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domingo, 2 de dezembro de 2012

Sempre a somar !!!


Benfica 3 - 0 Castêlo da Maia
28-26, 25-16, 25-22

Mais uma vitória, contra um adversário motivado - após eliminarem o Sp. Espinho da Taça!!! -, que no 1º e no 3º Set jogou muito bem, e obrigou o Benfica a suar... Excelente entrada no jogo do Miguel Tavares e do Ché - isto apesar dos falhanços monumentais do Ché, que quando falha, falha mesmo...!!! -, nos lugares do Vinhedo e do Gaspar... Aquele final do 1º Set foi desnecessário, acabámos por vencer nas vantagens, mas...

Positivo e negativo

"1. Excelente exibição frente ao Celtic, exibição quanto-baste com o Olhanense mas, num caso e outro, tantas perdidas!... Poderiam ter sido goleadas.
À margem do jogo-jogado, apontamentos positivos e negativos. Excelente o nosso relvado. Choveu bem em Lisboa todo o dia e noite de sábado. Até parecia que o Estádio foi totalmente tapado. A bola deslizou sempre, a relva nunca saltou. Depois do que se tem visto noutros campos (no Restelo nem houve jogo!), é mais um motivo de orgulho. Ao invés, não gostei (nunca gosto) da utilização (não obrigatória) do equipamento alternativo - o Benfica é (sempre foi!) vermelho e branco - e nunca comprarei ou oferecerei outro equipamento que não tenha essas cores. Finalmente, não gostei (ninguém gostou) do lamentável comportamento dos 'No Name'. Apoiam sempre a equipa, dão animação ao Estádio - muito bem. Mas parece que só são benfiquistas a 50 por cento.

2. É verdade (felizmente) que a nossa principal claque se porta normalmente bem para com os adversários. Não atira bolas de golfe, não faz dos seus cânticos insultos ao FC Porto ou ao Sporting. A claque do FC Porto ainda no domingo se 'exibiu' mais uma vez a grande altura, com confrontos com a polícia e cânticos anti-Benfica, que nem lá estava a jogar.
Mas, não chegando (repito, felizmente) a tais extremos, a nossa claque continua a permitir que alguns dos seus elementos prejudiquem altamente o próprio Clube. O constante lançamento de petardos já parece provocação. Se há meia dúzia de energúmenos infiltrados  devem ser imediatamente expulsos e pelos próprios elementos da claque que se dizem (e acredito que o sejam) 100 por cento benfiquistas. Eles saberão certamente quem, no meio deles, prejudica o Benfica. Passam a ser coniventes com este lamentável comportamento se não actuarem. Já viram o prejuízo (em milhões de euros) que já deram ao Benfica? Chega de petardos!

3. Com bastante sorte (e mais uma Xistrada...), o FC Porto ganhou em Braga e mantém-se a par do Benfica na liderança do Campeonato que, já se viu, será disputado jogo a jogo, ponto a ponto. Não pode haver distracções.

4. Valentim Loureiro afirma que vai propor a atribuição da medalha de ouro de Gondomar a Pinto da Costa. Não se conhecem quaisquer benfeitorias que o presidente do FC Porto (ou o próprio clube) tenha feito à cidade liderada pelo major, mas já nada surpreende. Estão bem um para o outro..."

Arons de Carvalho, in O Benfica

A época, o orgulho e todas as cabeças

"Os adeptos do Real Madrid e os do Sporting constituem-se, neste momento, como o núcleo de gente mais desagradada da península ibérica, isto falando de futebol. Outros motivos de desagrado, esses sim, dramáticos, varrem o tecido social dos dois países vizinhos, unindo-os nas suas preocupações face a outro género de tormentas. Mas todos sabemos que a “vida real” é uma coisa muito séria enquanto o futebol cabe melhor nos domínios da ilusão. Dediquemo-nos, portanto, às agruras da bola tal como são vividas no Bernabéu e em Alvalade.
Real Madrid e Sporting estão a fazer nas respectivas Ligas percursos medonhos, nada consentâneos com os seus historiais, ainda que entre o historial do clube espanhol e o historial do português haja uma diferença muito significativa, com o devido respeito. O Real Madrid de Mourinho está a 11 pontos do líder, o Barcelona. O Sporting de Sá Pinto/Oceano/Frankie Vercauteren está a 15 pontos dos líderes, FC Porto e Benfica. De um lado e do outro são muitos pontos perdidos. Tantos que já não haverá quem acredite que os dois emblemas serão capazes de cometer a proeza de chegar ao fim em primeiro. Para o Real e para o Sporting, o campeonato de 2012/2013 acabou um mês muito antes Natal.
E, por estes dias, nas duas sedes vive-se um ambiente especialmente electrizante. Aproximam-se os dérbis com os velhos e históricos rivais. O Real Madrid recebe hoje o Atlético de Madrid, a única equipa da Liga espanhola que ainda não desistiu de perseguir o imparável Barcelona. Com o melhor arranque da sua história, o Atlético está a 3 pontos do Barça e cabe agora à equipa de José Mourinho, para mais jogando em casa, interromper a caminhada dos “cochoneros”, em caso de vitória, ou embalá-los para a luta com os inimigos catalães, em caso de derrota. Muito divididos devem estar os corações dos adeptos do Real Madrid face ao dérbi de hoje…
Em Alvalade, há outros contornos a ditar os costumes. Está a chegar o jogo com o Benfica e o clube suspendeu todas as decisões até receber o rival em Alvalade porque é certo e sabido que uma vitória sobre os vizinhos salva imediatamente a época, o orgulho e todas as cabeças. Eis a triste vantagem do Sporting sobre o Real Madrid.

ERRAR É HUMANO
O silêncio é de ouro vezes dois
Os presidentes do Sporting de Braga e do Benfica estiveram esta semana em total sintonia. É sempre bonito registar-se um momento destes quando ocorre porque se trata de um fenómeno raro. Quantas são as vezes ao longo da vida em que nos é oferecido o espectáculo de dois presidentes de dois clubes grandes exibindo uma total sintonia, dizendo ou pensando a mesma coisa, repetindo um as palavras do outro? Zero vezes, meia, uma vez? O importante é que esta semana aconteceu. Vamos aos factos!
Entrevistado pelo site do clube a propósito do 70.º aniversário do jornal “O Benfica”, Luís Filipe Vieira foi instado a dar mais pormenores sobre a anunciada rutura com a Olivedesportos e sobre a eventualidade de passar a Benfica TV a ser dona dos direitos de transmissão televisiva dos jogos do Benfica na Luz. Luís Filipe Vieira, que desvendou uma pontinha deste véu na última campanha eleitoral, recusou-se a adiantar o que fosse sobre o assunto e refugiou-se num velho e sábio ditado popular: “O silêncio é de ouro.” E é mesmo.
E foi também no mesmo ditado (o tal do silêncio ser ouro) que pensou António Salvador no fim do jogo para o campeonato com o FC Porto. Nem uma palavrinha sequer pronunciou o presidente do Braga. Não digam que não há aqui sintonia.

POSITIVO
Dier cresce
É, em boa verdade, a única nota positiva deste Sporting. Um rapazito inglês que brilhava na equipa B, foi “despromovido” à indescritível equipa A e vem convencendo técnicos, adeptos e jornalistas.

Olivera vezes 3
Apesar de seguir uma carreira fraquinha, o Moreirense tem um mata-leões na figura do argentino Pablo Olivera que, só à sua conta, assinou três golos ao Sporting, dois na Taça e um na Liga. É obra.

NEGATIVO
Figo, sim e não
Afinal Luís Figo não admite vir a ser treinador do Sporting. Figo garantiu que nunca tinha dito nada que se parecesse com isso. Já para presidente não se importava de esperar. Ou não, logo se verá.

PÉROLA
“A mim e ao Jorge quiseram-nos atacar lá do sul.”, VALENTIM LOUREIRO
Na cerimónia do 7.º aniversário da Banda de Música de Melres, Valentim Loureiro aproveitou a ocasião para regressar à ribalta do futebol português outorgando a Pinto da Costa o diploma de “cidadão honorário” de Gondomar. E deixou ainda uns remoques sobre “tribunais” e coisas que tais."

Grande farra no adeus à Taça

"Vítor Pereira tinha a "máquina" afinadíssima sobre o carril e, com a ajuda irresponsável de Castro e Danilo, "ofereceu" a "carta de alforria" a José Peseiro e a "ressurreição" ao Braga. Quando no final do jogo Vítor Pereira assumiu a responsabilidade da gestão da equipa (sem Moutinho nem Lucho de início; sem Jackson Martínez... no tempo todo!) estava claro que o técnico portista havia estragado o que vinha parecendo perfeito. Já na Taça, perante o frágil Santa Eulália, Vítor Pereira passara a má experiência de uma revolução no onze-base. Repetiu-a! Não era preciso fazer nada; bastava não mexer para... não estragar. O jogo com o PSG é só daqui a quatro dias, com tempo de recuperação, pelo que o FC Porto deu em Braga a imagem oposta do seu ADN: facilitismo e alguma irresponsabilidade. A começar pelo treinador e a acabar nalguns jogadores, com particular enfoque nos já citados Castro (vai "calçar" mais?!...) e Danilo (uma "flor" naquelas circunstâncias?!).
Queixam-se os portistas de uma má arbitragem de Benquerença, alegando excesso de zelo em matéria disciplinar. As consequências não terão sido piores porque, como já acontecera com Carlos Xistra no jogo para o campeonato, a turma portista começou por beneficiar de uma grande penalidade não assinalada, quando em plena área Fernando puxou os calções a Hugo Viana.
Foros de escândalo chegaram a pairar sobre Braga, porque tornava-se evidente a protecção dada pelo árbitro de Leiria ao FC Porto. Parecia vassalagem. Na partida de há cinco dias, os campeões nacionais ainda haviam praticado futebol de boa qualidade, antes do "golpe final" nos últimos minutos desse jogo para a Liga. No encontro de ontem, tal a profusão de erros, deu a sensação de que o FC Porto não queria ficar na Taça. As entradas duras, as más escolhas do onze, as substituições tardias e o descontrolo emocional constituíram algo de anormal numa época em que os portistas têm exibido competências.
No domingo passado, o Sp. Braga foi prejudicado pela arbitragem de Carlos Xistra e abateu-se um estranho silêncio entre os responsáveis bracarenses. António Salvador rebelara-se em Alvalade e optou pelo silêncio quando os prejuízos se revelaram nos jogos com o FC Porto. Mesmo com vassalagem, eliminação da Taça. Há outra hipótese: desprezo total pela competição, com o Braga a aproveitar e a... agradecer o presente (antecipado) de Natal.
Estranho Porto este, completamente ao contrário da equipa séria e competente que tem jogado na Liga e na Champions. Fica, contudo, a certeza de que foi uma noite muito má de Vítor Pereira, na "grande farra" de Castro, Danilo e... Olegário.

JARDIM DAS ESTRELAS
João Tomás dá que pensar
Quando dois pontas-de-lança de equipas "pequenas", como são os casos de Meyong (V. Setúbal) e João Tomás (Rio Ave), se mostram competitivos em relação às grandes "estrelas" goleadoras do campeonato português, como o portista J. Martínez e o benfiquista Cardozo, não se pode deixar de estabelecer uma relação entre o rendimento e as compensações: no âmbito desportivo e no plano financeiro.
São dois jogadores muito experientes, com mais de 30 anos; João Tomás é um caso raro de longevidade, com quase 40 e, se mantiver a média que conseguiu no primeiro terço da Liga, conseguirá pulverizar o recorde de golos que alcançou na Académica, antes de ingressar no Benfica.
Alguns clubes preferem apostar em alegados "craques", gastando milhões. Porquê?
Dá que pensar.

O CACTO
"Xistrema"
Não há nenhuma equipa de futebol que consiga conquistar títulos a nível nacional internacional se não demonstrar competências técnicas e tácticas. As arbitragens, contudo, podem ser uma importante alavanca na obtenção de algumas dessas vitórias. Basta não marcar um penálti (evidente) quando o resultado ainda está incerto ou promover, por exemplo, uma expulsão injusta. Os erros de arbitragem ajudam as equipas a cumprir o seu caminho, como aconteceu com Xistra em Braga. E com Olegário a história não se repetiu... porque o FCP eliminou-se.

TEMPO EXTRA
Humilhação leonina
O Sporting chegou a um ponto de pré-ruptura porque os dirigentes, no pós-João Rocha, nunca entenderam uma coisa comezinha no futebol: as estruturas devem ser simples, com um centro de comando que deve estar na presidência. Essa presidência (que entenda de futebol) tem de saber lidar com os princípios basilares do exercício da liderança. É preciso impor silêncios e gerir esses silêncios. O Sporting, em vez de se fechar, com uma organização mais vertical do que horizontal, abre-se a todo o tipo de desvarios. Cabe lá na cabeça o presidente de um clube, seja ele qual for, ir a um Conselho (Leonino), com uma cruz sobre os ombros e as mãos atadas, e submeter-se a um ror de acusações e insinuações e sair de lá humilhado mas devidamente legitimado e... aconselhado?
O Sporting precisa de um líder na presidência e de um líder no balneário, que feche as portas da cabina no intervalo dos jogos. Parece difícil, depois de se alimentarem tantos egos."