Últimas indefectivações

terça-feira, 17 de maio de 2011

Para o ano há mais

"Há que pensar positivo. O Benfica até pode ter alguma vantagem pelo facto de ter tudo decidido, quanto à presente época de Futebol Sénior, no final da primeira semana de Maio, faltando apenas cumprir calendário e defender a honra do emblema e da camisola. De resto, o Benfica ficou em segundo lugar no Campeonato - com acesso à Europa - e ganhou melancolicamente a Taça da Liga. Até não é mau, dado o desastroso começo e final da temporada, mas graças ao fantástico percurso entre fins de Dezembro e a primeira semana de Março, com particular realce para o mês de Fevereiro.

Todos os clubes têm altos e baixos. A diferença é que as equipas do «Sistema» - com a locomotiva à cabeça - são puxadas para cima, nos baixos de forma, enquanto o Sport Lisboa e Benfica é sistematicamente arrastado para baixo. E esse é um combate tão importante como ganhar pontos nas competições: lutar pela verdade desportiva que é cada vez mais um mito em Portugal. Ao contrário da mentira desportiva que é cada vez mais global e transversal ao leque das modalidades.

Quanto à próxima época de Futebol, que é do que falávamos a abrir, o Benfica bem pode começar já a erguer o edifício para o ano que vem para o que, aliás, já tem e lançou alicerces: mantendo o que é de manter para o sucesso da equipa - não se pode começar cada época do zero -, suprindo conhecidas fragilidades e eventuais novas baixas, dando alma, qualidade, coesão e competividade a um plantel que tem que ter na defesa da honra da camisola a primeira das motivações e na conquista de todas as competições em que participa o primeiro dos objectivos. Os benfiquistas têm direito a essa aspiração. Mas, mais que isso, o Benfica merece esse respeito."



João Paulo Guerra, in O Benfica

Objectivamente (Fim de época)

"Este final de época tem sido realmente bastante triste para os benfiquistas porque o Futebol não conseguiu os títulos que tanto desejávamos! É verdade que poderíamos ter ido mais longe e por isso dói ainda mais! Nem o êxito europeu do Hóquei em Patins consegue compensar-nos deste vendaval que varreu a enorme possibilidade de conquista da Liga Europa! Mas resta-nos agora preparar a próxima época e, sem desatenções, municiarmos a nossa equipa de alta qualidade que faça a diferença! E, já agora, que saibamos preservar os grandes valores que temos no actual plantel. Mesmo com algum sacrifício. É melhor a garantia do que a incerteza. Por essa razão quão feliz fiquei em ver Cardozo a fazer os golos da vitória em Vila do Conde e a confirmar a sua grande qualidade que o coloca entre os melhores goleadores de sempre no SLB. Não percebo, por isso, as dúvidas quanto à sua qualidade e, principalmente, quanto à sua utilidade. É o melhor marcador do Sport Lisboa e Benfica, foi a época passada o melhor marcador do Campeonato e há quem o deseje ver fora do Benfica! Espero que isso não aconteça porque ficaríamos muito mais frágeis! Nós somos diferentes do Sporting e não façamos o mesmo que eles fizeram a Liedson, o seu melhor goleador...
E por falar em diferença, os nossos rivais de Alvalade podem, através do seu presidente, Godinho, para porem os cachecóis e festejaram... as nossas derrotas! Dizia ele pomposamente que «mesmo não ganhando nada peço para porem os cachecóis e festejemos as tristezas dos outros...»! Que medíocres! Que tristes! Não conseguem cumprir um único objectivo na competição, mas deliciam-se com as nossas derrotas! Talvez seja por isso que são castigados pela Justiça dos Deuses do Futebol..."

João Diogo, in O Benfica

Boa e má época

"1. Pois é: não foi boa a época do Benfica, que tinha a obrigação de fazer melhor, falhando, nomeadamente, na Liga dos Campeões e me momentos chaves do Campeonato. Mas o grande problema está numa época espectacular do FC Porto (com fortes ajudas iniciais para 'dar balanço', não o esqueçamos) e numa excelente recuperação do SC Braga na segunda metade. Com um FC Porto 'normal' (70 pontos, média dos anteriores seis anos, dos quais foi campeão em quatro), o Benfica estaria agora em muito boa posição para renovar o título, já que deverá somar 65 pontos, foi altamente prejudicado nas jornadas iniciais e abandonou a luta há várias semanas, perdendo, pelo menos, cinco pontos por isso.

Imaginemos ainda que o FC Porto não estava na Liga Europa e que o Benfica chegava à meia-final e era eliminado pelo Dínamo de Kiev, que por bem pouco (já se esqueceram?) não eliminou o SC Braga. A esta hora estaríamos todos a pensar que fora uma pena não continuarmos a belíssima presença na Europa, na qual há 17 anos não íamos tão longe. Repito: ficámos bastante aquém das nossas expectativas. Mas tudo teria sido bem diferente com um FC Porto 'normal' e sem o SC Braga na Liga Europa. Se calhar, a hora até era de festa!...


2. O nosso presidente foi muito calmo e ponderado na entrevista que deu à Benfica TV. E deu uma grande lição... que não vi salientada nos jornais desportivos do dia seguinte. Quando o entrevistador falou nos ataques às Casas do Benfica ao longo do país, Luís Filipe Vieira atalhou e generalizou: 'ataques às Casas do Benfica, do FC Porto, do Sporting'. E criticou-os a todos. Que diferença para um presidente que passou todo o ano a falar mais do Benfica que no seu próprio clube, sempre que apareceu em público ou deu entrevistas, incendiando cada vez mais o ambiente...


3. Não há mais espaço. Mas não deixo de recordar que, na semana passada, se voltou a ouvir falar em António Garrido (como pode a Federação designá-lo?) e em Martins dos Santos. Eles continuam activos..."


Arons de Carvalho, in O Benfica

O homem certo

"Escrevi aqui mesmo, na passada semana (antes do jogo de Braga), que a continuidade de Jorge Jesus não merecia sequer ser posta em causa, e que tal discussão apenas interessava aos nossos adversários - que, de resto, a fomentavam. Disse então que não podia ser um jogo, uma competição, ou mesmo uma temporada, a liquidar todo um trabalho que já deixou marca de competência. Não seria pois a noite de Braga - por muita dor que tenha causado - a alterar uma vírgula àquilo que então escrevi. Hoje, para que não fiquem dúvidas, reitero em absoluto a mesma opinião.

Jesus é um extraordinário treinador, e, no contexto actual, não vejo qualquer opção disponível que dê garantias de o poder substituir com vantagem. Trata-se de alguém que já conhece o clube, que conhece muito bem o futebol português, que foi campeão e ganhou outros troféus, que valorizou os jogadores, e que, com um pouco menos de azar, pode devolver o Benfica ao lugar que todos desejamos. E se não o conseguir fazer (os outros também jogam, e estão muito fortes), não creio que possamos necessariamente inferir que mais alguém o consiga.

Não sou amigo de Jorge Jesus (troquei com ele duas ou três palavras de circunstância), nem sei se é simpático ou antipático, ou se é muito ou pouco popular entre os seus. Nada disso me interessa. Sei que muitos jornalistas não gostam dele, o que não é necessariamente um mau sintoma.

Sei também que, quem trabalha diariamente com ele, quem conhece os planos de trabalho, os problemas da equipa, e a forma como ele os resolve, estará obviamente em melhores condições para o avaliar - e, pelo que se percebe, essa avaliação tem sido positiva. Mas quem tenha como base de análise apenas aquilo que se vê do lado de fora (e é esse o meu caso, como o da generalidade dos opinadores), só por má vontade poderá questionar as suas qualidades. Até porque, vendo as coisas friamente, esta terá sido (com Taça da Liga, 2º lugar, e meias-finais europeias) a quarta melhor temporada do Benfica nos últimos 15 anos."


Luís Fialho, in O Benfica

Facada na alma

"Digo-o a frio, e sem hesitações: a derrota de Braga significou a maior desilusão desportiva de toda a minha vida.
Nem os 7-1 de Alvalade, nem os 7-0 de Vigo, nem mesmo os penáltis de Estugarda, me feriram mais fundo que a dramática oportunidade perdida que esta maldita meia-final representou. Perante a ocasião histórica de, 21 anos depois, voltar a um grande palco europeu, o Benfica soçobrou diante de uma equipa valiosa, mas que, sobretudo atendendo ao contexto internacional em que a eliminatória se realizava, não deixava de ser um adversário relativamente acessível – mais ainda depois da vantagem, ainda que curta, lograda na partida da primeira-mão.
Há derrotas e derrotas. Algumas esgotam-se em si mesmas, ou, no máximo, na temporada em que decorrem. Outras entram, como uma seta, para a eternidade da dor e das lágrimas. Esta meia-final fará doer a alma sempre que vier a ser evocada, e nem daqui a décadas nos esqueceremos dela. Por isso, por se ter passado precisamente numa esquina da história, ela se tornou tão cruel, e tão difícil de digerir. Por isso, os momentos vividos no estádio, no fim do jogo, e perante a festa bracarense no relvado, foram os mais angustiantes que o futebol alguma vez me proporcionou.
Faltou apenas um golo. Com um simples golo (uma bola dentro de uma baliza), estaríamos agora a preparar-nos para discutir o segundo troféu mais importante da Europa, e prontos para tocar nos céus. Esse golo poderia ter acontecido num dos remates aos postes (Cardozo em Lisboa, Saviola no Minho), podia ter ocorrido no cabeçeamento de Kardec tirado sobre a linha, poderia ter resultado do tiro de Gaitán a que o guarda-redes contrário se opôs com brilho, ou do remate em arco de Jara, que saiu muito perto do poste. Em cada uma dessas situações, uns centímetros mais para um lado, ou mais para o outro, dariam um rumo totalmente diferente à história, e desenhariam as cores da nossa felicidade. Como é ténue a linha que separa a felicidade da tragédia…
É necessário, pois, não desprezarmos o grau de aleatoriedade que o fenómeno desportivo sempre incorpora, e que tantas vezes é incorrectamente negligenciado. É necessário, pois, perceber que com os mesmos jogadores, com o mesmo treinador, com o mesmo sistema táctico, com as mesmas substituições, com o mesmo fulgor físico, poderíamos ter sido bastante mais felizes, e poderíamos estar agora a festejar ardentemente. É assim, afinal, o futebol: ora mágico, ora verdadeiramente bárbaro na forma como, a partir de pequenos detalhes, devasta as nossas emoções até aos limites da mais profunda angústia.
Vamos ter muito tempo para chorar. Não devemos, portanto, precipitar atitudes e comportamentos, nem deixar que sejam as emoções a falar por nós. É preciso não esquecermos que o Benfica perdeu numa meia-final europeia, à qual só chegaram 4 dos 200 clubes que participaram na prova. Não há muitos anos atrás estávamos no 91º lugar do ranking da UEFA, terminávamos o Campeonato Nacional em 6º lugar, e éramos eliminados da Taça de Portugal, em nossa casa, aos pés do modesto Gondomar. Não podemos confundir a tristeza de uma oportunidade desperdiçada (por mais difícil que ela seja de suportar), com qualquer sentimento de humilhação, vergonha ou desonra, palavras que não devem, sequer, ser aqui chamadas.
2010-2011 será, inquestionavelmente, uma temporada traumática para os benfiquistas. Mas é preciso manter a lucidez suficiente para perceber que esse trauma se deveu mais ao modo como se foram desenrolando, e aniquilando, as expectativas de vitória nas várias competições, do que propriamente aos resultados finais em si mesmos – pobres, é certo, mas muito longe de serem os piores dos últimos 15 anos.
Esta época trouxe-nos emoções extremamente negativas, mas não foi uma época extremamente negativa. A nossa angústia provém mais dessas emoções, do que dos resultados que lhes deram origem. Provém mais da forma, do que do conteúdo.
Foi, de facto, a forma como nos vimos afastados do Campeonato (vendo o principal rival festejá-lo em nossa casa), da Taça de Portugal (deitando para o lixo uma vantagem de 2-0 obtida fora), e da Liga Europa (com uma equipa portuguesa, teoricamente mais modesta, e depois de um triunfo na primeira-mão), que nos deixou destroçados, pois Campeonatos perdidos houve, infelizmente, muitos nas duas últimas décadas, finais de Taça já não as temos há seis anos, e meias-finais europeias não as disputávamos desde 1994. Sobrou ainda assim uma Taça da Liga, uma qualificação para a Champions, uma subida no ranking da UEFA, um recorde de vitórias consecutivas, e momentos de futebol espectáculo que as últimas semanas não podem fazer esquecer.
Qualquer análise objectiva à presente temporada terá de contemplar todos estes aspectos, e relativizar os estados de alma decorrentes de elevadas expectativas que não se puderam concretizar."


Luís Fialho, in O Benfica

Alerta à Nação

"A depressão que atingiu o Benfica no último mês competitivo, excepção feita à conquista da Taça da Liga, obrigou o presidente do Clube a fazer o diagnóstico da crise e a projectar o futuro imediato. Luís Filipe Vieira fez bem ao recusar-se a tecer comentários avulsos em climas emocionais sofridos. Optou por uma entrevista longa, bem adubada, metódica e serena.

Luís Filipe Vieira fez bem em reconhecer carências no plantel. Uma equipa Campeã Nacional, e com legítimas ambições europeias, não pode depender da utilização de um ou dois jogadores para atingir as perfomances pretendidas. Da mesma forma, por imperativos desportivos e financeiros, a margem de erro nas aquisições tem que ser limitada ou mesmo nula.

Luís Filipe Vieira fez bem ao reiterar a confiança em Jorge Jesus. Aqueles que pedem a cabeça do treinador ou sustentam que o seu ciclo está encerrado são os mesmos que criticariam, porventura com maior veemência, a substituição do técnico caso não surtisse o efeito desejado. Ademais, é com projectos continuados, pautados pela estabilidade e sem alterações profundas, que se constroem as grandes equipas.

Luís Filipe Vieira fez bem em criticar o excesso de euforia decorrente da última temporada vitoriosa e apelar para que o trabalho de casa tenha mais consistência. Trata-se de um apelo à humildade e à labuta. Só faltou falar no trabalho fora de casa. É mesmo necessário? Não, não é necessário. Necessário é saber anular os ímpetos perversos de outros que tanto têm inquinado o Futebol em Portugal."


João Malheiro, in O Benfica

Regresso inesperado !!!

Pois é, os dois post's que tinham 'desaparecido' durante a manutenção do Blogger, reapareceram!!! Para que os comentários não fiquem 'perdidos', não vou apagar os post's, ficam deslocados no tempo, mas ficam para a posteridade...!!!

Sem ressaca !!!

"...todos mamavam..." !!! (e continuam a mamar)

Ontem, os profissionais de limpezas, que poluem a descomunicação social, passaram o dia com ejaculações precoces, celebrando mais uma decisão completamente oca dos Tribunais portugueses, onde mais uma vez, a defesa usou unicamente argumentos processuais, nunca alegando inocência, nunca argumentando que a acusação é falsa ou mentirosa. Defendendo exclusivamente supostos erros processuais, sendo que neste caso, o tal erro, foi objectivamente provocado, premeditadamente, pelos próprios!!! Para cúmulo neste caso, o Clube Corrupto em causa, nem sequer apresentou recurso!!!







Hoje, os mesmos profissionais de limpezas, os mesmos avençados, depois de ouvirem as declarações de Jacinto Paixão, vão calar-se!!! Silenzio!!! Nada se passa...


Nós, neste momento de rescaldo da época, onde estamos a avaliar os nossos deméritos, perspectivando a próxima época, não podemos esquecer, que aconteça o que acontecer, com mais um jogador contratado, ou mais um jogador vendido, com um treinador, ou com outro treinador, com um director, ou com outro dirigente, aquilo que se passou com o Paixão, continua a passar-se com todos os actuais árbitros, e para o ano, vai continuar a passar-se, e nos próximos anos vai-se continuar a passar!!! O Benfica começa todas as épocas com uma pontuação 'negativa', e o nosso principal inimigo começa todas as épocas com a garantia de vários pontos de 'bonús', venham eles dos árbitros, dos jogadores adversários, dos treinadores adversários, dos dirigentes adversários, ou de outro qualquer 'agente'... tudo isto com a complacência, cumplicidade, de Tribunais, Policias, Políticos... e isto é um facto.