Que o contrato seja cumprido, será um excelente sinal...
Últimas indefectivações
terça-feira, 19 de fevereiro de 2019
Ganhar o futuro
"A renovação hoje anunciada do contrato de Bruno Lage até 2023 era a notícia que todos os benfiquistas desejavam e uma prenda de aniversário antecipada para o nosso clube, que cumpre 115 anos no final deste mês.
O reforço da ligação do treinador (e da sua equipa técnica) ao Benfica representa a consolidação de um projecto assente no presente e com enorme projecção no futuro. Trata-se do reconhecimento do mérito e da aposta num rumo há muito definido: chegar longe pensando apenas de uma forma – treino a treino, jogo a jogo.
A partir daqui, a melhor recompensa para o recente ciclo de resultados e exibições do Benfica seria ver uma imensa onda vermelha no Estádio da Luz, na próxima 5.ª feira, a ajudar a equipa a atingir o objectivo que se segue: a chegada aos oitavos de final da Liga Europa.
É sempre preciso dar muitos passos para se completarem as grandes caminhadas. O Benfica continua em três competições e é dessa forma, com humildade, prudência e respeito pelos adversários, que irá abordar todos os jogos até ao final da época.
A deslocação à Vila das Aves confirmou o bom momento que a equipa atravessa e deixou ainda outra certeza: neste plantel, todos contam! Os mais novos, os menos novos, os mais experientes, os menos experientes, portugueses e não portugueses, formados no Seixal ou em qualquer outro ponto do Mundo.
São 7 vitórias consecutivas na Liga, 22 golos marcados nos últimos 4 jogos (média de 5,5 por jogo) e um futebol que reconquistou os adeptos. O Aves ficou para trás e segue-se, no campeonato, o Chaves – que visita o nosso estádio da próxima 2.ª feira.
Para já, apenas interessa preparar o jogo com o Galatasaray – que se disputa depois de amanhã – e reafirmar o apelo para que possamos ter a Luz a ‘ferver’ no apoio a uma equipa que tem sabido honrar os mais sagrados valores da nossa célebre mística.
É aí que está, como todos sabemos, o nosso único e verdadeiro suplemento!
PS: O Benfica reafirma que, no sentido de podermos contar com a maior transparência possível, seria recomendável que, daqui até ao final do campeonato, a ADOP pudesse realizar controlo antidoping antes e depois de todos os jogos em que participassem o Benfica e o FC Porto. Fica feito o apelo e o desafio."
Tu eras a estrela por entre os astros fingidos!
"60 anos? Não acredito! Ninguém acredita! Como é que isso foi acontecer? Logo ao Chalana, que teve sempre um talento tão grande para ser criança!
Quando era pequeno, o meu pai ensinava-me poemas que eu aprendia de cor. Ele dizia que fazia bem à memória. Uma espécie de ginástica. Só muitos anos depois fiquei a saber que fazia bem à vida.
O Chalana é, como costuma dizer o povo, um rapaz para a minha idade. Um dia, entrei no Estádio da Luz numa tarde de domingo e vi-o. E, de repente, surgiu-me nítido de sol o poema de Miguel Torga.
Joga a bola, menino!
Dá pontapés certeiros
Na empanturrada imagem deste mundo
Traça no firmamento órbitas arbitrárias
Nas quais os astros fingidos
Percam a majestade.
Brinca na eterna idade
Que eu já tive e perdi
Quando por imprudência
Saltei o risco branco da inocência
E cresci
Chalana não tinha a imprudência. Por isso não saltou o risco brando. Ficou na inocência até hoje.
Depois comecei a escrever sobre Chalana.
Há tanto para escrever sobre Chalana.
Talvez me repita. Mas, aqui para nós, também o Chalana repetia de vez em quando uma finta. Era como se nos piscas-se o olho. A todos os que ficavam ali, entre o pasmo e a excitação, à espera do que poderia criar a seguir.
Em Manobras de Guerrilha, Bruno Vieira do Amaral escreveu igualmente sobre Chalana. Leiam-no. Há muito tempo que não lia o Chalana a correr. E como corria o Chalana! Vi tantas vezes jogar o Chalana, e assim, de repente, já não me lembrava de como era ler o Chalana a jogar. Há uma frase no meio da luz deste livro que fala da lúcida cicatriz. 'Lúcida Cicatriz!'
Chalana: 'Lúcida Cicatriz'. Podia ser. Podia tão bem ser.
Chalana fez 60 anos?! Não acredito. Ninguém acredita.
Lúcio Cardozo, jornalista brasileiro. No dia em que fez 50 anos, irritou-se: 'Não sei como isto me foi acontecer! Logo a mim, que tenho um talento tão grande para ser criança...'
60 anos? Como é que isso foi acontecer! Logo ao Chalana, que teve sempre um talento tão grande para ser criança!
Havia nele o duende...
Guardo a lembrança do Chalana na parede branca da memória.
Nós, nas bancadas da velha Luz, juntávamo-nos aos milhares, e ele corria livre sem que ninguém lhe pudesse tocar, como um fantasma, ou, melhor, como uma sombra que se desprendesse do corpo, assim à maneira de Peter Pan, o rapazinho que não queria crescer. Ele, rapazinho com barba de homem dos Evangelhos.
Chalana era um poema no lugar em que os outros não passavam de prosa.
'Joga a bola, menino...'
Garcia Lorca nunca viu jogar o Chalana, mas sabia tudo sobre o duente: 'A verdadeira luta é com o duende', dizia.
A verdade, meus amigos, é esta: Chalana podia ser o próprio duende!
Nunca vi outro jogador a dar, como ele, pontapés certeiros num mundo empanturrado de vaidades - ele, que é o jogador menos vaidoso que alguma vez conheci. Fintava a vaidade e fintava a verdade. Digo que fintava a verdade porque era, também, o rei da fantasia. Isto é, fazia fintas impossíveis, assim como quem vai e depois já não vai, a bola colada aos pés como se fosse presa por um elástico, de repente dava a sensação de que fugia ao seu controlo e, logo em seguida, regressava obediente e submissa, como o cachorrinho vadio de Nelson Rodrigues.
Lá no alto, sobre a relva, uma voz dizia, rouca do cansaço do espanto: 'És um deus escondido!'
Deus-Duende.
Leiam o Lorca e percebam como ele viu jogar o Chalana nos labirintos da literatura:
'Com ideia, com som ou com gesto, o Duende gosta das bordas do poço em franca luta com o criador. Anjo e musa escapam com violino ou compasso, e o Duende fere, e na cura dessa ferida, que não se fecha nunca, está o insólito, o investimento da obra de um homem'.
Eu não tenho dúvidas: Chalana e o Duende eram íntimos. Tão íntimos como Chalana e a bola. De uma intimidade excitante, quase sexual. Quem viu jogar Fernando Chalana, guarde-o na parede branca da saudade.
Toda a gente obedecia às suas órbitas arbitrárias: companheiros, adversários, público...
Os olhos fixavam-se na sua dança enlouquecida por espíritos, pelos seus bailados de Duende de Lorca, esse poder misterioso que todos sentem e nenhum filósofo explica. Nenhum filósofo seria capaz de explicar Fernando Chalana.
Só os poetas! 'Cada degrau que sobe na torre da sua perfeição e às custas da luta que trava com um Duende, não com um anjo, como se diz, nem com a sua musa'.
Quando Chalana joga, mesmo que apenas nas lembranças, deixem falar os poetas! Joga a bola, menino! E ele jogava... Perseguido por opositores fantasmagóricos, incorpóreos - atravessava-os a todos, por dentro e por fora, a bola sempre companheira, enlevada, encantada com a ternura dos seus pés esquerdos e dos seus pés direitos. E ia, ia sempre!
As pessoas levantavam-se dos seus lugares fascinadas pelo ilusionismo da sua passada leve, um tudo-nada acima da Terra, que é o que sucede aos imortais.
Vejo-o ainda. Ele não se repete.
Amigo Fernando: continuarás pela vida fora a ser a estrela por entre os astros fingidos!"
Afonso de Melo, in O Benfica
Vítor Silva sonhou e fez sonhar
"Numa carreira terminada de forma precoce, muitos foram os momentos que ficaram na memória dos adeptos
Quanto tempo pode durar um sonho? Vítor Silva 'quando menino e moço desejava, única e simplesmente, ser jogador de futebol'. Não imaginava fama nem jogar nos melhores palcos ao serviço de grandes equipas, bastava-lhe jogar futebol, onde quer que fosse seria feliz.
Com 14 anos jogou a sua primeira parida oficial, ao serviço da 2.ª categoria do Internacional contra o Vitória de Setúbal... a guarda-redes. No final do encontro, pediu: 'deixem-me, sozinho, relembrar em silêncio, minuto a minuto, a hora divina que vivi!' Continuou a viver momentos como esse no Hóquei Clube de Portugal e, depois, no Carcavelinhos, passando a actuar como avançado. Tornou-se 'um jogador dos pés à cabeça'.
A notícia da sua contratação pelo Benfica, em 1927, 'rebentou como um bomba. O meio desportivo da capital, animou-se extraordinariamente'. Vítor Silva realizava algo que nunca imaginou ser possível. 'eu, quando garoto, nunca sonhei tão alto'. No final da época, fez parte dos convocados para os Jogos Olímpicos de 1928, sendo o grande destaque da equipa das quinas, que chegou aos quartos-de-final, ao apontar 3 golos em 3 jogos. Na última partida dos portugueses, frente ao Egipto, contraiu uma lesão que lhe provocou uma hérnia.
As complicações posteriores à operação fizeram com que nunca recuperasse totalmente, condicionando a carreira. 'Mesmo lutando em condições de manifesta inferioridade física, Vítor Silva continuava a ser o elemento indispensável' do ataque do Benfica. Peça-chave dos 'encarnados', venceu 1 Campeonato de Lisboa, 1 Campeonato Nacional e 4 Campeonatos de Portugal. Desta última prova, ficou na memória a final de 1930/31, frente ao FC Porto, em que o avançado bisou na vitória por 3-0.
Em 1936, com apenas 27 anos, Vítor Silva 'pendurou as botas'. O futebol perdia um 'virtuoso da bola, jogador de lances imprevistos e desconcertantes, (...) diferente dos outros todos, porque era Vítor Silva!'
Quanto tempo pode durar um sonho? Para Vítor Silva, o tempo foi o menos importante, mas sim a intensidade como viveu esse sonho, maior do que havia idealizado. Tornou-se num ídolo. Sonhava ser jogador e fez sonhar os adeptos, que viram magia a acontecer mesmo à sua frente, num sonho que começava da mesma forma como terminava: ao som do apito do árbitro.
Saiba mais sobre Vítor Silva, considerado o primeiro grande avançado da história do Benfica, na área 23 - Inesquecíveis do Museu Benfica - Cosme Damião."
António Pinto, in O Benfica
Sabe quem é? Cruel, o seu destino - Artur
"Num dos campeonatos pelo Benfica, até os cabelos lhe arrancaram; Pior, claro: a pleurisia - e depois o AVC...
1. O pai era funcionário da Editorial Enciclopédia Luso-Brasileira, um dos irmãos chegou a passar, como júnior, pelo Benfica mas cedo abandonou o futebol. Outro largou-o porque, estando no Arroios, partiu uma perna - e não quis mais jogar. Ele descobriu o dom no Futebol Benfica, de coração quente, correu atrás do destino (que, traiçoeiro, lhe foi cruel, bem cruel...)
2. No Futebol Benfica era avançado-centro, fulgor nos juvenis levou que Guilherme Espírito Santo e Ângelo Martins o desafiassem para o Benfica. Passou a lateral, fogoso e enleante - e não tardou que se apanhasse obrado de Otto Glória: «Eu quero aquele Ruço na minha equipa. O cara tem toneladas de fôlego e de intuição».
3. Tinha outra ideia: ser médico. Por isso achou que melhor seria ir para a Académica - e, por meados de 1968, ao acabar de fazer 18 anos, foi. Porém, do Benfica não paravam de lhe chegar pedidos para que voltasse - voltou para a época de 1971/1972, Otto já lá não estava, mas Jimmy Hagan nem pestanejou: deu-lhe a titularidade.
4. Nessa primeira temporada na primeira equipa do Benfica, coube-lhe apanhar o Feyenoord na Taça dos Campeões. Happel, o seu arrogante treinador, afirmou, provocador: «O Benfica é equipa de província» - mas não deixou de lhe acrescentar um ponto: «O seu lateral, sim: é o melhor da Europa». A ele se referia e ainda mais impressionante ficou com o que fez na Luz, na noite em que a «equipa de província» lhe ganhou por 5-1.
5. Casou-se com Matilde, bailarina do São Carlos. Com Hagan fora campeão em 1971/1972 e 1972/1973, com Pavic o foi em 1974/1975 - e esse foi o título que em Olhão se começou a desenhar em drama: o Benfica venceu por 1-0, com o jogo no fim adeptos em ira invadiram o campo e agrediram-no sem mais: em braços tiveram do levar para o balneário, sagrando da face e da cabeça, com contusões, traumatismos e cabelos arrancados. Só duas horas depois é que o autocarro do Benfica conseguiu mover-se por entre a turba, Toni e Vítor Baptista não estavam lá, tiveram de sair em carro militar, escoltados por uma brigada de metralhadoras em punho até Faro.
6. Campeão uma vez mais em 1975/1976 /com Wilson) e em 1976/1977 (com Mortimore) - por meados desse ano sofreu uma pleurísia. A primeira reacção dos médicos foi acharem-no condenado para o futebol. Talvez por isso o Benfica o tratasse como o tratou e contou-o: «Desde 1971 que ganhava o mesmo: 34 contos por mês (que hoje equivaleriam a menos de 3500 euros). Borges Coutinho prometera-me 500 contos e festa de homenagem quando renovasse o contrato, nessa altura Romão Martins só me quis dar festa de homenagem de 200 contos e 28 de ordenado. Não sei se achavam que como era benfiquista nunca sairia. Vendo-me empurrado dali para fora, magoei-me. João Rocha apanhou-me descontente e fui para o Sporting...»
7. No seu primeiro ano de Sporting ganhou a Taça ao FC Porto - e, a cada domingo, sucedia o que se pensou que era paródia e não era: «Ao intervalo e a primeira coisa que perguntava ao roupeiro era como estava o Benfica. Não, ninguém levava a mal, sabiam que eu nunca deixaria de ser do Benfica...»
8. Nessa época de 1977/1978 (com o FC Porto de Pedroto campeão), o treinador começou Paulo Emílio - e indo o Sporting jogar com o Riopele, foi mostrar o Minho à mulher. À hora do jogo não tinha aparecido no estádio - e decidiu-se que fosse ele, o Ruço, a orientar a equipa: «Ao intervalo estávamos a perder 2-1. Meti o Baltasar, tirei o Cerdeira, ganhámos 3-2. No final, lá apareceu o Paulo Emílio a dizer: Não há problema, eu sabia que vocês ganhavam! Depois, na Madeira teve brincadeira igual - e no Natal já não voltou do Brasil...»
9. Campeão no Sporting foi em 1979/1980. Rocha permitiu-lhe que fosse à América «ganhar dólares» - do Tea Men veio com AVC. Ao sair com vida da dura batalha, Júlio Isidro entrou com a sua Febre de Sábado de Manhã em espectáculo a seu favor: só os bilhetes para Alvalade renderam-lhe 1000 contos (que agora seriam cerca de 43250 euros). Em 2015 amputaram-lhe uma perna, um ano depois, outra AVC matou-o. Tinha 66 anos e de Eurico ouviu-se: «Era daqueles jogadores que iam sempre a morder a língua disputar cada lance, tinha sangue puro de jogador de raça - sempre genial...»."
António Simões, in A Bola
Cadomblé do Vata
"1. Ferro com 21 anos e apenas 4 jogos na equipa principal, demonstrou muita maturidade... fez o 3-0 e auto expulsou-se para não humilharmos mais um adversário com 10 secos.
2. Jogo em relvado mau, contra o Inácio e 30 minutos com 10 jogadores... o SL Benfica do Lage ganhou hoje o seu primeiro verdadeiro "jogo de campeonato".
3. Na semana passada defrontamos o Costinha, nesta o Inácio, na próxima jornada temos o filho do Manuel Fernandes e depois o Sonsinho dos Clérigos... onde o Mundo vê 4 jornadas de campeonato, nós vemos um rodízio de anti-benfiquistas.
4. Jogadores contratados no Verão e dispensados em Janeiro: Ferreyra, Castillo, Lema, Alfa e Gabriel Appelt... jogadores contratados em Janeiro: Zlobin, Ferro, Florentino, Jota e Gabriel Pires.
5. É um orgulho ser adepto de um Clube que sabe ser agradecido... ontem o Sporting derrotou um adversário directo do SL Benfica; hoje o SL Benfica retribuiu o favor."
Que mito de Seferovic queremos destruir hoje? O do cepo? Ok. Tomem lá uma subtil chapelada e 18 golos pelo Glorioso
"Vlachodimos
Venceu inapelavelmente o duelo mantido com os jogadores do Aves, que bem remataram à baliza mas nunca pareceram incomodar. Às tantas até pareceu demais, com alguns adeptos do Benfica a pedirem a Vlachodimos que deixasse entrar uma ou duas para não espezinhar o adversário.
André Almeida
Pareceu emocionalmente inseguro. Após um jogo bem conseguido de Corchia em Istambul elogiado por muitos adeptos, André Almeida apresentou-se com uma atitude muito "ai é? então está bem". Regressou ao seu merecedíssimo posto de lateral direito, sacou uma boa exibição a combinar no flanco com o amigalhaço Pizzi para participar muito activamente na construção ofensiva, conseguiu recuperar quase sempre para fechar o seu flanco, e, quando já todos aplaudíamos o seu regresso, certificou-se de que ficaria de fora no jogo seguinte, para nos castigar por termos apreciado o seu suplente.
Rúben Dias
Centralão que se preze tem que cometer uma ou outra falta estúpida de vez em quando, mas o Rúben Dias às vezes exagera. Para roubar um lirismo a alguém que usou esta expressão com uma finalidade completamente diferente, dir-vos-ei que é a festa do futebol. Felizmente, até Hugo Miguel compreendeu isso e perdoou-lhe o segundo amarelo.
Ferro
O jovem central do Benfica tem cara de quem, por enquanto, aceita melhor reparos do que elogios. Os reparos permitem-lhe melhorar. Os elogios - justos - parecem confundir, desviam o seu olhar da bola, levam-no a sorrir em demasia. Talvez estivesse ainda a festejar o seu segundo golo na equipa principal quando subitamente um tipo do Aves fugiu à marcação de Ferro e seguiu na direcção da baliza. Um defesa mais experiente teria abordado o lance de outro modo, chegando primeiro à bola ou deixando o avançado do Aves ser contrariado por Vlachodimos. Ferro, ainda a regressar da estratosfera, não deu essa oportunidade ao colega grego e acabou expulso. Felizmente tem aquela cara de aluno obediente de quem vai dar tudo para emendar o erro, até que as agruras da vida de defesa central lhe roubem o sorriso dentro de campo e façam dele o defesa central que promete vir a ser.
Grimaldo
Não marcou no primeiro minuto, não fez uma única assistência e não acertou nenhum tiraço fora da área. Há semanas que não era assim. Veremos como é que Grimaldo recupera deste momento menos bom. Muita força, Alejandro.
Samaris
Do passe teleguiado que assistiu Seferovic para o primeiro golo aos inúmeros lances em que portentosamente liderou a recuperação de bola da equipa, passando pelo lance confuso na área do Benfica que termina com 30% dos adeptos de futebol do país a pedirem penálti por um suposto toque do braço na bola, é de facto inequívoco o magnetismo de Samaris. Neste Benfica de Bruno Lage, não é Samaris quem procura a bola, é esta que o persegue incessantemente em busca de carinho e afecto, de um abrigo, de alguém que a aceite por aquilo que é: um objectivo inanimado que também merece ser amado. Braço na bola? Tenham juízo.
Gabriel
A cada momento em que o Benfica perde a bola, um novo lado espectáculo recomeça e vemos a equipa assumir uma posição de ataque, neste caso ao homem que tem a bola e aos colegas que, ingenuamente, pensaram que este jogo se jogava assim. Nada disso. Passem para cá a bola, dirá o colectivo benfiquista instantes depois. Gabriel é quem hoje melhor corporiza esta atitude, mas fá-lo com a humildade de quem está disposto a recomeçar as vezes que forem precisas, até ao dia impossível em que o nosso adversário simplesmente desiste e nos entrega a bola. É bonito de ver.
Pizzi
A dança de Pizzi no esquema tático de Bruno Lage, a um só tempo bailarino e coreógrafo, devia cobrar bilhete não na Vila das Aves, mas na Culturgest.
Rafa
Estão aquela nesga de tempo e espaço em que recebeu orientado, tirou um adversário do caminho e rematou ao poste mais distante? Aquele grau acrescido de dificuldade do primeiro ao último gesto técnico? É nessa vertigem que Rafa gosta de viver quando não está ocupado a explorar múltiplas combinações pelo meio, pelas alas, a vir buscar jogo atrás, a correr para recuperar a bola, enfim, já perceberam. Se fosse fácil não seria para ele. Esta frase do professor soa melhor agora.
João Félix
Um ou outro excesso individualista não lhe farão mal enquanto for capaz de providenciar aos colegas as condições necessárias para fazerem os benfiquistas felizes. Ainda assim, admito que já tenho saudades de um golinho dele. Não, pelo contrário. Estamos a ficar bem habituados.
Seferovic
Mais uma aparição repentina nas costas do adversário, com uma recepção que adianta ligeiramente a bola e nos perguntamos: ok, que mito acerca de Seferovic queremos ver destruído hoje? O do cepo? Ok, então tomem lá está subtil chapelada ao guarda-redes. Mito dizimado, como se ainda não tivesse sido. Próximo.
Gedson
O seu grande defeito neste momento é não o termos visto estrear-se com Bruno Lage, mas sim com Rui Vitória. Isso faz com que o rapaz pareça um veterano no meio dos outros miúdos e em desvantagem face aos colegas que disputam o centro do terreno. Felizmente o treinador já se apercebeu disso e está aos poucos a inventar um novo lugar para Gedson, a desempenhar o papel que tem cabido a Pizzi. Ninguém vai tirar o lugar ao maestro na liga, mas pelos vistos foi por isso que se inventou a liga Europa. É aproveitar que ainda há muito Gedson para dar.
Jonas
Poucos minutos em campo. Qualquer dia está a engraxar as botas do Seferovic.
Zivkovic
Ironicamente, os seus poucos minutos serviram para ficarmos a saber que Bruno Lage conta com todos, porque o treinador do Benfica fez questão de o dizer. Isto sim é um gajo às direitas. Perdão, um treinador."
Amarelinhas...!!!
"Finalmente o “doping” no quotidiano do futebol português. Isto do doping é um estrangeirismo. Pode dizer-se dopagem, mas doping soa e percebe-se melhor. Nem todas as palavras estrangeiras têm este tratamento. Exemplo? “Rude”, palavra inglesa, que nunca teve uma adesão plena do significado da palavra homóloga em português. Mas não é preocupante, o que não faltam são palavras originárias da nossa cultura com significados diversos. Peguemos na palavra "azeiteiro", que enquanto substantivo masculino pode transmitir o sentido de “cheio de nódoas”, bronco, pacóvio, que vende azeite, grosseiro, ordinário. Com esta ligação temos uma aproximação aceitável ao inglês “rude”.
Ora bem e se de repente um azeiteiro nos falar em doping desportivo?
“Impulse” não será, pois a sua aplicação é meramente cutânea. E o azeite também não será dopante, embora se lhe reconheçam muitas propriedades.
Será raiva, desespero, demência? Confesso que não tenho prognósticos para as intenções…
Talvez seja apenas vontade de mudar de tema, pois as pessoas devem estar fartas de tagarelar sobre arbitragem e disciplina. É sempre a mesma conversa e são sempre os mesmos figurões.
Assim, agora temos o doping, palavra que eu já não ouvia desde que o médico do FC Porto se insurgiu contra um controlo surpresa aos ditos clubes grandes, em Outubro do ano passado. Em resposta, o Presidente da Autoridade Antidopagem de Portugal escreveu o seguinte: “Meu caro Dr. Nélson Puga. Espero que este e-mail o encontre bem. Li com toda a atenção as suas palavras e tenho a dizer-lhe que, quando o actual presidente da ADOP já não for presidente da ADOP e voltarem os tempos antigos, da verdade do combate ao doping, onde apenas se realizavam amostras à urina e a dois atletas sorteados de todos os que estavam a treinar, tudo voltará a estar em harmonia”.
Foi divulgado no sítio onde se divulgam emails privados; é facto público e notório dispensado de prova.
“Os tempos antigos…” Oh diacho, aqui há gato! Por lebre. É o princípio activo do doping fazê-los ir mais alto, mais longe, mais forte (Citius, Altius, Fortius).
Esta expressão do Presidente da ADOP é um pouco como a palavra azeiteiro. Pode ser uma coisa e outra. E só ele saberá o que quis dizer.
Eu cá deito-me a adivinhar. Tempos antigos podem ser tempos prescritos. Se verificarmos o significado na Lei Antidopagem no Desporto, republicada pela Lei n.º 93/2015, de 13 de Agosto, verificamos que a responsabilidade criminal e contra-ordenacional se extingue em tempos relativamente curtos (3, 5 a 7,5 anos). Isso deve-se a penas reduzidas para crimes tão hediondos.
Não espanta, por isso, que antigos jogadores comecem a cantar histórias de “amarelinhas”, como é o caso de Walter Casagrande, campeão europeu pelo FC Porto, (https://www.record.pt/…/casagrande-confessa-uso-de-doping-n…), ou falem de “ingredientes” num “jogo sujo”, caldeado com um presidente carismático, um grande treinador e grandes jogadores. Esta é do comentador e ex-jogador Fernando Mendes.
O tal método infalível.
Já o desbocado do Jardel confessou que "o médico e o fisioterapeuta da equipa (FC Porto) sabiam, porque eu lhes contava. Eu fazia exames todos os dias antes do treino, fiquei fechado durante um mês na concentração para recuperar".
Pois é, se ninguém quer "tempos antigos", então, temos de apoiar a iniciativa do Sport Lisboa e Benfica de apelar para a realização de controlos anti-doping ao seu plantel e ao do FC Porto até final da época.
Esta iniciativa traz transparência ao desporto e protege a saúde dos atletas. É uma ideia que entra na cabeça de qualquer azeiteiro.
Só pode merecer o tratamento favorável da comunicação social.
Sou um lírico incorrigível!"
Vamos a isso... testes para todos, todos os dias, se assim o desejaram!!!
"Este senhor (GAJO) que se diz de advogado, conhecido por ser advogado de um agiota hacker, ganhou expressão nas televisões por isso mesmo, e certamente para não abrir a boca do que sabe, fazia falta tacho, vem a público dizer que no Benfica existe doping!!! Com uma linguagem podre, ao nível do sócio gaysola que é director de comunicação.
Qual o motivo de não falar no Marega? Depois disto eu deixo aqui um aviso e vou cumprir com a minha palavra. O Marega foi ao Dubai ser tratado pelo Fisioterapeuta da equipa do Vítor Pereira, que consegue recuperar atletas de uma rotura muscular em quinze dias, através do medicamento infiltrado Meldonium. Quando o atleta recomeçar a jogar, à custa destas beduínas declarações produzidas por este crápula serei eu a apresentar queixa por meios legais. É mais um actor do crime organizado este incendiário"
PS: O no comments dos Corruptos é esclarecedor, o Aníbal devia ter ficado caladinho!!!
O Benfica de Mafra a Almeida
"O Benfica de Bruno Lage continua no ponto. Naquele ponto que o separa do FC Porto e naquele outro que mostra uma equipa com conforto, qualidade e planeamento, como tão bem escreveu quem o viu ao vivo frente ao Desp. Aves.
O futuro continua por vir, porém. Essa incógnita optimista para uns e muito pouco para outros. A maioria dos adeptos engloba-se na primeira e os do Benfica têm razões para isso neste momento.
Bruno Lage tem deixado muito pouco ao acaso e foi no pré-jogo das Aves que o treinador deixou a principal indicação.
«Em função da análise que fazemos aos adversários, eles também fazem a nós. Temos de ter capacidade de nos reinventarmos.»
A Keizer, por exemplo, apanharam-lhe o jeito, o Sporting foi igual demasiadas vezes por demasiado tempo e, voilá, teve finalmente de reinventar-se frente ao Sp. Braga para uma das vitórias mais sonantes da época.
A capacidade de reinvenção do Benfica vai, por exemplo, determinar como chega a equipa ao Dragão. Adivinha-se que Lage rode jogadores com o Galatasaray e sabe-se já que vai fazê-lo com o Desp. Chaves.
Como tinha acontecido no episódio de Mafra, em que Ferro foi substituído na equipa B porque ia ser chamado para o dérbi com o Sporting, o Benfica antecipou-se aos problemas e com o cartão amarelo de Almeida nas Aves garantiu-o no Dragão.
Nem sempre o jogo mais importante é aquele que estamos a jogar, como era o de Ferro em Mafra, ou mesmo o próximo, como gostam de dizer os treinadores vezes sem conta.
Se alguém lhe disser o contrário, responda-lhe apenas que o Benfica começou a jogar o jogo com o FC Porto nesta segunda-feira, para que Bruno Lage não tenha de reinventar mais qualquer coisa."
Sem perder o norte
"Não terá sido porventura a mais cintilante das exibições da era-Lage, mas está muito longe de ser injusta a vitória do Benfica na Vila das Aves por 3-0, num jogo em que nem a expulsão de Ferro aos 64 minutos abalou a confiança encarnada. O FC Porto continua a 1 ponto
Jogo tranquilo na Vila das Aves, vitória, FC Porto novamente a 1 ponto: o Benfica de Lage continua sem perder o norte, num jogo em que nem a expulsão de Ferro aos 64’ - e que cinco minutos antes até tinha marcado o 3-0 - beliscou aquilo que é, neste momento, uma equipa altamente confiante, mesmo nas performances menos cintilantes, como a que aconteceu nesta fria noite de segunda-feira.
Depois da aventura do jardim-escola encarnado em Istambul, Bruno Lage voltou a chamar a sua equipa-base para o campeonato, devidamente descansada das obrigações europeias. Tão descansada que só foram precisos 3 minutos para o Benfica se colocar na frente, sem dar tempo sequer para qualquer declaração de intenções do Desp. Aves. Samaris viu Seferovic a isolar-se da linha de defesas do Aves, colocou-lhe a bola e o suíço fez um pouco de magia: toque de peito para receber a bola pelo ar e um pequeno toque para fazer um mini-chapéu a Beunardeau.
Chapeau.
O golo madrugador não teve sequência destruidora, porque 10-0 não acontecem todos os dias, e o Benfica demorou impor o domínio que se esperava. Aos 15 minutos, uma jogada de combinação entre Pizzi e João Félix permitiu um remate perigoso ao miúdo e uma recarga a Seferovic, mas a partir daí os encarnados como que vestiram um papel que, por estes dias, já não é seu: demasiadas bolas longas, alguns passes e transições falhados, ligações que nem sempre saíram.
E foi curiosamente no seu pior período que surgiu o 2-0, mais um golo com finalização individual de fino recorte, mas que nasceu de uma bela jogada colectiva - e isto sim, é mais Benfica de Lage.
Aos 37’, Pizzi foi buscar uma bola à lateral esquerda, deu para Grimaldo e o espanhol passou rapidamente para João Félix. De primeira, Félix colocou na área onde Rafa, com um pequeno e essencial toque, deixou Jorge Fellipe pelo caminho. Seguiu-se um remate em jeito, fora do alcance de Beunardeau. Mais um bonito golo e o Benfica, ainda antes do intervalo e sem encher o olho, praticamente fechava o jogo.
Até porque a resposta do Desp. Aves na 2.ª parte foi ténue e o Benfica quase marcava logo aos 46’, num remate forte de João Félix que Beunardeau afastou para canto.
Nem 10 minutos depois, foi Vítor Costa a cortar no último momento uma bola que Seferovic já se preparava para encostar e aos 59’ surgiria mesmo o golo sentenciador: após um canto, o guarda-redes do Aves saiu mal e Ferro, entre uns quantos ressaltos contra outros quantos jogadores da casa, deu o toquezinho que se impunha para colocar ordem na jogada, num remate esquisito, em balão, mas que ninguém pode acusar de não ter sido eficaz.
Ferro, que leva dois golos em dois jogos seguidos no campeonato, ficou, apesar de tudo, ligado ao momento mais negativo do Benfica neste jogo: cinco minutos após fazer o 3-0, agarrou Derley à entrada da área e foi expulso.
Para este jogo em particular, a expulsão não aqueceu nem arrefeceu: o Benfica já ganhava por 3-0, o Aves não esboçava exactamente uma reacção e o jogo estava, aparentemente, controlado. Mas para o futuro, aí sim, poderá fazer mossa: Rúben Dias é neste momento o único central disponível para Bruno Lage, que tem Jardel e Conti lesionados e, agora, Ferro castigado.
Problemas para pensar durante os próximos dias, porque neste o Benfica fez o que lhe competia. Marcou cedo, não sofreu mesmo nos momentos em que não jogou tão bem e soube matar na altura certa. E isto é a definição de uma equipa que sabe o que quer. Business as usual."
Aves? A águia, a melhor
"Foi justa a vitória do Benfica? Claro que foi. No meio de outras aves, a águia foi a que voou mais alto e conseguiu chegar mais além.
No futebol há sempre a possibilidade de surgirem resultados inesperados. Por isso é tão querido dos adeptos espalhados pelos quatro cantos do mundo.
No entanto, não raras vezes acontece lançar previsões com base na avaliação das forças em confronto e que acabam por corresponder à realidade. Foi o que aconteceu ontem à noite na Vila das Aves.
Sabia-se que a equipa comandada por Augusto Inácio havia recuperado de um período de incertezas para um tempo de estabilidade, que possui jogadores valiosos, que conta com três gajos (como diria Bruno Lage) no ataque capazes de provocar danos a qualquer defesa, que jogava com o apoio de um público indefectível em sua casa.
Mas, não obstante este feixe de dados interessantes, era ousado pensar-se que os avenses tivessem capacidade para provocar uma surpresa a ponto de vergarem os encarnados ao peso de uma derrota.
No futebol há momentos. E este momento do Benfica permite avançar com a ideia de que o seu grupo está cada vez mais formatado para discutir a questão do título até ao derradeiro pontapé na bola, com os adversários que lhe estão mais próximos na classificação.
E para ainda mais dar corpo à ideia, a equipa lisboeta logrou marcar num dos primeiros lances do jogo. A partir daí, como haveria de reconhecer o próprio treinador de Vila das Aves, a estratégia preparada com tanto cuidado sofreu um rombo de consequências irreparáveis.
Foi justa a vitória do Benfica? Claro que foi. No meio de outras aves, a águia foi a que voou mais alto e conseguiu chegar mais além.
Veremos como se comporta a seguir, sobretudo tendo em conta que a deslocação ao Dragão se aproxima no tempo a passos largos. Pelo meio terá ainda de acertar contas com o Galatasaray e com Desportivo de Chaves, é verdade, mas é para a capital do Norte que começa já a virar-se o foco da Luz.
No pico do inverno, aproximam-se dias que prometem subidas de temperatura."
O livro de BdC e o erro de Cintra
"O incorrigível Bruno de Carvalho (BdC) continua sem perceber que a fruta, quando apodrece, não volta a ficar madura. Acolitado por um cortejo de seguidores que poderá sempre variar em função dos resultados desportivos do Sporting (mas que dificilmente deixará de ser demasiado acanhado para as suas mal disfarçadas cobiças), o presidente deposto lançou há dias um prospecto rancoroso e propagandista, com 208 páginas. A obra, intitulada "Sem filtro", é bem capaz de ter no título o seu apogeu em termos de autenticidade e exatidão.
O seu polemizado recheio chegou-me graciosamente às mãos e, devo assumi-lo, até fiz um esforço para o ler, até por utilidade profissional. Mas renunciei rapidamente à penitência, após folhear aleatoriamente uma dúzia de páginas. E não foi tanto por o título do livro me remeter, de forma subliminar, para vetustos e nefastos vícios tabagísticos: limitei-me, confesso, a dar prioridade na leitura ao "The Book of Lies" (O Livro das Mentiras), um romance policial moderno que o norte-americano Brad Meltzer lançou em 2008. Pareceu-me uma escolha não só mais literata, mas também mais autêntica.
A verdade é que as diversas pré-publicações do "Sem filtro" e as múltiplas entrevistas de Bruno de Carvalho nas televisões e na imprensa, bem como a vasta cobertura com que a comunicações social obsequiou a apresentação pública do "Sem filtro" (longe vão os tempos em que BdC vozeava contra o quarto poder), acabaram por nos dar um panorama suficientemente abrangente do opúsculo.
Basicamente, BdC diz cobras e lagartos sobre todos com quem se cruzou nos corredores do futebol durante a sua imprópria passagem pela presidência do Sporting. Não se salva quase ninguém, incluindo muitos daqueles que lhe deram suporte até ao fim, como foi o caso do "vice" Carlos Vieira. Nem sequer a sua ex-mulher, mãe da sua filha mais nova, numa mistura mórbida do público e do privado que não é nova e que volta a indiciar uma redenção impossível e uma consciência atormentada. E caso se confirme a publicação do segundo volume de "Sem filtro", não é sequer de excluir a possibilidade de até o bichano doméstico ser acusado de perfídias e infidelidades… Vá lá, mantém-se cortês e deferente para com o "aliado" FC Porto, porque quem conhece a real história da sua relação com Leonardo Jardim só tem de desconfiar de elogios tão serôdios. No meio daquela verborreia, descobre-se que BdC questionava os planos de treino de Marco Silva e também uma insinuação que é falsa: após aquele inenarrável episódio da dor nas costas no banco de suplentes, não foi Frederico Varandas que fotografou o então presidente deitado na marquesa da enfermaria.
As teorias da conspiração e as conjuras de que BdC se diz vítima são tão rebuscadas como as palavras usadas no pedido de desculpa a Carlos Barbosa que recentemente teve de publicitar (e certamente pagar) nos jornais, para evitar, julgo, males maiores. Mas uma coisa é dar validade ou não a José Maria Ricciardi quando este contesta o episódio em que supostamente se ajoelhou aos pés de BdC e outra, bem diferente, é desprezar o estropício que este livro representa para um Sporting que se esfoça por sair do atasqueiro em que dirigentes pouco responsáveis o deixaram cair.
Esta tentativa livresca de higienizar um pouco a imagem de BdC só deve funcionar junto daqueles que, entre outras coisas graves, deitam para trás das costas a acusação relativa aos 98 crimes que pende sobre BdC, incluindo a de ser o principal instigador do ato mais infame de sempre no desporto português. BdC, que entregou uma caução para aguardar o julgamento em liberdade, tem obviamente direito à presunção de inocência. Mas não pode agir como se não estivesse a cumprir uma suspensão de um ano que o deve impedir de se recandidatar aos órgãos sociais do clube nos próximos seis anos. Salta à vista que ele quer aproveitar esse tempo para o "lifting" completo e para, ao mesmo tempo, arregimentar mais tropas no combate canalha à actual liderança.
Não ter percebido este cenário foi o erro mais preeminente da gestão transitória de Artur Torres Pereira e Sousa Cintra: Bruno de Carvalho devia ter sido expulso o mais rapidamente possível, como propunha a comissão de fiscalização. Se, nessa altura, foram expulsos sócios acusados de usurpação de funções, muito mais depressa deveria ter sido quem os nomeou para um órgão fantasma. E vai sendo tempo de ser conhecida a auditoria forense.
Guardaram-se os lenços
O Sporting passou, no espaço de três dias, da derrota e provavelmente da pior exibição da época, frente ao alquebrado Villarreal, para um triunfo suculento e uma prestação virtuosa perante o habilitado Sp. Braga. Guardaram-se os lenços nas bancadas e Marcel Keizer foi justamente elogiado por ter surpreendido o adversário com um sistema (3x4x2x1), um modelo e dinâmicas que, naquele jogo e perante aquele adversário, tornaram a equipa mais consistente e perigosa. Viram-se zonas de pressão bem definidas e uma primeira fase de construção com outra consistência. Abel Ferreira demorou demasiado tempo a perceber a armadilha, designadamente a forma inteligente como o Sporting arrastava Sequeira para projectar Ristovski. Saltou à vista que principalmente Acuña e Diaby ficaram mais cómodos nos novos papéis, o que não é surpresa, ao contrário da interessante adaptação de Borja a central. Wendel deve ter acabado com todas as dúvidas sobre a sua qualidade e Bruno Fernandes já valeria uns milhões estratosféricos se estivesse numa equipa mais exportável.
Mas este desfecho, que relança pelo menos a luta pelo terceiro lugar, também deve suscitar outro tipo de leitura, tendo em conta até as sete alterações no 11. Que é como quem diz: as segundas linhas do Sporting deixam muito a desejar e jogadores como Bruno Gaspar, Petrovic, Miguel Luís e mesmo Jovane não são (ainda) alternativas credíveis, ao contrário do que parece mostrar Doumbia. Tendo em conta as escolhas que foram feitas no último confronto da Liga Europa, pode mesmo questionar-se se as prioridades terão sido as mais corretas.
Mas a vitória do Sporting teve outro préstimo importante, designadamente para uma administração que continua a cometer erros comunicacionais de palmatória. Como se não bastassem algumas declarações pouco cristalinas e até comprometedoras do presidente antes do confronto com o Benfica, a conferência anunciada para sexta-feira (onde será feito um balanço e analisada a actual situação) foi marcada com quase uma semana de antecedência, o que foi, pelo menos, aventureiro. Até nisso ajudou o engenho de Keizer."
Quem 'matou' a mudança? Suspeito n.º 15 - Lidar com os ataque, afrontas e abusos
"Tinha terminado o treino dos Galácticos, o dia já tinha sido longo e o Detective Colombo estava a despedir-se do Director Geral (DG) Robert West, no parque de estacionamento, quando são interrompidos por uma senhorita – “desculpe Sr. West, está a acontecer algo inaceitável com o meu irmão Roger e necessito de falar consigo. Pode dar-me um minuto?”.
O DG Robert West conhecia a Senhorita Kia Earl, irmã mais velha do jogador da formação do F.C. os Galácticos – Roger Earl – que viviam uma situação difícil. A mãe tinha falecido no parto do Roger e o Pai 4 anos depois, num acidente de viação. Por isso, a Senhorita Kia, que aparentava vinte e poucos anos, era Mãe e Pai de Roger e o DG Robert West estava mais do que sensibilizado, para falar com ela, que raramente o abordava e se o estava a fazer, então era mesmo muito importante.
O caso de Roger era sensível e o DG Robert West estava consciente dele. Era um jovem de 16 anos com muito talento. Contudo, jogava num Clube de pequena dimensão, de uma pequena vila a 40 kms dos Galácticos. Como queria melhorar e ser um campeão, decidiu transferir-se para o Galácticos, no início da presente época. Todos os dias ia para a Escola, de manhã cedo, com duas mochilas, que carregava durante todo o dia. No final das aulas, corria para o comboio, pois se perdesse o das 18h30, não conseguia ir ao treino. Depois, ao chegar à cidade, necessitava de caminhar apressadamente, durante 15 minutos. No final do treino, tomava banho a correr, fazia o trajecto de volta e só chegava a casa depois da meia-noite, onde a irmã o esperava, com o jantar. Estas rotinas repetiam-se diariamente. Nenhum dos dois se queixava de nada. A irmã apoiava o Roger e o Roger “corria” atrás do seu sonho.
“O que aconteceu Senhorita Kia?” – perguntou o DG Robert West. O que incomodava a Senhorita Kia era tão importante, que começou a falar, mesmo com o Detective Colombo por perto que, por isso, acompanhou a conversa, como um atento observador.
“Sr. West sabe o quanto o meu irmão deseja muito pertencer ao F.C. os Galácticos, quer ser aceite, integrado e contribuir para o sucesso da equipa e do Clube, com o que tem de melhor. Faz todos os sacrifícios e não se queixa. Contudo, nos últimos tempos anda deprimido. Comecei a ficar preocupada. Pensei que estivesse a comer mal, desgastado dos sacrifícios diários, mas não era nem é nada disso que o está a afectar” – começou por dizer a Senhorita Kia. Nesta altura, o DG Robert West estava a começar a ficar preocupado e disse – “esteja à vontade, estamos aqui para ajudar. O que se passa Senhorita Kia?”.
Depois de olhar para o chão, como que envergonhada e respirar profundamente, parecia estar a ganhar coragem, a Senhorita Kia disse – “depois de muita insistência, o meu irmão acabou por me contar o que o está a afectar. Quando chegou ao Clube, alguns colegas começaram a fazer-lhe alguns pedidos, como levar as bolas e os coletes para o treino. Acedia a esses pedidos para ser aceite e por ser o único novo jogador, na equipa. Porém e à medida que o tempo ia passando, estes pedidos passaram a despropositados e repetiram-se.”
“Quando a equipa viaja, independentemente do lugar em que se sente, é sempre obrigado a mudar de lugar, por causa de alguns “colegas” de equipa. No balneário, tem de esperar que esse grupo tome banho, pois não o deixam tomar banho, assim que chega ao balneário. Frequentemente tem a roupa molhada ou com nós, quando se vai vestir. Sofre ameaças, para não dizer nada ao Treinador e, agora, esperam-no no trajecto do comboio para o treino, para o intimidarem, ao ponto do Roger ter de mudar o trajecto, para o treino, para não se cruzar com eles” - começou por dizer a Senhorita Kia, que quase sem respirar, continuou – “esta situação é intolerável, inaceitável, inadmissível e tem que parar imediatamente, mas não sei o que fazer, necessito da sua ajuda”.
A Senhorita Kia tinha toda a atenção do DG Robert West, este todo o interesse em a ajudar e disse – “Senhorita Kia deixe-me louvar a sua coragem para nos abordar com um assunto tão sensível quanto desconfortável, agradecer-lhe a partilha, garantir-lhe que iremos tratar do assunto e que terá notícias minhas, antes do fim-de-semana”.
A Senhorita Kia estava mais aliviada, mas continuava preocupada com a situação e queria que fosse mesmo resolvida, para rapidamente voltar a ver o irmão a perseguir o seu “sonho” com entusiasmo.
Feitas as despedidas, a preocupação do DG Robert West e a vontade de resolver o assunto da melhor maneira, levou-o a abordar o Detective Colombo – “o que lhe parece tudo isto e que conselho me pode dar, para lidar da melhor forma, com esta situação?”
Enquanto pensava que esta situação era “filha” de outros culpados, já identificados, de estarem a “matar” a mudança no clube, nomeadamente das relações estereotipadas e da forma de lidar quer com as diferenças, quer com a frustração, o Detective Colombo começou por dizer - “Todos necessitamos de ser aceites, mantendo a nossa individualidade. Contudo, estas formas que utilizámos para sermos aceites, não só não produzem esse resultado, como criamos outros problemas, mas esta situação, para além de um desafio, poderá ser uma enorme oportunidade”. “Como assim?” – respondeu o DG Robert West.
“Repare” – começou por dizer o Detective Colombo – “em todas as equipas há pessoas com atributos, que lhes dão uma ascendência sobre os outros e, infelizmente, existem pessoas que os utilizam para reivindicar o controlo sobre as opções dos outros. Algumas pessoas ignoram-nos, reagem passivamente, vitimizam-se ou obedecem-lhes para serem aceites e por isso, mudam o que são, prescindindo da sua individualidade. Contudo e paradoxalmente, não só são rejeitados, como algumas vezes acabam por ser humilhados. Outras pessoas desafiam, afrontam, são agressivos, abusam, hostilizam e comportam-se como uns valentões, para serem igualmente aceites e manterem a sua individualidade, querem controlar as opções dos outros, mas ironicamente não conseguem controlar as suas e acabam por ser “escravos” dos seus impulsos, perdendo quer a sua individualidade e quer a aceitação por todos. Ambos acabam por nem conseguirem o que desejavam, por perderem a honra e a dignidade e em casos extremos, em que uma parte revele apatia, as consequências podem ser dramáticas”.
“Detective Colombo está a dizer-me que quer o Roger, quer o grupo de rapazes que fazem estes pedidos despropositados e abusivos estão a lidar com uma dificuldade? Não é só o Roger a vítima?” – perguntou o DG Robert West.
“Vamos por partes” – começou por dizer o Detective Colombo e continuou – “DG West acredita que abusar das outras pessoas ou obedecer a pedidos abusivos é o melhor para todos, ao longo do tempo?”. “Não, de maneira nenhuma” – respondeu o DG Robert West.
“Como se sente quando alguém ou alguma coisa o magoa, como por exemplo, quando alguém o aborda num tom de voz é agressivo, quando atacam a sua autoestima e importância ou quando afrontam a sua posição ou pontos de vista?” – perguntou o Detective Colombo. “Sinto-me irritado” – respondeu o DG Robert West, enquanto o Detective Colombo lhe faz outra pergunta – “o que lhe apetece fazer nestas situações e o que outras pessoas que conhece fazem nestas circunstâncias?”. “Confesso que tenho a tendência para reagir agressivamente, mas conheço algumas pessoas que reagem passivamente” – disse o DG Robert West.
“Pois bem, quando alguma pessoa ou situação externa nos magoa a irritação é activada, as pessoas interpretam-na como explosiva, confundem-na com fúria e confundem a fúria com agressão, consequentemente o nosso impulso de retaliar é activado. Algumas pessoas gerem este impulso explodindo, nas suas palavras reagem agressivamente, enquanto outros o gerem-no implodindo ou passivamente. Repare DG West em ambos os casos alguém ou alguma coisa magoou as pessoas e as pessoas são como que empurradas para fazer alguma coisa. Umas pessoas acreditam que se magoarem os outros eles vão perceber o quanto os magoaram, vão ajustar contas, é o olho-por-olho e o dente-por-dente e, se isto prevalecesse, então estaríamos todos cegos e desdentados. Outras pessoas acreditam que se magoarem a elas próprias os outros vão perceber que as magoaram. As pessoas só querem que as outras não as ataquem, afrontem, abusem ou magoem e, se o fizerem, que parem e não voltem a fazê-lo. A questão não está no que desejam, mas na forma como o tentam conseguir” – contextualizou o Detective Colombo.
“Detective Colombo está a dizer-me que as vítimas, no caso o Roger, e os valentões, nesta situação o grupo de rapazes que está a abusar do Roger, são duas faces da mesma moeda, que são mais parecidos do que nos apercebemos, por ambos terem sido magoados, uns serem vitimas dos outros e os outros serem vítimas dos seus próprios impulsos e por ainda ambos não terem a capacidade para lidar com honra e dignidade, com o que os magoou. Contudo, são diferentes na forma como lidam com essa situação, os primeiros implodem, criando problemas a si próprios e os segundos explodem, criando problemas aos outros e, eventualmente, a si mesmos?” – perguntou o DG Robert West, enquanto “dispara” uma nova questão – “mas o que é que fez o Roger para magoar os outros rapazes?”.
“Algumas vezes, há pessoas que são magoadas por figuras que representam a autoridade, como pais, professores, treinadores, dirigentes ou gestores, não sabem responder a essas situações com honra e dignidade e acabam por fazer aos outros aquilo que essas pessoas lhes fizeram a eles. Há situações em que as outras pessoas apenas fizeram algo que em algum momento das suas vidas lhes foi negado e passou a ser considerado inadmissível para elas. Outras vezes, as pessoas confundem os sentimentos com a forma como os expressam, como que se o que sentem de desconfortável justificasse as reacções agressivas” – tentou clarificar o Detective Colombo.
“Ok, já percebi porque há pessoas que são fortes com os fracos e fracos com os fortes e porque “fortes” e “fracos” passam ambos pela mesma dificuldade: conter o impulso de retaliar e redirigir quer a irritação, quer a frustração para algo construtivo, útil, razoável, aceite socialmente e sensato moralmente” – começou por dizer o DG Robert West e continuou – “necessitamos de (1) parar de imediato com os abusos, pois os ataques, as afrontas e os abusos repetidos são inaceitáveis; (2) melhorar a capacidade dos nossos jogadores, treinadores, dirigentes, colaboradores, pais e adeptos fazerem pedidos aceitáveis evitando-se ataques, afrontas e abusos, de conterem o impulso de retaliar e responderem com honra e dignidade, quando surgirem pedidos despropositados e abusivos ou algo que os magoe, e de emendarem as situações despropositadas que criem, se não queremos comprometer a melhoria e a mudança no Clube.”
O tempo tinha passado a voar, já era muito tarde, mas o Detective Colombo e do DG Robert West sentiam que tinha surgido um problema, que o estavam a começar a resolver, que haviam identificado mais um responsável por “matar” a mudança – lidar com os ataques, afrontas e abusos, com o que nos magoa – e já tinham imaginado um plano estratégico – formação - para abordar construtivamente a situação.
A caminho de casa, o DG Robert West recordava inúmeras situações idênticas à do Roger e dos “colegas”, que tinha presenciado, quando estudava, nas empresas em que trabalhou, nas relações treinador – jogador e de parte dos adeptos com a própria equipa. Começou a pensar como tudo poderia ter sido diferente, para melhor, se todos conhecessem o que ele tinha aprendido, compreendessem a situação e implementassem programas de formação, para as pessoas terem capacidades evitar estes momentos e lidar com honra e dignidade, quando surgissem. Chegou a casa e de imediato, mesmo sendo tarde, telefonou ao Presidente Angie, para partilhar o que tinha acontecido e aprendido e para o informar que tencionava implementar o programa de formação para jogadores, treinadores, colaboradores, dirigentes, pais e adeptos. Depois, colocou na lista dos seus próximos passos: (a) parar imediatamente com a situação do Roger e “companhia”; (b) falar com a irmã do Roger, até 6ª feira; (c) planear as formações."
Vermelhão: Voo tranquilo...
Aves 0 - 3 Benfica
Não foi um jogo deslumbrante, como ninguém estaria à espera... Aliás, praticamente todos os Benfiquistas, estavam à espera de muitas dificuldades... Ou pelo exemplo do recente jogo na Vila da Aves para a Taça da Liga, ou pelo (des)treinador Avense, ou seja pelos apitadeitos... Mas foi um jogo bem controlado, que como é óbvio, um golo logo no arranque ajudou e muito!!!
Excelente entrada na partida... o golo do Seferovic acabou por ser pouco, para tanto domínio e tantas oportunidades. Até aos 25 minutos o jogo foi totalmente nosso... O 0-1 era claramente pouco...
A partir daí, o jogo foi mais repartido a meio-campo, mas uma das nossas grandes 'armas' com o Bruno Lage, tem sido as 'saídas' rápidas! Portanto, não fiquei preocupado, porque com o Aves mais 'subido' nós iríamos ter mais espaço...
E na 'altura' onde o Aves pensava estar por cima, marcamos o segundo... numa excelente combinação, com uma grande finalização do Rafa!
Ao intervalo, viemos melhores... Com novas indicações do Lage, de como fazer as 'marcações', para evitar os 'contra' do Aves... O 3.º golo era uma questão de 'quando'!!! E acabou por ser novamente o Ferro...
Ao intervalo, viemos melhores... Com novas indicações do Lage, de como fazer as 'marcações', para evitar os 'contra' do Aves... O 3.º golo era uma questão de 'quando'!!! E acabou por ser novamente o Ferro...
Jogo 'decidido', e a 'pedir' substituições... até que o Ferro é expulso (bem mostrado)!
Com 10, o Aves 'acreditou' o Benfica sentiu alguma dificuldade em sair a 'jogar', mas não abrimos muitos espaços, as 'semi-oportunidades' do adversário, foram quase todas em 'bolas paradas'...
O Lage retardou as substituições (mal na minha opinião... o Gedson devia ter entrado logo...!!!), mas quando entrámos nos últimos 15 minutos, o 'gás' faltou ao Aves, e conseguimos 'segurar' o jogo, longe da nossa área...
Sem a expulsão, teríamos seguramente marcado mais 'alguns' golos... Imoralmente, claro!!!
Sem a expulsão, teríamos seguramente marcado mais 'alguns' golos... Imoralmente, claro!!!
A única nota negativa, foi mesmo a 'impossibilidade' de fazer descansar o Seferovic e o Félix, mais cedo, devido ao 'vermelho'!
A equipa, voltou a demonstrar uma excelente capacidade nas transições rápidas ofensivas, e mesmo a jogar com 10, não sofremos golos, confirmando as melhorias defensivas!
Não houve grandes destaques individuais, o colectivo voltou a ser o principal factor... mas mesmo assim, o talento do Félix e do Rafa merecem menção.
O Rúben não tomou as melhores decisões em alguns momentos, e nos minutos finais colocou-se a jeito para ser expulso... Mais cabeça precisa-se!!!
O Ferro estava a fazer um excelente jogo, num 'ambiente' difícil... mas no lance da expulsão, 'atrasou-se', devia ter 'subido' para colocar o Derley em fora-de-jogo... mas depois do erro, com 0-3, devia ter deixado 'seguir!!! Pelo menos teve a consciência, de 'largar' o adversário antes dele entrar na área...
Fiquei com muito receio logo pela matina quando soube na nomeação do Hugo Miguel (representante em Portugal, da marca de equipamento desportivo, parceira da maioria dos nossos rivais!)... e do tal Vítor Ferreira para VAR (o tal que tem um processo-crime contra o Benfica!!!). Mas acabou por ser um jogo relativamente tranquilo... Além da falta de critério disciplinar na 1.ª parte, até fez uma arbitragem positiva...
Com o Amarelo do Almeida (pareceu de propósito!), e com o Vermelho do Ferro, vamos ter 'mudanças' com o Chaves: Corchia na direita; para Central, se o Jardel e o Conti não recuperarem (parece que não...), ou jogará o Kalaica, ou o Samaris ao lado do Rúben.... Na minha opinião o Kalaica merece a oportunidade, o problema é que tanto o Croata como o Rúben jogam muito melhor como Central do lado Direito, nenhum deles se adapta bem quando é 'empurrado' para Esquerda...
Não esquecer, que o Benfica - Chaves, antecede o Corruptos - Benfica, e nestas jornadas, existem quase sempre 'fenómenos' estranhos!!!
Mas o próximo jogo, é já na Quinta-feira com o Galatasaray. Não sei se o Lage vai 'apostar' nos putos todos... o tempo entre jogos é realmente 'apertado', mas muito cuidado, porque o jogo vai ter uma dinâmica diferente! Em Istambul jogámos essencialmente 'sem bola', não dando espaço ao Gala para fazer 'contra-ataques'... na Luz, mesmo com o Benfica na 'frente' da eliminatória, duvido que o Gala tenha tanto 'bola' como aconteceu na última Quinta... Portanto, a eliminatória só está no intervalo... e aquele extremo-esquerdo emprestado pelo Everton (Henry na camisola...) é muito perigoso com espaço (além das bolas paradas...)!
E agora temos o 'problema' Corchia: com o Almeida 'fora' do Chaves, será mais prudente o Corchia não jogar com o Gala, evitando assim uma potencial lesão... sendo que o Corchia está provavelmente mais 'adaptado' ao tal Henry!!!
Keizer voltou a ter razões para sorrir...
"O impacto psicológico positivo da vitória sobre o SC Braga foi o mais importante da noite leonina. E ajudou a pacificar o ambiente...
Importante, a vitória convincente do Sporting frente ao SC Braga. Depois do abúlico desempenho frente ao Villarreal (que ganhou em Alvalade, pondo fim a dois meses sem triunfos e ontem, tomando-lhe o gosto, derrotou o poderoso Sevilha por 3-0), a que se seguiram as dispensas de Nani e Montero, num cenário que aparentava algum desalento, o jogo com os arsenalistas valia tanto ou mais que uma final. É verdade que o Sporting ficou a quatro pontos do SC Braga, o que é uma desvantagem pesada. Mas ganhar a um adversário directo representou um alento psicológico e ajudou a acalmar várias feridas que começavam a ser demasiado dolorosas.
O Sporting, neste ano zero pós-Alcochete, precisa de tanta calma e ponderação quanto possível, mas já se percebeu que a exigência dos adeptos não se compadece com o que acaba por explicar a temporada de 2018/2019 dos leões.
Na próxima sexta-feira, o presidente do Sporting vai fazer um discurso sobre o estado da nação. É importante que sócios e adeptos reflictam bem nas circunstâncias em que o clube se encontra e na melhor forma de recuperar de vários anos de radicalização.
Porque sem estabilidade e sem união nunca estarão reunidas condições para a recuperação desportiva do futebol dos leões. E o mal não é de hoje: nos últimos 45 anos o Sporting ganhou apenas quatro campeonatos...
Quando, na sequência do fim do protocolo com o clube, a Belenenses SAD saiu do Restelo, colocou-se numa posição de risco, pelo desenraizamento subjacente a essa decisão. No Estádio Nacional, a afluência de público foi sempre diminuta, por razões geográficas e não só. Com a passagem para o Bonfim, a situação agudizou-se e na estreia azul em Setúbal verificou-se a pior assistência da história da I Liga: 298 espectadores. Porém, poderia dizer-se que o jogo com o Moreirense tinha sido a uma segunda-feira à noite, o que teria desmobilizado os adeptos. Ontem, ao Belenenses - Marítimo, realizado às três da tarde, assistiram 648 espectadores. Se estes números não forem suficientemente elucidativos da falência da solução encontrada, não sei o que possa ser. Um clube vive dos seus adeptos e para os seus adeptos. São eles o princípio e o fim de tudo. Assim, aquilo a que estamos a assistir só pode ser visto como uma fuga para a frente, sem passado nem futuro.
Ás
Florentino Luís
Natural da Grande Lisboa (linha de Sintra), de ascendência angolana, Florentino, campeão da Europa em sub-17 e sub-19 por Portugal, tem sido visto como uma das maiores promessas do futebol nacional. Depois da estreia com o Nacional e da titularidade em Istambul, há que contar com ele...
Ás
Bruno Fernandes
A saga continua. E vão três jogos seguidos a marcar de livre directo, um atributo de monta, que se soma à capacidade de levar a equipa às costas. A esta hora já meia Europa, do lado rico, andará de olho neste playmaker que vale o que pesa em ouro. Ontem, frente ao SC Braga, foi mais um recital de bem jogar, assistir e marcar. Craque!
Duque
Marcelo
Estamos a falar do melhor lateral-esquerdo do mundo. Mesmo assim, depois da derrota com o Girona, a Marca dizia que «jogar com este Marcelo é dar vantagem ao adversário». Conclusão? Um homem é ele e as suas circunstâncias e a circunstância de Marcelo já não passa pelo Bernabéu. Sorte do próximo clube...
Bruno é o único que não tem nada a perder...
«Se tiver de falar da minha passagem pelo Sporting, não escrevo um livro, escrevo 20 livros...»
Jorge Jesus, treinador de futebol
Ao contrário dos visados no livro de Bruno de Carvalho, para quem a vida profissional continuou, o ex-presidente do Sporting não tem nada a perder com as polémicas que andam no ar. Inibido da elegibilidade no clube, nos próximos anos, a sobrevivência pública de BdC far-se-á apenas na medida do que, bem ou mal, falarem dele. E Bruno, que é tudo menos parvo, sabe bem disso.
Semana da juventude nas provas da UEFA
O Benfica foi a Istambul, apresentou uma versão Youth League e venceu o Galatasaray. Na Cidade Eterna, foi o 'teenager' Zaniolo a marcar os dois golos com que a Roma derrotou o FC Porto (2-1). Uma semana que fica na memória por ter sido de rampa de muitos talentos emergentes...
Adeus 'Fred'
Morreu Frederico Rosa, 61 anos, a doença não deixou que chegasse aos 62 que distavam mês e meio. Foi uma esclerose múltipla que levou, antes de tempo, o 'Fred'. Ainda há pouco mais de uma semana, sabedor de que a ampulheta da vida do Frederico tinha cada vez menos areia, tinha combinado com o Carlos Manuel, grande coração!!!, uma ida ao hospital para vê-lo. Não deu tempo. Hoje, já do lado de lá, o 'Fred' está a recordar com o Manuel Bento as peripécias do grupo do Barreiro, essa entidade mítica do benfiquismo, que selou amizades e forjou uma geração que, vinda da margem sul do Tejo, contribuiu, sem dividir, para um balneário mais forte no velho Estádio da Luz. Ao recordar Frederico Rosa, uma palavra também para os 'compagnons de route' do Barreiro e arredores, Bento, Chalana, Carlos Manuel, José Luís, Jorge Silva, Araújo, Jorge Martins, Diamantino, e ainda para o 'padrinho' algarvio, Carlos Pereira. Frederico Rosa, grande defesa-central, campeão e internacional, vai continuar vivo na memória de quem com ele privou e nos registos do futebol português, onde pertenceu à elite. Que descanse em paz..."
José Manuel Delgado, in A Bola
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