O Cardozo fez ultimamente vários hat trick's, aparentemente o Vieira ficou com inveja, e fez uma renovação tripla: Mati... Jardel, e agora o Tacuara!!!
São mais 3,5 épocas, com o Cardozo a marcar golos com o Manto Sagrado - terá 32 anos no final deste contracto -, no mínimo os 25 golos época, em todas as competições - esta época bem acima dos 30!!! -, aproximando-se de números supostamente sagrados - intocáveis!!! -, com os anti's a refilarem sempre que ele falhar um passe, ou perder uma bola de cabeça, ou perder um lance devido à sua lentidão, e eu, com mais alguns, a gozar à grande com os anti's, sempre que ele fazer as redes vibrar!!!
Na minha crónica do jogo já escrevi muito sobre os casos do jogo, portanto não me vou alongar: houve erros, repartidos pelas duas equipas, um critério disciplinar demasiado largo, mas consistente. Mas infelizmente foram poucos a admitir estas evidências: Rui Tovar, Vítor Serpa e imagine-se até o Eugénio Queirós!!! De resto, entre os supostamente imparciais, praticamente ninguém teve a coragem de assumir os cartões perdoados aos jogadores Corruptos e foram muitos!!! Moutinho só levou amarelo ao minuto 82, à 8 falta!!! Muitas delas para amarelo num jogo 'normal'... Fernando pisou o Gaitán duas vezes - faltas iguais à de André Gomes no jogo com o Guimarães, que acabou expulso, apitado pelo mesmo João Ferreira, e que a crítica foi unânime a considerar justo!!! -, ainda empurrou o mesmo Nico quando este se isolava, além de outras faltas a meio-campo, o Mangala (que até foi o melhor jogador dos Corruptos...), fartou-se de dar pau, ainda teve tempo de partir a cabeça ao Cardozo - até possa admitir que não houve intenção, mas os jogadores do Benfica, levaram pelo menos por 4 vezes com cacetadas nas costas, em jogadas onde os adversários não tinham qualquer hipótese de chegar à bola!!! -, e sempre que tinha o Paraguaio pela frente fartou-se de o agarrar, tal como o Otamendi, sendo que nunca foi falta!!! Aliás confiando nos números do Miguéns ficaram 17 faltas por marcar contra os Corruptos, nos primeiros minutos da 2.ª parte foi um fartar de vilanagem!!! O fora-de-jogo ao Defour foi muito mal assinalado, e seria uma jogada muito perigosa, mas o cabeceamento do Aimar também foi anulado erradamente, uma jogada igualmente perigosa. As jogadas dos outros foras-de-jogo mal assinalados não eram tão perigosas, e podem ser comparadas aos vários lançamentos laterais marcados ao contrário, sempre em prejuízo do Benfica... sendo que por exemplo o fora-de-jogo do Varela, nasce de uma falta não assinalada do Jackson!!! Que por acaso também fartou-se de fazer faltas não assinaladas sobre os centrais do Benfica...
Mas aquilo que devemos retirar de mais valioso desta polémica estéril, é que mais uma vez os avençados foram instrumentalizados pelos Corruptos... em vez de filtrarem as declarações dos cães raivosos, resolveram servir de caixa de ressonância, no rescaldo do jogo, não usando o sentido crítico que deontologicamente estão obrigados. A falta do Fernando sobre o Nico à entrada da área, um empurrão pelas costas claro, desapareceu das analises, e o penalty do Abdoulaye sobre o Garay na última jogada do jogo, nunca foi discutido!!!
A estratégia de condicionar as futuras arbitragens é óbvia... a resposta do Vieira foi boa, mas temo que tenha sido curta, o Benfica esta semana devia mostrar publicamente todos os erros do árbitro, e não deixar que na memória colectiva fique somente os supostos erros azulados - curiosamente a falta do Maxi, vista na TV, nem é tão grave como parecia no Estádio, o contacto comparado com as pisadelas do Fernando é muito leve...!!!
No fundo tudo isto resume-se à gestão de expectativas: o Jesus nas últimas 4 épocas com os Corruptos foi sempre espoliado à grande e à francesa, mesmo quando ganhou... portanto, uma arbitragem com erros repartidos pelas duas equipas, pareceu-lhe o paraíso na terra... Os Corruptos habituados, a golos em fora-de-jogo, penalty's inventados, jogadores adversários expulsos em catadupa, e impunidade disciplinar para os seus - esta voltaram a ter...!!! -, quando assistem a uma arbitragem equilibrada - mesmo que demasiado condescendente -, ficaram furibundos.
O teatro pífio dos bandidos a clamarem por justiça no final da partida, fica registado para a história como mais um triste episódio, no infindável rol de asneiras e canalhices da vida do Madaleno: para quem está habituado a fixar resultados com envelopes em casas de alterne, nas camas de hotéis com viagens transatlânticas, com fruta ou chocolate, controlando as promoções dos árbitros, ou até na sua própria casa com recepções amigáveis e alguns conselhos matrimoniais... quem está habituado a pôr e a dispor... quem está habituado à obediência cega dos acéfalos, quem está habituado a ganhar à custa das pernas abertas das Madalenas... quando alguém se recusa a fazer parte da farsa, não é fácil de aceitar tal descaramento... é uma questão de hábito, e eles estão muito mal habituados!!!
Não vi qualquer outro jogo, mas enquanto na Choupana a derrota do Braga foi aceite por todos, em Olhão tudo foi diferente: li em vários jornais que ficou um penalty por marcar contra os Lagartos - estava 0-1 na altura -, por mão na bola do Miguel Lopes, e um jornal ainda falava de uma expulsão perdoada ao Carrilo... mas noutro jornal, e só num, li que também ficou uma mão na bola por marcar na área do Olhanense!!! Estranho que mais ninguém o tivesse referido....
Anexos: Benfica 1ª-Braga(c) E(2-2), Soares Dias, Prejudicados, Beneficiados, (3-2), (-2 pontos) 2ª-Setúbal(f) V(0-5), Jorge Sousa, Nada a assinalar 3ª-Nacional(c) V(3-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar 4ª-Académica(f) E(2-2), Xistra, Prejudicados, (0-3), (-2 pontos) 5ª-Paços de Ferreira(f) V(1-2), Marco Ferreira, Prejudicados, (1-5), Sem influência no resultado 6ª-Beira-Mar(c) V(2-1), Rui Costa, Prejudicados, Beneficiados, (3-1), Sem influência no resultado 7ª-Gil Vicente(f) V(0-3), Vasco Santos, Nada a assinalar 8ª-Guimarães(c) V(3-0), João Ferreira, Prejudicados, (4-0), Sem influência no resultado 9ª-Rio Ave(f) V(0-1), Bruno Esteves, Nada a assinalar 10ª-Olhanense(c) V(2-0), Rui Silva, Nada a assinalar 11ª-Sporting(f) V(1-3), Marco Ferreira, Nada a assinalar 12ª-Marítimo(c) V(4-1), Hugo Pacheco, Prejudicados, (5-0), Sem influência no resultado 13ª-Estoril(f) V(1-3), Duarte Pacheco, Nada a assinalar 14ª-Corruptos(c) E(2-2), João Ferreira, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado
Sporting 1ª-Guimarães(f) E(0-0), Capela, Nada a assinalar 2ª-Rio Ave(c) D(0-1), Marco Ferreira, Nada a assinalar 3ª-Marítimo(f) E(1-1), Xistra, Beneficiados, Prejudicados, Sem influência no resultado 4ª-Gil Vicente(c) V(2-1), Vasco Santos, Beneficiados, Prejudicados, (2-2), (+2 pontos) 5ª-Estoril(c) E(2-2), Nuno Almeida, Beneficiados, (2-3), (+1 ponto) 6ª-Corruptos(f) D(2-0), Jorge Sousa, Prejudicados, (1-0), Sem influência no resultado 7ª-Académica(c) E(0-0), Bruno Esteves, Nada a assinalar 8ª-Setúbal(f) D(2-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar 9ª-Braga(c) V(1-0), Proença, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos) 10ª-Moreirense(f) E(2-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar 11ª-Benfica(c) D(1-3), Marco Ferreira, Nada a assinalar 12ª-Nacional(f) E(1-1), Soares Dias, Nada a assinalar 13ª-Paços de Ferreira(c) D(0-1), Rui Silva, Nada a assinalar 14ª-Olhanense(f) V(0-2), Hugo Pacheco, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
Corruptos 1ª-Gil Vicente(f) E(0-0), Duarte Gomes, Beneficiado, Prejudicado, (1-1), Sem influência no resultado 2ª-Guimarães(c) V(4-0), Hugo Miguel, Prejudicado, Sem influência no resultado 3ª-Olhanense(f) V(2-3), João Ferreira, Nada a assinalar 4ª-Beira-Mar(c) V(4-0), Manuel Mota, Nada a assinalar 5ª-Rio Ave(f) E(2-2), Bruno Esteves, Nada a assinalar 6ª-Sporting(c) V(2-0), Jorge Sousa, Beneficiados, (1-0), Sem influência no resultado 7ª-Estoril(f) V(1-2), Capela, Nada a assinalar 8ª-Marítimo(c) V(5-0), Cosme, Nada a assinalar 9ª-Académica(c) V(2-1), Hugo Pacheco, Beneficiados, (2-2), (+2 pontos) 10ª-Braga(f), V(0-2), Xistra, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado 11ª-Moreirense(c) V(1-0), Vasco Santos, Beneficiados, (1-1), (+2 pontos) 13ª-Nacional(c) V(1-0), Rui Costa, Prejudicados, (2-0), Sem influência no resultado 14ª-Benfica(f) E(2-2), João Ferreira, Prejudicados, Beneficiados, Impossível contabilizar no resultado
Braga 1ª-Benfica(f) E(2-2), Soares Dias, Beneficiado, Prejudicado, (3-2), (+ 1 ponto) 2ª-Beira-Mar(c) V(3-1), Paulo Baptista, Nada a assinalar 3ª-Paços de Ferreira(f) D(2-0), Pedro Proença, Nada assinalar 4ª-Rio Ave(c), V(4-1), Bruno Paixão, Nada a assinalar 5ª-Guimarães(f), V(0-2), Paulo Baptista, Prejudicados, Sem influência no resultado 6ª-Olhanense(c), E(4-4), Jorge Tavares, Beneficiados, Prejudicados, Impossível contabilizar 7ª-Marítimo(f), V(0-2), Benquerença, Nada a assinalar 8ª-Gil Vicente(c) V(3-1), Rui Silva, Beneficiados, Impossível contabilizar 9ª-Sporting(f) D(1-0), Proença, Prejudicados, (1-1), (-1 ponto) 10ª-Corrutpos(c) D(0-2), Xistra, Prejudicados, Impossível contabilizar no resultado 11ª-Académica(f) V(1-4), Soares Dias, Nada a assinalar 12ª-Estoril,(c) V(3-0), Nuno Almeida, Beneficiados, (3-1),Sem influência no resultado 13ª-Moreirense(c) V(1-0), Jorge Sousa, Nada a assinalar 14ª-Nacional(f) D(3-2), Hugo Miguel, Nada a assinalar
"O FC Porto tem, de facto, uma organização muito sólida e profissional. É, aliás, um caso empresarial de sucesso, o que o torna num clube de futebol com características muito especiais e um caso de estudo para o mundo.
Anteontem, logo após o jogo com o Benfica, os responsáveis do clube cavalgaram a ideia de que só o árbitro tinha conseguido evitar que o FC Porto tivesse vencido o jogo.
Acusavam João Ferreira de não ter expulso dois jogadores do Benfica e de ter impedido três lances perigosos, assinalando foras de jogo inexistentes.
O ataque ao árbitro era manifestamente desproporcionado, tanto mais que em matéria disciplinar o critério do juiz da partida também beneficiou jogadores como João Moutinho ou Fernando, mas o FC Porto não perdia a oportunidade de pôr assim algum travão à crónica queixa do Benfica que tem vindo a alimentar a ideia de que o FC Porto só fora campeão à custa de um erro de arbitragem no clássico da época passada.
Saldar contas, cobrar dívidas antigas, mudar o discurso do passado para o presente, tornando o anterior fora de prazo, foi a curiosa, mas bem sucedida estratégia de comunicação portista. Bem pensada e bem interpretada.
Na manhã de ontem, as televisões, os jornais e as rádios davam grande espaço às críticas acaloradas de Vítor Pereira e de Pinto da Costa e o assunto tornava-se, obviamente, no tema desportivo do dia.
Quando o Benfica quiser voltar à boca de cena do velho teatro de sombras da arbitragem, o FC Porto tem, agora, cenas mais frescas para contrapor.
A estratégia teria sido um sucesso retumbante, não fosse aquela mortal resposta de Vieira."
"Imaginemos que eu, este escriba que vos dirige, sou um presidente sem escrúpulos de um clube cuja história foi vandalizada por ventos infectos de corrupção. E imaginemos que você, leitor (sim, pode ser você mesmo!), é o presidente de uma organização de árbitros com todos os contornos de mafiosa. Somos amigos de há muito - é natural, gente de má índole tem tendência a criar laços. Entre nós os arranjinhos são fáceis, quase quotidianos, falamos com frequência ao telefone sem crer sermos escutados por alguns polícias para os quais o conceito de Justiça ainda faz sentido, acertamos as nossas tafularias com casquinadas pelo meio e observações rascas sobre este ou aquele, tratamo-nos por filha de uma cabra para aqui, filho de um mulher da vida para acolá porque é assim que se tratam os grandes amigos no lugar triste de onde tal gentalha vem.
Aproxima-se um jogo importante, que decide um troféu. Eu, presidente do clube sem ética, peço-lhe a si, presidente de árbitros sem probidade, um funcionário conivente. Discutimos nomes, há um deles que me convém por demais, solto logo uma exclamação feliz - 'esse é que era bom!' - por entre meia dúzia de porcarias. O entendimento faz-se. Avança para o jogo o árbitro que dá jeito. E o árbitro que dá jeito dá um jeito - o meu clube trapaceiro ganha com uma trapaça validada pelo juiz sujo. Mais uma taça usurpada. Só que isto não é produto da minha imaginação. E como pode vir agora, tal árbitro desacreditado bradar aos quatro ventos que justiça não foi feita, reclamando-se vítima??? Nós sabemos que não foi feita. Se o tivesse sido há muito que tal figura crapulosa teria sido varrida para as sarjetas da história..."
Depois de Matic, ontem, hoje, foi a vez de tornar público a renovação de Jardel com o Benfica até 2018. Curiosamente, para mim, os dois melhores jogadores em campo, no último Domingo!!! Se o Matic está a surpreender muita gente - ainda ninguém fez as contas ao real valor da venda no David Luíz!!! -, o Jardel mais discretamente, e devido à ausência do Luisão, tem vindo a conquistar o seu lugar no Benfica, e afirmo mesmo, que neste momento só um Luisão em boa forma merece tirar o lugar ao Jardel... digo isto, com todo o respeito e admiração pelo nosso Capitão. Temos neste momento 3 grandes defesas centrais, de nível idêntico, aquilo que se exige a uma equipa com as ambições do Benfica.
"A pretexto de um erro informático, o presidente do FC Porto teve ocasião para expressar o seu ódio pela Liga de Clubes, desde que de lá saiu Fernando Gomes.
Segundo a organização, durante 30 segundos (que foram mais), o site oficial validou um golo inexistente de Cardozo e declarou o Benfica vencedor por 3-2. Pareceu obra de hackers, mas foi apenas um erro captado por um jornalista, ampliado nas redes sociais e, finalmente, proclamado urbi et orbi no Blackberry do presidente portista como uma malfeitoria de uma organização que gostaria de falsificar os resultados do seu clube. É muito mais fácil fazer demagogia do que enfrentar os adversários nas Assembleias Gerais."
"Quando se parte para um clássico com a dimensão de um Benfica vs Porto, infelizmente, nos dias que correm, está-se à espera de casos bicudos, erros de arbitragem, qualquer coisa que justifique o resultado menos positivo.
Quando tal não acontece, em vez de se enaltecer o espectáculo do futebol, eis que surgem os agentes do costume para deitar gasolina numa fogueira em brasa. Mas a ideia é não falar de arbitragem. Partimos do princípio que da lista de árbitros portugueses do escalão principal têm de ser sempre os mesmos a apitar jogos grandes. Esquecendo o racional de que basta ser árbitro da Primeira Liga para poder ajuizar qualquer um dos oito jogos de uma jornada.
Ao ouvir os intervenientes, com grande responsabilidade pública, dá a ideia que o que conta não é o jogo mas a guerra entre clubes. Que é preciso manter em alerta as autoridades transformando uma ida ao estádio numa visita a uma zona de guerra, daquelas que normalmente só vemos na televisão em países onde um bando de terroristas consegue manter todo um povo em guerra.
A ideia não será discutir se houve boas ou más decisões de arbitragem pois, aquilo que foi mau para uma equipa terá sido bom para outra certamente. Mas perceber se o futebol português sai dignificado com a exibição dos jogadores e com a qualidade do jogo apresentado. A resposta é sim, nos primeiros 20 minutos de jogo.
A partir daí o jogo foi do meio campo e assim ficou até ao final. Não se pode falar de um grande espetáculo de futebol, principalmente depois daquilo que os primeiros 20 minutos prometiam, mas foi um bom jogo de futebol com alguns jogadores a sobressair nas duas equipas como é o caso de Mangala ou Matic.
Tentar transformar este encontro noutra coisa, alertando até para erros no site da Liga, dando a ideia que foi um ato intencional, não é aceitável. Porque todos sabemos que os adeptos são como brasas que inflamam facilmente transformando o espetáculo num circo triste de se ver."
"No princípio foi a loucura total. Quatro golos nos primeiros 17' de um clássico é coisa que não acontece todos os dias. Do grande golo de Matic à oferta de Artur, que Jackson aproveitou, houve de tudo e, num repente, o nulo transformou-se num inesperado 2-2. Com a contribuição, também, de Mangala, por ter aberto as hostilidades e de Gaitán por as ter encerrado. Depois desta entrada surpreendente, ia, finalmente, começar o jogo.
Afinal, Luisão, cuja presença durante a semana fora dada como certa, nem sequer foi convocado. Tal como Rorigo, também ele a não recuperar de uma lesão recente. Mas nada que alarmasse ou sequer fugisse à normalidade, uma vez que Jardel e Lima (ou Cardozo) não são propriamente titulares de fresca data. Já o FC Porto inovou mais, por força do impedimento físico de James (sem substituto à altura) e de Atsu, de abalada para o CAN. O belga Defour foi, assim, a aposta.
Face a estes condicionalismos, Vítor Pereira apresentou na Luz um conjunto diferente, mais coeso e cuja evidente preocupação foi o reforço do miolo. À frente do quarteto defensivo, onde Mangala começa a fazer esquecer Maicón, aparecia o trinco Fernando com a impressionante ubiquidade que o caracteriza e, depois, nova cortina, com Defour na direita, a fazer as vezes de James, já que Varela surgiu no outro corredor, deixando o eixo para os criativos Lucho e Moutinho.
Na frente, isolado mas não sozinho, que o bloco intermédio posicionava-se bem adiantado garantindo o necessário apoio, surgia Jakson. E foi este dispositivo dos visitantes que manietou o Benfica, sobretudo na 1ª parte, apesar da empolgante acção de Matic, incansável no desfazer da teia contrária. No 2º tempo, Jesus trocou Enzo Perez - muito desgastado pelo jogo "apertado" imposto pelo FC Porto - por Carlos Martins, na expectativa de que os destemperados mas eficazes "repentes" deste pudessem provocar desequilíbrios. O que o adversário, porém, não consentiu.
Já a entrada de Aimar para uma posição charneira, entre o miolo e o ataque (saiu Lima), terá constituído uma tentativa de consolidar e disciplinar um pouco mais o meio-campo, dada a superioridade numérica do FC Porto nessa zona, desde o início, ao mesmo tempo que servia de ponte para Cardozo. E a verdade é que o Benfica ganhou então algum ascendente, que a mudança de Defour pelo ex-lesionadíssimo Izmailov, no outro lado, não logrou contrariar.
Tivesse Jesus optado nessa altura, e não tão em cima do fim do jogo, por Ola John e provavelmente teria retirado maiores proventos. Foi nesse período que o Benfica enjeitou a grande e talvez única ocasião que o jogo conheceu nesta metade complementar. Cardozo teve artes de se escapar à vigilância azul e branca e só não facturou porque Helton não o permitiu, garantindo, desta forma, o empate que acaba por se ajustar ao desenrolar do jogo.
Quanto ao árbitro, não terá querido estragar o espectáculo com a exibição de muitos cartões e acabou por estragá-lo pela falta deles. Maxi e Matic passaram das marcas, é verdade, mas é bom que se diga que Fernando e Moutinho também não se mostraram meninos de coro. Foi o FC Porto, de resto, a registar o maior número de faltas cometidas, o que é capaz de querer dizer alguma coisa. Mas não foi por causa do árbitro que a discussão se ficou pelo empate."
"Chegou a hora da decisão? Não chegou, mas quase. Este Benfica tem seduzido os adeptos com uma notável campanha doméstica. É Campeonato, é Taça, é Liga. Já poucos se lembram das apresentações levantadas, no começo da temporada, aquando das saídas, muito bem remuneradas, de Javi Garcia e de Witsel. Com mestria, no seio do plantel, Jorge Jesus encontrou soluções capazes de fazerem esquecer os dois influentes jogadores da intermediária.
E Ola John? Quantas críticas iniciais à sua aquisição, ao seu sub-rendimento? O jogador explodiu e hoje constitui importante factor para suscitar desequilíbrios ofensivos. E Melgarejo? A exclamação paraguaia, pesem as devidas proporções, de Fábio Coentrão, tem ou não tem dado segurança à canhota defensiva, inclusive sendo chamado à sua selecção para desempenhar o posto de lateral esquerdo?
Luisão, Aimar, Carlos Martins? Por diferentes razões, foram pouco utilizados na metade primeira da época. De grande importância para o colectivo, também nesse caso Jorge Jesus soube dissimular com sapiência técnica e táctica aquela que bem poderia ter sido uma tripla aflição. Saviola também? Verdade que menos utilizado no último ano, mas sempre passível de resolver uma qualquer contenda, caso fosse chamado a intervir.
Este é, mais do que nunca, o Benfica da lavra de Jorge Jesus, cujos encómios de todo se justificam. Estamos a horas do embate mais importante dos últimos tempos? Estamos, sem reservas.É determinante? Não é, mas pode ser condicionante. Fundamental seria à custa do nosso grande rival da actualidade, o Benfica reforçasse a liderança, mais sereno e também mais estimulado no seu... porto de abrigo."
"Alguma confusão tem sido difundida na Imprensa e nos outros meios de comunicação acerca do número de títulos dos principais clubes portugueses.
O Sporting e o Benfica, enquanto tiveram e seus períodos de hegemonia e ganharam regularmente os Campeonatos Nacionais e as Taças de Portugal, não disputavam a Supertaça e por isso não somam estes títulos de um só jogo, ao seu palmarés.
Os títulos que realmente têm real e indiscutível importância e relevo são as competições a que atrás fiz referência.
E aí o Sport Lisboa e Benfica tem no seu activo trinta e dois Campeonatos Nacionais e vinte e sete Taças de Portugal. Quantas Supertaças o Benfica teria ganho se naquelas épocas fizessem parte do Calendário Oficial?
De facto, as retorcidas estatísticas que nos colocam atrás do FCP, não têm em conta o valor indiscutivelmente diferente dos títulos, nem as circunstâncias em que eram ou não foram disputados.
A nível internacional também há hoje competições que não se disputavam nos anos 60. O Benfica tem duas Taças dos Clubes Campeões Europeus e o FCP duas Ligas dos Campeões. O Benfica uma Taça Latina e o Porto duas Taças UEFA. O nosso rival do Norte tem a Supertaça Europeia e a Taça Intercontinental. Mas o Sport Lisboa e Benfica participou em mais cinco finais da Taça dos Clubes Campeões Europeus e numa final da Taça UEFA.
Devemos, ou não, ignorar estes registos?
Habituado a classificar 'cuuículos', na minha opinião o nosso Clube ainda vai muito à frente e espero e acredito que estamos no bom caminho para, no Futebol profissional, na Formação e nas modalidades, erguemos bem alto o nome do Benfica com a conquista dos títulos, muitos títulos, sempre conquistados com verdade e com respeito pelos nossos adversários."