitro não só terá de ajuizar um lance como interpretar o processo de decisão do árbitro. Constatamos assim tratar-se do paraíso para os incompetentes, parciais ou condicionados, mas também o inferno para os medrosos.
Despeço-me com um excerto de um guião do que poderia eventualmente ser um filme de terror em salas de cinema ou um documentário educativo no Porto Canal:
VAR (assertivo) - Falta! Repito: Falta!
A (hesitante) - Tens a certeza? É duvidoso.
VAR (resignado) - Já cá não está quem falou.
A (conciliador) - Siga. Prefiro não ser abordado por visitantes quando discutirmos o assunto no centro do alto de rendimento da Maia."

João Tomaz, in O Benfica

Estatuto Editorial

"O jornal O Benfica é o semanário oficial do Sport Lisboa e Benfica, em publicação semanal impressa praticamente constante desde 28 de Novembro de 1942 e actualmente também editado em plataformas digitais.
O jornal O Benfica mantém os mesmos desígnios fundacionais, segundo as orientações definidas pela direcção do jornal em articulação com os restantes suportes que constituem a esfera de comunicação audiovisual do Sport Lisboa e Benfica. A direcção e os jornalistas do jornal O Benfica revêem-se e pautam a sua conduta de acordo com os princípios da Constituição da República Portuguesa e procuram agir no respeito pela pessoa humana e pelos valores éticos do desporto, mediante o constante exercício da liberdade de expressão e sempre de acordo com a Lei de Imprensa e com o Estatuto do Jornalista.
O jornal O Benfica dedica-se fundamentalmente à publicação de conteúdos desportivos eminentemente consagrados à vida interna do Clube e às entidades que integram o grupo empresarial Benfica, considerando todas as temáticas dedicadas ao universo dos Sócios, adeptos e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica.
O jornal O Benfica pauta-se pelo rigor com que são reportados e publicados os registos das performances, marcas, testemunhos, imagens e gráficos relativos a todas as modalidades que reúnem centenas de equipas com milhares de praticantes em múltiplos escalões.
Os jornalistas do jornal O Benfica têm como principal fundamental a minúcia com que constantemente pesquisam e referenciam as matérias informativas que produzem com estrito rigor jornalístico.
O jornal O Benfica, como referência da livre expressão, também não dispensa a opinião crítica com que outros colaboradores que honram as suas páginas defendem os princípios da verdade desportiva e analisam os contextos sociodesportivos nos planos nacional e internacional."

Direcção do jornal O Benfica

Rafa, o transportador

"Hoje (sexta-feira), completam-se precisamente 47 anos, 5 meses e 18 dias desde que nasceu a FedEx, empresa americana dedicada à transportação. E por que motivo faço esta referência? Nenhum, mas precisava de um pretexto para falar na FedEx, e este foi o melhor que me ocorreu. A FedEx dispõe de 650 aviões, 44000 viaturas e 280000 colaboradores, o que lhe permite oferecer um serviço extremamente veloz. O leitor já pensou na sorte que o Benfica tem pelo facto de nenhum desses elementos trabalhar como olheiro em Portugal?
Se não tiver dois parafusos a menos como eu, é provável que nunca se tenha questionado a este propósito. Passo a explicar. Se alguém da FedEx prestasse atenção aos jogos do Benfica, há muito que já tinham vindo buscar o Rafa, numa lógica de poupança. Aqueles aviões que viajam dentro de um só território seriam logo vendidos, metade das viaturas seguiam o mesmo destino, e a larga maioria dos colaboradores poderia ser dispensada. Pela rapidez com que o Rafa transporta a bola, as empresas de entregas só não o transformaram em transportador de mercadoria se andarem a dormir. O Benfica iria perder um jogador sensacional, mas pelo menos as encomendas que faço na Amazon chegariam muito mais rápido.
De qualquer forma, seria de bom senso alguém alertar o Rafa de que o Benfica tem adeptos de todas as idades.
É mesmo necessário correr assim tão rápido? Não falo por mim, que tenho 24 anos e acompanho todos os jogos com igual atenção. No entanto, o meu pai tem tido enormes dificuldades. O Rafa é o melhor marcador do Benfica, com 8 golos, mas o diabrete corre tão rápido, que, até eu dizer ao meu pai no último jogo, ele nem sequer sabia que o Rafa fazia parte do plantel."

Pedro Soares, in O Benfica