Últimas indefectivações

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A caminhada...

Foi assim (I):

Emoção... com mais um final feliz !!!


Benfica 1 - 0 Oliveirense

Mais um jogo emocionante, nem sempre bem jogado, com o adversário a jogar para os 'penalty's (!!!), foi preciso esperar praticamente pelo último minuto (1.40m para o fim), para o João Rodrigues encontrar o caminho do golo...
Em frente na Taça, mais um objectivo em aberto...

PS: Soube-se à poucos dias que a Final-Four da Liga Europeia vai-se realizar em Barcelona, precisamente o nosso adversário nas Meias-Finais. Já seria difícil, agora vai ser muito difícil... não sei qual foi a última vez que o Barça foi derrotado em casa, numa competição Europeia, mas não terá acontecido muitas vezes. Mas se o ano passado vencemos o Barça nas Meias-Finais, e depois derrotámos os Corruptos no seu próprio antro, porque não fazer algo parecido este ano!!!

Juniores - 10.ª jornada - Fase Final

Thierry Graça
Braga 0 - 0 Benfica

Depois dos jogos da Final-Four da UEFA Youth League, depois dos compromissos com a Selecção de sub-19 na passada semana, a nossa equipa de Juniores regressou à Fase Final do Campeonato Nacional, e logo com um jogo fora, na casa do 2.º classificado...
As informações chegadas de Braga, falam de um jogo repartido, com um adversário a usar e abusar da violência, com impunidade... mas onde o Benfica soube aguentar a pressão, e acabou por retirar um empate, que tendo em conta a classificação até não é um mau resultado. Com vários jogadores na Selecção, tivemos muito pouco tempo para preparar este jogo...
O Braga em teoria tem um calendário mais fácil, até final do Campeonato, mas vencendo os nossos jogos, temos tudo para sermos Campeões, antes da última jornada.

PS1: As noticias que chegam de Braga, também voltam a descrever um autêntico ambiente de terror, com vândalos à solta nas bancadas, que no fim do jogo invadiram mesmo o campo, apedrejando, cuspindo, insultando... atirando mesmo uma tocha, para o meio da equipa do Benfica!!! Nada de novo, infelizmente, nos últimos anos, tem sido sempre assim... Mas desta vez, um dos animais até foi reconhecido (guarda-redes da equipa do Braga de Futsal!!!)... Tudo isto com a também habitual passividade das autoridades e dos dirigentes da equipa da casa!!! Recordo que estamos a falar do Campeonato de Juniores...!!!

PS2: Depois da excelentes prestações na Champions Júnior, as notícias sobre possíveis vendas dos nossos putos não param... Espero que os miúdos tenham a cabeça no lugar, e resistam à pressão dos empresários e das famílias. O Gonçalo Guedes e o Romário ainda são Juniores de 1.º ano, é preciso não esquecer...

PS3: Na última semana realizou-se o sorteio da Fase Final dos Juvenis, e mais uma vez, o Benfica vai deslocar-se ao antro dos Corruptos, na última jornada!!! O sorteio ditou esta 'sorte', no campeonato de Iniciados, Juvenis, Juniores... e ainda no Campeonato principal... além do Andebol, do Bilhar... e no Hóquei é na penúltima jornada!!!

Benfica...............23
Braga...................21
Corruptos.............18
Sporting..............17
Oeiras.................11
Leixões................8
Guimarães............7
Leiria...................5


O campeão voltou! (I)

"O campeão voltou! Antes do prazo final e sem programa cautelar, com uma saída limpa. Com brilhantismo e eloquência. Solidário, estável, unido. E plubibus unum! Na era Jesus o Benfica foi campeão duas vezes, mas bem poderia ter sido quatro vezes. Ou, pelo menos, três. No plano europeu está entre os seis melhores. O seu futebol é o mais aliciante de Portugal.
O Benfica chega ao seu 33.º título (41% da totalidade). Quase em consonância com os recentes dados de um vasto estudo da UEFA que coloca o SLB com 47% das preferências dos portugueses (sem contar com a diáspora). A sua grandiosidade viu-se na noite de domingo: aqui e lá fora. As rotundas, afinal não são de mais em Portugal. O Benfica não cabe em todas!
Um título com um jogo decisivo. Não os que, na Luz, disputou com o FCP ou o SCP em que foi absolutamente imperial, mas com o Gil Vicente na 2.ª jornada. Aí o fatídico minuto 92 da anterior Liga virou galo para Barcelos e um início de época que corria o risco de se desmoronar transformou-se num arranque imparável.
33 Títulos: todos diferente e todos infinitamente saborosos. Já vivi 26, desde o primeiro de que tenho memória via rádio (1955) até este de 2014, um memorial de Eusébio e Coluna.
Nos últimos jogos do campeonato, 14 vitórias e um empate e apenas 3 golos sofridos fora (1 em Barcelos e 2 no Nacional) e nenhum em casa. Admirável, cristalino, sem mácula.
Luís Filipe Vieira contra tudo, contra quase todos e ao arrepio da norma prevalecente no futebol, muito contribuiu para o êxito. Jorge Jesus foi mestre e maestro e teve a sabedoria de aprender com erros passados. Dos jogadores falarei amanhã."

Bagão Félix, in A Bola

35

"Quem é Jorge Jesus? Odiado por uns, amado por outros e ainda odiado e amado (quase ao mesmo tempo) por mais alguns, o treinador que alcançou os 32.º e 33.º títulos do Benfica é tudo menos consensual.
Na cabeça de milhões que tentam perceber um pouco melhor o homem há dezenas de JJ. Há o JJ com dificuldades de expressão; há o JJ duro e, até, insuportável; há o JJ excessivamente vaidoso; há o JJ catedrático; há o JJ que «acardita»; e há o JJ mestre de táctica; e há o JJ potenciador de talentos - as fantásticas evoluções de Coentrão, Witsel e Matic, só para citar os três que mais dinheiro deram a ganhar ao Benfica, são inegáveis...
Depois, há ainda o JJ que é sportinguista - Virgolino, o pai por quem Jesus mantém enorme devoção, é adepto do clube de Alvalade e foi jogador dos leões nos anos 40 - mas há também o JJ benfiquista de coração, mais fervoroso que o mais fervoroso adepto nos festejos do título, ao ponto de ser confundido por um polícia no Marquês...
Mas há mais JJ: há o teimosos, o irascível, o bem-disposto, o maldisposto, o que hesita, o que não vacila, o que não ouve ninguém, o desconfiado.
Há, contudo, uma característica que terá sido a mais decisiva ao longo da presente temporada: o JJ confiante e que confia nos seus. Os que ouve. Que os respeita. É o caso do 35 do Enzo Pérez. O 35 sem o qual JJ não teria seria provavelmente o JJ do ego exacerbado estará decerto muito agradecido ao seu comandante no campo, a sua voz, olhos e ideias no relvado.
Inesquecível, neste plano, o momento no Benfica - FC Porto da Taça de Portugal quando, com Siqueira expulso e Gaitán na lateral-esquerda, Enzo  reorganizou a equipa, depois de Jesus, de braços abertos, lhe ter gritado: «O que queres que faça?» Seria retórica? Estamos certos de que não, Jesus queria mesmo a opinião de Enzo, o argentino introvertido que JJ adoptou e salvou, mas que está ele proprio também a ser... o salvador de Jesus."

João Pimpim, in A Bola

No futebol se vê o rosto do um povo

"Porque, como canta o Godinho, «isto anda tudo ligado», o futebol é metáfora perfeita para a humanidade. E, em particular, para cada um dos povos que a compõem.
Por cá, a primeira nota vai para a festa do título do Benfica. A praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, encheu-se de gente e coloriu-se de vermelho. Tudo com a justa concordância da Câmara Municipal de Lisboa, que percebeu os benefícios de um dos seus clubes ali celebrar a conquista. Ao contrário do que sucede noutras paragens - Londres, por exemplo - ou nestas quando há Rock in Rio, a multidão teve de regressar a casa por meios alternativos ao óbvio serviço de metropolitano. Em vez de haver reforço de comboios, atendendo à quantidade de gente que andava na rua, houve um comunicado que falava de suspensão da linha azul e alterações na amarela.
Na prática, e mesmo que não tenha havido culpa directa do Metropolitano de Lisboa, o que se passou foi que uma excelente oportunidade de negócio redundou em portas fechadas e grande incómodo para milhares de pessoas.
Consequências? Zero. É normal, este é o país onde somos esclarecidos de que processos judiciais prescrevem por serem tão detalhados que os tribunais não têm quem os despache.
Este é também, e voltando ao futebol, o País em que um presidente de clube despede um jogador por quebra de confiança depois de um em dois jogos este ter arruinado a equipa e o Ministério Público nem sequer faz a pergunta «haverá algo para investigar?».
Também nas instituições desportivas se acha compreensível que uma equipa desvirtue o campeonato, oferecendo uma vitória que muda a classificação, ao jogar só com suplentes. E não existe regulamento - nem lei - que o impeça. Nem que impeça dirigentes de clubes de terem as suas empresas a fazer negócios com clubes adversários. Se não nos preocupamos em parecer sérios, como poderemos querer que nos reconheçam como tal?"

Nuno Perestrelo, in A Bola

Benfica, a Europa na linhagem (a Juventus é que é do teu campeonato)

"Sem prejuízo da final do Jamor, é o duelo com a Juventus que dirá se esta é uma época mesmo especial para os encarnados ou apenas boa.

A festa benfiquista foi bonita. Teve a intensidade das reconciliações, das coisas que «estavam aqui atravessadas» (como disse um popular na televisão, apontado para a garganta) e deixaram de estar. A mágoa dos dois últimos campeonatos perdidos para o FC Porto foi-se o exacto momento em que Benfica garantiu matematicamente o título. Que foi ganho com todo o mérito, nenhuma surpresa e pouco ou nenhum «frisson». Por muito que o treinador Jorge Jesus (gato escaldado...) se tenha esforçado por nomear perigos, obstáculos e adversários que mais ninguém viu, a verdade é que o 33.º título benfiquista resultou de uma campanha sóbria e competente... mais tranquila, praticamente sem angústias nem adversários. No fundo, igual a tantas outras que o FC Porto fez nestes últimos anos. Dito isto, deve elogiar-se o Sporting porque foi o único que deu luta ao Benfica, embora quase sempre a uma distância considerável.
Sem querer estragar a festa aos benfiquistas, nomeadamente à minha amiga Leonor Pinhão (o título desta crónica é para ela), parece-me que este campeonato do Benfica está destinado a ficar na história como uma conquista normal, sem nada de transcendente. É o que acontece quando uma equipa se revela francamente superior à concorrência que, ainda por cima, patina. Houve outros títulos do Benfica muito mais custosos.

ASSEGURADA a «prioridade n,º 1» e pulverizadas as ansiedades, angústias e inquietações trazidas da época passada, Jorge Jesus tem agora oportunidade de mostrar aos benfiquistas até que ponto é ambicioso e não se contenta com o óbvio; até que ponto quer ficar - ele e a equipa - na história do Benfica; vamos pôr as coisas assim. Ganhar o campeonato é uma coisa normal: o Benfica fez isso 33 vezes; outra coisa, mais difícil, é ganhar na mesma época campeonato e taça: o Benfica fez isso nove vezes, a última das quais há 27 anos; outra coisa, ainda mais difícil, é ganhar campeonato, taça e chegar a uma final europeia: o Benfica só fez isso uma vez - com Eriksson, há 31 anos; outra coisa, mesmo muito difícil, é ganhar campeonato, taça e uma competição europeia na mesma temporada: o Benfica nunca fez isso. Mas o FC Porto fez, por duas vezes (!)... nos últimos onze anos. Primeiro com José Mourinho (2002-03), depois com André Villas Boas (2010-11), em ambos os casos à frente de plantéis formidáveis - como este do Benfica. É nestes dois exemplos que Jesus se pode inspirar para o que resta da época. Homem, assuma que a conquista da Liga Europa é um objectivo possível, viável e extremamente desejável. Quanto mais não seja - não é verdade, Leonor? - porque o Benfica deve à Europa a imagem (e a linhagem) que tem. Não foi a ganhar campeonatos e taças domésticas (a que ninguém fora deste país presta atenção) que o Benfica se fez monstro sagrado na Europa e no Mundo. Foi a brilhar durante dez anos seguidos na Taça dos Campeões Europeus com Eusébio, Coluna & c.ª.

ESTA conversa transporta-nos para a Juventus e a meia-final da Liga Europa, a taça europeia que o Benfica perdeu injusta e dolorosamente há um ano, em Amesterdão, para o inconvincente Chelsea de Rafa Benitez; a taça europeia que o Benfica tem de ganhar para que esta época seja verdadeiramente especial. Para isso é preciso derrubar a «Juve». Tem o Benfica hipóteses de eliminar o campeão italiano? Claro que tem. Tantas como o FCP antes de eliminar a Lazio de Roma na meia-final de 2002-03; e o Villareal na meia-final da Liga Europa de 2010-11. O importante é querer, acreditar - o poder vem logo a seguir. A Juventus é uma equipa chata, a segunda melhor que o Benfica defronta nesta época depois do Paris SG. Uma equipa 100% italiana no modo como se apresenta e compete, ou seja, dura, rochosa, pragmática, velhaca. Mas se a Juventus fosse assim tão forte não tinha sido eliminada na fase frupos da Champions com apenas 6 pontos. Num grupo com Galatasaray e Copenhaga...
Amanhã começamos a perceber se esta é uma época mesmo especial para o Benfica e para Jorge Jesus ou apenas uma época igual a tantas outras (se o Benfica se ficar apenas pelo campeonato), ou uma boa época (se Jesus fizer a «dobradinha» que, note-se bem, nenhum treinador português conseguiu na Luz). Ah. Na segunda-feira a Mary Calado perguntou-me, antes da Revista de Imprensa Internacional d'A BOLA TV, quantas referências tinha encontrado nos jornais estrangeiros à festa do título benfiquista. Poucas, Mary, muito poucas. O campeonato português praticamente não tem expressão internacional. É assim a vida.

Ninguém como Lajos Baroti
SE perguntassem aos adeptos benfiquistas que época futebolística escolhiam como a melhor de sempre, suspeito que a maioria optaria pela de 1960-61 - quando o Benfica de Bella Gutmann ganhou o campeonato e a Taça dos Campeões Europeus. Dois títulos, portanto. Na época seguinte, o Benfica de Guttmann voltou a ser campeão europeu e ganhou a Taça de Portugal mas perdeu o campeonato para o Sporting. Dois títulos, portanto. Há uma ideia generalizada de que Eriksson fez coisas inéditas na Luz, mas não é bem assim: a melhor época do sueco (1982-83) traduziu-se numa «dobradinha» acrescida de final europeia perdida (Taça Uefa, com o Anderlecht). Dois títulos, portanto. Do ponto de vista contabilístico, melhor fez o húngaro Lajos Baroti em 1980-81: ganhou campeonato, taça, supertaça e ainda chegou a uma meia-final europeia (Taças das Taças), Três títulos, portanto - e o superpleno doméstico da história do Benfica.
Engraçado como Jorge Jesus ainda pode ultrapassar o registo de Baroti, único treinador do Benfica que ganhou três títulos nacionais numa época (Agosto-Maio). Jesus pode chegar aos quatro. Um já está. Faltam as taças (de Portugal e da Liga) e a Liga Europa. É difícil? É. Tão difícil como perder tudo de enfiada - possível, portanto.

(...)"

André Pipa, in A Bola

Grandes Momentos... com a melhor Banda Sonora do Mundo !!!

A festa por dentro...

Discurso do Presidente...

"Hoje, 110 anos depois da nossa fundação, num ano de luto carregado, celebramos com alegria o nosso 33.º título de Campeão Nacional.
Ganhámos o direito de ser felizes, mesmo quando perdemos as duas maiores referências do nosso Clube: Eusébio e Coluna.
Ganhámos esse direito porque sabemos que, estejam eles onde estiverem, também estão a celebrar. Mas perdemos outras referências este ano. Referências que nos fazem falta pelo carácter, pela paixão, pela alegria, pelo facto de nunca fugir a um bom combate. Referências das quais sentimos falta.
Perdemos o Manuel Seabra e ele merecia estar aqui hoje a falar e a celebrar a nossa última conquista. 
Proponho, por isso, a todos os presentes, um minuto de silêncio em memória do Manuel Seabra, numa justa homenagem ao exemplo e a tudo aquilo que nos deixou.
Estão aqui na condição em que devem estar, de sócios e simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica. 
Independentemente das vossas funções, das vossas convicções políticas. E para mim isso é que é relevante. 
Se estão recordados, disse no ano que passou, quando nos encontramos aqui, depois de termos perdido três finais, que tínhamos de repetir tudo o que fizemos de bom na época passada, escrevendo apenas um final diferente.
No passado domingo começámos a reescrever a história do ano passado, na próxima quinta-feira temos de continuar a fazê-lo.
Não temos de ter medo de falhar, mas temos de ter a ambição de estar ao nível da nossa história, e estes jogadores e esta equipa técnica estão ao nível da nossa história.
Todos tiveram oportunidade de ver as manifestações do passado domingo, e é fácil perceber que o Benfica está para lá do País, tem uma dimensão global. O Benfica ultrapassa largamente as fronteiras de Portugal. É uma marca, uma referência, é uma bandeira de um País a precisar de razões para celebrar, e o Benfica foi tudo isso no domingo.
Foi razão e pretexto para os portugueses se esquecerem, ainda que por pouco tempo, das dificuldades em que vivem há demasiados anos.
Este título não foi ganho contra ninguém, não foi festejado contra ninguém. É um título de todos aqueles que gostam de Futebol. Nada mais do que isso.
Tenho orgulho de tudo o que fizemos e de tudo o que não deixámos fazer. Não caímos na tentação suicida de mudar tudo, de colocar tudo em causa. Tivemos a capacidade de mudar apenas aquilo que era necessário mudar e manter tudo o resto. E é por causa disso que estamos hoje onde estamos.
Este título é para todos aqueles que sempre acreditaram no trabalho desenvolvido dentro do Benfica, mas é sobretudo uma grande lição para aqueles que só aparecem nas horas más e nunca para ajudar a construir. 
Depois do que sucedeu no final da época passada sempre acreditei que apesar do que tinha sucedido, este era o caminho, e que o futuro nos iria compensar por tudo o que nos tirou.
E a verdade é que hoje celebramos mais um título, porque tivemos o mérito de não desistir e porque quando caímos tivemos a capacidade de nos voltar a levantar e isso tornou-nos mais fortes.
Obrigado a todos e tenho a certeza de que o Manuel Seabra está hoje aqui connosco a celebrar o primeiro título da época."