"O ano de 2022 até pode não ter “começado” da melhor maneira, visto que o SL Benfica viu o seu eterno rival ser campeão nacional. No entanto, o começo da nova época 2022/23 trouxe ares de um fado diferente para os encarnados. Rui Costa contratou um novo treinador que, desde cedo, começou a mostrar que vinha para amar o clube, como os adeptos tanto amam. “Quem ama o futebol, ama o SL Benfica”, foi com estas palavras que Roger Schmidt abraçou a função de técnico das águias.
A verdade é que a partir desse momento, o panorama no seio da equipa encarnada mudou para melhor: começaram a aparecer os bons resultados e as exibições que outrora tínhamos visto, sendo a união dentro do balneário reflexo disso mesmo. Nunca podemos esquecer que o apoio por parte dos benfiquistas tem sido incansável.
Posto isto, decidi eleger o top 3 dos melhores momentos do ano que chegou agora ao fim no SL Benfica.
3.
União frente ao FC Vizela – Decorria o jogo da 5.ª jornada da Primeira Liga, frente ao FC Vizela, quando as águias foram postas à prova. Até àquele momento, as exibições do SL Benfica tinham sido dignas de grandes palcos, como o Estádio da Luz. No entanto, este adversário entrou em campo com o objetivo de pôr fim ao sonho da invencibilidade, que os encarnados tanto tinham em mente. Tudo começou aos 20 minutos de jogo… Bondoso assistiu Osmajic que inaugurou o marcador, pondo em sentido todo o universo benfiquista.
Depois do golo dos visitantes, as águias tentaram romper a defesa adversária, mas sem sucesso. Avizinhava-se um jogo difícil. Chegou o intervalo e o resultado continuava a ser de 0-1. Foi preciso esperar até ao minuto 76 para ver Neres fazer o que melhor sabe, marcar golaços. Estava feito o empate para os encarnados, mas os adeptos pediam mais. Contudo, aos 91 minutos viram o avançado Gonçalo Ramos ser expulso pela primeira vez na carreira. Tudo parecia piorar.
Até que, a chama imensa que tanto caracteriza este clube veio ao de cima. O relógio marcava 90 minutos de tempo regulamentar mais 11 de compensação, quando João Mário, da marca de 11 metros, deu provas de que a união faz a força e de que o SL Benfica veio para esta temporada com mentalidade de vencedor.
Foi um autêntico final de loucos, na Luz. De loucos que demonstraram estar a lutar, juntos, para que este clube volte a ser o que era – um clube onde só a palavra vencer importa.
2.
Vitória no Estádio do Dragão – E se o episódio que ocupou o terceiro lugar do pódio demonstrou a raça, o querer e a ambição do SL Benfica, este não fica nada atrás. Jogar no Dragão sempre foi uma tarefa complicada para qualquer equipa. Sendo o eterno rival das águias, ainda pior. Na 10.ª jornada do campeonato, os dragões entraram em campo com uma força extra para vencer os encarnados, contudo, foram estes que, no final, tiveram mais fome de vencer, apesar de ambas as equipas terem tentando inaugurar o marcador desde cedo.
É certo que não foi um clássico como os antigos, que terminavam com muitos golos para os dois lados, mas foi uma partida digna para aqueles que pagaram bilhete para a ver. Houve casos para todos os gostos: faltas, expulsões e possíveis expulsões e até mesmo ânimos exaltados, como “manda a tradição”.
Ao minuto 72, Rafa impôs a hegemonia encarnada. O extremo português rodou na grande área e de forma meio atabalhoada rematou para o fundo das redes defendidas por Diogo Costa. O golo ainda foi analisado pelo VAR mas, depois de validado, ficou garantida mais uma vitória para as águias e seis pontos de avanço em relação aos dragões.
Este foi, sem dúvida, um dos melhores momentos deste ano, porque, para além de o SL Benfica ter continuado invicto, voltou a vencer o FC Porto, algo que não fazia desde março de 2019.
1.
Primeiro lugar na fase de grupos da Liga dos Campeões – Quando o sorteio ditou que o SL Benfica ia defrontar equipas como o Paris Saint-Germain FC, a Juventus FC e o Maccabi Haifa FC, a primeira ideia que surgiu na mente da maior parte dos adeptos do desporto-rei, foi a de que os encarnados iriam discutir o segundo lugar do grupo com os italianos. No entanto, mais uma vez, as águias provaram que foram feitas para grandes voos e conseguiram, não o segundo, mas sim o primeiro lugar.
Os encarnados terminaram a fase de grupos com o mesmo número de vitórias (quatro), de empates (dois), de golos marcados (16) e sofridos (sete) que os franceses. A decisão final coube, pela primeira vez na história da competição, ao sexto critério: o maior número de golos marcados fora de casa, sendo que o SL Benfica tinha nove e o Paris Saint-Germain FC seis.
Foram nove golos marcados fora e, seis deles no último jogo, frente aos israelitas. Gonçalo Ramos, Musa, Grimaldo, Rafa e Henrique Araújo já tinham deixado a sua marca no jogo e, quando todos achavam que já não havia mais nada a fazer, João Mário provou o contrário. É caso para dizer que a liderança do grupo H ficou estabelecida ao minuto 92 da última jornada, quando João Mário, através de um remate potente fora da área, estabeleceu o 1-6 no marcador.
Para além desta conquista, o SL Benfica ainda atingiu outro feito histórico, maior recorde de pontos numa fase de grupos (14). Há outra maneira melhor de fechar este top do que ver a hegemonia encarnada voltar, não só a nível nacional, mas também a nível internacional?"