Últimas indefectivações

sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Injusto...

Benfica 1 - 1 Leiria


Empate injusto, em mais uma partida, jogada em semana de Seleções, sem a grande maioria dos jogadores, que normalmente jogam nos Sub-23! Acabaram por baixar alguns da equipa B, que também não foram às Seleções, mas notou-se claramente a falta de dinâmicas...

Já agora, as não convocações do Martim Ferreira, do Gil Neves, e do Neto para as respectivas Seleções é absurdo!

Dominámos quase sempre o jogo, despediçamos alguns golos, só marcámos aos 87', mas mesmo assim, nos descontos, acabámos por conceder um penalty!

Um Benfica dividido pela maioria e minoria


"Em dezembro de 1994 o Benfica atravessava uma grave crise financeira. Para responder a isso, a maioria dos sócios elegeu Manuel Damásio para Presidente. E depois disso Vale e Azevedo. E depois disso Manuel Vilarinho. E depois disso Luís Filipe Vieira. E reelegeram Luís Filipe Vieira tantas vezes que este só saiu com a Polícia Judiciária a afastá-lo do cargo (porque se não, ainda agora lá estaria). E agora elegem e reelegem Rui Costa até sabe-se lá que dia.
Damásio, Vale, Vilarinho, Vieira e Rui. 30 anos, 5 Presidentes. Qual deles o pior. Mas insistem, insistem, insistem...
Nestes 30 anos, o Benfica que detinha 50% dos campeonatos em Portugal, o apoio da maioria da população portuguesa e era um clube lendário, apenas venceu 9 campeonatos e 4 taças de Portugal. Perdeu credibilidade, perdeu títulos, perdeu mística, perdeu a antiga Luz, perdeu a hegemonia para o Porto e agora até perde para o Sporting. Mas insistem, insistem, insistem...
O Benfica perde, definha, cai, chora, tropeça, ano após ano após ano após ano. De vez em quando ganha. Tipo golfinho, vem cá acima e volta lá para baixo. Andou nas profundezas do Vietname, veio cá acima com o título sofrido do Trapattoni, voltou para baixo com mais 4 anos medíocres, até que regressou lá acima com o 1º ano do Jesus, para mais 3 anos cá em baixo com traumas como a manita no Dragão ou o Kelvin. Depois teve um tetra, a única vez nos 30 anos em que prolongou um sucesso, até voltar cá para baixo com o título perdido em 2018 e ladeira abaixo ia, até surgir o milagre de Lage e ir lá acima novamente por momentos. Rapidamente mergulhou mais 3 anos até voltar a saltar com Schmidt e Enzo. Já voltou para debaixo de água, claro, e já há 3 anos que ninguém em terra vê o golfinho. Ou seja, passa a maior parte do tempo nas profundezas do oceano e só de vez em quando vem cá acima dar um salto e ver a luz e o sol, até ir novamente hibernar para debaixo de água.
Porque aceitam os benfiquistas isto? Porque voltaram a eleger Rui Costa? Porque insistem, insistem, insistem?
As únicas respostas que encontro é que o benfiquista, fruto de todos esses maus presidentes, ficou escaldado. Já é como a história do ovo e da galinha. Maus presidentes criaram más escolhas ou más escolhas criaram maus presidentes? E interiorizou a conversa do medo da mudança, e que do lado de fora há bichos papões, há abutres, há novos Vale e Azevedos à espreita, há gente só à procura de tacho. Dirão que Noronha ou Manteigas não eram candidatos perfeitos? Não eram certamente, mas a maioria silenciosa diabolizaria qualquer candidato, por mais perfeito que fosse. Já se dizia que Noronha era o novo Vale. Manteigas era o novo Bruno de Carvalho.
Só quem está lá dentro na estrutura, muitos deles há décadas, é que curiosamente nunca está colado ao tacho. Até porque quem está no Benfica, aos olhos desta maioria silenciosa, é o Benfica. Se são criticados, estão a criticar o Benfica. Se são atacados, estão a atacar o Benfica. E pensam que se o clube mudar, pode ser para pior. Só ganha de vez em quando? Pois com mudança pode nem ganhar de vez em quando. Anda a ser roubado? Pois com a mudança pode ser ainda mais roubado. Os 30 anos foram maus? Mas podiam ser piores! Então é melhor não mudar.
Também, diga-se, não é um voto muito informado. Aposto que a esmagadora maioria dos sócios que votaram em Rui Costa, não se deu ao trabalho de ler o programa de Noronha. De tentar conhecer melhor a equipa dele (ou do Manteigas). Muitos, aliás, mal conheciam Noronha ou Manteigas um mês antes das eleições. Mas depois argumentam que a oposição não apresentou ideias nem soluções. Quando na verdade apresentou, eles é que não as leram. Também é preciso chegar à conclusão que a maioria silenciosa está satisfeita. Não é exigente. Aceita este Benfica golfinho. Gosta de Rui Costa. É "um de nós" e chorou uma vez. E gosta da nova Luz. Das luzes, do Farol e do Kamala. De chegar, beber umas cervejas na funzone, tirar foto lá dentro do estádio para o instagram e sair uns minutinhos antes que tem o carro mal estacionado ou no Colombo. Gosta de ir ao Marquês ouvir um DJ e ver a equipa num palco (nas poucas vezes que lá foi). E sente que umas vezes se ganha, umas vezes se perde, umas vezes se empata. Quando o Benfica não ganha, resmunga-se com o treinador e jogadores, afinal de contas resmungar é um passatempo nacional. Ou mete-se a culpa nos árbitros. No Porto que domina isto tudo ou o Sporting que domina isto tudo. E depois vem uma vitória na semana seguinte e entra em efeito uma memória de peixinho e está tudo bem novamente. Dizem logo "estás a ver?" e que afinal nem está tudo mal e o que é preciso é apoiar mais.
E a minoria barulhenta? Os sócios que votaram em Noronha e Manteigas, que vão às Assembleias, que assobiam a equipa após um empate, derrota ou má exibição, os saudosistas do Benfica de antigamente, os chamados "exigentes"? O que lhes sobra fazer, agora que parece que o Benfica que sonham nunca chegará e o Benfica que têm nunca os deixará. O que há a fazer? Desistir, resignar, dar as mãos à maioria e cantar o Kumbaya na crença que isto melhore ou continuar a lutar pela mudança e preparar nova investida, depois de refletir sobre o que falhou nesta tentativa?
Honestamente, não sei. Estou também no limiar da desistência e da resignação. Já pouco vibro com os jogos, pouco vibro com os golos, dou por mim a perguntar onde anda a paixão? Há quanto tempo não me sinto nervoso ou entusiasmado com um jogo do Benfica? Há quanto tempo não olho embevecido para as bancadas da Luz? Há quanto tempo entro no estádio e tudo me irrita? Há quanto tempo não fervilho de excitação com um jogo e com um golo do Benfica? Há quanto tempo virei pessimista? Há quanto tempo não me identifico com quase nada? Há quanto tempo sinto que é melhor não me entusiasmar que depois vai doer mais?
Mas o Benfica é uma droga. Não conseguimos largar isto. É um vício. É a nossa pele desde criança. A nossa família. O Benfica sou eu e eu sou o Benfica. O Benfica somos nós e nós somos o Benfica. Então vamos resignar e vamos resmungar e vamos baixar os braços e vamos revoltar e vamos dizer que desistimos, mas não o conseguiremos. Porque a verdade é que a minoria barulhenta ama profundamente o Benfica, pelo menos tanto ou mais que a maioria silenciosa e não desiste de querer o melhor para o clube. A maioria silenciosa, se pensa que venceu definitivamente e levará avante para a eternidade esta espécie de Benfica está enganada. Até porque o tempo provará, infelizmente, que a minoria esteve sempre certa (tal como esteve com Vieira, por exemplo) e um dia, que terá tanto de triste como de glorioso, a minoria virará maioria e receberá os cacos de uma lenda chamada Sport Lisboa e Benfica e aos poucos dar-lhe-á o remédio e cuidará dele para que saia da letargia, do vírus e da doença que o corrói há três décadas.
Um dia. Um triste e glorioso dia. Há que tentar até morrer. Porque do Benfica dos nossos sonhos não se desiste. Se desistirem...lamento, passaram à maioria silenciosa. Por isso não desistam. Um dia.
Um triste e glorioso dia."

Ladrões querem punir as vítimas?!!!


"Não sei se a reunião arbitral de ontem foi no hotel Altis…mas o que emanaram de lá visa defender os mesmos que estiveram nessa famigerada reunião!
O que já todos perceberam, sempre que o Sport Lisboa e Benfica fala todos se sentem acossados e entram em modo retaliação imediata!
Agora alegam que vão penalizar os clubes, regras mais rígidas e céleres…óptimo, então que ponham isso já em prática, perante os actos levados a cabo pelo FC Porto diante do Braga SC que já está contemplado na atual lei e que prevê sanções graves entre as quais descida de divisão, vamos lá mostrar essa rigidez!
Outra coisa…ao invés de fazerem uma reunião para promoverem a profissionalização do setor, a criação de uma carreira arbitral, definirem uma estrutura salarial, progressão de carreira, formação adequada e permanente, não, querem ser os meninos especiais na sala que podem fazer merda à vontade, quando tem acesso a mais tecnologia que a NASA quando foi a lua e que mesmo assim comentem erros graves jornada sim que lesam tudo e todos e com maior incidente o Benfica!!
Já há muito que bato nesta tecla, VAR tem que ser retirado de Portugal, com toda a tecnologia existente é possível criar um grande centro de VAR numa cidade central europeia e ser a partir de um conclave arbitral que saem decisões de VAR, não que sejam muito melhores os VAR estrangeiros, tão somente porque se retira o peso do país à decisão e todas as ligações que os árbitros têm e que não conseguem disfarçar no momento de tomada de decisão!
E depois o público perceber quais a penalizações para quem erra, as justificações para os erros, as consequências dos seus actos e passar a existir uma reversão automática dos erros grosseiros penalizando com perda de pontos ou penalizações sumárias quem usufruiu deles.
De outra forma, perante a cultura vigente, perante o domínio verde no setor arbitral, domínio esse do qual não nos podemos furtar de sermos culpados, eu não, mas todos aqueles que se colocaram ao lado do ladrão de emails!"

Aí o temos!


"Obrigado a todos os COLABORADORES dos emails!
Aí tem o vosso legado!"

Juízes...



"”Tenho na minha lista (…) dois juízes que são conselheiros do Supremo, um Procurador da República, um Juiz-Desembargador. Acha que estas pessoas não vão (…) fazer braço de ferro na justiça, no Sporting?” - Frederico Varandas
Estes são os seus méritos!!! Isso e as lesões de jogadores chaves nas antevésperas da idas à seleção…
Isso e a colocação na arbitragem de um manto verde…
Muitos méritos…um lagarto será sempre um lagarto!
Herdeiro de Jorge Nuno Pinto da Costa!!"

Falar Benfica - Conversas Gloriosas #30

BF: Rafa...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Braço-de-ferro

Observador: E o Campeão é... - Quais as apostas de Martinez para derrubar o muro irlandês?

Observador: Três Toques - Um milhão de euros por um relógio? Para o Ronaldo é pouco

BolaTV: Mais Vale à Tarde que Nunca - Mimi Aschenberger, e Beatriz Guerra do BTT

BolaTV: Lado B -S02E15 - Sai o Ronaldo e entra o Cristiano Jr.

Rabona: The SHOCKING story behind Turkey's betting & match-fixing scandals

ESPN: Futebol no Mundo #508

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Não tenho nenhum problema com:

Que imagem icónica!


"Di Maria em sua casa, a jogar como um menino de 14/15 anos, feliz e contente, de uma entrega enorme.
Sob chuva torrencial, num relvado de qualidade duvidosa, lá está ele a defender as suas cores.
Das bancadas emana AMOR, RECONHECIMENTO QUE ESTÃO PERANTE UMA LENDA DO FUTEBOL MUNDIAL, que caminha alegremente para os seus dias finais a calçar as chuteiras, mas a eles isso não lhes interessa, retribuem a dedicação de Di Maria com AMOR, GRITOS DE GRATIDÃO E SENTIMENTO DE UNIÃO!
Precisamente o oposto do que sentiu na Luz, onde foi maltratado e enxovalhado por uma minoria que não olha a meios para atingir os seus fins!
Sentiu tanto isso na pele que enviava e pedia abraços entre os Benfiquistas, mas esses não o quiseram ouvir, querem sangue mais nada!
Ainda ontem houve reunião da turba, o mote está dado pelo querido líder “ISTO NÃO ACABA AQUI…”…só o facto de não conseguirem compreender que os BENQUISTAS, numa votação sem precedentes na história do futebol mundial o rejeitaram, demonstra a sua cegueira ideológica!
Não são Benfica, são Noronha, e isso é uma diferença abismal!"

Atividade benfiquista


"Nesta edição da BNews, o destaque é dado aos jogos mais recentes de várias equipas do Benfica.

1. Partida equilibrada
Benfica e Twente empataram a um golo no Estádio da Luz em jogo referente à 3.ª jornada da fase de liga da Liga dos Campeões no feminino. O treinador Ivan Baptista mantém o foco no apuramento: "Queríamos muito os 3 pontos, vamos a Paris [defrontar o Paris FC] com uma missão muito clara. Temos de ir lá lutar pelos 3 pontos."

2. Qualificação para a CEV Champions League
O Benfica está na Liga dos Campeões de voleibol no feminino ao ter eliminado o OTP Banka Branik na 3.ª ronda de qualificação da prova. Henrique Furtado, treinador da equipa, afirmou: "É uma sensação maravilhosa conseguir este apuramento, colocar o Benfica na fase de grupos da Champions League pela primeira vez na história. É um motivo de muito orgulho."

3. Outros resultados
Em hóquei em patins, o Benfica venceu, por 7-2, frente ao Riba d'Ave. Em voleibol, as águias ganharam, por 0-3, ante o OK Medimurje na 1.ª mão dos 32 avos de final da CEV Challenge Cup.

4. Próximos jogos
Hoje, os Sub-23 do Benfica defrontam a UD Leiria no Benfica Campus. O apito inicial está agendado para as 15h00. Amanhã há futsal na Luz, com o Benfica a receber o Famalicão (19h30).

5. Campeões nacionais
O Benfica conquistou o Campeonato Nacional de Clubes da 1.ª Divisão de pesca desportiva na vertente feeder."

Atalhar caminho na arbitragem, já!


"Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem, disse que «aqui ninguém rebenta com ninguém». Frase seguramente contributiva para a concórdia entre os agentes do futebol.

No meio de turbulência severa, de queixas e acusações, de insultos e ameaças, o presidente do Conselho de Arbitragem e o diretor técnico para a arbitragem, respetivamente Luciano Gonçalves e Duarte Gomes, subiram ao palco para defender os árbitros, partilhar pontos de vista e inquietações de quem apita e quase sempre é incompreendido pelos adeptos, reconhecer erros e prometer consequências para quem falha — a famosa jarra deixou de existir para castigar e passa a utilizar-se (nada como um eufemismo) a gestão profilática, que também assegurará a responsabilização do erro.
Foi, no fundo, inaugurada forma de comunicar que se saúda e, depois de quase 31 minutos pedagógicos e introdutórios, responderam a perguntas de jornalistas. A atualidade, nomeadamente o que se passou recentemente na Luz ou no Dragão, dominou, depois, aquele momento mediático. Talvez não fosse o tempo e o espaço certos para falar de lances em concreto, apesar da transparência defendida e de haver programas específicos na televisão para analisá-los. Mas é incompreensível que tenha sido perdido oportunidade para lidar de forma adulta, clara e objetiva com o que se passou no último fim de semana, em particular o lance de penálti de que se queixa o Benfica, uma vez que sobre esse foi questionado Duarte Gomes.
Faço, desde já, uma declaração de interesses. Duarte Gomes colaborou com A BOLA nove anos e não consigo contar as vezes, por terem sido tantas, que com ele trabalhei diretamente — só consigo dizer o melhor de Duarte Gomes e não encontro alguém mais qualificado para desempenhar as funções de diretor técnico ou até outras com ainda maiores responsabilidades.
Isso não me poderá impedir, no entanto, de entender, no mínimo, que foi um erro ter afirmado que desconhecia as declarações de Rui Costa depois do jogo com o Casa Pia. Prestou-se à interpretação de que preferiu enfiar a cabeça na areia a enfrentar um assunto incómodo, quando ali estava para ser transparente. Porque se devemos considerar os erros dos árbitros à luz da visibilidade, do timing, do impacto desportivo, faltou a especial sensibilidade para considerar a circunstância e os efeitos de o presidente do Benfica ter afirmado, entre outras coisas, que «assim se decidem campeonatos», referindo-se aos recentes lances na Luz e nos Açores, neste caso no jogo entre o Sporting e o Santa Clara. O que está em causa é, justamente, a visibilidade, o timing e o impacto desportivo do que se passou em Lisboa e em Ponta Delgada. E já que teve o cuidado de dizer que o caso em concreto não diz respeito a aplicação de lei, mas a conjunto de premissas em determinado sentido, poderia também ter revelado se, na opinião dele, António Silva cometeu ou não penálti.
Ao lado, Luciano Gonçalves — autor nessa conferência de Imprensa da frase «aqui ninguém rebenta com ninguém», seguramente contributiva e convocatória para a concórdia entre os agentes do futebol — prometeu «gerir Gustavo Sousa [sim, enganou-se no nome] como qualquer outro árbitro». Seja lá o que isso for.
Logo depois dessa pergunta sobre as declarações de Rui Costa, quem liderava a gestão da conferência de Imprensa, anunciou que por terem passado já 45 minutos se iria «tentar fechar isto ao máximo», ou seja, acabar rapidamente com mais questões.
Esta nova forma de comunicar, que mais uma vez se saúda, está longe de ser um produto acabado, e só poderá funcionar desde que não fiquem perguntas por fazer, ou melhor, respostas por dar. O caminho depressa pode ser atalhado. Assim todos queiram."

Conselho de Arbitragem chutou polémica para canto…


"Responsáveis pela arbitragem perderam uma excelente oportunidade de marcar uma posição.

A montanha pariu um rato. Previsível. Já ninguém se surpreende com todo e qualquer caso no futebol português. Sobretudo no que se refere à arbitragem. Há décadas que é assim e é assim, não duvido, que vai continuar a ser.
No meio da turbulência, o Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol realizou uma conferência de imprensa para revelar o balanço das 10 primeiras jornadas das competições profissionais. 
A cerimónia há muito que estava calendarizada, pelo que não questiono o timing, embora tenha sido um erro não incluir no escrutínio a 11.ª jornada. Antes de mais por ter sido a última e também por tanta polémica ter gerado. Ou seja, o balanço ou tinha sido feito logo após a 10.ª ou tinha incluído todas as já realizadas. A próxima aparição pública está prometida para após a 20.ª e a seguinte para a 30.ª, evitando-se assim as quatro últimas, provavelmente decisivas…
Concordo com o balanço, admiro a coragem de querer mudar o paradigma do presidente do Conselho de Arbitragem, Luciano Gonçalves, e admiro a clareza do discurso do diretor técnico para a arbitragem, Duarte Gomes. Ambos parecem-me determinados em tirar a classe da escuridão onde sempre se refugiou, mas perderam aqui uma excelente oportunidade de marcarem uma posição no sempre agitado futebol português, com os três grandes, à vez, a tentar sobrepor-se aos rivais. Nada de espírito construtivo, tão-pouco luta pelo bem comum. Cada um só está focado na defesa dos próprios interesses.
O Benfica foi prejudicado no jogo com o Casa Pia e, claro, saiu a terreiro a queixar-se. De forma alinhada: Rui Costa, José Mourinho, Mário Branco e António Silva apontaram ao erro, o penálti mal assinalado a favor dos gansos. Os encarnados perderam dois pontos e não faltou ninguém nas críticas à arbitragem, que foi responsabilizada por mais um empate.
O Sporting foi beneficiado no jogo com o Santa Clara e, claro, ninguém comentou a arbitragem. Tão-pouco algum responsável, a começar pelo treinador Rui Borges, viu o erro, o canto assinalado erradamente que originou o golo da vitória. Os leões venceram os açorianos e a arbitragem não foi chamada à equação.
Já o FC Porto ganhou mais uma vez e a arbitragem, logicamente, não é tema. Percebe-se, pois são 10 vitórias em 11 jornadas. O pior foi o jogo que não ganhou. Logo diante do Benfica. Então o presidente André Villas-Boas e todos os portistas encontraram de imediato o responsável pelo empate. O árbitro, como não podia deixar de ser.
Consciente de como funciona o futebol português, considero que o Conselho de Arbitragem perdeu uma excelente oportunidade de marcar uma posição.
A tarefa não é fácil, mais até na atual conjuntura, onde o nível da arbitragem portuguesa é baixo, seja no relvado ou na sala do VAR, as explicações, como já salientei, são muito salutares, mas é preciso mais. Muito mais. E não se podem repetir declarações como as de Duarte Gomes quando confrontado com as críticas de Rui Costa. O diretor técnico para a arbitragem disse que não as ouviu, que é como quem diz que preferiu chutar o problema para canto…
Não gostaria de ver repetidas as famosas greves, tão-pouco considero que se extraia alguma mais-valia de protesto como o desta jornada, com as equipas de arbitragem a entrarem sozinhas nos relvados, mas está na hora de a classe exigir punição exemplar para os prevaricadores. Sem receio de ninguém. Doa a quem doer. Caso contrário, nada mudará."

Arbitragem: não é 'roubo', é incompetência


"Não acredito em teorias da conspiração. Concordo com Duarte Gomes quando justifica erros com «incompetência», mas em alguns casos tenho dúvidas que seja «momentânea»

Duarte Gomes e Luciano Gonçalves fizeram um balanço da arbitragem nas 10 primeiras jornadas da Liga na melhor altura possível. Os casos do último fim de semana prometem não deixar a pausa para seleções ser tão calma como seria de esperar e os responsáveis deram a cara, os números e as justificações, sem rebentar com ninguém e sem receio de aparecer em televisões que não desligam.
Os árbitros erram, já se sabe, e a única novidade aqui é que a comunicação e explicação agora existem. Não creio que seja suficiente para que uns e outros deixem de se queixar, mas é um passo necessário na transparência de um setor que estava entregue a vozes de especialistas.
Sobre os tais erros recentes e a barulheira que se seguiu, nada de novo. Quem é beneficiado vai andar a defender o direito dos árbitros a errar e a recordar casos antigos dos rivais, quem se sente prejudicado grita por todo o lado que isto está tudo feito para os outros. Mas olhando para os dois casos mais polémicos (o canto do Sporting nos Açores e a mão de António Silva na Luz), confesso que não consigo suspeitar de nenhuma teoria da conspiração muito alargada.
Ora imaginemos então que a equipa de arbitragem do Santa Clara-Sporting partiu para este jogo com a intenção de beneficiar os leões. Ia esperar por um lance aos 93 minutos para assinalar um canto? Não haveria forma de ser mais consistente e até eficaz nesta imaginária vontade de favorecer uma equipa? Já vi futebol suficiente para acreditar que sim.
No caso do Benfica-Casa Pia, estando os árbitros alegadamente contra a equipa da casa, não seria possível evitar que esta chegasse sequer aos 2-0 de vantagem? No penálti marcado por Pavlidis, não seria mais fácil assinalar logo falta de Richard Ríos sobre Larrazabal? Ou foi tudo feito para deixar as águias confortáveis e depois incentivar os visitantes até ao golpe final de Nhaga? Cruel, de facto.
Não sou especialista, mas creio que tudo se resume a isto: os árbitros têm direito a errar, sim, mas também há os que são consistentemente maus. «Incompetência momentânea», chama-lhe Duarte Gomes, mas tenho dúvidas no adjetivo. E nem precisamos de nos cingir aos lances mais polémicos. Qualquer jogo corrido da Liga me levanta a determinado momento a dúvida: porque é que o árbitro está a marcar todas as faltas possíveis e imaginárias e de repente deixa jogar como se estivéssemos na Premier League? O problema pode ser de quem não estuda os critérios," mas como a interpretação vai mudando fica difícil."

Isto se calhar não tem mesmo salvação


"Mais um fim de semana, mais uma viagem. Mais polémica e acusações, mais erros de arbitragem e videoarbitragem, mas nem mais um dedo de compreensão (ou de cabeça para compreender) e capacidade de admitir que, se toda a gente erra, os árbitros, por maioria de razão, também o fazem. E que isso não significa a existência de processos de intenção, cabalas, sistemas e vencedores pré-definidos.
Claro que no final do campeonato (e ninguém acredita que se calem até lá) dois dos três do costume verão comprovadíssima a teoria da conspiração, visto que só um vai ganhar. Já todos sabemos que até um relógio parado dá horas certas duas vezes por dia.

De chorar por mais
Portugal vai, em princípio, apurar-se hoje para mais um Mundial. Daqui a uns meses já gostamos de novo da Seleção.

No ponto
Cristiano está soltinho no discurso, aparentemente muito menos pressionado que num passado recente. À líder.

Insosso
O azar de Pote antes de boa parte das idas à Seleção é case study. Mas assim como assim joga pouco, quando vai...

Incomestível
A Volta a Portugal já não anda aquela coisa. Com polémicas sobre quem organiza tem tudo para piorar."

A faísca do discurso pode incendiar a multidão


"As críticas às arbitragens, pela persistência com que acontecem, pelo tom e pelo conteúdo são um risco real que contribui para uma agressividade que pode fugir de controlo. As críticas à arbitragem não são desta semana, nem dos últimos meses.
As críticas são praticamente diárias, multiplicam-se em conferências de imprensa, comunicados oficiais e debates televisivos. Dirigentes, treinadores, atletas e até comentadores falam de justiça e imparcialidade, mas a forma como tem sido comunicado e argumentado permite que se instale um clima de desconfiança, hostilidade e agressividade.
Este artigo não pretende analisar possíveis erros de arbitragem nem culpabilizar alguém pelas suas palavras, pretende apenas lançar um alerta sobre um risco real, a crescente hostilidade que pode conduzir a um clima desportivo de maior agressividade e risco.
A psicologia explica-nos que o discurso é um dos maiores motores de comportamento coletivo. Quando as figuras de referência adotam uma linguagem de ataque ou suspeita, enviam uma mensagem clara: “estamos em guerra”. O cérebro humano responde a essa perceção de ameaça ativando mecanismos de defesa e reatividade emocional.
Perante a frustração tendemos a procurar culpados. De acordo com a teoria da atribuição, quando algo corre mal, preferimos atribuir a responsabilidade a fatores externos em vez de reconhecer falhas próprias. No futebol, esse “culpado externo” é quase sempre o árbitro. A curto prazo, este tipo de discurso alivia a dor da derrota; a longo prazo, instala a ideia de perseguição e destrói a confiança no sistema. Algo que vai sendo reforçado pelo viés da confirmação.
Quando um grupo acredita que é sistematicamente prejudicado, tudo o que acontece serve para confirmar essa crença. Um erro a favor do adversário é prova de conspiração; um erro a favor próprio é simplesmente “justiça divina”. Este ciclo de reforço cria uma profecia autorrealizável: quanto mais se acredita que existe hostilidade, mais hostilidade se gera, passando a viver-se num estado permanente de suspeita.
Quando o discurso se torna combustível, a emoção alastra-se e a distância entre este discurso e o comportamento agressivo das massas vai uma distância muito curta. A teoria da desindividualização de Zimbardo ajuda a explicar este fenómeno: em grupo, o indivíduo perde a noção de responsabilidade pessoal e age guiado pela emoção coletiva. As palavras inflamadas de quem lidera reforçam essa fusão, legitimam o excesso e dissolvem o limite entre paixão e agressão, transformando o desporto num contexto de risco para todos os envolvidos.
O futebol português não precisa de unanimidade nem de discursos domesticados, precisa de maturidade emocional. A emoção é a alma do jogo, mas quando é mal gerida transforma-se em faísca. O verdadeiro desafio não é ignorar os possíveis erros, mas sim discuti-los em lugares próprios, com menos frustração e raiva e mais responsabilidade."

Zero: Saudade - S04E10 - O bê-á-bá dos hat-tricks: recordes e heróis improváveis em Portugal

PortugueseSoccer: International Break: Portugal vs Ireland & Armenia, Taca de Portugal Preview

«Angola Avante» na alegria dos Kandengues do Kiala FC


"As lições de vida que testemunhei em Angola e a profecia ainda por cumprir de Agostinho Neto...

Confesso que me comovi quando vi imagens da reação dos kandengues do Kiala FC, clube de Luanda, a um vídeo postado no TikTok. Vídeo de Kabango, jovem extremo de 18 anos, em Portimão já com a camisola do Portimonense, onde vai completar o processo de formação. Até há poucos dias era uma das quase cem crianças e jovens a treinar e jogar no Kiala. A alimentar-se de esperanças, que são, no fundo, pedidos de empréstimo à felicidade. Um projeto desportivo e social, com o objetivo claro de abrir portas onde só existiam muros. Liderado por Kelly Key, conhecida cantora brasileira, e o marido, o empresário angolano Mico Freitas.
O que me comoveu foi a alegria genuína de todas as crianças do Kiala, festejando como se de um golo se tratasse. No fundo, celebrando uma vitória que é assumida por todos. A mais importante vitória de todas: a de que ninguém está condenado a viver uma vida sem horizontes. Kabango deixou de ser apenas um rapaz a quem foi dada uma oportunidade de vida, passou a ser bandeira e porta-voz do Kiala.
Imagino o que aconteceria em Portugal, por exemplo, se um rapaz da formação de um clube modesto fosse contratado para jogar num grande clube. As invejas dos restantes. Os pais a questionar que cunha teria o rapaz… Coisa de empresário, só podia… Ou alguém do clube a receber dinheiro… Quem seria tão cego a ponto de não perceber que o filho deles seria a escolha acertada?
Há coisas que em África fazem muito mais sentido. Em Angola, por exemplo, aprendi pela vivência três valores cruciais: o respeito pelo mais velho; o valor da família; o papel da comunidade, onde, como revelou recentemente o músico Bonga numa entrevista à SIC, a mãe do vizinho era também mãe dele. As mães cuidam dos filhos das outras mães. Aprendo também com as crianças do Kiala que é possível festejar de coração puro e felicidade genuína o sucesso dos outros. O outro não roubou o lugar a quem quer que seja, antes abriu a porta para os restantes passarem. E eis como um continente ao qual se colou, e percebem-se as razões, a imagem de subdesenvolvimento, está na linha da frente ao preservar valores humanos ancestrais, provando que a maior riqueza de um país é o povo, não a elite politica, social ou económica.
A festa dos meninos do Kiala tornou-se, na minha cabeça, a imagem para retratar o 11 de Novembro, anteontem evocado e celebrado, de Cabinda ao Cunene, com a pompa justificável por 50 anos de independência de Angola. A festa dos meninos do Kiala é o sinal de esperança no futuro dos angolanos; por ser sinal de união de uma «Pátria Unida» e em «Liberdade», como «Um só Povo, Uma Só Nação».
Que os angolanos se pronunciem sobre o país que amam. Que assumam as rédeas e dispensem os conselhos, avisos ou sentenças, mesmo que bem intencionados, de quem não conhece como eles a realidade. Que o povo continue a acolher quem os respeita. Que os pulas de hoje sejam vistos como os filhos dos que também lutaram em Portugal pela queda da ditadura e que permitiu o processo de independência. E o povo sabe a diferença entre quem chega por bem ou não.
Que se cumpra o sonho de Agostinho Neto. «Às casas, às nossas lavras, às praias, aos nossos campos havemos de voltar». Pois voltaram com a independência. Tal como «à frescura da mulemba, às nossas tradições, aos ritmos e às fogueiras havemos de voltar». Mas ainda há muito para cumprir nesta certeza de Agostinho Neto. Que haja espaço para todos e que todos voltem para tomar posse do que é de todos. Angola tem dono: mais de 30 milhões de angolanos. Depois, tem mais uns milhões como eu, que bebeu da água do Bengo e para sempre ficou preso. Angola Avante."

SportTV: Vamos à Bola - S03 - Casa Pia

BolaTV: MotoGP - o menino que acreditou