Últimas indefectivações

domingo, 15 de maio de 2016

Campeões Europeus

Oliveirense 3 - 5 Benfica

Fim-de-semana brilhante de Benfiquismo...!!! Benfica Campeões Europeu de Hóquei em Patins, somente a 2.ª vez na nossa história, um dia depois, de conquistar o Bicampeonato Nacional!!!

Hoje só vi o 1.º tempo, depois meti-me a caminho da Catedral... E não foi uma 1.ª parte brilhante!!! O Benfica voltou a entrar bastante agressivo, a tentar dar velocidade ao jogo... mas defensivamente  demos sempre muito espaço... a Oliveirense a jogar num ritmo mais pausado, foi aproveitando os nossos erros: no 1.º golo da Oliveirense o Valter perdeu o Stick, deixando o adversário sem marcação; no 2.º golo da Oliveirense, creio que o Torra escorregou, e ficando no solo... no contra-ataque, o bola entra por por baixo do patim do Trabal...!!! Parecia que o início da tarde estava enguiçado!!!
Ainda vi o golo do empate, no início da 2.ª parte... e várias bolas aos postes... depois acompanhei na rádio (incrível como não existiu uma transmissão em directo na rádio deste jogo...), com informações esporádicas!

A Oliveirense com o marcador a tender para o Benfica, foi perdendo a 'cabeça' e o Benfica acabou por assegurar o Caneco!!!

Esta geração de jogadores do Benfica está a fazer história... este fim-de-semana repetimos a caminhada da anterior Liga Europeia em 2013: vitória sobre o Barça na Meia-final nos penalty's; e derrotámos o Tó Neves e os seus jogadores na Final... Déjà vu...!!!
Tal como ontem, na Meia-final com o Barça, os derrotados queixaram-se muito das arbitragens! Começo por assumir que o Hóquei em Patins tem árbitros muito maus... Tanto a nível das Selecções, como nas competições de Clubes, o caseirismo existe muitas vezes... Ontem com o Barça, houve erros? Sim... para os dois lados, sendo que nos últimos minutos, a 15.ª falta do Benfica não apareceu... e ainda houve uma reclamação de penalty do Barça que não foi atendida...
A culpa também é dos jogadores, já que esta modalidade latina, tem muitos especialistas em mergulhos para as piscina! Hoje, no 2.º golo do Benfica a falta devia ter sido marcada ao contrário... mas o guarda-redes da Oliveirense também podia ter feito mais... Mas na 1.ª parte, também houve muitos erros que nos prejudicaram... Ontem a Oliveirense qualificou-se para a Final com 3 penalty's, no último o árbitro mandou repetir o penalty, erradamente, prejudicando os Italianos, beneficiando a Oliveirense...!!!
Resumindo: os erros beneficiam e prejudicam todos...
Agora, existem pessoas que não tem capacidade psicológica para serem treinadores de Hóquei (ou outra qualquer modalidade), e o treinador da Oliveirense não tem estrutura ética e moral para ser treinador...
Não assistindo aos minutos finais da partida, com a amostra da 1.ª parte, e com o seu passado conhecido, não me espantaria nada, que o principal desequilibrador emocional dos jogadores da Oliveirense tivesse sido o seu próprio treinador... mas a culpa será sempre dos outros!!!

Numa época complicada, com as lesões do João Rodrigues e do Nicolia, com os problemas de adaptação do Torra no início... o Benfica está a caminho de ganhar um Campeonato sem derrotas, ser Campeões Europeu... e ainda ter hipóteses de voltar a vencer a Taça de Portugal!
Grandes... gigantes... Benfica!!!

Novo desaire...

Oliveirense 76 - 74 Benfica
(2-2)
20-19, 24-21, 8-18, 24-16

Vamos ter a negra na Luz!
Começo a pensar que se calhar o 'melhor' é não ir à Final!!!

Iniciados - 6.ª jornada - Fase Final

Benfica 2 - 2 Belenenses
Embaló(2)


'Finalmente' uma não vitória!!! No último jogo oficial da temporada, um empate... (no último minuto, com o Benfica a jogar com 10!!!).
Época espectacular...

Carta a Rui Vitória

"Percebemos todos que sente o trabalho em equipa. As vitórias do Rui Vitória são também o reflexo de uma moral colectiva

Escrever é uma responsabilidade e, também, por vezes uma necessidade. Uma necessidade de viver. E de expressar o que se sente e o que se pressente. Mas é, também, uma forma especial de agradecer a exuberância de vida. Da vida. Desta nossa vida. Escrevo-lhe, meu Caro, a vinte e quatro horas do arranque do último jogo da nossa Liga. Daqui a pouco estará em directo a antecipar, com o habitual respeito pelo adversário, o confronto com o Nacional da Madeira. Sabemos que é a final derradeira. Os noventa minutos decisivos. Li, neste dia, e com a atenção merecida, o seu interessante livro A arte da guerra para treinadores. E li-o de um fôlego e reconheço que «conhecendo-se a si próprio como ao inimigo, o comandante conduzirá a sua equipa até à glória, baseando-se na sabedoria, na coragem e no rigor». Três palavras que são três conceitos. E três formas de encarar a vida, e logo, o quotidiano. Percebi, desde que o escutei pela primeira vez há alguns anos, que o meu Caro combinava o saber com o rigor. A ciência com a vida. Que alguns afirmam com o seu exclusivo empirismo o que leva outros, sempre deslumbrados com a espuma das ondas, a considerar este empirismo como uma quase que universidade! Em letra pequena necessariamente!!! Mas o meu Caro também se afirmou, desde o primeiro instante, como um homem corajoso. Sendo ao mesmo tempo cortês. Mas assumindo a cortesia como virtude e não, como outros, uma atitude esforçada de consideração. Percebi como ensina, e me ensina, a minha querida irmã - e também fervorosa benfiquista - a Professora Isabel Roboredo Seara, que «a cortesia promove o encontro, o diálogo e, através de uma multiplicidade de formas, representa o primeiro sinal de respeito pelo outro, na sua singularidade e na sua alteridade, na sua dignidade» .E esta dignidade, esta sua dignidade, foi uma das grandes vitórias nesta época. De transição e que foi também de afirmação. Época difícil, é certo. Época complexa, é inequívoco. Época que exigia coragem, muita coragem, é indiscutível. Época que impunha muita energia, mesmo muita energia. Desde logo energia interior. Sabemos os dois, já que somos ambos do signo carneiro, que, por vezes, a nossa teimosia pode ser excessiva. Mas somos resistentes e persistentes. Não desistimos. Sabemos sofrer, mesmo na maledicência. Lutamos. No e pelo que acreditamos. E no e pelo que ambicionamos. E sei bem que o Professor Rui Vitória alia a competência do saber com a vivência do relvado. Dos diferentes relvados. Relvados e pelados. Sei, como refere naquele seu livro, que «aquele que não se conhece a si mesmo nem ao inimigo será derrotado em todas as batalhas». E sei que, ao contrário do que alguns pensavam e outros quase que antecipavam, está a um pequeno passo de conquistar a Liga portuguesa e de concretizar para o seu - e nosso - Benfica o tricampeonato. Sei bem que não há vencedores antecipados. Sei bem que o Nacional é uma equipa aguerrida e com um treinador inteligente e competente. Não estou minimamente eufórico. Antes: já estou com um nervoso miúdo. Mas nada me impede de lhe dizer, hoje e aqui, a minha admiração pelo trabalho que realizou. Imenso e intenso. Recordo bem que o Benfica se sagrou tricampeão nacional em 1977 e numa época em que o campeão e capitão Mário Wilson foi afastado e substituído por John Mortimore e que só ganhámos o primeiro jogo à quarta jornada, em 25 de Setembro de 1976, e com uma vitória sobre o então designado Académico de Coimbra. E quase um mês depois é chumbada em Assembleia geral extraordinária a proposta que concedia poderes à Direção para contratar estrangeiros! Tinha então o meu Caro seis anos! E relembro tudo isto para lhe dizer que agradeço a sua paciência e a sua perseverança. A sua prudência e a sua inteligência. A sua vontade e a sua sinceridade. A sua sensibilidade e a sua responsabilidade. A sua generosidade e a sua fidelidade. O abraço que recebeu do Presidente Luís Filipe Vieira - também resistente e persistente - logo a seguir ao final do jogo com o Marítimo foi a expressão de uma fidelidade que é, igualmente, uma sentida solidariedade. Vivida e partilhada. E, nesse instante, conjugou-se a liderança com a perseverança. A maturidade com a humildade. A oportunidade com o optimismo. E percebemos todos que sente o trabalho em equipa. As vitórias do Rui Vitória são, também, o reflexo de uma equipa técnica dedicada, dos jogadores e de uma moral colectiva, dos treinos adequados, das tácticas principais, das opções feitas, das estruturas de apoio e de suporte, do Presidente e da estrutura da SAD e, ainda e como síntese perfeita, dos milhares de adeptos anónimos que puxaram, e muito, pela equipa. Desde logo naquele minuto setenta. Mas, igualmente, em todos os outros segundos em que a alma benfiquista disse sempre presente!
Estamos, aqui, perante a consagração dos ramos da árvore de que nos fala Carlo Ancelotti e dos poderes de um «líder» que Jorge Valdano identifica num livro igualmente bem interessante. E onde entram o poder da paixão e o poder do balneário, o poder da simplicidade e o poder do estilo, o poder da esperança e o poder do talento. E, como síntese, diria com a cereja no topo, o respeito pelo outro, pelos outros. Que é um sinal de educação. Acredito meu Caro que hoje ao final da tarde voltará, como relata no seu livro em outra circunstância vitoriosa, a olhar para o Céu. E acredito que os seus Queridos Pais - como os meus permita-me! - estarão lá em cima a chorar de alegria. Como com o neto quase a nascer. Mas, acima de tudo, partilharemos a sua alegria. Justa e merecida. Que nos fará olhar e fará sentir. Já que nos fez olhar e fez sentir. Aceite um abraço apertado do,
Fernando Seara"

Fernando Seara, in A Bola

Justiça no crepúsculo

"Este fim de época tem sido fértil em episódios de suspeição quanto à lisura de alguns procedimentos adoptados nos campeonatos profissionais de futebol (sem esquecer a 2.ª Liga, naturalmente, com decisões até à última jornada envolvendo vários clubes...). Falou-se muito de 'malas', mas ficou por tratar a circunstância (manifesta e assumida) da 'apresentação de equipas inferiores' por alguns clubes em alguns jogos. Estranha-se que não haja notícia de processos desportivos para averiguar a existência do ilícito previsto no Regulamento Disciplinar da Liga. Digamos que o fim deste mandato da FPF está numa espécie de crepúsculo mas conviria não abusar na falta de luminosidade. É o que temos, pois ninguém se vai chamuscar agora no 'lado errado da noite'...
Determina o RD que "os clubes que, sem motivo justificado e em jogos oficiais, se apresentarem em campo com equipas notoriamente inferiores" serão punidos com multa. Porém, se a conduta acontecer nas últimas três jornadas, acresce a perda de 2 a 5 pontos. É manifesto que esta infracção está desenhada para ser de aplicação inverosímil: primeiro, não se fornece o critério para a 'inferioridade notória', excepto se utilizarmos a exemplificação de inferioridade que o RD dá para a Taça da Liga, isto é, a não utilização de um mínimo de 5 jogadores incluídos na ficha técnica em um dos dois jogos anteriores; segundo, não se indica (pelo menos com algumas ilustrações) os 'motivos' que podem ser justa causa para entrar em campo sem uma grande parte dos habituais titulares da equipa. O RD tem ainda o acrescento de aumentar para o dobro a multa sempre que o comportamento for acompanhado de "publicidade prévia", formulação que também não é isenta de dúvidas.
Assim sendo, cabe aos órgãos com poderes disciplinares instaurar os processos nomeadamente para os jogos destas três últimas jornadas -, deslindar os conceitos gerais e indeterminados previstos no RD e verificar se os factos apurados, para além das circunstâncias sem ilicitude (lesões, castigos, casos de 'força maior', etc, correspondem à infracção punível. O busílis será sempre o 'motivo justificativo'. Serve como tal a opção técnica de poupar jogadores para o jogo ou jogos seguintes? É legítimo invocar a 'rodagem' do plantel em final de época? É justificado dispensar um lote significativo de jogadores por causa da iminência de castigos? No limite, toda a argumentação pode ser 'justa causa'? Só o julgador desportivo o poderá decidir..."

Haverá cadeias para todos?

"Quinze detidos por suspeitas de corrupção e viciação de resultados são uma imparidade no universo que nos tem sido sugerido, através de fortíssimos indícios, pelos próprios actores e respectivos parceiros de jogo ao longo desta época futebolística, com incidência na ponta final das ligas. Só os crentes e incautos terão sido surpreendidos pela grande caçada da PJ em vários campos da bola, ontem, no termo da jornada. Quem vai tendo a maçada de ler esta coluna, mesmo a desgosto, deve ter percebido que algo se passava... 
E não, não é tudo produto das apostas, dos asiáticos ou da ganância de muitos agentes desportivos, incluindo jogadores. É também uma questão cultural, de impunidade latente ao longo dos anos, que hoje, pelo visto, pode ter sido anulada ou parcialmente destruída. O futebol português sempre foi palco sujo pisado por gente sem escrúpulos, de todas as origens, de todas as categorias profissionais. Só quinze detenções, por isso, reduzem o caldeirão a um mero aperitivo antes do grande repasto que todos esperamos ainda venha a ser servido pelas autoridades judiciais!...
Como tudo parecia tão simples e de lucro fácil: equipas com ordenados em atraso, profissionais esgotados em dívidas, objectivos importantes - em discussão, amizades e compadrios, favores aqui e ali, promessas de cofres repletos de papel moeda, enfim, de tudo isso se foi fazendo esta história de viciação e controlo de certos jogos, dos iniciados à mais alta-roda. Só faltava a polícia abrir os olhos...
Queira agora a Justiça e o futebol (que são todos os que dele gostam), e sobretudo as instâncias disciplinares da FPF - até aqui incompetentes - fazer o resto. Mas desconfio, porque sei com quem lido, que ainda alguém irá querer branquear tudo isto!..."

Paulo Montes, in A Bola

A corrupção no futebol português

"Há muito que havia indícios de corrupção no futebol português. Falava-se na questão das apostas asiáticas, falava-se em jogos combinados, falava-se em jogadores demasiado vulneráveis e que facilmente se deixariam tentar porque há muitos e muitos meses não recebiam o que estava estabelecido nos seus contratos e tinham filhos e família para sustentar.
Perante as notícias que correm pelos bastidores, as instâncias desportivas, e, em especial, as responsáveis pela organização do nosso futebol, supostamente profissional, assobiavam para o lado e proclamavam que não tinham meios suficientes para investigar e saber onde está a verdade. Sejamos claros: a verdade é que a corrupção no futebol não pode surpreender ninguém, num país onde os fumos de corrupção atingem tão obviamente a classe política e alguma elite empresarial sem que daí surjam resultados palpáveis e exemplares.
No entanto, apesar das diferenças, num estado de direito nunca poderemos considerar haver uma corrupção aceitável por ser de gente permissível e necessitada; e outra intolerável, por se tratar de gente socialmente privilegiada, do chamado colarinho branco. Corrupção é corrupção e deve ser condenada. Para mais, no caso concreto do futebol, porque atenta contra a verdade desportiva, porque danifica a credibilidade do espectáculo, porque ataca ilegal e irregularmente os legítimos interesses de terceiros. Questão que se levanta: até onde nos levará esta louvável investigação policial? Apenas ao que parece ser, ou a muito mais do que isso? E como se comportará, perante esta dolorosa realidade, a pálida justiça desportiva?"

Vítor Serpa, in A Bola

E o Braga não conta?

"Amanhã haverá campeão e o campeão será sempre de Lisboa, aconteça o que acontecer na Luz e na Pedreira, os palcos da decisão. Festeje quem festejar o título pelas ruas e praças do país - a noite de domingo será garantidamente ruidosa o que mais se deseja é que o transe ocorra sem desacatos civis como os que, no ano passado, ensombraram as comemorações do bi-segundo título consecutivo do Benfica. Cai, assim, o pano sobre um dos mais disputados campeonatos dos últimos tempos em termos de emoção e de futebol-jogado. Já no que diz respeito ao futebol-falado, a discussão foi absolutamente lamentável do princípio ao fim com as despesas praticamente todas a cargo do Sporting. Melhor dito, a cargo do presidente do Sporting que, ainda esta semana, de tanto porfiar conseguiu ter o árbitro representante da Marcon - a marca oficial de equipamentos do Sporting - apontado a Braga na ronda que é a do tudo ou nada.
O presidente do Sporting garantiu também ao país um "Nacional motivadíssimo" na Luz, o que, com toda a franqueza, não é notícia que mereça manchetes. Aliás, nem sequer é notícia porque não é novidade. Nesta meia dúzia de últimas jornadas não houve adversário do Benfica que não entrasse em campo "motivadíssimo". O choro compulsivo do jogador do Vitória de Setúbal que falhou o golo que parecia certo frente a Ederson nos instantes finais do jogo da Luz é do mesmo a prova mais eloquente.
E é outra vez disto que o Benfica deve esperar amanhã a partir das cinco da tarde. Até porque na Luz se sabe desde a primeira hora desta Liga, e por experiência própria, que não há campeões antecipados. Já o presidente do Sporting só esta semana, a da última jornada, deu de caras com o famoso axioma. "Não há campeões antecipados". admitiu Bruno de Carvalho nesta primavera que já vai adiantada depois de no inverno ter assegurado que o Sporting não mais iria sair do primeiro lugar e de ter sentenciado que "em maio" - justamente o mês corrente - "eu, o Jesus e a carneirada" iriam "ter muito que festejar". Amanhã é dia de encerrar as contas. Dia de somar pontos e títulos.
Amanhã tudo conta, menos, segundo parece, o Sporting de Braga, o que se compreende e aceita. Então o Braga não conta? Não. Com a ideia, muito legitimamente, posta na final do Jamor, o Braga é o adversário apetecível desta última jornada. São as circunstâncias, apenas isso.
Carrega, Benfica, a carregar desde 1904!"

A ética que viria da estética

"O jogo bonito, a estética, é das coisas menos importantes no futebol. Naturalmente que todos gostamos de ver grandes jogadas e grandes golos e grandes equipas e que todos reconhecemos o génio transformador de Cruyff, o talento lapidado de Messi ou qualquer outro assombro. Claro.
Recuso, no entanto, as ideias simples de que o «futebol é isto», como se diz, quando o Liverpool vence o Dortmund por 4-3 em jogo de loucos, como aconteceu há um mês. Ou, noutro sentido, a forma como se descredibiliza a ascensão do Atlético de Madrid a grande na Europa pelo recurso a um estilo menos primoroso, então já com o parecer, também básico, de que o «futebol não é isto».
Para cúmulo, até Messi, deus do futebol fantástico, disse há dias à ESPN que preferia o Atl. Madrid campeão europeu, justificando-se com a rivalidade com o Real Madrid. O altíssimo da estética a mandar a estética às urtigas.
Nenhum adepto troca uma vitória foleira por 1-0 num campo encharcado de dezembro, num estádio mal iluminado e com bancadas às moscas, contra um adversário, desgraçado, a suar as estopinhas para correr àquelas pedaladas, com um golo de penalty, talvez mal assinalado, no último minuto. Nenhum. A única justiça é a vitória. E aí o futebol, nas emoções, é maior do que a estética, sobretudo quando esta parece estar a converter-se num tipo de ética, mais moral, racional ou verdadeiro do que o resto. Veja-se o discurso do Sporting, que reclama direitos sobre uma liga na qual, em causa própria e sem juiz a deliberar, diz ter jogado melhor. E então?
A estética é o golo. A ética também. O resto, venha de onde vier, é apenas a rudimentar dialética do lindo remate ao lado."

Miguel Cardoso Pereira, in A Bola

Benfiquismo (CIV)

Juntos, na Finalíssima... como sempre!