Últimas indefectivações

sábado, 22 de outubro de 2016

7.ª Supertaça

Fonte do Bastardo 0 - 3 Benfica
18-25, 22-25, 17-25

Depois da derrota a semana passada na final do Torneio das Vindimas, pensei que o jogo hoje fosse mais 'apertado', mas o Benfica acabou por fazer uma exibição quase perfeita, com muito poucos erros 'não forçados'...
A Fonte tem uma equipa com muitas 'atletas', seguramente vai dar muito trabalho ao Benfica, lá mais para a frente, quando estiveram mais entrosados, ainda será mais complicado... mas o Benfica, neste momento, é claramente melhor equipa!

Foi bom rever o Vinhedo e o Honaré... mais discreto, mas gostei do Rapha...


PS1: As nossas meninas do Hóquei continuam a ganhar... é um vício!!! Na Anadia, vitória na Supertaça, por 4-1 contra a AA Coimbra (Rita Lopes(2), Rute Lopes, Macarena). É a quarta Supertaça consecutiva para as nossos Hoquistas...
PS2: Em 10 possíveis, ganhámos 7 Supertaças nas cinco modalidades de pavilhão, em masculinos e femininos... nada mau! Quando neste momento, temos adversários com orçamentos iguais ou maiores, em quase todas as modalidades...!!!

PS3: O Nélson Évora, resolveu ir ganhar mais dinheiro para outro lado! Para ser sincero, não gosto deste tipo de negócios, com atletas em fim de carreira, mesmo quando é o Benfica a ir buscá-los... Mas estão no seu direito...
Agora, continua a ficar espantado com a falta de inteligência que estas pessoas continuam a demonstrar... ser o Nélson do Benfica, teria um valor enorme e mesmo financeiramente no futuro a longo prazo, o Nélson poderia rentabilizar... mas assim, será impossível...

Remontada vermelha !!!

Benfica 6 - 4 Barcelos
(1-1)

Depois do jogo da semana passada, os mais incautos podiam pensar que o resultado se iria repetir, mas não foi isso que aconteceu...
Uma das grandes diferenças, foram as 'bolas paradas', hoje, falhámos todas... enquanto o Barcelos aproveitou algumas... o Adroher tem que marcar todas!!!

Quando chegámos ao 3-1, pensei que iríamos ter um jogo tranquilo até ao fim... mas, o Barcelos virou para 3-4. A remontada final, deveu-se ao 'acreditar' dos jogadores, mas o apoio vindo das bancadas foi fundamental... Os últimos 3 golos, foram obtidos, com uma 'banda sonora' ininterrupta de Benfiquismo...!!!

O Hóquei ao contrário de outras modalidades de pavilhão, não tem play-off nem 2.º fase, portanto a regularidade é fundamental... Espero que esta vitória sirva de aviso e de motivação para a maratona do Campeonato...

Afinados...

Benfica 87 - 69 Ovarense
22-11, 22-19, 26-23, 17-16

A Ovarense está mais fraca... e com o jogo Europeu a meio da semana, deu para fazer uma rotação 'maior'... mesmo assim, o jogo esteve sempre controlado.
Apesar dos poucos minutos, gostei novamente do Slutej... o puto tem futuro!

Esperado...

Benfica 29 - 18 Boa Hora
(17-11)

Vitória esperada, num jogo que até começou com algum equilibro, por nossa culpa, mas nos últimos minutos da 1.ª parte, abrimos um fosso (até podia ter sido maior...!!!), que foi aumentando até ao fim...
Destaque, novamente, para as contribuições dos mais novos... o Capdeville está evoluir imenso!

O futebol na televisão portuguesa

"Há programas em que se atiram palavras à cara uns dos outros como, antigamente, nos filmes cómicos, se atiravam com bolos de creme

«Eu nunca vejo, mas contaram-me». É assim que muitas vezes começa narrativa de um espectador dos reality shows futebolísticos que todos os dias passam nas televisões portugueses. Ou seja: há um certo pudor, principalmente a parte de quem tem um determinado estatuto social em dizer que vê o que se assemelha ser uma sessão pornográfica... de futebol.
Não há razões para tanta vergonha, apesar de em alguns desses programas haver, muitas vezes, quem perca o controlo sobre o que pensa e, sobretudo, sobre o que diz. São momentos intelectualmente penosos, sim, mas estão dentro da realidade televisiva que, na ansiosa procura de audiências, transforma qualquer momento e qualquer tema televisivo numa sessão de entretenimento.
É tudo uma questão de cultura do espectador, que é, afinal, o único responsável por aquilo que vê e quer ver. Não vem mal ao mundo não resistir à tentação de um programa de entretenimento desportivo onde cada actor desempenha um papel de rufia do seu clube, transforma o show televisivo num género de luta na lama e atira palavras à cara do parceiro como antigamente, nos filmes cómicos, se atiravam bolos de creme à cara uns dos outros. Virá mal ao mundo, sim, se o espectador pensar que não está no mundo da ficção e que aquilo é mesmo a realidade, que os actores são pessoas que estão a desempenhar cenas da vida real e que não são pagos, precisamente, para fazerem aquele papel.
Depois, há, ainda, a legitimação da diferença. Pela força (até nos loucos investimentos financeiros) de alguns canais, pelo conjunto de plataformas que abarcam e pelo carácter específico dos seus conteúdos. Um canal como o da Bola TV, que tem uma personalidade sólida e que está necessariamente ligada à força única e credível da marca BOLA não pode ser um canal que não respeite a inteligência dos seus fieis seguidores.
Pode perguntar-se, no que respeita aos canais que insistem, até com algum sucesso de audiências, onde está a sua responsabilidade na defesa e no desenvolvimento do futebol, mas a resposta é óbvia. Nem os canais de televisão, em especial os canais privados, têm qualquer obrigação de desenvolver o futebol ou o que quer que seja, nem os antigamente chamados orgãos de comunicação têm de ter, hoje em dia, demasiadas preocupações na formação de uma sociedade que a hipermodernidade, de que nos fala Gilles Lipovetsky, deformou.
Os tempos são outros e não os podemos olhar com os olhos do passado, sob risco de não compreendermos e apenas nos desgastarmos num emaranhado de lamentos.
É, aliás, esta nova realidade física e intelectual, que alguns filósofos contemporâneos apelidam de era do vazio, que permite e explica aquilo que, apenas há alguns anos, seria considerada uma inaceitável irresponsabilidade de alguns dirigentes desportivos que parecem ter perdido definitivamente as velhas noções de ética do cargo que ocupam, mas não seguidos como líderes religiosos.
A liberdade tornou-se, hoje em dia, tão ampla e tão dispersa que consagra, ao mesmo tempo, e com a mesma dignidade o direito à inteligência e à estupidez. Uma e outra podem ser reflectidas nas mais diversas plataformas formais e informais de comunicação, porque a chuva de informação é de tal forma impiedosa que em vez de trazer mais conhecimento traz mais confusão. Se quisermos encontrar um exemplo, podemos lembrar-nos do trânsito de uma grande cidade. Os automóveis, em princípio, traziam-nos maior facilidade e conforto na mobilidade, mas eles, hoje, são tantos, tantos, que podem, de facto, imobilizar-nos na confusão e no caos.
(...)"

Vítor Serpa, in A Bola

Benfiquismo (CCLVIII)

Genial...

À Benfica!

"Na Europa do futebol, o Benfica foi categórico na forma como venceu um Dínamo com muito valor e Kiev, o FC Porto venceu como se esperava um adversário bem mais fraco e segue rumo a um apuramento praticamente certo desde o dia do sorteio. Neste momento, mais difícil do que o comité Nobel encontrar o Bob Dylan é o Sporting seguir para os oitavos de final da Liga dos Campeões, se bem que se poderá queixar sempre das bolas madrastas de Nyon. O caminho do Benfica tem, no entanto, muitas dificuldades. Num grupo muito equilibrado, todos podem ser primeiros ou últimos. É verdade que foi péssimo a vitória dos turcos em Itália, mas dependemos de nós e não acredito que o Nápoles não se desforre em Istambul. Gostei de ganhar em Kiev mas também gostei de ver a vontade de ganhar em Kiev. Em períodos de maior e de menor qualidade, esteve sempre uma vontade e uma entrega que dão garantias se as mantivermos. Se na Taça de Portugal vencemos com serviços mínimos, já em Kiev vencemos com serviços médios. Esperamos estarem guardados para o Restelo os serviços máximos num jogo de todos os perigos.
Tem sido lenta a mancha das recuperações dos lesionados, mas foi bom voltar a ver Jiménez a jogar, e será desejável ver outros regressos muito em breve, até porque o desgaste deste jogo e a viagem podem fazer mossa. Num plantel com mais de 20 jogadores com tanta qualidade, teremos sempre de ouvir os almocreves das petas que proliferam pelas televisões, em análises sobre a qualidade dos que não jogaram. É óptimo que assim seja, revela azia pelo que fizeram de bem os que jogaram. Mas a dura verdade é que os nossos suplentes têm qualidade superior a muitos titulares de outras paragens. Teremos de prosseguir com a mesma serenidade e determinação com que chegamos aqui.
Ganhámos a Supertaça, lideramos o campeonato, seguimos em frente na Taça de Portugal e disputamos ponto a ponto um lugar nos oitavos da Champions num grupo forte. É à Benfica!"

Sílvio Cervan, in A Bola