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terça-feira, 12 de maio de 2015

Foi como se um raio apagasse a Luz

"Uma das manhãs mais negras da história do Benfica - 5 de Dezembro de 1966. Uma descarga eléctrica ceifa a vida de Luciano Fernandes e por pouco não mata Eusébio, Cavém, Santana, Carmo Pais, Camolas e Mata da Silva. Vale o sangue frio de Jaime Graça.

Dia 16 de Outubro de 1966. Estádio da Tapadinha: Atlético-Benfica para a 5.ª jornada do Campeonato Nacional.
Pouco depois dos 15 minutos, Luciano sofre uma distensão muscular e o Benfica fica reduzido a dez jogadores. Não era ainda o tempo das substituições.
Coluna recua para o lado de Jacinto, com Cruz e Cavém nas laterais.
A equipa bate-se e não se deixa abater pelo azar.
O Benfica venceria por 2-1: dois golos de Eusébio.
Luciano sai de campo desgostoso. Ganhara a titularidade desde o início do campeonato e soubera mantê-la até aí, ora fazendo par com Raul. Parecia ter a confiança do treinador Fernando Riera.
O destino ditou: não voltaria a jogar! Nunca mais! Ingrato Destino no qual não se pode confiar...
No dia 5 de Dezembro estava morto.
Luciano Jorge Fernandes: nascido em Olhão a 6 de Agosto de 1940. Um dos mártires da história do Benfica. É preciso lembrá-lo. Eu recordo-o aqui, nesta página.
Foi como se um raio apagasse a Luz.
Vários jogadores submetiam-se nesse dia ao trabalho de recuperação do jogo da véspera (3-1 em São João da Madeira). Cumpriram sessões de massagem e banhos de imersão. Eusébio, Jaime Graça, Cavém, Santana, Carmo Pais, Camolas e Malta da Silva estiveram no centro da tragédia.
Mergulhado na água daquela espécie de jacuzzi de tempos idos, um aparelho de hidromassagem recentemente adquirido pelo Benfica, Luciano morre electrocutado. Coisa primária: um simples objecto que se colocava na água e se ligava à electricidade de forma a provocar uma certa agitação.
Vale o sangue frio de Jaime Graça para que o desastre não seja de incomensuráveis dimensões.
Ele próprio recordou, na altura: «Senti o primeiro choque e reagi. Com a ajuda de um dos representantes da casa que instalou os aparelhos, tomámos as indispensáveis providências».
E lamentava-se: «Estávamos todos alegres, fazendo o barulho habitual. Noutras condições e mais despreocupados teríamos sido atingidos sem solução. Pobre Luciano...».
Também Cavém escapou à morte por uma unha negra: «Foi tudo vertiginoso. Uns momentos mais e ninguém se salvava. O que me valeu foi agarrar-me ao varão da escada».
De imediato, a Polícia Judiciária investiga. Os aparelhos e o restante material eléctrico foram requisitados para posterior apuramento de responsabilidades.
Confirmou-se que o cabo de ligação era curto e fora necessário impor-lhe uma extensão:apesar de vedada não resistiu à condensação que havia no ar.
Malta da Silva, o mais abalado dos restantes jogadores, dá baixa no Hospital da Cruz Vermelha.
Luciano teve morte quase instantânea: o Dr. Azevedo Gomes ainda procura fazer-lhe uma punção directamente ao miocárdio, mas debalde.
Caí o luto sobre o vermelho vivo.
O Benfica está em choque.
Chamaram-lhe o novo Germano
Luciano tinha 26 anos: era um companheiro estimado por todos.
O clube decreta luto de oito dias em todas as suas actividades.
Chegara ao Benfica em 1963, vindo do Olhanense. Ameaçava ser o novo Germano e ele usava um bigodinho a condizer, à Clark Gable.
As manifestações de desgosto foram enormes. Junto à sede da Rua Jardim do Regedor multiplicaram-se as visitas pesarosas. Sporting, Belenenses, Atlético... todos os clubes fizeram questão de estar representados.
Chovem telegramas aos milhares.
Uma enorme delegação do Benfica acompanhou o cortejo fúnebre até Olhão. Ao longo da estrada, pelas povoações, em Alcácer, Grândola, as pessoas saíram à rua para ver passar a urna do infeliz jogador.
Junto do Barranco Velho, a sua cidade recebeu-o para sempre.
Entretanto, «em Lisboa tudo na mesma, isto é, a vida corre»...
O Benfica recebe a CUF ainda envolto na amargura da perda. Vence por 3-0 - golos de Eusébio(2) e Yaúca - mas não exibe a alegria contagiante dos grandes tardes. Não havia motivos para isso.
A vitória no campeonato é surpreendentemente assegurada à custas da Académica que fica em segundo lugar a apenas três pontos do primeiro.
Mas será na realidade surpreendente? É que nessa mesma época a Académica chega à final da Taça de Portugal - perderá para o V. Setúbal (2-3) - e elimina o Benfica nos quartos-de-final com 2-0 em Coimbra e 1-2 na Luz. Obra do «Velho Capitão».
José Augusto estava no balneário naquele dia de morte: «Só quando ouvi gritos é que fui a correr perceber o que se passava. Mas nada havia a fazer... No final dessa época fui a Olhão depositar um ramo de flores na campo do Luciano em nome de todos os companheiros de equipa».
Luciano Fernandes morreu, portanto, campeão. Não fez muitos jogos pelo Benfica, exceptuando a primeira época de águia ao peito, a de 1963/64, em que actuou vinte vezes para o campeonato, quatro para a Taça e três para a Taça dos Campeões. A concorrência era muita. E forte.
Ficaram-lhe os títulos: três. Coisa de que muitos não se podem gabar.
E resta uma saudade própria daqueles que desaparecem cedo demais...
Uma vida de raio: apaga-se mal de acende..."

Afonso de Melo, in O Benfica

Carga ao mar

"A viagem à '...formosa pérola do Atlântico' não foi inteiramente 'formosa'...

Primeiro clube continental a viajar até ao arquipélago da Madeira, o Sport Lisboa e Benfica partiu do cais de Santos, em Lisboa, a 5 de Abril de 1922. A deslocação, a convite do Club Sport Marítimo, durou aproximadamente 15 dias, durante os quais a equipa realizou cinco jogos e participou em diversos passeios, recepções e festas em sua homenagem.
Na Madeira, o Clube aguardado com verdadeiro entusiasmo e o objectivo de promover as boas relações entre o Futebol continental e o madeirense foi largamente cumprido. A comitiva 'encarnada' ficou encantada com a calorosa recepção e, sobretudo, com a beleza da ilha.
Mas nem tudo foi 'um mar de rosas'. A viagem a bordo do paquete Funchal não começou da melhor forma. O relato é feito na primeira pessoa, por Ribeiro dos Reis, no jornal O Sport de Lisboa: «Pelas alturas do Bugio começa a dança. Apanhamos uma mareta forte e a cousa começa a não sorrir (...) Á 13h25 regista-se a primeira baixa. O Belford, que tem vindo de grande galhofa, começa a sentir-se mal disposto (...) Está lívido como um cadáver. Cinco minutos depois, precisamente á 13h30, anuncia-se a primeira carga ao mar. É o Simões que abre a série, verdadeiramente atrapalhado (...) Pouco depois aparece-nos o Alberto Augusto, de olhos esbugalhados, e que diz já não ter mais nada para deitar fora. O Bráz, que está perto do Simões, segue-lhe o exemplo. São duas horas. A sineta de bordo chama-nos para o lunch. Descemos á sala de jantar, e isto constitue a nossa perdição! O cheiro da cozinha, e tudo aquilo a balouçar, acaba por agoniar-nos. Engulo uma canja á pressa, mas não tenho tempo para mais. Vejo tudo a dançar á minha volta. Completamente perdido, utiliso o primeiro receptáculo que se me depara (...) Esta primeira refeição inutilisa quasi todos.»
No Museu Benfica - Cosme Damião, na área 26. Benfica universal, encontra-se exposta, como símbolo desta viagem, a Taça Ilha da Madeira."

Mafalda Esturrenho, in O Benfica

A importância do 34

"Tem sido dito que a conquista do 34.º título do Benfica será muito importante, pois desde 1982-84, sob o comando de Eriksson, que o Benfica não ganha um bicampeonato. A vencer este ano, o clube inverte a tendência de hegemonia do Porto, que se faz sentir, em particular, desde a década de noventa.
Na verdade, há um outro aspecto tão ou mais importante do que ganhar dois títulos seguidos. Nos últimos campeonatos que o Benfica venceu, o adversário directo nunca foi o Porto. De facto, quando os campeonatos foram disputados até ao fim entre Benfica e Porto, os dragões acabaram por se sagrar campeões. Tendo em conta o legado psicológico de 2012/13 e 2013/14, a vitória deste ano pode anunciar uma mudança importante.
Senão vejamos: o último campeonato que o Benfica venceu, depois de uma competição ombro a ombro com o Porto, foi em 1990/91, já lá vão 24 anos. Na época passada, o 2.º classificado foi o Sporting e em 2009/10, o Braga. É um facto que quer em 1993/94, quer em 2004/05, o Benfica foi campeão com o Porto a sagrar-se vice-campeão. No entanto, ambos os campeonatos foram disputados entre Benfica e Sporting, com o clube de Alvalade a capitular na recta final (num caso, com a derrota por 6-3; noutro, com o golo de Luisão, quase ao cair no pano na Luz).
Este ano, o Benfica não só parece ter o título à mão se semear, como resistiu na liderança desde a 5.ª jornada, com o Porto à ilharga, nunca claudicando. É também por isso que estamos perante uma conquista que, a concretizar-se, é tão importante. Tanto mais que o Porto investiu muito, com empréstimos a preços impraticáveis (Casemiro), contratações de valores proibitivos para o campeonato português (Adrián López) e uma aposta de médio prazo num treinador desconhecido. Convém recordar que este era o ano em que o Porto não podia falhar e em que o Benfica iniciou a época quase derrotado."

O circo montado por Lopetegui

"Já lá vai o tempo de poucas ou nenhumas saudades em que os presidentes dos clubes rivais faziam cruzar ditos, remoques, acusações, ataques verbais, ofensas e outras formas de agitar o ambiente e de cultivar o desassossego nas hostes, o que se reflectia, não raras vezes, num ambiente de perigosa tensão.
Os tempos mudaram, e muito, no futebol português. Hoje, entre o FC Porto e o Benfica, por exemplo, há uma notória paz institucional que nem é oficialmente anunciada, nem é oficiosamente beliscada. Aqui e ali pode-se reconhecer um pequeno sinal de inquietação, até mesmo uma mensagem de contida indignação, mas nada que faça perigar relações pacificadas ou que desperte a ira adormecida dos adeptos mais cáusticos.
Será, talvez, pela constatação e pela consagração desse ambiente bem mais civilizada e com reconhecidos efeitos positivos na diminuição de incidentes e de acidentes no futebol que mais surpreende a persistência e, além disso, a insolência das declarações de Lopetegui sobre Jorge Jesus.
Acredito que elas resultem de uma nova, embora estranha, teoria de comunicação do FC Porto, porque seria inadmissível, para o clube, que o seu treinador montasse todo este circo por livre arbítrio. Porém, não se vislumbra o alcance da ideia, para além de colocar o treinador basco num patamar de antipatia generalizada, por ser tão obviamente grosseiro na análise, desculpabilizante dos seus próprios erros e, pior de tudo, por ser tão vulnerável no plano meramente ético, ao atacar um companheiro de profissão que - valerá a pena recordar - ele próprio começou por desrespeitar em público."

Vítor Serpa, in A Bola

Lopetegui igual a nada

"Pinto da Costa no treino é quase sempre tema de notícia. Filipe Vieira raramente merece essa saliência e, no entanto, as coisas estão a mudar: o que fraqueja no Porto, fortalece no Benfica.

Julen Lopetegui (espero ter escrito bem) demorou duas semanas a descobrir uma oportunidade para desancar Jorge Jesus por causa da troca de palavras que protagonizaram no final do Benfica - FC Porto, ainda no relvado, num quadro de temperaturas elevadas e que, em rigor, só eles conhecem. Se é que sim, na medida em que o incidente foi por ambos desvalorizado nas conferências de Imprensa que se seguiram.
Só agora, depois da vitória com o Gil Vicente, Julen resolveu confessar, à boleia de pergunta aparentemente inofensiva, que perdeu o respeito por Jesus, por este, alegadamente, ter feito uma comunicação distorcida daquilo que, afinal, não passou de 'conversa da treta', em face da nenhuma relevância que lhe atribuíram, na tarde de 26 de Abril.
A reacção do treinador portista é deselegante ao atacar um colega de profissão e desconchavada quanto à argumentação de suporte, revelando uma personalidade zangada com o mundo e, sobretudo, mal informada sobre a história do futebol português, suspeitando-se que na altura da contratação lhe terão contado apenas uma versão resumida e conveniente. De aí o tom petulante com que se apresenta ao trabalho numa realidade futebolística que desde o início desconsiderou, proclamando uma competência superior que a prática não justificou.

Objectivamente, Lopetegui está à beira de encerrar a sua primeira época no FC Porto com a total ausência de troféus, o que, a confirmar-se, representa um birombo na organização portista, vista até aqui como inexpugnável, de uma solidez à prova de bala, mas claramente distante do que era. Razão pela qual o treinador basco tem sido obrigado a expor-se mais do que devia, um pouco à semelhança de Paulo Bento no Sporting, com o desfecho que se conhece. É, no mínimo, estranho, por indicar que dessa endeusada estrutura pouco resta além das esporádicas ironias presidenciais; e é isso que começa a doer aos adeptos do emblema do dragão, aperceberem-se que depois de uma temporada falhada, com a desculpa de ter sido de transição (pelo menos Paulo Fonseca ergueu a Supertaça), outra se lhes depara despida de títulos, servindo-se habilmente Lopetegui do seu percurso na Champions, em contraponto ao eclipse de Jesus, para tentar esconder o que toda a gente vê: o FC Porto continua a transitar, apesar do forte investimento no plantel com o objectivo de incomodar a águia no seu voo ascendente.

Jesus ficar a saber que Lopetegui não gosta dele, deve ser para o lado que dorme melhor. Expressões como «manto protector» ou «eco social», além de desculpas de ocasião, servem para sublinhar a renitência de Lopetegui em assumir a abundância de erros que tem praticado, e, provavelmente, a impreparação para treinar em clube de topo. Deu-lhe jeito, por isso, que Mourinho, uma pessoa com «bastante experiência» e que «costuma acertar bastantes vezes no que diz», tivesse apoiado a sua continuidade no dragão. Creio, até, que devia servir-lhe de exemplo. Fica bem aprender com quem sabe mais, não obstante o professor ser português e o aluno espanhol. Paciência, é que o primeiro chegou em Fevereiro de 2002 em substituição de Octávio Machado e disse, mais ou menos isto: não me façam exigências, mas no próximo ano seremos campeões. Foram no próximo e no seguinte, e conquistaram a Taça UEFA e a Liga dos Campeões. Lopetegui chegou no verão de 2014, carregou uma rica equipa e não só nada disse como nada ganhou...

O problema central é mais profundo e complexo e passa ao lado dos destemperos de Lopetegui e dos enganos de Jesus. O que está em cima da mesa é o que me parece ser a irreversibilidade de uma mudança de ciclos, temida por portistas e perseguida por benfiquistas. Talvez não se note, mas existe. Pinto da Costa no treino é quase sempre tema de notícia. Luís Filipe Vieira raramente merece essa saliência e, no entanto, as coisas estão a mudar: o que fraqueja no Porto, fortalece no Benfica."

Fernando Guerra, in A Bola

Diferenças

"O Jonas é diferente: joga como se fosse uma mentira, a mentira de quem parece que lhe falta apetite de golo, que anda a pairar sobre o campo, mas não: nunca lhe falta o apetite de golo, nunca anda a pairar sobre o campo - é como uma serpente que rodopia, traiçoeira, pelo prado, à procura do instante certo para ataque fatal, habilidoso e simples, oportunista e venenoso.
O Jackson é de outra estirpe: é como se fosse um conto, o conto em que o lobo mau se disfarça de avozinha para comer o capuchinho - o ponta de lança que se alguém prender numa prisão como Alcatraz consegue escapar de lá num golpe de magia com a baliza entre os olhos e o fogo nos pés. Também é capaz de descobrir o paraíso de bicicleta, fazendo sublime, o que fez, no domingo, ao Facchini, talvez o terceiro melhor guarda-redes da Liga. Ou de ir buscar espantos até à filosofia em voo baixo (ou não...) do Bob Pasley, o lendário treinador do Liverpool, que dizia aos seus avançados antes de os lançar o todos os seus jogos:
- Quanto estiveres na área e não souberes o que fazer à bola, mete-a na baliza que depois discutimos as opções...!
Por isso, por o Jackson ser assim, é que eu acho que se ainda houver um flanco aberto para a justiça poética lá entrar, nele ficará o único título que o FC Porto pode ganhar esta época: a Bola de Prata - pois tudo o resto Lopetegui deitou a perder. Acha?! Acha injustiça (e pouco poética) eu dizê-lo assim,nesta crueza? Eu não acho. Sabe porquê? O futebol é um jogo que se joga para se tornarem perfeitas as imperfeições - e nisso Jesus ganhou a Lopetegui. Aliás, acho mais: que, apesar do Jonas ou apesar do Jackson (ou apesar do «manto protector» que é a versão mais zangada e mais esquizofrénica do «colinho»...) - o que, na verdade, decidiu este campeonato foi, nesse jogo de tornar perfeitas as imperfeições, o Jesus compensar o ter pior plantel que Lopetegui com facto de ter sido muito melhor treinador que ele..."

António Simões, in A Bola

O efeito Vieira

"O tri conquistado pelo voleibol masculino do Benfica representa mais uma parcela nas contas traçadas por Luís Filipe Vieira, quando foi reeleito no final de 2012 e onde fez questão de afirmar que neste seu mandato queria que as modalidades chegassem aos 50 títulos.
Por mais uma vez foi sublinhado o importante papel que o presidente do Benfica teve em reerguer o clube, criando as condições essenciais para as modalidades ditas amadoras terem expressão ganhadora. O projecto de Luís Filipe Vieira, que agora se conhece melhor na sua essência, está directamente ligado à filosofia que o líder do clube tem para o futebol: a formação é uma pedra basilar e a experiência é mais-valia, tem de coabitar com a juventude. A cadeia hierárquica tem de funcionar na perfeição em cada modalidade para se fazer a avaliação concreta e objectiva no final de cada temporada.
Ao princípio foram criadas as condições: dois pavilhões bastante funcionais, aptos a receberem provas internacionais. Mas a cidade desportiva do Benfica engloba ainda ginásios e um enquadramento técnico específico a cada modalidade, que proporciona todo o apoio individual. A exigência do alto rendimento nos dias de hoje e a elevada carga de treino e de jogos tem se estar bem sustentada. E foi Vieira a antecipar as falsas desculpas.
Na ideia do líder do Benfica, a meia centena de títulos é possível, para quando terminar o seu mandato pensar em algo mais exigente. A pressão é uma constante, mas o apoio de Vieira traduz-se na hora, seja em mensagens de apoio, seja ao aumentar orçamento para as competições europeias.
Das modalidades com tradições no Benfica, o voleibol conseguiu o feito inédito de concretizar o terceiro título consecutivo, que o hóquei em patins e o basquetebol já tinham alcançado. O mistério continua a ser o andebol. Sem uma justificação plausível, a modalidade tarda em encontrar o caminho do sucesso, depois de terem sido ensaiadas várias mudanças na orientação técnica. Mas o mérito também tem de ser dado ao FC Porto, que exprime resultados tão bons no andebol como o Benfica em outras modalidades."