"A pensar naqueles que não conseguiram acompanhar os 90 minutos do FC Porto-Benfica (uns porque não têm televisão por cabo, outros porque saíram mais cedo do Estádio do Dragão), aqui fica uma pequena resenha dos acontecimentos:
20.15 – Antes de as equipas entrarem no relvado, passam nos ecrãs gigantes imagens do último FC Porto-Benfica, para contentamento geral do público: desta forma, os adeptos portistas não poderão dizer que naquela noite não festejaram golos do FC Porto.
20.23 – As equipas técnicas entram no relvado. Jorge Jesus limita-se a estender a mão a André Villas-Boas, depois de ponderar a hipótese de cumprimentar o técnico portista da mesma forma que cumprimentou Luís Alberto no final do Benfica-Nacional.
20.30 – Início da partida.
3’ – A bola sai pela lateral e André Villas-Boas domina o esférico com o peito. Durante toda a noite, será a única vez que um elemento do FC Porto conseguirá receber a bola à vontade, sem oposição imediata do adversário.
6’ – Golo de Fábio Coentrão. Perspicaz, o lateral-esquerdo percebeu que, hoje em dia, se ambiciona marcar golos, tem de o fazer no início da partida, antes que seja expulso pelo árbitro da partida.
22’ – Livre de Hulk, “o Razoável”, passa muito longe da baliza. É o que dá só estar habituado a rematar a 11 metros da baliza.
26’ – Golo de Javi García, a passe de Fernando. A tática de Jesus a resultar em pleno: para quê Aimar, se se tem os jogadores do FC Porto?
43’ – Cartão amarelo para Hulk por simular uma falta. Alguns comentadores defendem que o jogador brasileiro já devia ter sido admoestado antes, por simular ser um ponta-de-lança decente.
62’ – Belluschi, na marcação de um livre, remata fraco. O que se compreende: não se consegue ganhar balanço convenientemente, quando se está no bolso do César Peixoto.
63’ – Os adeptos do Benfica começam a ter algumas dificuldades em recordar-se do nome do defesa central que, há poucos dias, foi vendido para Inglaterra. Ainda sabem que o primeiro nome começa por “D” e que tinha caracóis, mas pouco mais."