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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Vermelhão: Valeu pela qualificação...

Toulouse 0 - 0 Benfica


exibição, com uma qualificação muito sofrida, contra um adversário com individualidades dum patamar muito mais baixo do que nós, mas com um coletivo interessante e com muita motivação gigante por estarem a jogar uma competição europeia, algo muito raro na sua história!

Mesmo com algumas alterações em relação às escolhas que têm sido habituais para o 'Plano A', a equipa voltou a demonstrar muitos problemas, na saída de bola apoiada, e quando finalmente tentávamos o ataque organizado no meio-campo adversário, não havia opções, com a equipa muito parada, sem movimentações sem bola... e quando os avançados 'atacavam' as costas da defesa contrária, o passe nunca saiu...!!!

Mas se a 1.ª parte, até foi relativamente equilibrada, com poucas oportunidades, e até acabou por ser mesmo o Benfica a ter as 'melhores' com o Rafa, o Di Maria e o António... Agora, o 2.º tempo, foi muito mau! Se no 1.º tempo, a linha defensiva estava a jogar muito recuada, com os Centrais propositadamente a oferecerem espaços entre-linhas, para 'cobrirem' as costas dos Laterais, nos 2.ºs 45 minutos, parece que entrámos com a intenção de defender mais alto, mas isso acabou por dar muito espaço nas costas dos nossos Laterais...

Valeu a falta de pontaria dos jogadores do Toulouse, até porque o Trubin, se me recordo, fez somente duas grandes defesas, o resto foram golos desperdiçados... Enquanto do nosso lado, a única oportunidade que me recordo no 2.º tempo, foi a tentativa de golo olímpico do Aursnes...!!! Conseguimos alguns contra-ataques, mas a decisão junto da área adversária, foi sempre má...

A titularidade do João Mário, a '8', foi a grande surpresa! E uma má surpresa! Eu elogiei o jogo do João Mário contra o Vizela, mas foi contra o Vizela, na Luz!!! Com o Tino e o Kokçu no banco, não havia necessidade...!!!

Se a intenção era fazer pressão alta, tal como fizemos contra o Vizela, então o Di Maria não podia ser titular! Porque o facto dos 6 golos contra o Vizela terem sido na sua maioria após recuperações altas, não se deveu devido à presença do João Mário a '8', deveu-se devido à presença do Tengstedt no '11', e do Neres com o Gouveia nas Alas, e foi o sucesso nesta pressão alta, que facilitou o trabalho do nosso '8' nesse jogo: o João Mário, e não contrário!!!

Sendo honesto e grato, tenho que admitir que o Di Maria, hoje, pelo menos acompanhou o Lateral do lado dele, e 'safou' a equipa várias vezes, com cortes fundamentais, na nossa linha mais recuada... Mas, na pressão alta, ele simplesmente não tem 'pernas' nem 'rins' nem força nos duelos defensivos, e às vezes, parece mesmo que não sabe o que está a fazer...!!!

Depois de tudo o que se passou esta semana, o Joãozinho voltou a ser o nosso melhor em campo... mas se tivesse tido o Tino nas suas costas, poderia ter liberdade para pressionar uns metros mais alto, e isso poderia ter feito a diferença... Hoje, mesmo os Centrais tiveram alguns problemas, mas sem a cobertura no zona central do meio-campo, fica tudo mais complicado...

Com atuações positivas, só realço o Trubin, o Neres e o Bah, além do nosso pequeno campeão! Mesmo o Rafa, hoje não conseguiu fugir às marcações...

O Carreras também provou, que ainda não está preparado para este tipo de jogos... Normal, tendo em conta a idade e a sua experiência anterior. Por exemplo, os constantes saltos antecipados que faz quando tenta jogar a bola de cabeça, têm que ser evitados, com treino, muito treino...!!!

Já agora, sobre o adversário: o treinador pode perfeitamente vir para o Tugão vai sentir-se em 'casa', tanto no show que dá no banco, como na forma como a equipa joga, inclusive a manhosice...!!!

Diga-se também, que mais uma vez, levámos com um árbitro de critério largo, que pouco marcava, e Amarelos nem vê-los, se tivéssemos levado com o árbitro de ontem dos Corruptos, tudo seria diferente!!! Várias entradas duras, passaram em claro, sobre o Neves, sobre o Bah, sobre o João Mário... Só se lembrou que tinha cartões perto do fim...

Sem descanso, temos novo jogo no Domingo, novamente na Luz, contra o Portimonense. Que sendo uma equipa do 'campeonato' do Vizela, tem características diferentes, tem um treinador experiente no Tugão, e em épocas anteriores, já nos tirou pontos na Luz!!! Espero nova revolução no 11... O Tino e o Kokçu tem que jogar no meio (se não jogarem neste jogo, não sei quando!!!), o Aursnes deverá voltar, à posição de Lateral ou à esquerda... O Gouveia e o Neres na minha opinião voltavam a ser os Alas... Mas neste momento, qualquer previsão deste estilo, é um tiro no escuro...


Vamos ter jogos com o Sporting e os Corruptos, nos próximos 10 dias, logo a seguir nova eliminatória da Liga Europa, com o adversário seguramente mais complicado, e ainda teremos jogos, com equipas 'manhosas' como o Estoril e o Casa Pia pelo meio... Sem margem de erro no campeonato, e nas Taças, opções e exibições como as de hoje, podem ser fatais...

Para o Sorteio de amanhã, tendo em conta aquilo que estamos a jogar, praticamente não existem adversários fáceis... Talvez, o Rangers e o Slavia, mas um desses deverá calhar aos Lagartos, tendo em conta a vaca que têm tido nos sorteios! Leverkusen e Liverpool claramente os mais complicados, mas o Brighton, a Atalanta também não são fáceis, o West Ham está numa fase má, mas têm uma plantel muito bom, e até a Villarreal está a melhorar...

Em Toulouse, para seguir em frente


"O destaque nesta edição da BNews é o embate, nesta tarde (17h45), em Toulouse, a contar para a 2.ª mão do play-off de acesso às rondas a eliminar da Liga Europa.

1. Profundo pesar
Artur Jorge, campeão nacional quatro vezes e vencedor de duas Taças de Portugal e uma Taça de Honra em seis temporadas de águia ao peito, e posteriormente com uma passagem pelo Clube como treinador, faleceu aos 78 anos.
Fernando Seara, presidente da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica, recorda o jogador, o goleador, o treinador e o papel ativo de Artur Jorge na valorização do estatuto dos futebolistas ao contribuir para a criação do Sindicato dos Jogadores.
Também em nota de pesar, o Sport Lisboa e Benfica relembra o legado de Artur Jorge no Clube e no futebol português.

2. Continuar em prova
Roger Schmidt conta com os Benfiquistas nas bancadas e antevê a partida: "Espero um jogo difícil, duro. Claro que temos muita motivação para continuar nesta competição. Ficamos felizes pelo apoio dos adeptos e queremos fazer um bom jogo. Acreditamos em nós, tentaremos jogar o nosso futebol."
Sobre a forma como o grupo de trabalho encara as várias provas, o treinador do Benfica afirma que "todas as competições são prioritárias" e só está focado no embate que se segue: "Temos de mostrar que podemos continuar em prova."

3. Juntos por um bom desfecho
Trubin, o guarda-redes, das sete melhores ligas europeias, mais eficaz na defesa de grandes penalidades, refere a ambição do plantel benfiquista como trunfo para o desafio em Toulouse: "Lutamos por todos os títulos e, para nós, todas as vitórias são importantes. Vamos tentar o nosso melhor e dar o nosso máximo."
E acrescenta: "Tudo depende de nós, temos de jogar o nosso futebol, no nosso estilo, e temos de mostrar a nossa qualidade. Onde quer que joguemos, temos muitos adeptos do Benfica, e isso é ótimo nos jogos fora, dá-nos mais energia."

4. Sonhos realizados
Uma iniciativa conjunta da Fundação Benfica e do Futebol Profissional.

5. Distinção
A equipa técnica liderada por Filipa Patão foi eleita, pelos treinadores da Liga BPI, a melhor dos meses de dezembro e janeiro, e os galardões foram entregues no Benfica Campus.

6. Resultados
Em futsal, o Benfica ganhou, por 6-3, ao Quinta dos Lombos. E, em hóquei em patins no feminino, venceu, por 2-9, na visita ao APAC Tojal.

7. Casa Benfica Avis
Esta embaixada do benfiquismo celebrou o 21.º aniversário."

Nota de pesar do Sport Lisboa e Benfica


"Faleceu Artur Jorge, antigo jogador e treinador do Clube.

O Sport Lisboa e Benfica expressa profundo pesar pela morte do seu antigo jogador e treinador, Artur Jorge.
Ao serviço do Benfica, Artur Jorge cumpriu seis épocas como jogador do plantel principal (1969-1975), tendo realizado 184 jogos e obtido a impressionante marca de 152 golos (particulares incluídos). Um notável goleador que ficará para sempre na memória dos Benfiquistas.
Artur Jorge será ainda evocado na história do Sport Lisboa e Benfica por fazer parte de uma magnífica equipa que venceu o título de campeão sem derrotas, orientada à altura por Jimmy Hagan.
De resto, enquanto jogador, Artur Jorge venceu sete títulos, entre os quais quatro Campeonatos, duas Taças de Portugal e uma Taça de Honra. Na Europa, o Benfica chegou, por duas vezes, às meias-finais da Taça dos Campeões Europeus com o seu contributo e participação.
Ao serviço do Benfica, Artur Jorge foi, por duas vezes, melhor marcador do Campeonato, arrecadando duas Bolas de Prata, e atuou pela seleção principal de Portugal em 16 ocasiões.
Mais tarde, entre 1994 e 1996, Artur Jorge foi treinador da equipa principal do Benfica, durante duas épocas.
Além de uma referência no desporto português, Artur Jorge era um homem apaixonado pelas artes, sendo também reconhecida a sua dimensão sindical e política no futebol, numa altura particular em Portugal.
A morte de Artur Jorge deixa um vazio difícil de preencher e o Sport Lisboa e Benfica associa-se à dor da sua família, respeitando a sua memória de grande desportista e um ser humano de reconhecidos valores morais."

Benfica em vantagem


"Na Luz há mais quantidade de qualidade e em Alvalade reside maior confiança

É eterna a questão: os campeonatos ganham-se nos jogos com os grandes ou com os pequenos? Por norma, numa Liga desequilibrada como a nossa, o campeão encontra-se no campeonato dos grandes. Com mais ou menos dificuldades, o coroado vai resolvendo os problemas ao longo da s 34 jornadas e depois faz a diferença nos jogos grandes. Naqueles que valem seis pontos. Sim, o vencedor soma três pontos e o adversário deixa de somar outros tantos.
Dado o crescimento do SC Braga nas duas últimas décadas, há que incluir os guerreiros nestas contas nobres, até porque já se intrometem com alguma frequência entre a tradicional hierarquia. Analisando as últimas três épocas, curiosamente com cada um dos três grandes a conquistar o título, o Sporting quebrou o jejum de 19 anos vencendo o campeonato dos grandes, com 11 pontos, mais três que FC Porto e Benfica. Na época seguinte, o FC Porto regressou ao trono também com 11 pontos no campeonato das decisões, contra nove do Sporting e seis do Benfica. Na época transata foram os encarnados a festejar, mas, curiosamente, não conseguiram ganhar o campeonato dos grandes, somando oito pontos nos 18 em disputa com FC Porto, SC Braga e Sporting, os clubes que se lhes seguiram na tabela - os dragões somaram 10.
Como já se percebeu, foi uma exceção. E como conseguiu Roger Schmidt levar as águias até ao Marquês de Pombal? Simples: venceu praticamente todos os outros jogos! Num percurso brilhante, os encarnados cederam apenas mais cinco pontos, deixando dois em Guimarães e três em Chaves. Notável.
Já esta época, o Benfica tem outro registo magnífico: três jogos com os grandes, nove pontos, depois das vitórias sobre FC Porto e Sporting na Luz e na visita a Braga. O que atira muita pressão para os rivais… O Sporting soma sete, mas tem mais um jogo - triunfo sobre o FC Porto e empate e vitória sobre o SC Braga -, enquanto o FC Porto não vai além de três, depois de ser ter superiorizado aos guerreiros. O Benfica está, pois, muito bem lançado para conquistar o campeonato dos grandes, o que o deixa neste momento em vantagem na corrida ao título.
Com o FC Porto já bastante longe na classificação e com exibições pouco convincentes, o Sporting surge como principal adversário dos encarnados e bem pode inspirar-se… neles. Já só com a deslocação ao Dragão e o dérbi em Alvalade no calendário do campeonato dos grandes, a equipa de Rúben Amorim está assim como que obrigada a limpar o percurso até ao fim. Para já, só perdeu oitos pontos, cinco no tal campeonato à parte e três em Guimarães, com a ressalva de o Vitória este ano até merecer honras de grande.
À entrada para o último terço, o Sporting está como que obrigado a manter o percurso quase imaculado para se manter a par do Benfica ou isolar-se no topo, caso supere o Famalicão. O tal jogo em atraso que pode ser visto como reserva de… segurança , isto quando o calendário se apresenta cada vez mais sobrecarregado. O que também pode fazer a diferença, entrando aqui os plantéis ou os… grupos. Na Luz há mais quantidade de qualidade e em Alvalade reside maior confiança, dada a superior qualidade exibicional."

Unidos também na dor


"O grande problema da humanidade não está na bondade, está na memória...

Há pessoas de quem gostamos ao primeiro olhar. Ainda não sabemos nada dessa pessoa e já preenchemos todos os vazios com um sentimento de simpatia que nos gera. Pessoas que nem precisam de uma primeira oportunidade para causar uma primeira boa impressão. Basta aparecer. João Neves é uma dessas pessoas.
A primeira vez que reparei nele aconteceu a 11 de dezembro de 2022, num jogo particular do Benfica com o Sevilha, em Faro. Ao minuto 76, Roger Schmidt promove a estreia de João Neves na equipa principal. Vi em João Neves um miúdo com cara de miúdo… Todo aprumadinho, com a camisola por dentro dos calções. À antiga... E, acima de tudo, vi no rosto um prazer imenso de, finalmente, ter autorização para brincar no seu parque de diversões favorito. E esse ar pueril, sonhador até, fez-me gostar mesmo daquele miúdo muito antes de gostar do futebolista.
Não fui só eu que me rendi ao miúdo com cara de miúdo transbordando felicidade por brincar no parque de diversões favorito. Os adeptos do Benfica também. A mais monumental assobiadela dos adeptos a um treinador do Benfica aconteceu num jogo em que Roger Schmidt decide tirar João Neves de campo. Aquela assobiadela não é proporcional ao juízo tático e desportivo que os adeptos fizeram da saída de João Neves. A razão tinha de ir muito além disso. E porque os adeptos podem não ter sempre razão, mas têm sempre emoção, aquela assobiadela foi um veemente protesto emocional. Os adeptos vestindo o papel de um pai babado que está feliz por ver o filho feliz a brincar no parque de diversões favorito, de onde foi retirado pelo insensível do Roger Schmidt. Deixa jogar o miúdo...
O menino João Neves está agora de luto pela morte da mãe, Sara Gonçalves. E se a morte é a mais universal das experiências humanas, o luto é um processo individual. C. S. Lewis, escritor inglês do século XX, escreveu que «o luto não é um estado, é um processo». O luto é também o preço do amor, um preço mais alto para quem mais ama.
Morrer é o contrário de nascer, não é o contrário de viver. E viver é o milagre da imortalidade semeada no coração de todos os que foram tocados por nós. É por isso que é possível viver mesmo depois da morte. Uma vida depurada e transformada em exemplos.
Falo de experiência feita: perdi o meu pai aos 21 anos. Não fixei nenhuma conversa séria que tenhamos tido. Mas lembro todos os pequenos e grandes exemplos do dia a dia. Não poderia ter tido melhor professor sobre como ser um Homem e como amar uma mulher. Fosse eu tão brilhante aluno como ele foi meu professor…
A João Neves vai faltar o telefonema para Sara no final de cada jogo. Há um vazio enorme para preencher, mas antes há que esvaziar tudo. Talvez um dia se lembre e passe até pelo Poço Vaz Varela, à saída da sua Tavira, e se inspire na lenda para desejar dois figos e receber dois bordões de ouro de uma moura encantada.
Há momentos em que as palavras nada acrescentam. Passei pelo mesmo que João Neves, mas não tenho a veleidade de saber o que ele está a passar e do que está a precisar. Talvez apenas de quem chore sentado ao lado dele. Só espero que a dor e a injustiça não lhe roubem a cara de menino a brincar no seu parque de diversões favorito.

Professor chamado avô
Há pessoas que nada nos dizem ao primeiro olhar. Cujo semblante não conseguimos perscrutar . António Silva foi uma delas.
A primeira vez que lhe pus os olhos em cima foi ao minuto 7 do jogo do Benfica no Bessa, com o Boavista, a 27 de agosto de 2022. Aos 18 anos foi lançado ao onze do Benfica por, numa série de infortúnios, não haver mais opções para jogar no eixo da defesa. Só ele e Morato. Ao minuto 7, dizia eu, uma entrada em falso valeu-lhe o amarelo. A idade, inexperiência e esse amarelo eram os ingredientes para um potencial desastre. Mas António Silva teve mais 83 minutos para provar que não só é um central de eleição, como tem enorme personalidade. Não tremeu e comandou algo mais difícil do que a defesa do Benfica, comandou as próprias emoções. E, mais tarde, a forma como cresceu para jogadores de nomeada em jogos Champions fez-me ver que «temos homem».
Também António Silva está de luto pela morte do avô. Também ele tem de passar por esse processo sempre singular que é o luto. Ironia negra do destino: até no luto partilha a dor com um dos melhores amigos: João Neves.
O meu avô, com quem vivi desde os cinco anos, também garantiu a imortalidade. Ainda hoje o oiço a contar histórias dos livros que leu, da tradição oral ou do que a imaginação lhe ditava. Foi ele quem me inspirou para a leitura e o prazer de ouvir e contar uma boa história. Não poderia ser jornalista sem esses dois ingredientes. Numa sociedade de descarte, um dos conselhos que dou aos pais preocupados em dar uma boa educação aos filhos é que promovam o convívio com os avós.

Bravo, meu caro Pedro
Bonito o gesto de Pedro Gonçalves na zona de entrevistas rápidas após o jogo com o Moreirense. Antes mesmo de responder à primeira pergunta, fez questão de revelar solidariedade, em nome de todo o plantel do Sporting, com João Neves e António Silva. Para mais, percebemos pelas declarações posteriores de Rúben Amorim, uma mensagem não planeada, logo genuína. Para mim a prova de duas convicções: que os jogadores são do melhor que o futebol tem e que o ser humano, na hora de aflição, é genuinamente solidário.
Falando genericamente, não propriamente deste caso, sempre defendi, meio a brincar meio a sério, que acredito profundamente na bondade do ser humano. Mas não acredito na sua memória. As situações limites ou mais dramáticas trazem ao de cima o que de melhor somos. Passado o perigo ou atenuada a dor, a humanidade entra em estado de amnésia e volta às guerrinhas estúpidas de todos os dias.
Sempre acreditei que ser má pessoa dá muito trabalho. Ninguém é mau o suficiente para não ser tombado por outra pessoa má. Há sempre uma esquina traiçoeira. E ser mau é uma péssima gestão do pouco tempo que temos disponível.
Os bons trocaram o ter pelo ser. Trocaram o presente pelo futuro. Trocaram a posse pela memória. Os bons são os que decidem ser felizes. Felicidade que não advém de fatores externos mas daquele sentimento único de olharmos ao espelho e sentirmos orgulho e paz.
Um abraço para o João e o António."

O FC Porto que não se estranha


"Dragões vão a Londres em vantagem e o melhor elogio que tenho é dizer que é ‘normal’

O FC Porto é isto. Não só, obviamente. Mas é muito isto. Nunca é para este clube tão relevante como para os outros o momento, a forma, a abordagem ou até os jogadores disponíveis, porque no final se trata sempre de lutar do primeiro ao último minuto. Correr as todas as bolas, dar o corpo até a balas de canhão. Não decidirá todos os encontros, porém aproximará sempre os dragões de que tem melhores jogadores, maiores orçamentos e até ideias mais bem definidas, especialmente em competições mais curtas e a eliminar e sobretudo no seu estádio, empolgados por um público que festeja cada desarme, cada oportunidade, mesmo que mínima, de atirar à baliza.
Depois, há sempre o plano estratégico, em que técnicos como Sérgio Conceição conseguem esconder as fragilidades e potenciar as qualidades, acrescentando mais um nível à força global do conjunto. Ao assumir a superioridade do adversário, preocupando-se sobretudo com ocupação dos espaços e com o tornar do jogo desconfortável para os criativos através dessa atitude never say die, o FC Porto nunca virou a cara à tentativa de aproveitar essa exibição uma mudança abaixo que o Arsenal apresentou - mesmo ao acelerar um pouco mais na segunda parte, o 0-0 parecia um resultado aceitável para os gunners - e até amaldiçoou o azar naquela dupla finalização ainda na primeira parte de Galeno, que reagiu muito mais rápido do que toda uma defesa londrina habituada na Premier League a responder de forma veloz para não ser ferida por rivais de capacidade de decisão vertiginosa.
O FC Porto seguiu o plano durante os 90 minutos, com os restantes dez elementos a reagir ao batimento cardíaco de Alan Varela, resistiu fisicamente à exigência e depois teve em Galeno a inspiração e o atrevimento de que precisava para capitalizar todo o esforço deixado em campo. Parte em vantagem para a segunda mão e no Emirates será exigido mais do mesmo. A agressividade do seu adversário subirá e as dificuldades que enfrentará serão muito provavelmente maiores, porém estar a vencer a meio-caminho é ótima notícia, a que se aliará a resiliência, a garra, a crença e a vontade, muito própria, de honrar o emblema que se traz ao peito. Para já, chapeau! Mesmo que o FC Porto europeu seja muito isto e já não nos surpreenda.

Toque a reunir
Sporting, Benfica e SC Braga têm missões de grau de dificuldade diferente, depois dos resultados da primeira mão.
A vantagem dos leões é confortável, a superioridade é inequívoca e não se espera mais do que mais uma exibição afirmativa e a respetiva qualificação perante os suíços do Young Boys.
Já os encarnados partem em vantagem, têm bem mais argumentos e a obrigação de ultrapassar o Toulouse.
Os minhotos comprometeram muito o trajeto, mas estão a dois golos de igualar a eliminatória. É preciso crer, não é impossível para um bom SC Braga, embora esse pouco se tenha visto nas últimas semanas."

ESPN: Futebol no Mundo #314 - Oitavas da Champions e vitórias tensas na Premier League

RAP: Diogo Ribeiro...

Terceiro Anel: Diário...

A Verdade do Tadeia - Flash - FC Porto...

Zero: Playbook #54 - Portugal de olhos no EuroBasket

Zero: Tema do Dia - Quem foi Artur Jorge? 5 perguntas, 5 respostas

Zero: Saudade - S02E25 - João Oliveira Pinto...

Ainda mais Verstappen?!


"Não se quer a mais longa temporada de sempre da F1 o maior bocejo de... sempre

O primeiro dia de testes de Fórmula 1 para a temporada de 2024 foi o preliminar de um anticlímax. O que precede e prepara para o que pode vir a acontecer ao início da noite do dia 2 de março no Bahrain e em Portugal. Max Verstappen e Red Bull continuarem dominadores. Ou ainda mais do que foram nos dois últimos anos. Se tão ou mais do que em 2023, livrem-nos!
O tricampeão estreou o monolugar RB20, desenhado com base em conceito aerodinâmico em grande parte revolucionando o do vitorioso antecessor, quando seria mais fácil ou previsível o construtor da multinacional de bebidas energéticas concebê-lo sem disrupção, em continuidade. E desde logo o binómio piloto-máquina revelou-se tão ou mais superior à concorrência do que há um ano nestes mesmos ensaios.
Mas que superioridade! Verstappen terminou o dia, em que cumpriu 142 voltas ao circuito de Sahkir sem um único problema – grave que fosse indisfarçável ou reportado pela equipa - com impressionantes 1,140 segundos de vantagem sobre Lando Norris no McLaren, 1,240 s mais veloz do que o Ferrari de Carlos Sainz e a longínquos 2,765 s do Mercedes de George Russell. Não são diferenças credíveis como tendo sido alcançadas em condições de igualdade, mas… Não cremos noutra possibilidade! No entanto, a melhor volta do neerlandês, com pneus de composto idêntico (C3) ao de 2023, foi 1,493 s mais rápida do que a que realizou no mesmo dia de abertura dos testes na pré-temporada transata. É uma das maiores evoluções na era moderna da F1! Ponto.
Mas será que esperávamos algo diferente? Menos esmagador, sem dúvida. Espera-se que, hoje e amanhã, as rivais da Red Bull deem indicações de que são competitivas. Ou a mais longa temporada sempre da F1 será o maior bocejo de sempre."

Lanças, excerto...

RTP, excerto...

Central, excerto...

Central, excerto...

Total, excerto...

RTP, excerto...