Últimas indefectivações

sábado, 27 de abril de 2024

Cabeça


"Não foi de cabeça que o Benfica marcou nenhum dos três golos de uma vitória justa e clara frente ao Farense, mas é com “cabeça” e do que está “dentro da cabeça” que o Benfica mais precisa neste momento.
A derrota em Marselha deixou feridas profundas, difíceis de sarar, e não seria uma vitória (mesmo que com uma boa exibição, como foi…) frente ao Farense que as iria curar, mas a forma como alguns, e sublinho alguns, dos adeptos presentes quiseram demonstrar o seu desencanto com esta época, que mais do que compreensível é justificado, é tudo o que não pode acontecer.
Toda e qualquer crítica é legítima e respeitável, mais ainda quando essa crítica baseia-se em factos inegáveis - a má época do futebol masculino do Benfica -, mas “atirar” objetos, numa triste moda que parece ter vindo para ficar, ou insultar com cânticos ofensivos quem exerce funções no Benfica, não só é cobarde e grosseiro, como faz perder toda e qualquer razão que pudessem ter.
O que alguns, repito e sublinho alguns, adeptos benfiquistas fizeram no final do jogo de anteontem não só não resolveu um único problema dos que temos para resolver, como constituiu um belo “pratinho” para os nossos adversários, mesmo aqueles que estão a 11 pontos na classificação, ficarem felizes.
Todos sabemos, e sentimos, que o desporto é paixão e que o amor ao nosso clube nos faz ter atitudes irracionais e que não nos orgulhamos, mas essa paixão, essa “chama imensa”, não pode resultar em atos como aqueles que vimos em Faro.
“Cabeça”, muita “cabeça”, pensar não duas, mas vinte vezes, antes de fazer ou falar, é o que se pede a todos. Pelo Benfica!"

RND - Tamos Juntos...

BI: Bancada Jovem - A jornada do associativismo - Parte 1

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Manual de instruções para as eleições do FC Porto: tire as suas dúvidas

RND - 45 minutos...

A Verdade do Tadeia #2024/154 - Super-cimeira no topo da Liga

ESPN: Futebol no Mundo #332 - Inter campeã em cima do rival e clássicos decisivos na Inglaterra

COP: Glória #27 - Telma Monteiro

Aquecimento, excerto...

6, excerto...

FanZone, excerto...

Central, excerto...

O Futebol é Momento, excerto...

Futebol, excerto...

6, excerto...

O homem que tentou que Pelé trocasse os pés pelas mãos


"O Tite ensinou Pelé a ter coragem quando este ainda se chamava Gasolina. Foi um goleador implacável.

Era de antes de Pelé mas também de durante Pelé. Tite, quero dizer. Ou de nome completo, se preferirem, Augusto Vieira de Oliveira. No Santos, onde jogou vindo Goytacaz Futebol Clube, uma organização desportiva da cidade de Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, e com passagem breve pelo Fluminense, ainda teve a alcunha de Rei do Futebol. Não durou muito, como imaginam. Augusto, o Tite, tinha como passatempo ir ver os jogos da garotada do Santos. Num deles, a final do campeonato paulista juvenil de 1956, o Santos defrontou o Jabaquara, e do lado santista atuou um menininho de 15 anos que levava a alcunha de Gasolina mas se chamava, na verdade, Edson Arantes do Nascimento. Nada de Pelé. Pelé foi a seguir. Nesse tempo era Gasolina e era um pau. O Jabaquara tomou a dianteira do marcador e tinha tudo para ser campeão quando, à beirinha do fim, o árbitro, Ramualdo Arppi Filho assinalou grande penalidade a favor do Santos. Gasolina podia ainda não ser Pelé mas era, de caras, melhor do que os outros todos juntos. Por isso, agarrou na bola e foi com ela debaixo do braço até à marca de penalti. Os adeptos do Jabaquara – conhecidos pelos Leões do Macuco – fizeram um estardalhaço daqueles, mas Ramualdo afirmou que o marcado marcado estava e não voltou com a palavra atrás. O guarda-redes não dava confiança por aí além: era magrinho, quase parecia tísico, com perninhas de codorniz. O nome batia-lhe certo, à medida: Fininho. Mas, finguelinhas ou não, lançou-se com valentia para a bola chutada por Gasolina e defendeu de forma tão segura que nem deu direito a recarga. Aquele que viria a ser Pelé mas ainda não era chorou baixinho, só para ele, caminhando devagar através do relvado, quando um mamífero imponente lhe colocou a mão no ombro e disse: «Calma garoto. Fique tranquilo. Você ainda vai ter mais de mil chances de golo para marcar». Era o Tite. E tinha razão.
Claro que adivinhar um futuro brilhante para o pequeno Gasolina não exigia dotes de vidente, de bruxo, de pai de santo ou de o diabo que o carregue. O garoto abafava. E o público saltava dos seus lugares como se tivesse molas no rabo de cada vez que ele assinava um lance inimitável.
Já Tite, o Tite, não teve a vida fácil. Nasceu lá nos Campos dos Goytacazes em Junho de 1930, marcava golos à velocidade que os coelhos esburacam luras, mas no Fluminense o assunto complicou-se. Como jogava sobretudo sobre as pontas, esbarrou com dois daqueles donos exclusivos dos lugares, Telê Santana, na direita, e Quincas, na esquerda. Começou a ver a carreira muito mal parada até que se lhe abriram as portas do tal Santos Futebol Clube que tinha um rapazinho chamado Gasolina e que viria a ser Edson Arantes do Nascimento, ou melhor, como dizia Nelson Rodrigues, por extenso Pelé. Apesar de ser, geralmente, um extremo, o Tite era daqueles Pé-Quentes inolvidáveis e irrepetíveis: marcava golos atrás de golos atrás de golos. Jogou na seleção brasileira o lado do fedelho a quem dava conselho e que, pelo caminho, já era Pelé. E com outros como Del Vecchio, Zito e Mazzola. No dia 17 de outubro de 1974 decidiu que já chegava de jogar com os pés e começou a jogar com as mãos. Tinha uma habilidade inata para fazer tinir o violão. Foi fazendo canções que alegravam os companheiros quando estes estavam fechados nos estágios. Aparecia de surpresa, pegava nas seis cordas, desembrulhava uma marchinha ou um sambinha, bebia o seu copo de cachaça e voltava a dizer a todos o mesmo que dissera a Gasolina antes de este ser Pelé: «Rapaziada, vão lá para o gramado que ainda têm mais de mil golos para marcar!». A sua Canção do Infinito fazia com que os companheiros pedissem bis até ele se cansar e regressar a casa. Ia feliz. Passara um ano no Corinthians mas o Santos foi sempre a sua casa. O médico deu-lhe a notícia definitiva: cancro no pulmão. Fugiu da morte enquanto pôde, num bar de chorinho, em Gohayó, SãoVicente, a primeira vila portuguesa inaugurada na América do Sul. Ainda ensinou Pelé, já Pelé, a tocar violão. Puxa! Como tocava mal o crioulo. Ainda bem que não trocou os pés pelas mãos."

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Mister...

7.ª lugar...!!!

Estrela 0 - 4 Benfica


Goleada, mas com a vitória do Gil, ficámos em 7.º lugar, e ainda vamos ter que passar por um play-off para entrar na fase principal da Taça Revelação!

Com alguns 'reforços' da equipa B, tudo foi diferente...

Quase...!!!

Sporting 3 - 2 Benfica
25-22, 25-23, 23-25, 23-25, 15-11


Tudo empatado, numa quase remontada... num jogo, onde voltámos a não ter um Oposto 'marcador' e mesmo assim, lutámos até ao fim!
Manter o factor casa, que pode ser decisivo...

Terceiro Anel: Bar do Cosme #9 - Schmidt: O divórcio com os adeptos e o seu futuro.

El Mítico #87 - Benfiquistas del mundo hispanohablante: Pedro Gutiérrez

Antidemocrático...

Caloteiros!!!


"No dia que se comemoram os 50 anos da Liberdade, os credores sentiram-se livres de usar todos os meios que são possíveis, para receberem o que o FC Porto lhes deve.
Clube de caloteiros!!"

25 de Abril - Dia da Liberdade

Despedir Roger Schmidt é a solução?


"“If you love football, you love Benfica”. Foi essa a célebre afirmação que Roger Schmidt enunciou na sua chegada a Lisboa, no verão de 2022, antes de ser apresentado como treinador dos encarnados.
Uma frase que empolgou adeptos e estrutura pelo impacto positivo que teve de forma imediata, formando, desde o primeiro dia, uma forte ligação entre o treinador e o ambiente à sua volta. Positividade essa que se veio a confirmar ao longo da primeira época do técnico alemão na Luz, onde, à boleia de um futebol entusiasmante e de um ambiente saudável, o Benfica atingiu um patamar superior, quer a nível interno, quer a nível internacional.
O título de campeão nacional 2022/2023 fez esquecer todos os problemas que foram surgindo ao longo da época e, de forma natural, abriu um caminho de expectativas para o futuro encarnado. Agora, quase um ano depois, o futuro risonho que o mundo encarnado perspectivava, tornou-se num clima de instabilidade e frustração, colocando em causa, dia após dia, a permanência de Roger Schmidt na Luz.
Posto isso, analisemos então qual é a melhor solução para o futuro do Benfica, se a permanência, ou, o despedimento de Roger Schmidt do comando técnico do clube.

O alcançar dos objetivos
No que diz respeito aos objetivos desportivos, e tendo em conta que a Supertaça é um troféu referente à temporada anterior, podemos perceber que o Benfica falhou a conquista de todos os troféus que disputou em 2024. O campeonato, onde os encarnados seguem a sete pontos do líder Sporting a quatro jornadas do fim, é já algo quase impossível de equacionar. A Liga dos Campeões, onde o Benfica havia chegado aos quartos de final em duas épocas consecutivas, foi um desastre marcado por exibições desonrosas que colmataram num terceiro lugar ainda assim afortunado, remetendo o clube para a Liga Europa.
Já na segunda prova europeia da UEFA, os encarnados beneficiaram de um caminho relativamente acessível, tendo pela sua frente, no trajeto até à final, Toulouse, Rangers, Marselha, e em caso de passagem deste último, a Atalanta. Um percurso que, apesar de bastante exequível, foi feito de uma forma pobre, arrasando assim as esperanças europeias em Marselha onde o inadiável deixou mesmo de ser adiado. Algo que o treinador do Benfica não sentiu necessidade de justificar, aclamando um compromisso total dos jogadores e da equipa técnica em todos os momentos.
Nas restantes competições internas, o Benfica foi eliminado nas duas ocasiões nas meias-finais. Primeiramente, falhou o acesso à final da Taça da Liga ao perder com o Estoril nas grandes penalidades e, alguns meses depois, caiu aos pés dos rivais verdes e brancos na mesma fase, mas da Taça de Portugal.
Ou seja, depois da crise de troféus aliviada por Roger Schmidt na temporada passada, o técnico remeteu novamente o clube para uma época sem qualquer conquista, um dado que não corresponde com a história, com os valores, ou com a vontade do clube.

A construção e a gestão do plantel
Revistos os objetivos não alcançados pelo técnico esta época, há que tentar perceber as razões pelas quais os mesmos não foram concretizados. Alguns dos factos mais gritantes nesse aspecto, são a má gestão e o mau planeamento do plantel por Roger Schmidt.
Se na época passada a equipa do Benfica funcionava como um conjunto perfeitamente equilibrado, complementar e funcional, esta temporada o mesmo não se pôde registar. A equipa campeã havia sido montada perante uma ideia, um estilo de jogo imposto pelo treinador. Estilo esse que surtiu efeito e resultou numa superioridade tamanha dos encarnados em grande parte da temporada, elevando não só o nível da equipa, como também destacando individualmente os atletas.
O gegenpressing foi uma lufada de ar fresco para os ares da Luz em 2022, contudo, quando se pensava que o vento sopraria na mesma direção nesta temporada, a equipa montada por Roger Schmidt nunca correspondeu a qualquer tipo de ideologia. E, como é óbvio, uma equipa que não se rege por qualquer tipo de ideal ou critério ficará sempre mais distante de alcançar o sucesso.
Se olharmos para todos os setores do terreno, podemos perceber que em nenhum deles existiu uma substituição direta de atletas que correspondessem às características exigidas por Schmidt durante a temporada anterior. Na defesa do Benfica, os laterais que outrora exerciam um papel fundamental no modelo utilizado, foram negligenciados esta temporada e usados como meras soluções para as posições, sem serem vistos como peças essenciais para a equipa. Desde Aursnes a Morato, passando por Jurasek e Carreras, pode perceber-se que o planeamento para as laterais encarnadas não foi feito da melhor maneira.
Já no meio-campo, a utilização errada de Kokçu numa posição desfavorável ao próprio e à equipa, durante maior parte da temporada, negligenciou o uso de Florentino que, tal como na temporada passada, exerce um papel fulcral para o bom funcionamento do conjunto.
No ataque, da mesma forma que nos outros setores, as lacunas sentidas prejudicaram em muito o rendimento do conjunto. Entre Arthur Cabral, Tengstedt, Marcos Leonardo, e Musa até, os golos marcados por todos em conjunto não chegam para alcançar a marca de Gonçalo Ramos na temporada passada. Um dado preocupante visto que o investimento financeiro do Benfica para a posição foi o mais forte dos últimos anos. Nenhum dos jogadores se insere propriamente na ideologia do treinador e o próprio não soube gerir isso da melhor forma, não adaptando verdadeiramente as características de cada um aos colegas e ao próprio jogo.
Para além disso, a época fica também marcada pela incompetência de Roger Schmidt na gestão dos jogadores ao longo dos jogos do Benfica. Numa primeira instância a equipa inicial era rigorosamente idêntica partida atrás de partida, sem que existisse espaço para mudanças ou descanso. Pouco depois, a regularidade foi substituída por alterações experimentais em jogos decisivos que, de forma natural, não correram de feição. Por fim, numa fase mais avançada da temporada, Roger Schmidt viu-se obrigado a variar as equipas, face à exigência do calendário, definindo uma primeira e uma segunda linha no plantel, numa altura em que o ansioso desespero reinava o clima na Luz.
Ainda assim, mesmo tendo isso em conta, a reação e adaptação às adversidades pontuais por parte de Roger Schmidt surgiu sempre de forma anémica em momentos que a equipa e o jogo requeriam ações cruciais. A eliminação em Marselha, por exemplo, reflete bem esse ponto.

A relação com a massa adepta
Quando os resultados dentro das quatro linhas não correspondem às expectativas dos adeptos do Benfica é essencial recuperar a confiança dos mesmos através de outras vertentes, nomeadamente a vertente comunicacional. Nesse aspecto, Roger Schmidt acaba por perder ainda mais o apoio dos sócios e simpatizantes.
As declarações que se deveriam apresentar como necessárias e fundamentais em momentos de aperto são, para Roger Schmidt, declarações que mancham mais a sua imagem e que pioram o ambiente à sua volta. Quando um treinador não sente a necessidade de se justificar após sucessivas eliminações, e responde de forma afrontosa a protestos de caráter insatisfatório com a situação do clube, dificulta em muito a boa relação com a estrutura que o deve apoiar.
Uma relação que começou tão forte, foi-se aos poucos desmoronando e enfrenta agora um dos seus períodos mais difíceis, de maior incógnita, incerteza e instabilidade.

A possível redenção futura
Apesar da temporada atual do Benfica não ter correspondido da maneira esperada, aquilo que pode manter o técnico alemão ao leme dos encarnados é a aposta na próxima temporada. Visto que o plantel pode vir a sofrer uma remodelação, e que até já conta com reforços (disponíveis desde janeiro), Roger Schmidt tem uma hipótese de voltar a colocar a equipa no seu melhor nível na próxima época.
A primeira temporada foi tão impactante e repentina que passou a ideia que não foi necessário um período de adaptação ao futebol português, ainda assim, com esta segunda temporada mais complicada, Roger Schmidt teve a oportunidade para perceber melhor as condições impostas pelo futebol nacional, a constante exigência de um clube como o Benfica e o que isso representa, e a relação que precisa de manter com a massa adepta.
A história ensina-nos que nem sempre a mudança de treinador é uma mais-valia para o clube, mesmo quando não se alcançam todos os objetivos. A continuidade e confiança num projeto a longo prazo é, normalmente, o caminho mais acertado a seguir. Para que isso seja possível, é necessária uma sintonia entre direção, treinador e massa adepta. Um entendimento que, geralmente, se encontra dentro das quatro linhas.
Se o Benfica pretende renascer o projeto começado na temporada passada, não há ninguém melhor para o fazer se não Roger Schmidt. Caso contrário, um divórcio milionário entre as duas partes poderá demonstrar a vontade interna de uma mudança de paradigma no clube da Luz."

Rui Costa só tem uma pergunta para responder


"Na análise da época, é bom perceber o que correu mal, mas o mais importante é perceber se pode correr bem

«Cá estarei no final do campeonato para assumir todas as responsabilidades da época»
Rui costa, presidente do Benfica, à BTV

Roger Schmidt parece estar a convidar a SAD do Benfica a mandá-lo embora (com os bolsos bem cheios, claro), pela forma como reagiu à contestação (e ao reprovável arremesso de objetos) de adeptos em Faro. Rui Costa, que diz que foram «ultrapassados certos limites» na contestação, apela à contenção, pelo menos até final do campeonato, altura em que fará a avaliação da época e assumirá responsabilidades.
É importante perceber o que correu mal, sobretudo quando o ano anterior tinha corrido tão bem (pelo menos até meio da época), e dar explicações aos adeptos. Mas a tarefa mais importante que Rui Costa terá é de responder a uma única pergunta: se Schmidt continuar no banco do Benfica, terá condições para fazer uma próxima temporada como 2022/2023, e não como 2023/2024?
Pode até Rui Costa achar que a responsabilidade maior do que correu mal este ano não foi do treinador. Importa, mas pouco. O que importa é perceber o que ele pode fazer a seguir. Porque se o presidente do Benfica achar que Schmidt não tem condições para levar o Benfica ao título no próximo ano, mesmo que isso não dependa da competência do técnico alemão, então não vale a pena prolongar a agonia. É engolir em seco e pagar...

P. S. – Umas horas depois de escrever o texto acima, volto a casa, na madrugada de 25 de abril, sem poder sair pela Travessa da Queimada e dar um salto ao Largo do Carmo. Em 27 anos, sempre que trabalhei a 24 de abril, fiz questão de, ao fim da noite, passar por um dos locais, talvez o local, da revolução, e tentar apanhar o fim de festa. E agora, pela primeira vez em dois meses em São Domingos de Benfica, sinto saudades d’A BOLA no Bairro Alto."

Pelotões de fuzilamento


"Quando Amorim acaba uma conferência ficamos com a sensação de que nada ficou por falar; no caso de Schmidt, ficamos com a sensação de que ficou tudo por contar

Depois de quatro meses e quatro dias, uma volta de campeonato, eliminações da Taça da Liga e da Taça de Portugal, afastamento das competições europeias e adeus praticamente consumado à renovação do título de campeão, Roger Schmidt voltou a sentir a ira de adeptos mais sensíveis ao mau desempenho da equipa.
É fácil concordar que os limites da liberdade de insatisfação são ultrapassados quando se insulta ou tenta agredir através do lançamento de objetos. Foi isso que aconteceu nos dois jogos do Benfica com o Farense e não é difícil perceber que as vítimas dessa ira possam ter sentido um apelo de reação de que, eventualmente, se tenham arrependido.
Schmidt pareceu caminhar, no São Luís, à frente de um pelotão de fuzilamento, indiferente ao resultado do jogo e só concentrado na missão de fazê-lo cair do Benfica. Mesmo desconhecendo o sentimento de todo os benfiquistas, pode arriscar-se dizer que não serão muitos os que se reveem naqueles comportamentos próprios de outras atividades, mas já é mais fácil identificar, avaliando por outras reações de descontentamento dentro do que podemos considerar aceitável e que devem ser respeitadas, que muitos querem ver o treinador pelas costas.
Sobre o trabalho do treinador, cada qual, entre os quais Rui Costa, fará a sua avaliação. E só o presidente do Benfica terá, depois, de tomar uma decisão. Evidente, nestes meses, foi a incapacidade de Schmidt comunicar. Quando uma conferência dele acaba, parece que ficou tudo por contar, como se cada oportunidade de falar com os benfiquistas, para esclarecer dúvidas, opções ou até estados de espírito, fosse menosprezada para atenuar a insatisfação e tivesse, nalguns casos, o efeito contrário de agravá-la.
É impossível ignorar, claro, que as circunstâncias são diferentes e que os resultados iniciais contribuíram para que cada palavra de Schmidt fosse música para os ouvidos dos benfiquistas.
Mas o treinador, neste contexto negativo, não pode encarar os encontros com os jornalistas como expediente burocrático. Só tem de aproveitar a comunicação para reconstruir pontes e fortalecer os laços emocionais com os adeptos.

E em Alvalade...
Rúben Amorim não só é um bom treinador como é muito hábil a usar a palavra. Quando acaba uma conferência de Imprensa, ficamos com a sensação de que nada ficou por contar, que foi sincero nas respostas, por aceitar o contraditório e não deixar uma pergunta sem resposta. Alimentou demasiado tempo o assunto da possível saída e, salvo tenha ido a Londres fazer compras aos armazéns da Harrods, foi falar com o West Ham, depois de dizer que não iria falar com qualquer clube.
Logo um pelotão de fuzilamento, nas redes sociais, disparou todas as munições das críticas negativas, ignorando a realidade — qualquer clube ou treinador prepara o futuro antes dos finais das épocas. Também Rúben Amorim precisará, agora, quando falar aos adeptos, de aproveitar a oportunidade para reconstruir pontes e fortalecer laços emocionais. Quem sabe se, para lá de ficar em Alvalade, não renovará o contrato."

Benfica e o estado a que se chegou


"O que Roger Schmidt está a viver já outros treinadores viveram na Luz

A Liga corre o risco de não ter treinadores campeões na próxima época. Sérgio Conceição porque Villas-Boas pode vir a vencer as eleições no FC Porto, Rúben Amorim porque ainda não é sábado e pelo menos até lá, reforço o pelo menos, todas as dúvidas se mantêm e Roger Schmidt porque está a passar no Benfica aquilo que os treinadores campeões nos últimos 33 anos passaram, como se pode ler em A BOLA.
É verdade que os casos de Toni e Trapattoni são diferentes do atual técnico dos encarnados; a saída de Jorge Jesus (a primeira, ou seja, após ser campeão) também, mas aquilo que vive Schmidt é muito semelhante ao que viveram Rui Vitória e Bruno Lage.
Quando se olha para trás, e começando em Jesus, há dois momentos marcantes. O treinador amadorense experimentou aquilo que, numa escala menos intensa, se a memória não me falha, os sucessores vitoriosos também viveram. Quando o Benfica chegou às decisões e perdeu-as todas, o universo encarnado criticou e protestou perante o homem que lhe viria a dar os campeonatos seguintes.
Esse é um momento marcante da gestão desportiva da altura: a decisão de manter Jesus.
É verdade que houve um anúncio antes da final da Liga Europa perdida para o Chelsea, do golo de Kelvin ou dos eventos da Taça de Portugal que, no fundo, levaram à discussão sobre a continuidade. Vieira foi firme, aguentou a pressão e cumpriu com o que tinha dito antes: Jesus, recorde-se, terminava contrato aí.
Na gestão de Luís Filipe Vieira, responsável pelos campeonatos de Jesus, Vitória e Lage há outra altura significativa. Quando hesitou com o ribatejano.
Vieira assumiu publicamente que voltou atrás na decisão, para depois, já com a contestação em alto tom, rescindir com Rui Vitória e empoderar Lage. Dois momentos, duas decisões.
Lage e Vitória já têm mais em comum: ambos sofreram forte contestação e, ao fim e ao cabo, foi isso que levou à saída - o setubalense, se se recordam, chegou a ter a casa vandalizada, assim como alguns jogadores.
Parece maquiavélico dizer que se foi deixando acontecer para que as coisas chegassem ao estado a que se chegou nessas alturas, mas a recorrência com que sucedeu situação semelhante aos últimos três treinadores campeões pelo Benfica tem de merecer reflexão interna... e estratégia.
Porque me parece que fica à vista que há um padrão e, aí, é preciso entender muito bem quem contribuiu para ele porque, visto com a distância do tempo, não me parece que seja impossível que a contestação dos adeptos fique dentro dos limites ou seja apenas responsabilidade destes.
Desde que alinhado com toda a direção e estrutura - alguns têm própria agenda - poderá ter de haver alguma arte de spin doctor para o fazer. Porque como muito bem sabem esses, as perceções são, por vezes, bem mais importantes que as realidades..."

Roger e Rúben: tiro no pé


"A melhor posição para liderar não é marchar à frente da multidão, muito menos atrás. É marchar no meio da multidão.

Não sou adepto das teorias da conspiração, mas se eu fosse Roger Schmidt e ainda treinasse o Benfica na próxima época, haveria de meter baixa nos jogos com o Farense. Na Luz e em Faro, insultos, monumentais assobiadelas e lançamento de objetos contra o próprio treinador. Inacreditável!
Roger Schmidt não está a perceber muito bem o que se está a passar. E Rui Costa? Suspeito que possa estar a perceber melhor do que pode admitir em público. É que esta contestação é muito desproporcional ao simples descontentamento com a escolha do onze, substituições feitas ou ausência de títulos esta época. É uma reação de ódio visceral, uma urticária insuportável. Os que passaram das marcas de forma condenável podem estar em minoria, mas não são meia dúzia de gatos pingados. E mesmo a maioria que é ordeira, que se fica pelo assobio, quer ver Schmidt pelas costas.
Antes de se criticar os adeptos, saber se têm ou não razão, há que perceber como se chegou aqui. Porque mais do que as opções, resultados ou ausência de títulos, o que os adeptos não toleram é o próprio Schmidt. Não suportam o discurso, a linguagem corporal, a falta de empatia com o sofrimento deles, a ausência de um simples esgar de dor e inconformismo; a ausência de autocrítica, e, cereja no topo, a acusação de que os contestatários não são benfiquistas e o convite para que fiquem em cada se não for para apoiar. Se Schmidt acredita que pode vencer uma multidão... boa sorte.
Roger Schmidt não tem de mudar e ser o que não é só para agradar aos outros. Sendo assim, também não pode esperar ser amado. E não há drama nisso. Os casamentos também acabam. O ideal é que acabem enquanto não se quebrar o respeito entre os membros do casal.

E agora, Rui Costa?
Rui Costa demorou 24 horas a reagir. Desta vez, apenas censurou o comportamento dos adeptos, não fez uma defesa acérrima de Schmidt como tinha feito após o Benfica-Farense. E tem uma decisão tremenda para tomar: mantém ou demite o treinador? O primeiro critério tem de ser o da sua própria convicção sobre a competência de Schmidt e se continua a fazer sentido para o projeto que defende. Mas este critério não é absoluto. Nenhuma empresa contrata ou mantém alguém em funções de liderança apenas com base na competência técnica. Questões como empatia, identificação com a marca, capacidade de mobilizar colaboradores e de seduzir os clientes são igualmente ponderados e decisivos. O mais competente do mundo sem o resto vai bater contra uma parede; ter tudo o resto sem competência é navegar sem rumo.
Seria um erro Rui Costa decidir apenas em função dos adeptos. Mas também seria um erro decidir sem pensar nos adeptos. Ajudaria que Schmidt desenvolvesse técnicas de empatia. Os adeptos podem não ter sempre razão, embora tenham mais vezes do que se pensa, mas têm emoção. Quem melhor controlar essa emoção sem abdicar de princípios básicos mais sucesso terá. Por isso, um líder não deve marchar à frente da multidão, que ficaria de costas e pode desistir de o seguir ou pior, passar-lhe por cima; muito menos menos deve marchar atrás, onde o populismo se paga caro; tem de estar sempre a marchar no meio. Onde de facto se sente o pulsar e se mobilizam as pessoas.

Rúben não merecia ser acusado de contradição
Semanas que antecedem os jogos no Dragão começam a ficar marcadas por casos em Alvalade. Ou foi a venda de Matheus Nunes a dias do jogo; ou a venda de Pedro Porro ao Tottenham, tendo aqui o Sporting conseguido que o lateral espanhol jogasse; ou agora a ida de Rúben Amorim a Londres para falar do futuro com o West Ham... E neste último caso, um raro tiro no pé por parte do treinador do Sporting. Por quatro razões:
1 — Rúben garantiu: «Estou apenas focado no título. Enquanto não atingirmos esse objetivo, não há conversa com ninguém». Logo, a viagem acaba por ser uma contradição entre palavras e atos;
2 — Ruído desnecessário na semana do clássico no Dragão. Vai falar-se muito mais do futuro de Rúben Amorim do que do jogo;
3 — Nada do que Rúben conversou em Londres não poderia ter sido conversado em Lisboa ou online;
4— Fica a ideia — que pode ser injusta mas é legítima até ouvirmos a versão de Rúben Amorim, versão que o próprio decidiu apenas dar no sábado — que a viagem serviria mais para pressionar o Liverpool do que assinar pelo West Ham. Seria uma pena, e provavelmente injusto, pensar-se que Rúben Amorim pensou mais em si que no Sporting.
A boa notícia para os adeptos leoninos é que quer o West Ham quer o Liverpool se estão a virar para outras hipóteses..."

Agora a guerra é outra


"Pinto da Costa foi mestre a escolher o alvo, que já não está no Sul. Está mesmo ali ao lado...

Fim de semana de emoções fortes para os adeptos do FC Porto e especialmente para Pinto da Costa. Para todos os da minha geração, o único presidente dos dragões! São 42 anos (!) na liderança e um infindável número de títulos. Nacionais, europeus e mundiais, tanto no futebol como nas modalidades. Que terão, naturalmente, peso na decisão dos sócios - no FC Porto, cada associado tem direito a um voto - nas eleições de depois de amanhã, mas que poderão não ser determinantes.
Pinto da Costa tem agora um adversário que ameaça destroná-lo. André Villas-Boas preparou-se para ocupar a verdadeira cadeira de sonho e já todos percebemos que estas serão as eleições mais concorridas de sempre e também as mais equilibradas. Já o eterno presidente foi perdendo fulgor. Mais devido a quem escolheu para ter ao lado nos últimos anos do que pela idade.
O desequilíbrio financeiro do clube acentuou-se a cada relatório e contas e Sérgio Conceição não conseguiu maquilhar todos os problemas. O treinador fez autênticos milagres, mas a qualidade do plantel foi decrescendo de época para época. Tanto assim é que daqui a quatro jornadas o melhor que os azuis e brancos podem atingir é o terceiro lugar. O que não sucede há já oito anos e que é um indicador de que muito tem de mudar no reino do dragão.
Quis o destino que no dia a seguir às eleições o FC Porto receba um renovado e pujante Sporting, como talvez nunca se viu nos últimos 40 anos e que até pode fazer a festa de campeão em pleno Dragão - só pode acontecer em caso de vitória e se o Benfica for derrotado pelo SC Braga na véspera. Logo o Sporting de Frederico Varandas, o mais recente inimigo de Pinto da Costa, que foi gerindo com mestria durante décadas o posicionamento entre Benfica e Sporting na guerra que sempre soube fomentar entre Norte e Sul. A estratégia foi perfeita na escolha dos aliados. De ocasião, claro.
O alvo, porém, agora é outro. E não está no Sul. Está mesmo ali ao lado... Vamos ver se está preparado para ele."

Chaves-Estoril: batalha campal vergonhosa


"O que se passou no Chaves-Estoril é vergonhoso para o futebol. O jogo deveria ter sido dado como terminado, perante tudo que se passou, não havia condições para o jogo continuar.
A invasão de adeptos no campo e posterior agressões perpetradas por jogadores, caso raro, o normal é os jogadores agredirem-se entre si, é incompreensível e inaceitável que o jogo tenha prosseguido, como nada se tivesse passado.
Perante a insegurança e o exaltar de ânimos, sem condições mentais e anímicas dos jogadores e equipas técnicas, o jogo deveria ter acabado ali. A equipa da arbitragem não teve o mesmo entendimento.
Um jogo de futebol não é uma batalha campal e deve preservar-se a integridade de todos os intervenientes: árbitros, atletas, equipa técnica, apanha-bolas e adeptos que assistem ao jogo.
Um exemplo lamentável que dá uma péssima imagem do futebol.
Pelo que me apercebi ao visionar o vídeo os adeptos do Chaves não foram violentos com os jogadores do Estoril, todavia invadiram o recinto de jogo e abeiraram-se dos jogadores do Estoril.
Os jogadores do Estoril numa reacção espontânea começaram a agredir os adeptos, talvez com medo ou não estarem a perceber o que se estava a passar.
O que os adeptos do Chaves fizeram não se faz – os adeptos não podem invadir um recinto de jogo. Quando adeptos entram num recinto do jogo não é bom agoiro. Às vezes temos visto isso para tirar uma foto com Ronaldo ou outro jogador, outras vezes, para passarem alguma mensagem para as televisões de índole político ou afim. Mas são excepções.
Uma invasão de campo leva sempre a pensar ajuste de contas, o receio que algo possa acontecer e passe a vias de facto com violência.
A verdade é que a violência partiu dos jogadores do Estoril, mas fiquei com a ideia que foi em legitima defesa ao verem os adeptos do Chaves correrem para eles.
Qualquer ser humano, neste caso, jogador de futebol estando a jogar e vê um adepto correr para si, tem todo o direito de pensar o pior e defender-se.
No futebol a legitima defesa é sempre penalizada. Se o jogador fugisse ou não fizesse nada não era penalizado. Todavia como respondeu fisicamente vai ser penalizado.
Evidentemente, que Pedro Álvaro do Estoril com aquela joelhada agressiva pôs-se a jeito.
A lei por vezes é cega e não deve ser cumprida à risca.
Muitas vezes um jogador passa o jogo a provocar o seu adversário e, na volta, leva a resposta que pode passar as marcas. Assim, vê-se muitas vezes, o provocado por não ter mantido o sangue-frio é expulso e o jogador provocador com inúmeras picardias nada lhe acontece. Está mal! No fundo beneficia-se o infractor. O futebol é um jogo em que há disputa, confronto, com vitórias, empates e derrotas.
O futebol não pode ser um antro de loucos e atrasados mentais. O futebol não pode ser sinónimo de ódio e violência.
No futebol não pode haver invasões de campo, atirar garrafas a treinadores, agressões e indisciplina.
Futebol é paixão, emoção, alegria, tristeza e desalento. Quem não vê isto por este prisma não deve ir ao futebol."

5 minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Visão: Vilarinho explica a saída do Mourinho do Benfica

Lutar pelo penta


"Benfica e Sporting disputam hoje, às 16h00, no Pavilhão João Rocha, o jogo 2 da final do Campeonato Nacional de voleibol. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Em busca da 2.ª vitória
Depois do triunfo no passado domingo, 21 de abril, o Benfica procura alargar a vantagem na final do Campeonato Nacional de voleibol e ficar a um triunfo de conquistar o pentacampeonato.
Marcel Matz define a abordagem benfiquista à partida: "Estamos a preparar-nos bem, e esperamos um jogo difícil. Vamos entrar com tudo para colocar pressão no Sporting."

2. Calendário definido
Já há datas e horários para os jogos das 32.ª e 33.ª jornadas do Campeonato Nacional de futebol, nas quais o Benfica visita o Famalicão e recebe o Arouca, respetivamente.

3. Na final
A equipa feminina de voleibol do Benfica apurou-se diretamente para a final da Taça Federação, a qual conquistou na temporada transata, por desistência do Castêlo da Maia. Os jogos agendados para 25 e 27 de abril ficam sem efeito.

4. Jogos do dia
Além do desafio de voleibol, os Sub-23 do Benfica visitam o Estrela da Amadora, às 14h30, e a equipa feminina de andebol tem a deslocação ao reduto do Academia São Pedro do Sul (17h00).

5. Agenda para 6.ª feira
Os Sub-19 recebem o Braga, às 11h00, no Benfica Campus. E, às 19h00, há novo embate com os bracarenses, mas de futsal na Luz.

6. Apontar aos Jogos Olímpicos
São 9 os judocas do Benfica em competição (Campeonatos da Europa, Panamericano e de África) e a lutar pela qualificação para os Jogos Olímpicos.

7. Parceria no andebol
O SL Benfica e o HK Aranäs, da Suécia, celebraram um protocolo de cooperação para o desenvolvimento de metodologias de treino e dos seus profissionais.

8. Bom desempenho
Os ginastas benfiquistas estiveram em bom plano nos campeonatos territoriais de trampolim individual e sincronizado.

9. Iniciativa da Fundação Benfica
No âmbito do projeto "Benfica Faz Bem", José Muller, dos Sub-23, e Marta Martins e Carolina Cruz, da equipa feminina de basquetebol, estiveram na Escola Básica D. Dinis, em Odivelas, para partilhar a sua experiência de jovens atletas."

Lanças...

Segunda Bola...

BenfiquistadeGaia: Farense...

Zero: Saudade - S02E34 - Especial 25 de Abril

Lanças, excerto...

Central, excerto...

FanZone, excerto...

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Rui Costa...

O Benfica Somos Nós - S03E53 - Farense...

Visão - S05E33 - E agora?

Mata Mata: Semana quente para Schmidt, Os Adeptos, SCP a jogar muito, A luta pelo 3º, LP1 e LP2...

Terceiro Anel: Bola ao Centro #47 - Queda na Europa e o Adeus a Tudo, Fracasso Rotundo!!

RND - 45 minutos...

Incidentes no São Luís


"Da legítma indignação dos adeptos aos inqualificáveis insultos e arremesso de garrafas de água.

1. Os adeptos são a alma do clube e são quem mais sofre com os insucessos. Pagam do seu bolso quotas, RedPass, bilhetes, camisolas, viagens, etc., e sujeitam-se aos maiores sacrifícios para acompanhar o clube, nada mais desejando do que vibrar com as vitórias e festejar os títulos.É justo, portanto, que tenham direito à indignação quando as coisas correm mal.
2. Já não se compreende é que o direito à indignação se exprima, mesmo que apenas por uma minoria, com insultos e, pior, com o arremesso de objetos contra o treinador. Há muitas formas de criticar e protestar, porque não os lenços brancos, não têm os lenços brancos um significado claro e óbvio, não são mais do que suficientes enquanto expressão de um desagrado e de uma vontade?
3. Não é aceitável que, perante o sucedido, tenha que ser Tiago Gouveia a dar o corpo às balas junto dos adeptos, procurando acalmá-los para pacificar uma situação que estava a ficar descontrolada. (Esta atitude é tanto mais de valorizar quanto se sabe que o Tiago Gouveia nem é dos jogadores que mais devem a Schmidt.)
4. O estado a que tudo isto chegou é também, ou é sobretudo, resultado da inação e do silêncio da nossa comunicação. Nunca vi, mal ou bem, a defesa do treinador a ser feita pelo clube, do presidente ao diretor de comunicação. Ora isso é uma obrigação relativamente a Schmidt ou a qualquer outro treinador enquanto estiver à frente da equipa. Já cometemos este erro demasiadas vezes no passado recente para não termos aprendido com ele."

Grito...


"Num clima de franca desilusão, a responsabilidade divide-se entre estratégias mal delineadas e expectativas desmedidas. O futebol, sendo uma paixão nacional, reflete não só a nossa alegria, mas também as nossas frustrações. No entanto, é crucial lembrar que o respeito - pelo jogo, pelos seus intervenientes e pela integridade de todos os envolvidos - é a base de qualquer desporto.
A época desportiva para o nosso SL Benfica não correspondeu às ambições grandiosas do clube. Roger Schmidt, diremos claramente, não alcançou o que dele se esperava, e isso é uma verdade inegável. No entanto, a linha entre a crítica construtiva e a ofensa pessoal nunca deve ser ultrapassada. Os incidentes ocorridos em Faro, incluindo os insultos dirigidos a figuras do clube e o arremesso de uma garrafa contra o treinador, são lamentáveis e não podem ser tolerados, nem devem manchar a história de um clube com o prestígio do SL Benfica.
E como se esses tristes eventos não bastassem, acaba de surgir um rumor - entretanto divulgado pelos canais televisivos habituais, sempre ávidos por qualquer controvérsia envolvendo o maior clube de Portugal - a indicar que está a ser organizado um protesto contra a direção de Rui Costa, marcado para o décimo minuto do próximo jogo, frente ao SC Braga, na Luz.
Por isso, faz-se um veemente apelo aos adeptos do SL Benfica, àqueles cujo amor pelo clube transcende os momentos de adversidade, para resistirem a tais manifestações. Não é com protestos e divisões que se alcançam vitórias.
O fim de uma época difícil não deve ser o início de mais discórdia, mas sim o impulso para uma união renovada e mais forte. É tempo de “limpar as armas", sim, mas não no campo da contenda; é hora de polir as nossas esperanças e estratégias para que, juntos, possamos reconquistar o lugar que nos é devido por mérito e tradição.
Que este apelo não seja apenas um eco nas redes sociais ou nas páginas dos jornais, mas sim que se transforme em ação concreta de apoio que ressoe nas bancadas e além. Com uma nova época à vista, cada adepto tem a oportunidade de fazer parte da construção de um ciclo de triunfos.
Que o grito no décimo minuto não seja de divisão, mas sim um brado coletivo de apoio e fé no símbolo que orgulhosamente trazemos ao peito. Que seja um clamor que inspire jogadores e dirigentes a honrarem o legado e a história gloriosa do Sport Lisboa e Benfica."

Germânicos...!!!

Democracia...

Ensurdecedor

Mauro Xavier, in Record

O silêncio dos presidentes


"Um falou, outro não; mas na prática ambos mantiveram silêncio sobre o que interessa

Quase 24 horas depois dos tristes acontecimentos de Faro (será sempre triste ver gente tão zangada e tão capaz de espezinhar outras pessoas), o presidente do Benfica falou. Condenou os excessos, prometeu dar a cara por aquilo que o Benfica conseguir ou não fazer até final da temporada, mas não verteu uma palavra sobre Roger Schmidt. E Roger Schmidt, convenhamos, é o assunto do momento entre a larguíssima comunidade encarnada.
É sobre o treinador alemão que os benfiquistas falam nos cafés, nos autocarros, nos comboios, nos escritórios. Até porque ele próprio perdeu a paciência e transformou o «isto é o Benfica» de há poucos dias em «espero que os adeptos que não apoiam a equipa fiquem em casa», isto numa interpretação livre do que foi dito, não vale a pena dar muita importância às aspas, neste caso.
Ou seja: Rui Costa falou, mas não disse o mais importante. Desta vez não defendeu o treinador como quando, há meses, referiu que ele ganhou tanto em pouco mais de um ano quanto o clube tinha ganho nos últimos quatro. Deixou a dúvida no ar, provavelmente porque ele próprio tem dúvidas sobre a continuidade de Schmidt.
No Sporting, por seu turno, parece confirmar-se a ideia de que mesmo quando tudo corre bem existe uma espécie de capacidade inata para introduzir elementos que podem fazer tudo correr mal.
Os leões venceram o jogo em atraso de Famalicão e mantiveram os famigerados sete pontos de avanço no campeonato. Voltaram a vencer (e desta feita a convencer largamente) frente ao Vitória de Guimarães. Começou a cheirar a título verde e branco por todo o lado, seja em Alvalade ou em casa dos rivais.
Rúben Amorim concedeu duas merecidas folgas ao plantel e no início da primeira voou até Inglaterra para tratar do seu próprio futuro.
Mal seria considerarmos, 50 anos depois do 25 de Abril, que esse direito não lhe assiste. Não pode, sequer, ser tema de discussão. Mas podemos considerar que havia formas mais discretas de o fazer (uma reunião por Teams?), sobretudo depois de o próprio ter dito que até final da época não haveria acordos nem entrevistas com quem quer que fosse.
O treinador do Sporting é das pessoas mais inteligentes que o futebol português conheceu nos últimos largos anos. Custa a crer que tenha acreditado poder ir a Londres e voltar incógnito numa altura como esta. Se calhar acreditou, apenas lhe saiu mal a decisão (o que também é um direito que lhe assiste, como a todo o ser humano).
Entornado o caldo, caberia ao Sporting, no caso a Frederico Varandas, pôr água na fervura e dizer que tinha conhecimento da viagem de Amorim. Ou não. Sócios e adeptos merecem saber mais sobre este tema. Assim, a conferência de Rúben Amorim do próximo sábado passou a ser das mais aguardadas da época.
Um falando e o outro sem falar, os presidentes da Segunda Circular fizeram silêncio sobre o que mais interessa aos seus principais ativos."

O foco


"A viagem de Rúben Amorim: não se trata de o treinador do Sporting poder ou não poder tratar da sua vida. Pode. Trata-se de ‘timing’, trata-se da forma

Não se trata de Rúben Amorim poder ou não poder tratar da sua vida. Pode - merece o estatuto que conquistou no Sporting, merece confirmar mais um título nacional que tem tudo para conquistar, merece dar o salto para uma liga de outra dimensão. Trata-se de timing, trata-se da forma. Porque o ainda treinador do Sporting não pode agora dizer que está com foco total na conquista do segundo campeonato nos quatro anos que leva de Alvalade: o foco principal é esse título, naturalmente, mas pelos vistos não é o foco total, porque há uma parcela dele que está, ou pelo menos estava, já virada para uma possibilidade de futuro fora do Estádio José Alvalade…
Amorim é perito na comunicação. E o que aconteceu nesta segunda-feira pode até ter sido comunicação, aproveitar para alguma mensagem passar: esta viagem a Londres fotografada e difundida terá sido obra do acaso? Porque se era para ser secreta seria mais prudente fazer a reunião em Lisboa, depois do clássico ou uma vez garantido o título, sem o ruído causado e os danos que pode causar - imagine-se um mau resultado no Dragão e não faltará quem aponte o dedo acusador ao treinador.
Ou terá sido apenas um erro de cálculo do empresário? Teorias e especulações mil nestas últimas horas em que a atenção do universo sportinguista se distraiu do que devia ser essencial: o clássico do Dragão, no domingo com o FC Porto, a corrida ao título que está tão perto para os leões.
O treinador, contas feitas, foi jantar a Inglaterra, com o West Ham. Chegou sorridente a Lisboa na madrugada de terça-feira e disse um «até sábado» aos jornalistas que o esperavam no Aeroporto Humberto Delgado. Certamente que na conferência de imprensa de antevisão do jogo no Dragão justificará o motivo da viagem a Londres, sem rodeios. Mas terá agora de explicar porque desdisse o que garantira há umas semanas quando prometeu nada de entrevistas de emprego quando muito se falava numa com o Liverpool.
Rúben é mestre na comunicação e vai sair-se bem na explicação. Mas nunca poderá agora dizer que o foco no título é total. Pelo menos no início da semana havia outro foco… Não fosse o que já deu ao Sporting e o capital de confiança que conquistou junto dos adeptos sportinguistas - não me lembro de se cantar o nome de um treinador desta forma em Alvalade, com a exceção de Sá Pinto mas situação explicada por afinidades antigas a uma das claques... - e não seria fácil sair deste imbróglio em que se meteu (ou o meteram). Por isso a expectativa na conferência de imprensa de sábado, nesta altura quase que mais esperada do que o próprio jogo.
Uma semana à... Real Madrid. Em quatro dias a equipa treinada por Carlo Ancelotti despachou o campeão europeu Manchester City na Liga dos Campeões e o Barcelona em La Liga. Jogos sofridos mas no final... ganha o Real. Así, así, así gana el Madrid!"

5 minutos: Diário...

Zero: Tema do Dia - Treinadores dos três grandes em risco? As explicações

Terceiro Anel: Diário...

Visão: Vilarinho - A importância do apoio de Eusébio contra Vale e Azevedo

Pre-Bet Show - S02E39 - Comentário audaz de Nico González, SCP prestes a bater recorde e antevisão ao Clássico

Ramires: Farense...

‘Bella Italia’


"Conversas de redação que nos levam a viajar aos tempos de uma Serie A que, nos anos 80 e 90, tinha os melhores dos melhores e que, por estes dias, volta a dominar o ranking da UEFA

A revolução tecnológica do século XXI trouxe transformações radicais às redações de todo o Mundo, a uma velocidade tal que muitas não encontraram forma de acompanhar. As mudanças são imensas, surgem a toda a hora e os ventos de modernidade trazem com eles sopros de inovação e futuro que abraçam novos e velhos como iguais, num complemento perfeito entre irreverência e conhecimento dos processos mais atuais com a sempre necessária experiência daqueles que guardam memórias de outros tempos.
Muito mudou nas redações desde o ano 2000, das máquinas de escrever aos computadores, das redes analógicas ao wireless, do exclusivo do papel ao online, ao vídeo, às redes sociais, à interação cada vez maior entre produção e público e, mais recentemente, até, à introdução da inteligência artificial. Mas há algo que não muda: o fator humano, o único que possibilita essa instituição chamada «conversas de redação», a partilha de ideias novas e das histórias antigas.
Numa dessas conversas de circunstância, logo após a conquista da Serie A italiana pelo Inter, com vitória no derby della madonnina frente ao eterno rival Milan, lembraram-se os mais velhos de surpreender os mais novos com histórias dos anos 80 e 90 em Itália, a era de jogadores como Maradona, Platini, Zico, Sócrates, Batistuta, Matthaus, Klinsmann, Rummenigge, Voller, Gullit, Van Basten, Rijkaard, Laudrup, Hagi, Baggio, Baresi, Maldini, Vialli, Mancini, Donadoni, Albertini, Ancelotti, Savicevic, Stojkovic, Boban, Boniek, Asprilla, Scifo ou Ian Rush, sem esquecer Paulo Futre e Rui Costa.
Um luxo, cujo fim ganhou forma em 2005, com o escândalo que deitaria a Juventus na Serie B, e que, só agora, após quase 20 anos, volta a ver a luz, com o calcio a dominar de novo na Europa — Itália lidera o ranking UEFA 2023/24 (tem três equipas nas meias-finais das três competições continentais), seguida de Alemanha (três) e só, depois, vêm Inglaterra (uma), Espanha (uma) e França (duas)."

Zero: Negócio Mistério - S02E15 - Elvir Baljic no Real Madrid

Zero!


"Um dos maiores vexames da arbitragem nacional. Zero reações do lado do Benfica. Um vídeo que, numa competição séria e profissional, daria banimento imediato do senhor que faz estes comentários inenarráveis perante as imagens que vê. Mas melhor ainda, na mesma semana em que sai este vídeo/audio, este fanático portista de Gondomar ainda é premiado com a nomeação para o jogo do seu clube de coração. Sim, este fanático andrade de Gondomar de nome Manuel Oliveira foi nomeado para o jogo de hoje do Calor da Noite com o Casa Pia!!! E do Benfica o que se ouve? Grilos. Rui Costa calado que nem um rato como sempre, com medo que lhe exponham os seus podres pessoais na praça pública e vá fazer companhia ao seu mentor.
Estas palavras ficarão na história: "Ele bai...mas é ele que le dá. É ele que até bira a chuteira". A estas palavras, seguiu-se a comunicação a todos os adeptos com um lendário: "Num hoube infraçon, juogo recomeça cum lançamiento lateral".
Como se vê, podemos ficar tranquilos quanto ao futuro do nosso Benfica, defendido incondicionalmente por quem o lidera!"

1 para 1 #9 - Miguel Oliveira