"1. Não vi referência em nenhum lado e foi abordado ao de leve na Assembleia Geral da semana passada mas, para mim, foi dos raros pontos positivos daquela noite: o Benfica-Clube nada deve à banca. Zero. O ponto 12 dos 'pressupostos do orçamento', numa das primeiras páginas do documento, afirma: 'Inexistência de gastos com encargos financeiros em consequência do pagamento da totalidade da dívida bancária'. A Benfica-SAD tem um largo (mas julgo que controlado) passivo, mas o Benfica-Clube está a zero. Quando se fazem comparações com os outros, apenas se referem às SAD's, cujas contas são (obrigatoriamente) públicas. E as contas dos clubes e das outras empresas e eles associadas?
2. Ainda sobre a última AG. Houve várias intervenções a contestar a Direcção e o Presidente. Nada que não seja normal num clube democrático como o Benfica sempre se orgulhou de ser. Algumas destas, embora eu não concorde com o seu teor, foram correctas. Outras não estiveram à altura do Benfica. Como não estiveram alguns associados mais jovens, que não souberam respeitar quem estava no uso da palavra. E o Presidente fez mal em responder-lhes directamente. Aquilo era assunto para o presidente da AG, que aliás controlou a reunião de forma muita positiva.
3. A estrutura do futebol do Benfica foi reforçada com a entrada do António Carraça, que ficará próximo da equipa, libertando Rui Costa para funções mais abrangentes (e próximas do presidente Luís Filipe Vieira) e que passam pela contratação de jogadores. Afinal, onde estão todas as divergências de que alguns jornais se fizeram eco ao longo de várias semanas?...
4. Segundo refere a imprensa, o DIAP do Porto está a investigar um alegado jantar entre Pinto da Costa (e os seus habituais amigos) e a equipa de arbitragem do jogo com o Villarreal, noticiado em tempos pelo jornal espanhol Marca. Já se sabe que (desta vez...) o presidente do FC Porto não jantou com o árbitro. Mas, por acaso, dá jeito que o DIAP do Porto, neste caso, investigue...
5. Em Itália, chegou ao fim o processo do Calciocaos (escândalo da viciação de resultados). A Juventus já perdera os títulos conquistados em 2005 e 2006 e o seu antigo director-geral, inicialmente castigado por 5 anos, foi agora irradiado. Por cá, quem viciou resultados ficou impune e ainda é considerado o 'maior'..."
Arons de Carvalho, in O Benfica