Últimas indefectivações
quinta-feira, 8 de maio de 2025
Sequência quebrada...
Benfica 1 - 3 Sporting
25-21, 24-26, 23-25, 20-25
Algum dia teria que acontecer! Perder uma vantagem de 2-0 é frustrante! A época começou mal, melhorámos, conseguimos equilibrar, mas hoje no jogo decisivo, falhámos nos momentos decisivos, numa partida onde a estatística foi bastante equilibrada, com o Benfica em vantagem em quase tudo, menos no Bloco! Nas últimas épocas, já se notava que as vitórias estavam mais complicadas, este ano o plantel foi mal construído, e se nas últimas épocas acabou por ser o factor Marcel a 'safar', este ano não deu...
Agora, é trabalhar para regressar à normalidade...
Apelo...
Jaime Cancella de Abreu a dar o mote... pic.twitter.com/fN0uPVPp7K
— Alberto Mota (@lbrtmt1904_mota) May 7, 2025
Benfica: a postos para o dérbi
"Está, finalmente, concluído com êxito um caminho que se antevia complicado até ao grande dérbi da Luz, onde agora tudo se define. Foi confirmada a expectativa na Amoreira, quanto ao jogo interessante que se esperava, entre um visitado tranquilo, mas querendo ser protagonista, e um ilustre visitante na última prova que era imperioso vencer antes do clássico. Uma entrada dominadora do Benfica e vantagem dupla ao intervalo parecia indicar uma vitória tranquila. Um segundo período de afirmação caseira viria, porém, a colocar dúvidas no desfecho, que seria discutido.
Pavlidis sobressaiu, mais uma vez, na capacidade de se mostrar a quem lá atrás, apertado, procura uma saída, uma opção de passe, alguém para manter a bola mais à frente e depois progredir para a baliza adversária. É difícil encontrar alguém por aí que o faça com tanta naturalidade, mesmo correndo contra a direção da bola, algo especialmente difícil, e ainda mais, sempre seguido de perto pelos seus marcadores diretos. O primeiro golo do Benfica aconteceu muito por essa arte que o Benfica já tinha ensaiado, poucos minutos antes, com os mesmos intervenientes. Em linguagem piscatória: ao engodo que Pavlidis representa e atrai, seguiu-se o lançamento da linha por Kokçu e a fisgada decisiva de Aursnes, que ferra o peixe e o guarda na rede.
Voltando a Pavlidis, esta habilidade preciosa de guardar a bola e cedê-la com critério carece ainda de ser complementada com a sua afinação posicional.
Várias foram, novamente, as situações de ataque da equipa anuladas pela sua precipitação e adiantamento excessivo, que fazem levantar a bandeirola.
Falta acertar o tempo da desmarcação de rutura, esta sim, a movimentação no sentido da baliza adversária. A coisa complica-se mais quando se defrontam equipas, como o Estoril, que jogam subidas e promovem a posição faltosa dos adversários.
Antevendo: com o regresso de Carreras, a única dúvida do onze estará no ataque e na definição de quem será o terceiro homem, a juntar a Pavlidis e Akturkoglu.
Na eventual indisponibilidade física de Amdouni, quem será o terceiro homem da frente escolhido para o dérbi? Schjelderup tem estado bem e é um forte candidato. Bruma parece fora de questão. Já Di María completa a terceira semana desde a queixa muscular e não mais competiu, mas poderá entrar sempre nas contas. Entre o risco e o ritmo perdido, está o talento extra...
Mercado campeão
O balanço do último mercado futebolístico deve ser feito antes de terminarem as competições, porque, muitas vezes, os resultados finais influenciam, quanto a mim erradamente, os juízos e conclusões quanto às escolhas e operações efetuadas. Os jogadores recrutados devem ser apreciados individualmente e não dependendo do eventual êxito ou insucesso das respetivas equipas.
Vejamos o caso do Benfica: Belotti e Bruma representaram o reforço do ataque com jogadores experientes e consagrados, para rendimento imediato. O efeito de ambos foi bastante positivo, embora com diferentes desenvolvimentos. São dois valores que, entretanto, confirmaram o porquê da sua escolha e que facilmente se imagina continuarem a fazer parte do próximo plantel.
Por outro lado, Manu e Dahl foram duas apostas jovens para posições onde eram necessárias alternativas. O médio português correspondeu a um investimento, que, desde logo, se confirmou como inteligente. O defesa sueco, este por empréstimo, veio para render Carreras quando necessário, mas também como projeto a prazo, salvaguardando também a eventual saída do seu concorrente espanhol, muito pretendido. Manu, ultrapassando o mau tempo que uma lesão grave representa, será por certo um médio de referência do nosso campeonato. O mínimo que se pode dizer de Dahl é que convenceu sempre que jogou, ala ou lateral, na direita ou na esquerda, mostrando forte personalidade e surpreendente maturidade para alguém tão jovem.
Em conclusão, o mercado de janeiro fortaleceu claramente o plantel para o Benfica chegar ao título, mesmo considerando o duplo revés que as lesões de Manu e Bah representaram. Bom trabalho!
Triste e sentado
Outro episódio, agora em Faro, da triste farsa a que aqui já antes fiz referência. O guarda-redes do Famalicão a ter de se deitar por determinação da sua equipa técnica, para interromper o jogo, simulando uma qualquer queixa de ocasião.
O mister reúne a malta e empunha orgulhosamente a tábua tática, iniciando seu providencial discurso. É bem triste esta moda do vale tudo. Acredito que uma ação tão ostensiva de antijogo já devia merecer intervenção da UEFA. Claro desrespeito pelo público, pelo adversário e pelo árbitro, este limitado pelas regras. A lei permite, mas já agora, o médico e o massagista escusavam de entrar, porque sabem que é tudo a fingir. Mais vale poupar o spray... Talvez se conseguisse parar esta rábula proibindo os ajuntamentos, como antes do 25 de abril... Até lá, é cruzar os braços e esperar que o mister brilhe e que o médico regresse ao banco o mais devagar possível."
O Anti-Benfica
"O Sporting nasce, não do desporto, mas do despeito. Da pirraça. Do mais puro teatro. As barbas desta história já foram afagadas mil vezes, mas nunca é demais recordar o pecado inaugural: o Sporting veio ao mundo para acabar com o Benfica. Sempre, só, eternamente. O Sporting nunca foi contra si mesmo: sempre jogou contra o vizinho. Em qualquer parte do mundo. No sábado, o Benfica jogará contra si próprio. O Sporting — perdão — o Anti-Benfica defrontará o seu Benfica
Ordeiro e paciente. Assim estou eu aguardando numa bicha invisível. Enquanto ataco estas linhas, constato que os sistemas algorítmicos que se espalham como ervas daninhas pelas veredas da nossa existência são uma fraude. — “Estás na fila de espera para o SL Benfica VS Sporting CP”, avisa-me uma dessas incontestadas tecnoactualidades. Chama-se “Queue-it” e gere filas virtuais para bilheteiras igualmente imaginárias. A “Queue-it” é burra. Não aprendeu. Não sabe nada, meus amigos! E é preciso que lhe ensinem: o jogo do próximo Sábado não é “SL Benfica VS Sporting CP”. Nunca foi. É o Benfica contra o Anti-Benfica.
Eis a verdade. Escancarada. Implacável e sem pó-de-arroz.
O Sporting nunca existiu. O Sporting é uma fantasia, um delírio, um ectoplasma. “Sporting”, assim mesmo com aspas, é código. Uma cifra. Um grimório de signos obscuros para designar uma seita gnóstica vestida de verde, fanatizada na transubstanciação do ódio puro em devoção clubística. Não é pouco. E não é comum.
Foi em 1906, e a birra está escrita em acta (conforme a versão): “Pedirei dinheiro ao meu avozinho e fundarei o meu próprio clube.” Que entrada! A saga começa com a bazófia de um puto moralizado. É lindo.
Lá se arranjaram os tais fundos. E nasceu o Sporting. Clube de Portugal. Com um nome assim, a ambição era evidente: um desígnio nacional, a representação desportiva do Império, um conjunto de atletas prodigiosos, forjados na ideia de que o Sporting era, ele próprio, uma civilização superior, concebidos para esmagar adversários orientais, continentais, interplanetários. Só que esse conjunto não existia. E era preciso arranjar. Vai daí, rouba-se a equipa principal do Sport Lisboa — que era o Benfica.
No início do século XX os clubes eram os salões de convívio da sociedade. Se fossem de futebol, os membros jogariam entre si, como cavalheiros. Mas no Sporting não. O Sporting nasce, não do desporto, mas do despeito. Da pirraça. Do mais puro teatro. As barbas desta história já foram afagadas mil vezes, mas nunca é demais recordar o pecado inaugural: o Sporting veio ao mundo para acabar com o Benfica. Sempre, só, eternamente.
Enquanto uns se impõem pelo seu ressentimento, outros consomem-se na sua grandeza. O Benfica — que não tinha par —, a partir dos anos 60, passou a jogar contra si mesmo — e a ganhar. Mais tarde, nos anos 90, continuou a fazê-lo — e a perder.
O Sporting, esse, nunca foi contra si mesmo: sempre jogou contra o vizinho. Em qualquer parte do mundo. O seu problema não é interno. É projectado. E o seu ódio não é pessoal. É hereditário.
Certo dia, numa dessas salas-de-estar da Grande Lisboa, um distinto avô ortopedista babava-se em orgulho: “Não imagina. É ferrenho. Daqueles que não pode ver encarnado nem pintado!” E assim se começa.
Eis por que, mesmo tendo o Benfica sido campeão em 1987, o Sporting imortalizou os sete golos que nos espetou — e, de facto, são imortais — na única derrota dessa época. Como se tivesse erguido um caneco maior que o dos Campeões Europeus. Na alma leonina há um altar invisível onde essa goleada brilha. E para onde o sportinguista peregrina sempre que pode.
Pelo caminho, vai cantando contra o Benfica em todos os jogos, seja qual for o adversário. E, quando é forçado a escrever o nome da flor da sua obsessão, fá-lo em letra minúscula. É o amor invertido. É o amor com espinhos para dentro.
No Sporting fala-se em “melancias” — gente que se diz do Sporting, mas que não detesta o Benfica que chegue. Mas no Benfica há um exemplar paralelo. É a melancia-inversa — um estranho vegetal que veste de vermelho e branco, mas rejubila, com escárnio e ódio pouco natural num benfiquista, com os dislates sportinguistas. Tem família do Sporting, amigos do Sporting, empáfia à Sporting, sapatinho à Sporting, corte de cabelo à Sporting (sim, há um corte de cabelo à Sporting) — tudo à Sporting. Menos o Sporting. Tenta sacar um “Carnide” ao contrário. Propõe “Lumiar” ou “O Conchas”. Mas não tem a mesma graça. Falta-lhe fel. Falta-lhe invenção. Há gente assim.
Ora, não desmereço a rivalidade e a picardia. É uma coisa fabulosa. Das melhores que pode haver e fazem tudo isto valer a pena. Mas — entendam-me —, sempre que vejo aqueles cachecóis das claques a dizer “Anti-Lagartos” algo desafina. Não é a mesma coisa. É pastiche. É só eco.
Disseram por aí que, no Domingo, “o leão” tirou três pontos “do fundo da alma”. O Benfica ganhara 2-1 contra o Estoril. E o Sporting? Fez igual. Num esforço. E o que veio depois? Buzinão nas ruas. Não celebravam terem continuado na luta. Festejavam o paralelo. A imitação. É o que os move. E que os condena.
Nesse jogo contra o Gil Vicente, podia ler-se nas bancadas: “Juntos vamos apagar a Luz”. Mas eu li outra coisa. Eu li Nabokov: “Benfica, light of my life, fire of my loins. My sin, my soul. Ben-fii-ca.”
Sábado que vem joga-se tudo. E tudo é tudo. A vida inteira. Um tipo ou vai ao estádio para sofrer ou mete-se num bunker durante dois dias com um terço e aguardente. Nunca pôde o campeonato decidir-se para um dos lados, num só jogo. É demasiado, caro leitor e adepto.
E será dificílimo. Repare: O Benfica jogará contra si próprio. O Sporting — perdão — o Anti-Benfica contra o seu Benfica. E todos contra o mesmo. Um tipo fica zonzo."
As contas de Benfica e Sporting para serem campeões. Ou como um final ao sprint pode ressuscitar traumas
"Não será o jogo do título, mas quase. O dérbi do próximo sábado pode coroar encarnados ou leões como campeões nacionais no Estádio da Luz e para que tal aconteça há cenários que terão de aparecer: o Sporting garante o título caso vença, o Benfica apenas o consegue em sua casa se ganhar ao rival por uma diferença, pelo menos, de dois golos. Mas há mais possibilidades
Podemos encarar esta convergência futebolística levada ao extremo entre rivais citadinos separados por uma via rápida a rebentar cronicamente de trânsito, que se antagonizam por defeito, de variadas formas. Uma será gabar a prova de resistência: se no campeonato tal visão não escasseia, apesar das paredes-meias da vizinhança é bastante raro desde que se respira liberdade em Portugal ver Sporting e Benfica a disputarem até ao fim as duas maiores provas do futebol nacional. A outra, proporcionada pelo fado do calendário e dos pontos, é as memórias nas quais um dérbi lisboeta na penúltima jornada, com poderes de coroar um campeão, pode remexer.
Não que os jogadores, lá dentro, liguem a assombrações do passado, isto serão intangíveis para atormentar adeptos, mas há um lado cinzento da história pronto a espreitar em ambos os lados.
Podendo ser o jogo do título, existe a hipótese de os encarnados serem anfitriões de uma festa que desprezariam, como sucedeu em 2011, quando o FC Porto venceu na Luz, lá se sagrou campeão e fez a festa a cinco jornadas do fecho do campeonato, levando o Benfica a desligar a iluminação do estádio para uma celebração às escuras.
Outra possibilidade é os leões perderem, no próximo sábado, no lar do maior rival, capitulando nas últimas após um êxtase como em moldes parecidos aos de 2005: então também na penúltima jornada, as duas equipas estavam empatadas na liderança da liga, o Sporting tinha vantagem no duelo direto, prestou visita ao rival e perdeu tendo fresca na experiência o golo eufórico de Miguel Garcia em Alkmaar, operação de resgate e salvamento como a realizada por Eduardo Quaresma.
O processo de ressuscitação de qualquer uma destas hipóteses depende da matemática da bola. Estas são as contas dos cenários possíveis de acontecerem no próximo sábado, 10 de maio, dia elevado a provável decisor de quem será campeão nacional e da cor que vai pintar Lisboa.
Se o Sporting ganhar
Terá a consequência mais direta. Em caso de vitória no Estádio da Luz, os leões garantem a conquista do título devido à bagagem que trazem: por ter vencido o jogo da primeira volta, em Alvalade, por 1-0, qualquer resultado que favoreça a equipa de Rui Borges equivale logo a torná-la bicampeã nacional face à vantagem no confronto direto. Será jogo feito, nada mais.
Se o Benfica vencer
Acabar com uma vantagem no marcador não bastará aos encarnados para terem a felicidade de rebentar foguetes na Luz. Face à derrota por 1-0 no dérbi de Alvalade, terão de ganhar, pelo menos, por dois golos de diferença para o título ser deles no sábado. Uma vitória pelo mesmo parcial da primeira volta só confirmará a igualdade no confronto direto e o adiamento, para a última jornada, do apuramento do campeão nacional.
Venha o Benfica a prevalecer por 1-0, a matemática invadirá de novo o cume do campeonato. Aí a turma de Bruno Lage faria 81 pontos contra os 78 do Sporting e carregaria para a derradeira jornada a certeza de que seria campeã, em Braga, caso igualasse qualquer resultado conseguido pelo Sporting, em Alvalade, contra o Vitória. Se, por exemplo, os encarnados perdessem o último jogo e os leões vencessem - igualando-se de novo nos pontos -, teríamos de olhar para registo de cada equipa e consultar os restantes critérios de desempate previstos no regulamento da Liga.
Aí seriam convidados para o baile, por esta ordem, a diferença de golos no campeonato, o número de vitórias e os golos marcados na competição. Se nenhum destes os separasse, certo é que não haveria conjuração possível para vermos algo inédito - a disputa de uma finalíssima, em campo neutro. Apenas seria exequível caso Sporting e Benfica terminassem igualados em tudo, incluindo no número de vitórias, o que já não será possível: os verde e brancos têm 24, os encarnados 25 e qualquer cenário que dê mais uma aos primeiros (seja contra quem for) e nenhuma aos segundos faria o título aterrar em Alvalade.
Se empatarem
Uma igualdade de golos na Luz empurra a separação das águas para a última jornada, onde o Sporting estaria obrigado a fazer, pelo menos, o mesmo resultado que o Benfica para beneficiar do confronto direto, cujo sorriso o continuaria a favorecer. Para os encarnados, teriam sempre de fazer figas por uma derrota do rival contra o Vitória e, pelo menos, saírem de Braga com um ponto."
Dérbi Benfica-Sporting na Netflix
"Se isto não é digno de filme, se isto não é uma história grandiosa de uma época e da paixão do Dérbi Eterno, se o futebol português não a consegue vender cá e lá fora, então, meus caros, «I rest my case», não sei mais o que é preciso.
São mais de 300 jogos, duas histórias centenárias, duas cores que pela força do seu simbolismo se tornaram opostas. É o continente e as ilhas, é a Europa, as Américas, África, Ásia e Oceânia e se houvesse portugueses nos Pólos seriam também o Norte e o Sul.
É família dividida pela rivalidade, amigos a quem se daria tudo menos a vitória num dérbi. Sobretudo, este. É o maior estádio do país a receber o maior jogo que a história dos campeonatos proporcionou. É o Benfica com a vantagem de público, é o Sporting com a vantagem do empate.
É o maior estádio do país a receber o maior jogo que a história dos campeonatos proporcionou. É o Benfica com a vantagem de público, é o Sporting com a vantagem do empate.
O caminho até aqui e o que resultar de sábado merecia 90 minutos na Netflix: 2024/25 teve o enredo perfeito. Feche os olhos, ponha música emotiva. Começamos com imagens da conquista leonina no Marquês e aquela frase de Ruben Amorim a deixar cair o microfone; a incerteza no Benfica sobre a continuidade de Schmidt e Rui Costa a assumir que sim; um Sporting em modo perfeito e um Benfica em modo errático, com um fecho de mercado em ebulição e Lage a chegar à Luz por troca com o alemão.
Depois, o terramoto Manchester United. Alvalade a abanar e treinador fora; o período João Pereira, o Benfica a passar para a frente, Rui Borges chegar e o Sporting voltar ao topo, com a primeira parte deste dérbi. Jogaço em Guimarães, de onde Borges saiu, para um 4-4 épico e a alimentar a esperança encarnada que, no dia seguinte, perdeu com o SC Braga na Luz…para logo bater o rival leonino, numa Taça da Liga entre ambos…para ainda em janeiro perder 3-1 com o Casa Pia e sair a público um áudio de Lage com adeptos, que deixou o Benfica em polvorosa...
É a águia a seis pontos do leão líder, que sofre uma praga de lesões e vê o rival a encurtar e a ter uma vitória histórica no Dragão. É o golo na compensação do SC Braga em Alvalade e o golo nos descontos do Arouca na Luz. É a aflição encarnada no Estoril e o golo de Quaresma com o Gil Vicente a aumentarem a expectativa para sábado.
Se isto não é digno de filme, se isto não é uma história grandiosa de uma época e da paixão do Dérbi Eterno, se o futebol português não a consegue vender cá e lá fora, então, meus caros, I rest my case, não sei mais o que é preciso.
No sábado seremos uns privilegiados. Assistiremos à epítome da essência de competir, entre os altos e os baixos, os momentos de tensão, de alegria e tristeza do percurso. Condimentos que alimentam qualquer adepto do mundo, até neutros, tivesse este futebol de cá abertura e capacidade de mostrar ao mundo o melhor que tem."
Comunicado
"O Sport Lisboa e Benfica informa que, através da sua participada Benfica SGPS, tomou parte no leilão das ações tituladas por Luís Filipe Vieira, tendo apresentado uma oferta adequada e sido informado de que as referidas ações foram vendidas a um outro licitante por 7,07 euros.
O Sport Lisboa e Benfica esclarece que, até ao momento, não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência, pelo que, cautelarmente, já requereu a nulidade da venda."
Valeu a pena mudar: a Superliga pode ficar na gaveta
"Novo formato da prova está a ser um sucesso. Mais jogos trouxeram melhores espetáculos, tal como no Mundial do Qatar. Em dois anos anos e meio assistimos a noites memoráveis
A competição ainda não acabou mas é justo dizer que o novo formato da UEFA Champions League superou as expectativas. A fase de liga e um calendário mais alargado tiveram como consequência uma necessidade constante de pontuar em cada um dos encontros por cada um dos intervenientes, impedindo as equipas (principalmente as não favoritas à conquista do título) de recorrerem ao tradicional taticismo de vencer pelo menos dois jogos em casa, outro fora e eventualmente mais um empate em domicílio alheio. Desta vez não deu para fazer contas, todos os jogos eram fundamentais e, mais importante, não se sabia como estaria a classificação na ronda seguinte face à quantidade de variáveis, uma imprevisibilidade que enriquece qualquer competição desportiva. Chegados à última jornada, apenas um quarto das 36 equipas não tinha hipóteses de qualificação, mas defrontavam adversários com ambições, facto que deu a quase todas as partidas muito sal e pimenta.
Concluída com sucesso a fase de liga, as eliminatórias não defraudaram. Grandes golos, ótimos espetáculos, mas talvez poucos imaginassem que as meias-finais nos dessem duas noites memoráveis como foram o 3-3 no Montjuic e o 4-3 no Giuseppe Meazza. Noites apoteóticas e dramáticas já ocorreram no passado nesta fase crítica da competição, mas não me recordo de duas mãos tão intensas, equilibradas e com tanta variabilidade (umas vezes o Inter por cima, noutras o Barcelona). Pode parecer um cliché, mas é caso para dizer que nenhuma destas equipas merecia perder. Quem tem tanto coração e talento deve orgulhar-se do trajeto que fez e resta-nos, enquanto observadores, agradecer e elogiar quem decidiu ir mais além. Sim, falamos naturalmente da UEFA, acossada pela emergência da Superliga, mas devemos também recordar o último Mundial, no Qatar, em 2022: se nos focarmos apenas e só na vertente desportiva, ficou provado que o aumento de jogos e de seleções não prejudicou o espetáculo, antes pelo contrário: trouxe novos protagonistas e, mais que isso, proporcionou a melhor final de que me recordo em Mundiais - melhor que os 3-2 da Argentina sobre a Alemanha no México-86.
Ou seja, no espaço de dois anos e meio tivemos aquele Argentina-França e agora este Inter-Barcelona a dobrar, situações que não são exceções mas uma consequência de altos investimentos à procura do devido retorno - e consequentemente já admito que o Mundial de Clubes da FIFA possa vir a ser bem melhor que a encomenda. Claro que brevemente ouviremos Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, acenar novamente com a bandeira da Superliga, mas esse é um desígnio que pode por agora ficar fechado na gaveta.
PS: No futebol de formação há duas perguntas comuns quando se fala em guarda-redes: quanto é que o miúdo mete e a outra é qual é a altura dos pais. O tamanho de quem ocupa a baliza é um aspeto fundamental e poucos são os guardiões das grandes equipas que tão tenham perto de 1,90 metros . Yann Sommer pertence a uma outra geração, com os seus curtos 183 centímetros que lhe valeram críticas recentes. Mas a experiência e antecipação ainda contam muito. As defesas a Eric García e ao remate de Lamine Yamal (114') merecem uma moldura. Não há campeões sem um gigante entre os postes."
Não era suposto respirares, Boavista
"A mais poderosa máquina de calcular probabilidades falhará sempre perante uma equipa que se agarra à vida com alma. É o caso do Boavista, que longe de estar salvo, continua vivo quando muitos lhe vaticinavam o funeral nesta fase do campeonato. O triunfo, dentro e fora do campo (incrível a onda de entusiasmo dos boavisteiros em Vila das Aves), traz-nos à memória as imagens finais de 2023/2024, quando através de uma grande penalidade no último minuto da partida frente ao Vizela, Reisinho confirmou a permanência do Boavista na Liga.
É também um lembrete de que o Boavista, mesmo enfrentando graves problemas financeiros – em parte devido à descida administrativa resultante do processo Apito Final, mas não apenas por isso –, é muito mais resiliente e determinado do que muitos imaginam. Na adversidade, o clube encontra força notável para contrariar o destino que, por vezes, parece estar traçado.
Domingo à noite teremos um dos dérbis portuenses mais emocionantes de que há memória: uma equipa a batalhar pela sobrevivência e outra para ficar no 3.º lugar. Pensando bem, não é assim tão emocionante para os portistas. Sê-lo-ia se o jogo valesse o título, mas nesta fase da campanha os dragões já só alimentam o desejo de entrar diretamente na Liga Europa e gozar as miniférias, antes do Mundial de Clubes. Anselmi, com 39 anos, enfrenta Stuart Baxter, 32 anos mais velho. O treinador escocês trouxe ao Boavista uma aura e vivacidade únicas, revitalizando a equipa num momento decisivo da época. Vale a pena perguntar à máquina de calcular probabilidades quem vai vencer?"
Focados no hexa
"O Benfica tem hoje, às 20h00 na Luz, a oportunidade, na negra, de se sagrar hexacampeão nacional de voleibol. Este é o tema em destaque na BNews.
1. Apoio por nova conquista
O treinador Marcel Matz conta com os adeptos: "Sabemos que vai estar um pavilhão lotado, não tenho dúvidas de que os Benfiquistas não vão deixar de nos apoiar. Vamos dar tudo em quadra, como sempre, vamos estar a lutar muito para conquistar o Campeonato."
2. Marca redonda
Pavlidis atingiu os 50 jogos oficiais de águia ao peito.
3. Procura elevada
Os ingressos para o Benfica-Sporting do próximo sábado estão temporariamente esgotados.
4. Final agendada
A final da Taça de Portugal de futebol no feminino está marcada para 17 de maio (sábado) às 15h00.
5. Contrato renovado
Andreia Norton prolongou o vínculo ao Benfica até 2028.
6. Decisão na negra
O Campeonato Nacional de voleibol no feminino também se decide no 5.º jogo. Benfica e SC Braga jogam na quinta-feira, às 20h00, na Luz.
7. Vitória em dérbi
Os Iniciados do Benfica ganharam, por 4-3, ao Sporting e assumiram a liderança isolada da fase de apuramento do campeão.
8. Evolução
A equipa masculina de polo aquático do Benfica terminou o Campeonato Nacional na 5.ª posição, melhorando o desempenho em relação à temporada passada.
9. Visita especial
Delegação de Timor-Leste no Estádio da Luz.
10. Benfica 1 Minuto
A atividade desportiva benfiquista dos últimos dias em 60 segundos.
11. Concerto agendado
Bad Bunny no Estádio da Luz em 26 de maio de 2026.
12. Comunicado oficial
Leia o comunicado oficial do Sport Lisboa e Benfica sobre o leilão de ações da Benfica SAD tituladas por Luís Filipe Vieira."
Portugal (e o seu ténis) precisa de mais um Sr. Aurélio Pereira
"Acabou no passado domingo o maior torneio de ténis realizado em Portugal. Nuno Borges, que vive anos felizes e de evolução na competição após a sua formação nos Estados Unidos, ficou-se pelos quartos de final, enquanto na variante de pares Francisco Cabral perdeu na final.
Ainda continuam a ser os êxitos de João Sousa considerados o maior marco do ténis e da história da modalidade em Portugal. Atualmente existem várias promessas treinadas no Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, como Jaime Faria e Henrique Rocha e as irmãs Francisca e Matilde, que tentam colocar novamente Portugal no top-100 do ténis, algo que, no feminino, apenas foi conseguido por Michelle Larcher de Brito.
Para quem segue esta modalidade, sabe o quanto temos melhorado gradualmente.
Mas podemos (e devemos) sonhar com mais…
Há mais de 25 anos, a paixão pelo ténis de João Lagos e da sua equipa converteu uma utopia em realidade, numa Masters Cup que ainda perdura na memória coletiva pelo estrondoso sucesso organizativo, aliado ao memorável triunfo de Gustavo Kuerten, o famoso Guga. Naquela altura não havia sequer um jogador português no top-100. Neste século, passámos a ser presença habitual.
Mas podemos (e devemos) sonhar com mais...
O caso de João Lagos é o que mais se assemelha ao saudoso Sr. Aurélio Pereira no ténis, começou bem antes do Masters Cup. Foi um visionário de como devia ser a ascensão da modalidade. Os encontros no Dramático de Cascais nos anos 80 com os melhores do mundo como Ivan Lendl e John McEnroe são exemplo disso, contam quem segue de perto o desporto.
Tivemos também João Cunha Silva a chegar a n.º 1 do Mundo de juniores. O agora responsável pelo Clube Escola de Ténis de Oeiras não conseguiu dar sequência a tão pesado número no escalão sénior, mas foi dos que mais apaixonou os espectadores com as suas pancadas do fundo do court.
Nesta distância temporal, talvez esteja a faltar a Portugal mais condições de treino e um departamento de recrutamento a funcionar de forma exemplar, algo que o Sr. Aurélio Pereira, romântico de desporto e do amor à camisola, conseguiu fazer sem igual.
Apesar de poucas possibilidades que nos colocam num futuro top-5 ou 10 mundial, temos de ir à luta. Começar cedo. Novak Djokovic mostrou isso. Vai indicando, ano após ano, que o caminho da vitória é lutar com o que temos. Roger Federer mostrou que até mesmo a perder é possível ser um atleta a roçar a perfeição. Para muitos, o talento do suíço fez a diferença ao longo da carreira, mas também há quem prefira a garra e qualidade técnica do espanhol Rafael Nadal.
Uma coisa é certa, no Mundo existem cerca de 87 milhões de praticantes de ténis, sendo que apenas 14 países concentram 93,3% dos jogadores do planeta. Os Estados Unidos da América têm mais do dobro dos habitantes de Portugal, a praticar a modalidade. Ao passo que a Espanha tem apenas três milhões de praticantes. Os dados são da ITF (Federação Internacional de Ténis), em relatório de 2021 chamado ITF Global Tennis Report. No entanto, já demonstrámos em outras modalidades que em quantidade podemos não ser muitos, mas existe muita qualidade.
Voltando ao paralelismo com um exemplo de sucesso, o Sr. Aurélio Pereira descobriu (entre muitos outros) Cristiano Ronaldo. O melhor jogador do Mundo em futebol confirmou há pouco tempo que vai apostar no ténis, com a aquisição do Lisboa Racket Centre, em Lisboa. O craque português adquiriu a totalidade deste estabelecimento, mas mais do que isso faz-nos sonhar num futuro ainda mais promissor. Será que vamos ter uma aposta de CR7 no ténis português? Ou a sua aposta foi apenas no recinto de prática desportiva?
É importante relembrar que o ténis é um dos desportos mais populares no mundo. É um desporto muito versátil que permite que indivíduos de todas as idades joguem com os seus pares. O ténis requer uma variedade de atributos físicos, incluindo velocidade, força, endurance, equilíbrio e competências de jogo específicas. Durante o tempo de jogo, o tenista está sujeito à execução de esforços intermitentes de todo o corpo, entre sessões curtas de exercícios de alta intensidade (2 a 10 segundos) e sessões curtas de recuperação (10 a 20 segundos), interrompidas por vários períodos de descanso de longa duração (60 a 90 segundos).
Depois de realizar o serviço com uma velocidade média de perto de 200km/h, um tenista corre em média 3 metros por batimento (momento do impacto com a bola) e com mudanças de direção na tentativa de concretizar o ponto, acertando a bola em média 4 a 5 vezes e completando 1300 metros a 3600 metros por hora de jogo, dependendo do nível do jogador e da superfície da quadra (lenta ou rápida).
Querem melhor ingrediente para um bom adepto português: ver um atleta do seu país a lutar com técnica e intensidade por um objetivo nunca antes alcançado?
Um Grand Slam, por exemplo. Seria mágico.
A idade em que se pode começar a jogar ténis depende da capacidade motora e do interesse, mas crianças entre os 3 e 5 anos podem participar de atividades lúdicas que desenvolvem habilidades motoras básicas. O futuro começa aí. O ténis tem de fazer parte do dia a dia. Deve-se começar desde cedo com a implementação da modalidade. Crianças de 6 a 7 anos podem começar a aprender ténis se tiverem interesse e capacidade motora. Sem gostar, nada faz sentido. Com gosto, será para a vida toda. Foi assim que aconteceu com o novo ídolo da modalidade, o nosso vizinho Carlitos Alcaraz. Ele é a tradução de tudo o que queremos. É alegre, lutador, tecnicista. Já ganhou em todo o tipo de pisos. Já foi número 1, mas todos preveem que lá volte. E foi assim que tudo começou, por jogar diariamente em pequeno.
Jogar ténis desafia diariamente os atletas e coloca-os frente a frente a uma possibilidade de lutar até ao fim para ganhar. Ficar, tentar e ter a dignidade de lutar mesmo sem grandes chances no papel. Neste momento, Portugal está nesse patamar. Mas é possível."
Uma reflexão!
"O efeito geográfico como factor determinante no resultado anual e na gestão financeira das Federações desportivas.
Sendo um dos principais objectivos das federações desportivas a participação e a representação nacional nas competições designadas por campeonatos da Europa e do Mundo, esta obrigatoriedade implícita, exige que independentemente do local onde a prova se realize, sejam reunidas condições que permitam essa mesma participação.
Nas condições atrás referidas, encontram-se entre outros factores, a escolha do local e o tempo de treino de preparação para a prova, as escolhas, do meio de deslocação a utilizar, do tipo e da qualidade da estadia, assim como a alimentação necessária no local da competição.
É na programação e definição de todos estes aspectos que o factor geográfico ganha relevo, exigindo por vezes a necessidade de conjugar a aplicação de diferentes opções, tais como o tempo de estágio, a dimensão da comitiva e a ponderação de diferentes critérios nas escolhas de viagem e duração da estadia, com a componente financeira sempre presente como factor de limitação às decisões e opções tomadas nestas escolhas.
Visando o objectivo de que sejam proporcionadas as melhores condições possíveis para o sucesso desportivo na prova e a melhor representação Nacional, pensamos que poderá fazer sentido voltar a discutir e repensar a política de subsídios desportivos atribuídos pelo Estado a estas participações, alterando de algum modo o modelo actual, em que factor geográfico não é tido em conta, passando a que possam ser incluídos no modelo alguns ponderadores e critérios diferenciados, associados sempre a uma matriz de localização geográfica de realização das competições.
De modo natural, os custos assumidos são bastante diferentes quando a sua realização acontece na Europa ocidental, na Europa oriental, ou em outros Continentes, como a Ásia ou as Américas.
Tendo este factor uma componente um tanto ou quanto aleatória, e sem controlo direto das Federações desportivas, tem, no entanto, um impacto de grande dimensão na óptica financeira e é factor determinante nos resultados que são apresentados."
Apostas desportivas
"Recentemente, a Confederação do Desporto de Portugal, com o contributo da FPF durante a Cimeira de Presidentes, aprovou uma proposta de revisão do Regime Jurídico dos Jogos e Apostas Online (RJO), visando garantir um maior equilíbrio entre a percentagem do imposto especial de jogo online (IEJO) afeto ao Estado e aquele que é afeto ao setor do desporto.
O RJO determina, no artigo 90.º, n.º 9, que 37,5% do IEJO apurado nas apostas desportivas à cota é repartido nos termos a fixar por portaria dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das finanças, do desporto e do turismo; a Portaria n.º 314/2015, de 30/09.
O montante do IEJO resultante de apostas efetuadas sobre as competições organizadas por liga profissional ou sobre as competições às quais as SAD e os praticantes possam ter acesso por via daquelas, reparte-se em 85% para as SAD ou, quando não existam, para os praticantes, participantes em competições profissionais e em 15% para a liga profissional.
No caso das apostas efetuadas sobre todas as competições em que participem as seleções nacionais, é atribuído, na íntegra, à correspondente federação.
No caso de competições multidesportivas em que possam participar missões portuguesas da responsabilidade do Comité Olímpico, do Comité Paralímpico ou da Confederação do Desporto de Portugal, é atribuído na íntegra à respetiva entidade responsável. No que diz respeito a apostas sobre competições de modalidades representadas por federações não detentoras do estatuto de utilidade pública desportiva o valor é atribuído na íntegra ao IPDJ."
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