Últimas indefectivações

sexta-feira, 6 de junho de 2025

33 Câmaras não bastaram para detectar um pisão-agressão


"1. Um pisão-agressão que, diga-se, todo o país viu através de uma só câmara - e repito: uma só câmara foi suficiente para todos nós vermos Matheus Reis pisar a cabeça de Andrea Belotti. Tiago Martins com 33 câmaras à disposição não viu. A incompetência não é suficiente para justificar tamanha cegueira. Foi um dos momentos mais negativos da época 2024-25, e foi seguramente o pior momento do VAR desde que este foi implementado na época 2017-18.
2. Nunca consegui entender por que Tiago Martins é - ou era - considerado um exemplo de VAR, o melhor para muitos dos entendidos em arbitragem. Dir-se-ia que em terra de cegos quem tem olho é rei - mas não: se fosse aqui elencar os erros de palmatória que cometeu ao longo da carreira de VAR teria que vos incomodar com uma lista extensa. Não vou fazer isso, vocês não precisam.
3. Tiago Martins ficou também famoso por ter uma vez participado no relatório um hematona que lhe teria sido causado por uma moeda de 5 cêntimos atirada por alguém desde as bancadas da Luz. O ridículo a que se sujeitou foi de tal ordem que passou a ser conhecido por Tiago "moedas" Martins. Eu diria melhor: o Tiago "moedas" Martins, como árbitro e como VAR, não vale 5 cêntimos!"

Lançamento da campanha de João Noronha Lopes...

Visão: React - Entrevista do Noronha...

BolaTV: Entrevista - João Noronha Lopes...

Benfica — cuidado com o que se deseja


"Não basta fazer promessas de que haverá condições para, a partir de agora, manter os talentos da formação. É preciso explicar, bem explicadinho, como se vai fazer. Isso e o resto

As eleições de outubro do Benfica estão já em marcha. João Diogo Manteigas, João Noronha Lopes e Cristóvão Carvalho já anunciaram que são candidatos à presidência, Mauro Xavier e Martim Mayer estão quase a fazê-lo, Rui Costa mantém o tabu, continua sem esclarecer o que irá decidir, embora seja provável, na minha perspetiva, que vá recandidatar-se.
Concluída a época — talvez o Mundial de Clubes ainda pertença a esta, ainda estamos todos a tentar perceber — com o falhanço no campeonato e na Taça de Portugal, deu-se o tiro de partida para apresentação de ideias, e não só, embora João Diogo Manteigas, reconheça-se, já tem caminho feito. Já passámos o tempo, quero acreditar, da tentativa de convencimento dos sócios através de promessas para todos os gostos, da entrada na SAD de investidores desinteressados e pouco ou nada transparentes, da promessa de treinadores ou craques.
Isso pode dizer muito da nossa evolução como sociedade, mais liberta do conceito messiânico (depois lembro-me do que está a acontecer na política e já não sei se acredito no que acabei de escrever), mas dirá, mais, seguramente, da evolução de clube/sociedade desportiva, agora com fundamentos mais sólidos para encarar com otimismo o futuro.
O diretor adjunto de A BOLA, Alexandre Pereira, quarta-feira, escreveu que o Benfica parece um pote de mel — ideia que resume muito bem o momento — e que o cadeirão da Luz é um lugar muito apetecível. Não duvido, um pouco, das mais genuínas e puras intenções de quem se está a candidatar e de que todos só querem o bem e o melhor do clube. Mas é impossível ignorar que, há pouco menos de quatro anos, com o clube e SAD em bolandas depois da detenção de Luís Filipe Vieira e com a Justiça à perna com muitos processos houve apenas dois candidatos — Rui Costa e Francisco Benitez. Na hora de votar, em outubro, cada sócio valorizará essa situação como bem entender. Todos coincidirão, certamente, mesmo Rui Costa, que o Benfica conquistou poucos troféus em quatro anos.
Dos candidatos, os benfiquistas irão ouvir, seguramente, o que querem. Soará tudo muito bem, cada qual terá a equipa mais bem preparada para chegar ao sucesso e apresentar as melhores contas pelos mais ilustres especialistas, cada lista será credora da maior capacidade e liderança, todos apresentarão a melhor fórmula para manter no clube os jogadores da formação, todos seriam capaz de fazer com que João Neves ficasse pelo menos mais uma época e não fosse campeão europeu pelo PSG.
Para o bem dos benfiquistas e do clube, seria bom que todos chocassem depressa com a realidade, que estará à espera de quem vencer no dia seguinte às eleições. É preciso explicar tudo e explicar tudo bem explicadinho —começando, justamente, por João Neves, que nenhum sócio ou adepto gostou de ver partir. Aumentavam-lhe o salário para quanto? Rebentavam com o teto salarial? Como lidariam com outros em circunstâncias semelhantes? E aos que se pusessem logo a seguir na fila? E, já agora, que digam objetivamente o que vão fazer com Bruno Lage. Será o mínimo de quem exige transparência. 
As justificações não podem ser próprias dos populistas. No futebol, como na vida, há que ter cuidado até com o que se deseja."

Eleições do Benfica: falta de noção


"A propósito da conversa estapafúrdia de ir a votos em junho ou julho

«É muito importante para um novo Benfica que seja a nova direção a preparar a nova época»
Cristóvão Carvalho, candidato à presidência do Benfica

O Benfica vai a votos em outubro, mas há quem defenda a antecipação das eleições.
Cristóvão Carvalho, que na terça-feira assumiu em A BOLA a candidatura à presidência da Direção, é uma dessas pessoas. Diz, aliás, como se fosse um trunfo, que foi o primeiro a falar nisso e que outros foram atrás. O argumento? Que deve ser «a nova Direção a preparar a nova época», como afirmou nesse mesmo dia, horas depois, na Rádio Renascença, propondo a realização do ato eleitoral a seguir ao Mundial de Clubes.
Parece-me um princípio preocupante, de total falta de noção. Se um candidato à presidência dum clube, do Benfica ou de outro qualquer, acha que quem vencer umas eleições no fim de junho, ou princípio de julho, vai preparar a época de futebol que começa 15 dias depois só pode ser ingénuo ou estar altamente impreparado. Ou os dois.
Entre orçamentos, renovações, contratações, vendas, estágios, jogos de preparação, logística, a época que se inicia em julho tem de começar a ser preparada em fevereiro ou março, se calhar até antes, pensando nos jogadores que podem assinar a seis meses do final dos contratos.
Atendendo ainda aos códigos das sociedades comerciais, que impõem que nas SADs as alterações nas administrações respeitem prazos e demorem tempo (veja-se o caso de André Villas-Boas no FC Porto), um presidente eleito no início de julho só em agosto estará a mandar no futebol. É nessa altura que se prepara uma época?"

Lanças...


Zero: Mercado - Carreras vai, Veiga já veio

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Os pontos chaves da vitória Lusa na Alemanha

Mata Mata - (LIVE!) Champions League no papo… mas e a Liga das Nações?

Jogo Pelo Jogo - S02E43 - Pizzi...

ESPN: Futebol do Mundo #458 - Estreia de Ancelotti e CR7 coloca Portugal na final da Nations League

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Terceiro Anel: Alemanha...

Os jogadores da Seleção responderam a Proença


"Houve genes Conceição e um Nuno Mendes avassalador. Desmontou-se a fórmula PSG, separando Neves de Vitinha, com consistência. Mas foram os jogadores, sobretudo, que falaram

É uma das maiores vitórias da Seleção. Talvez mesmo a maior, pela forma como foi alcançada, com o melhor guarda-redes da atualidade a evitar ser goleado na casa-forte de Munique, ainda que a de Saint Denis, há nove anos, tenha valido o caneco. É para triunfos desta dimensão que Roberto Martínez foi contratado. O passo em frente na natural evolução de um grupo a transbordar de qualidade, criando inveja até a rivais como o de hoje.
É também a resposta cabal dos jogadores às não desmentidas intenções de Proença – nem na zona de entrevistas rápidas, em que primeiro tentou justificar o próprio silêncio e depois se revelou incapaz de disferir uma negação plausível e veemente do que tem sido publicado desde que praticamente chegou à Cidade do Futebol – em antecipar o fim de ciclo, algo que não faz sentido após uma Liga das Nações, mas sim na sequência de um Mundial. Porque é para essa prova, a maior de todas, que se trabalha, e por esta se deve ser julgado. Também os jogadores entendem que não é o momento adequado ou bem fácil teria sido, com a pressão à volta, terem deixado cair o treinador.
Não quer dizer isto que se tenham resolvido todos os problemas e um deles Martínez até de certa forma transporta desde a passagem pela Bélgica, o do frágil ataque posicional. Todavia, se o técnico soube ir a Birmingham e trazer um especialista de bolas paradas, o escocês MacPhee, não percebo porque não faz o mesmo para esse momento do jogo, fundamental para quem quer ser e jogar como grande. Infelizmente, ser espanhol não lhe garante por inerência tal conhecimento, ainda que o juego de posición tenha no seu país o máximo expoente.Também não é pela vitória que o discurso dos dez triunfos em dez encontros passa a fazer sentido. Ou que Rúben Neves mereça ser uma única vez titular em vez de Vitinha, ainda que concorde, em tese, com a ideia de que um jogo se ganha em 90 minutos. Ou ainda que João Neves, obrigado a passar pela casa da partida sempre que não se tinha a bola, tenha sido mais do que jogada para baralhar alemães.
Ainda faltará ver mais tempo o Portugal afirmativo da 2.ª parte e com o resultado a zeros ou em vantagem, mas acredito que Martínez se tenha aproximado do que esperam dele – ainda que o presidente da FPF esteja sim focado em mudar para alguém com outro estatuto, num intervalo tão lato que coloca o Mourinho pós-Real e o Jesus pós-Flamengo no mesmo plano para sucessores. Eu começaria por definir o rumo."

Zero: Saudade - S03E39 - O Cromo dos Cromos: «O Jardel recebia-me deitado no sofá»

DAZN: Rúben Dias... no Mundial!

BolaTV: Entrevista - Miguel Oliveira...

Terceiro Anel: DRS #13 - Curto-circuito de Max e crises à vista!

DAZN: Paddock - F1 #4

Cultura organizacional


"Por vezes, olhamos para o tema da cultura organizacional como um daqueles conceitos pesados, cheios de chavões e, na prática, pouco aplicáveis ao dia a dia. Mas nada podia estar mais longe da verdade. Ao longo dos anos, há clubes que têm demonstrado exatamente o contrário: uma cultura organizacional forte, coerente e percetível até para quem está de fora, e que contribui de forma decisiva para uma robustez estrutural e que nos aproxima do sucesso.
Um dos exemplos mais emblemáticos foi, durante muito tempo, o Bayern de Munique. Mais recentemente, o PSG tem mostrado como é possível transformar uma cultura interna em poucos anos e — coincidência ou não — com reflexo nos resultados. Mas, para isso, é preciso coragem, visão e uma estratégia. Uma estratégia que, talvez, nem tenha de ser complexa, mas sim exequível, assente em pilares claros, com valor acrescentado, mensuráveis e, sobretudo, alinhados com o propósito e a cultura do clube. E este provavelmente era vencer, mas mudou a forma como o quis atingir.
O PSG mudou o seu paradigma de recrutamento. É verdade que os jogadores continuam a ter um elevado valor de mercado, mas deixaram de ser as estrelas. São atletas que, pelo menos em campo, onde os podemos observar, demonstram ter como principal objetivo o sucesso coletivo. Desde o jogador mais valioso vindo do Nápoles, aos jovens talentos, passando pelo capitão que viu nesta mudança um caminho mais perto rumo ao sucesso. Ao contrário de anos anteriores, e de outros clubes, não se assistiu a uma simples injeção de dinheiro para mascarar a ausência de vitórias, mas sim a uma mudança sustentada.
No alto rendimento, um dos maiores desafios é manter a coerência com aquilo em que se acredita: a estratégia, o propósito, a cultura que se quer implementar. Especialmente quando se perde. A tentação é reagir, em vez de reajustar. É gerir de fora para dentro, e não o contrário. É abandonar o processo, em vez de confiar nele. E isto aplica-se tanto a clubes grandes, como a médios ou pequenos, com orçamentos maiores ou menores. A verdadeira questão está na coerência e convicção num projeto que não vacila a cada derrota. Isso não é fácil, mas se todos reagirem de igual forma, não há nada que diferencie quem está dentro dos clubes e os que estão do lado de fora."