Últimas indefectivações

sábado, 27 de setembro de 2025

Vermelhão: 3 pontos importantes...

Benfica 2 - 1 Gil Vicente


A equipa está de facto cansada, já o tinha escrito após o empate com o Santa Clara, é notório e facilmente explicável, com o calendário, com as férias curtas, e com a quase inexistente pré-época! As lesões, e a chegada tardia de algumas contratações, também não ajudaram na rotação da equipa. Provavelmente, vão começar a alegar que o Mourinho está a desculpar-se, mas o cansaço é real...

Mesmo assim, hoje, começamos a jogo praticamente a perder, e acabámos por ter forças para dar a volta, ainda no 1.º tempo... E antes do intervalo, até podíamos ter 'matado' a partida, com 4 remates do Lukebakio!

Curiosamente, os dois piores momentos da equipa, foi o arranque de cada parte! Coincidência, ou falta de concentração?! No primeiro tempo, o Trubin 'safou' a primeira (pareceu-me fora-de-jogo!), mas na 2.ª, após uma sequência horrível de apitos, acabámos por sofrer... No 2.º tempo, os 6cm do AVAR, acabaram por anular o 2-2!!!

O Gil Vicente fez um excelente jogo, foram intensos, rápidos, vieram com a lição bem estudada, souberam criar muitos desequilíbrios por 'dentro' com passes simples e rápidos... Conheciam as nossas dificuldades físicas, tivemos 'sorte' com os ferros, o Trubin fez uma defesa extraterrestre (repito potencialmente em fora-de-jogo), mas acabaram por não acertar mais baliza....

Não nos podemos esquecer, que com esta sequência negativa de resultados o mais importante era mesmo ganhar. Com a integração completa do Sudakov e do Lukebakio, a equipa só pode melhorar!

Surpreendeu-me o onze, com a titularidade do Schjelderup! O Aurnses no lugar do Enzo era previsível, a titularidade do Lukebakio também era natural, mas com o Andreas ficámos com dois Alas abertos, e com um meio-campo com muito espaço, com um Aursnes com muitas dificuldades de posicionamento... Apesar do muito esforçado Sudakov, ter tentado ajudar, nas coberturas!

A presença do Belga, foi fundamental na nossa capacidade de 'esticar' o jogo, com bolas longas! Já o tinha feito com o Rio Ave nos últimos minutos, e hoje na 1.ª parte voltou a fazer... a recepção no penalty é deliciosa!

Após as substituições, perdemos essa capacidade, mas nos últimos 30 minutos da partida, o Trubin até não foi obrigado a grande trabalho, apesar do Benfica também estar muito afastado da baliza do adversário!


O Pavlidis com dois golos será o MVP para muitos, mas o Lukebakio mesmo sem estar a 100% voltou a ser decisivo nos minutos que esteve em campo!!! Muda completamente o nosso jogo, transforma o Benfica ofensivamente, no 1x1 e estica o jogo, com a ameaça da bola longa... O outro potencial MVP é o Trubin, a defesa nos primeiros segundos foi de elevadíssimo grau de dificuldade... no golo fica a ideia que podia ter feito mais... no 2.º tempo, defendeu dois remates fortes, mas à figura!

O Aursnes voltou a fazer um jogo na sua posição natural, mas como já o observei várias vezes, o nosso mestre de todos os ofícios, quando muda de posição precisa de 2 ou 3 jogos, para voltar a ganhar as rotinas!


Mais um apitadeiro corrupto. Anti-benfiquista fanático, mais um afilhado do Pintinho e afins, que está a subir na hierarquia do CA, à força, mesmo com provas de incompetência evidentes!
No golo do Gil, a falta não assinalada sobre o António, só pode ter sido intencional... Depois, a falta marcada ao António, só pode ser brincadeira: o António corta a bola, e choca com o adversário! Repito, o António jogou a bola!!! Recordo do recente Famalicão-Sporting, onde numa jogada parecida, com o defesa do Sporting, a não tocar na bola, dentro da área, e o penalty não foi assinalado; destaco ainda neste jogo, o lance com o Barreiro perto do final, onde na mente de alguns ficou a dúvida, se haveria penalty, mais uma vez, com o Barreiro a cortar a bola de cabeça!!! Continuamos, a ter decisões, e opiniões dos 'expert's' opostas, em lances idênticos, consoante as cores das camisolas!!!

Nota ainda para a forma envergonhada como marcou o penalty... e mesmo assim, conseguiu não mostrar nem sequer o Amarelo aos defesas do Gil, após o Lukebakio ter sido rasteirado, pelos dois!!!
Destaco mais dois lances:
- logo a seguir ao golo do Gil, o Andreas é agarrado pelas costas, perto da área do Gil: a falta é marcada, mas o Amarelo ficou no bolso... o Dedic, foi expulso, por faltas parecidas, cometidas no nosso meio-campo ofensivo!!!
- a última falta, antes do intervalo, também foi uma piada! Mais um Livre Lateral perigoso, numa jogada onde o jogador do Gil, desloca-se em perpendicular em relação à bola, para fazer obstrução ao Ríos, mas a falta foi contra o Benfica!!!

Ainda, uma nota sobre os tempos de compensação: 5+9 !!! Foi o recorde desta época, depois dos empates concedidos nos últimos tempos, com o Benfica com um calendário super-carregado, aposta total no Sistema é prolongar o jogo, com o Benfica a vencer pela margem mínima!!!!

Agora, Champions, com 3 dias de 'descanso' com uma viagem curta pelo meio!!! O Chelsea tem alguns lesionados, também fez uma pré-época curta, mas tem tido um calendário mais amigável! Com o Lukebakio na equipa, um Benfica mais na expectativa pode ter sucesso!!! Com o regresso do Enzo, apostaria no Aursnes na esquerda e o Ivanovic no lugar do Pavlidis... o jogo no Dragay, só deve preocupar depois da Champions, mas... Agora, começava a pensar seriamente, em convencer alguns Selecionadores a darem 'descanso' aos jogadores: Otamendi e Ríos, com a qualificação decidida deviam ficar em Lisboa por exemplo... E se fosse preciso 'inventar' alguma lesões, como os Lagartos e os Corruptos, costuamam fazer, também o devíamos fazer...!!!

Pré-época: Elite Cup...

30 anos

Do silêncio de Lage ao ruído de Mourinho


"Bruno Lage saiu com poucas palavras, mesmo quando tudo à sua volta era ruído. José Mourinho volta, 25 anos após a primeira passagem, como mito, mas também como risco.

O futebol tem destas ironias. Num dia, o treinador atravessa o relvado com o desânimo estampado no rosto, o silêncio a pesar mais do que as derrotas. No outro, o mesmo banco é ocupado por uma das vozes mais estrondosas da história do jogo. O Benfica despediu-se de Bruno Lage e recebeu José Mourinho com a pompa de quem abre as portas a um imperador. Entre o adeus e o regresso, a distância não se mede em dias, mas em símbolos.
Bruno Lage saiu com poucas palavras, mesmo quando tudo à sua volta era ruído. A derrota com o Qarabag foi apenas a gota que fez transbordar um copo já cheio de desconfiança. Do lado dele ficou um agradecimento ao Benfica. Do lado de alguns comentadores, palavras amargas: acusações de falta de lealdade e insinuações sobre bastidores pouco claros. Nem Bruno Lage nem Rui Costa mereciam tais ataques de caráter.
Rui Costa apostou em Lage com uma lealdade que poucos teriam. Se tivesse pensado apenas em si e nas eleições que se aproximam, teria sido fácil despedir o treinador no final da época passada, colocando-lhe às costas toda a responsabilidade do insucesso. Não o fez. E só alguém de má-fé, mal ou muito pouco informado, pode insinuar que Rui Costa teve gosto na saída de Lage.
Esta saída deveu-se apenas aos maus resultados e à falta de empatia de Lage com os adeptos, tudo o que Rui Costa menos queria. Não tenho qualquer relação pessoal ou contacto com um ou com outro, mas, daquilo que me é possível apreciar, nenhum deles merecia ver posta em causa uma relação que foi leal. Comentários disparatados nunca faltam no futebol, mas nesta despedida eram completamente dispensáveis. Mas não valerá a pena falar mais disso. Até porque o futebol raramente é tribunal, mas quase sempre é palco.
E o palco não ficou vazio. Poucos dias depois da saída de Lage, o Estádio da Luz vestiu-se de gala para receber José Mourinho. Vinte e cinco anos após a primeira passagem, regressa o homem que, ainda jovem, ensaiava os primeiros passos de um percurso lendário. Agora volta como mito, mas também como risco. Não vem para se despedir do futebol, vem para se lançar outra vez ao fogo. Fala em grandeza, em paixão, em fome de vitórias. Um discurso que mistura humildade e arrogância, a marca registada da sua carreira.
O contraste não podia ser maior. Lage discreto, reservado, a falar pouco. Mourinho teatral, ruidoso, a transformar uma conferência de imprensa num espetáculo. Um sai por não ter conseguido dar futuro ao presente, o outro entra com um passado que impõe respeito imediato.
Mas há uma linha que os une: ambos são filhos do Benfica. Ambos saltaram para a ribalta a partir da Luz. Lage caiu porque os resultados não convenceram. Mourinho chega como aposta de afirmação. Não é apenas treinador, é também cartaz. É futebol, mas também é poder.
A questão é saber se este regresso será bálsamo ou bomba. Mourinho já disse que em casa ganhava mais do que no Benfica. Que veio por paixão, não por dinheiro. Que aceita perder para poder ganhar. Que prefere o risco ao conforto. São palavras bonitas, mas o futebol mede-se em vitórias. E no Benfica ainda mais. E a paciência da Luz é tão curta quanto a sua memória é longa.
Do ponto de vista simbólico, este é talvez o maior choque de narrativas que se podia imaginar. Um treinador que sai sem nunca ter conquistado as bancadas. Outro contratado entre aplausos e promessas. Um adeus envolto na descrença, um regresso envolto em esperança. Mas, no fundo, ambos são peças de um mesmo enredo: o de um clube que vive em permanente tensão devido à sua grandeza.
O Benfica não vive apenas de bola. Vive de política interna e externa, de guerras de bastidores, de bancadas inflamadas. Lage não resistiu a essa turbulência. Mourinho acredita que pode dominá-la. O tempo dirá. Mas com ele ninguém fica indiferente: tudo é maior, as vitórias sabem mais, as derrotas doem mais, os empates parecem tragédias.
Como muitos benfiquistas, também eu sinto a tristeza de ver Lage sair nesta altura e, ao mesmo tempo, a euforia do regresso de Mourinho. O coração não dita sentenças. Pelo contrário, é palco de emoções contraditórias.
Por isso, esta crónica não é sobre justiça. Não é sobre quem tinha razão na saída de Lage, nem sobre quem lucra mais com a chegada de Mourinho. É sobre o que o Benfica faz sempre: transformar a sua vida interna num espetáculo que vai muito para além dos noventa minutos.
No fim, Lage e Mourinho representam duas formas de estar no Benfica. Um, sereno e discreto, acabou engolido pelo ruído. O outro, estrondoso e mediático, chega para abraçar esse mesmo ruído. Talvez a moral seja simples: no Benfica não há espaço para silêncio. A Luz pede barulho.
Se Mourinho devolverá títulos, ninguém sabe. Mas já devolveu ao clube aquilo de que ele mais gosta: intensidade, polémica, paixão. Uma lufada de ar fresco que muitos reclamavam depois de Schmidt e Lage. O desconforto que um clube grande precisa para se sentir vivo.
Lage não saiu pela porta grande, Mourinho entra pela porta principal. Um leva consigo tristeza, o outro traz a promessa de glória. Entre ambos, fica o Benfica, sempre maior do que qualquer treinador, muitas vezes refém da sua própria dimensão. E nós, nas bancadas ou diante do televisor, ficamos à espera. Do próximo jogo, da próxima vitória, do próximo capítulo desta novela interminável que é o futebol na Luz."

O exemplo de um Abel reinventado (para Mourinho e outros)


"Precisamente quando o treinador português parecia estagnar e já pediam a sua cabeça, o Palmeiras reinventou-se e volta a atacar forte os títulos. Um exemplo para muitos

Palmas para Abel Ferreira! Não é só a presença nas meias-finais da Libertadores e a luta pelo título no Brasileirão, mas ainda o regresso do Palmeiras demolidor, quando a curva ameaçava ser descendente, com adeptos, há pouco mais de um mês, a pedir a sua demissão. Só que o português reinventou-se. Libertou-se do círculo de pensamentos negativos que o travava e concentrou-se em retomar o caminho certo.
É verdade que o plantel cresceu em qualidade e criatividade — e agora há um Felipe Anderson de alto quilate, bem diferente daquele mais apático que regressou da Europa, e um Andreas Pereira ao nível do que brilhou no Fulham — onde antes só se podia contar com Raphael Veiga, porém ainda lhe acrescentou a compatibilidade de um tigre esfomeado por mostrar que o Barça não se enganou em contratá-lo com um patinho feio a aspirar a ser cisne, como são Vítor Roque e Flaco López. A dupla vitória frente ao River Plate é uma afirmação do renascimento palmeirense e o quase desbravar de uma rota até a final da maior competição sul-americana. Mesmo que não o sinta assim, acredito que Abel Ferreira precisou de ganhar primeiro a batalha consigo próprio para voltar a vencer com regularidade as que lhe surgem no relvado.
Noutra latitude, também em português, outro treinador regressou aos holofotes: José Mourinho. Ótimo para a comunicação social e adeptos, e para a visibilidade internacional do clube e da Liga. Até os jogadores sentiram o impacto, como se viu em algumas manifestações públicas. Só que os jogos não se ganham só com aura e experiência e, tal como suspeitava, e apesar do pouco tempo de trabalho, não foi por se trocar Lage por Mourinho que de repente se ficou com o principal problema da equipa resolvido: o ataque posicional.
As primeiras partes diante de Rio Ave e Aves SAD não foram assim tão diferentes dos tempos de Bruno Lage, mesmo com um Ríos mais solto — que paradoxalmente parece cada vez mais perdido, não entendendo a sua missão em campo — e Ivanovic mais ou menos encaixado na esquerda, dependendo da ajuda que Dahl consegue dar para o libertar da largura e o reaproximar da baliza. Carreras foi mesmo a maior perda para esta época, pela consistência que já tinha no momento defensivo e sobretudo pelo que acrescentava no ofensivo, no passe de construção, no transporte em velocidade ou em drible e também no posicionamento sem bola à largura, algo cada vez evidente. O jovem espanhol regressou a casa e o sueco está longe, muito longe, de ser parecido, o que mexe com vários posicionamentos.
Entretanto, ao primeiro mau resultado, Mourinho virou-se contra o VAR. Há muitas coisas de que também não gosto no futebol moderno, incluindo arbitragem e vídeo-arbitragem, mas o técnico não se preocupou muito com a racionalidade da opinião. Simplesmente disparou. Como tantas vezes nos últimos anos. Já melhor esteve quando chamou Gonçalo Moreira ao plantel principal, mantendo viva a ideia de que está atento à Academia. Mesmo que apostar em alguém seja bem mais do que uma promoção ou de alguns minutos no final de partidas controladas.
O Sporting perdeu a Supertaça e o primeiro clássico, todavia, nos restantes encontros apresentou-se em bom plano. Só saberemos no final se resistiu ou não à saída de um jogador da dimensão de Gyokeres, que resolvia muitos jogos difíceis, porém encontramos um tecido coletivo forte, com Trincão a assumir enorme protagonismo ao lado dos regressados Pedro Gonçalves e Morita, que não tiveram problemas em deixar encaixar a melhor face de Luis Suárez. O colombiano tem estado em grande plano, acrescentando mobilidade (de aproximação ao meio-campo, de ataque à profundidade e no preenchimento dos espaços), associação e capacidade de finalização, embora talvez seja aqui que surge a grande diferença para o sueco. No entanto, face ao desnível na Liga, para os embates do dia a dia Rui Borges parece ter, para já, a situação controlada. Resta saber como será nos clássicos, e naturalmente na Champions.
Já o Gyokeres do Arsenal está longe de convencer, apesar de já ter marcado por três vezes, nos sete encontros em que participou. Nos jogos grandes, e são muitos na Premier, passa despercebido entre os centrais rivais e, nos restantes, a dimensão física que lhe dava brutal vantagem por cá é trunfo menor. Talvez se pensasse que, por os Gunners se debaterem há muito com a falta de um 9 e Gyokeres ser tão desejado no Emirates, Arteta iria de certa forma adaptar o modelo, contudo, não o fez. Gyokeres é o novo Gabriel Jesus, ein neuer Havertz e está longe de ter características semelhantes. Precisa de bola no pé ou no espaço para correr e rematar, não é um poacher. Não o podem enjaular na pequena área. Não se transforma um puro-sangue num cavalo de dressage.
O FC Porto arrancou a campanha na Liga Europa. É verdade que os portugueses têm a mania de fazer as contas demasiado cedo, antes até de se entrar em campo — e há a questão da profundidade do plantel e o das equipas inglesas, que por muito mal que estejam na Premier são sempre rivais duros —, no entanto é difícil não ver os dragões como potenciais candidatos. O mérito de Farioli (e de Villas-Boas em não ter medo de mais uma aposta de risco) é inequívoco e o italiano até já traz na bagagem a sabedoria de que o mais difícil não é chegar ao topo, mas sim manter-se lá.
Volto a Inglaterra por culpa da incrível implosão do Aston Villa. Estive em Birmingham há um ano encontrei um clube a festejar o regresso à Liga dos Campeões, onde a admiração por Unai Emery e o diretor desportivo Monchi era visível, ao ponto de a filosofia de ambos ecoar nas palavras dos outros dirigentes. De lá para cá, o clube teve de vender craques por causa do fair-play financeiro, perdeu os emprestados Rashford e Asensio e apenas contratou Guessand. Ainda não ganhou e foi eliminado da Taça da Liga. Monchi já saiu e diz-se que o venerado Emery será o próximo. Football, bloody hell — sempre a repetir-se."

BF: Surpresas no 11 de José Mourinho?

Águia: Rui Costa...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Estrelinha de dragão: a análise ao triunfo do FC Porto

Observador: E o Campeão é... - O FC Porto está a mostrar ADN com alguma sorte à mistura

Observador: Três Toques - Os equipamentos que marcam golo e os que mereciam expulsão

Terceiro Anel: React - Entrevista Rui Costa

Foco na vitória


"O Benfica recebe o Gil Vicente, às 20h15, no Estádio da Luz. Este é o tema em destaque na BNews.

1. Ganhar
O treinador do Benfica, José Mourinho, refere: "A equipa está bem. Estamos a preparar-nos o melhor possível. Agarramo-nos muito às coisas boas que já fizemos. Aquilo que fizemos na 2.ª parte [frente ao Rio Ave], se conseguirmos fazer na 1.ª também, seguramente é mais fácil ganhar."

2. Taça de Portugal
O Benfica vai visitar o Chaves na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal. Passando, tem embate forasteiro com o vencedor do Atlético-Felgueiras. Mário Branco, diretor-geral para o futebol profissional do Benfica, sublinha: "É uma condensação complicada do nosso calendário, mas temos de estar preparados."

3. Outros jogos do dia
Os Juniores têm dérbi com o Sporting, às 15h00, em Alcochete. Em hóquei em patins, o Benfica disputa os quartos de final da Elite Cup com o SC Tomar, às 19h00, em Odivelas. A equipa feminina de voleibol defronta o SC Braga, às 18h00, em Lamego, nas meias-finais do Torneio das Vindimas. A equipa masculina de basquetebol tem jogo particular em Saragoça, Espanha (19h30)

4. Projeto REDy
O Benfica publica o primeiro Relatório de Sustentabilidade. Em entrevista à BTV, o vice-presidente do Sport Lisboa e Benfica e administrador executivo da SAD, Manuel de Brito, refere que "as boas práticas de governança estão para ficar no Benfica".

5. Assembleia Geral Extraordinária
Leia o comunicado da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica acerca da Assembleia Geral Extraordinária agendada para amanhã, às 12h00, relativa à votação do regulamento eleitoral.

6. 30 anos Benfica Escolas de Futebol
Hoje comemora-se o 30.º aniversário das Benfica Escolas de Futebol.

7. Partilha de experiências
Pauleta e Chandra Davidson conviveram com um grupo de funcionários e colaboradores da Europcar, patrocinadora da equipa feminina de futebol do SL Benfica.

8. Entrevista "O Benfica proporciona-nos tudo."
A declaração é de Isaac Nader, campeão do mundo de atletismo nos 1500 metros.

9. Renovações
O basquetebolista Aaron Broussard e as futsalistas Alexandra Melo e Ana Oliveira continuam de águia ao peito.

10. História agora
Veja a rubrica habitual das manhãs de quinta-feira na BTV.

11. Casas Benfica Fornos de Algodres e Portalegre
Representantes destas embaixadas do benfiquismo marcaram presença no Estádio da Luz para assistirem ao Benfica-Rio Ave."

A Verdade do Tadeia - Sexta-feira a 3 - #2 -

Throne - O Brutal Assado do Futebol Português

SportTV: A grande estreia do Kairat na Champions League

BolaTV: Lado B #8 - A Academia do Sporting devia chamar-se Academia Dolores Aveiro!

Nem de bem nem de mal… há apenas portugueses


"Isaac Nader e Pedro Pablo Pichardo fizeram e fazem muito bem a Portugal, mais do que alguma vez alguns que se dizem portugueses de bem irão fazer pelo país.

Aqui há quase três meses, deputados do partido Chega — André Ventura, no Parlamento, e Rita Matias em vídeo na rede social X — publicitaram os nomes de alunos duma escola de Lisboa para dar a entender como verdadeira a mentira destes tirarem o lugar a crianças portuguesas. Nomes de origem estrangeira mas não de um estrangeiro qualquer, um estrangeiro culturalmente diferente, de religião diferente, com a intenção de espalhar o ódio que sabem soprar em rajadas fortes para um dia, não tenham dúvidas, acabarem com o único sistema que garante a liberdade.
Dessa lista bem podia constar este nome: Isaac Nader, não o nome completo, Isaac Zambujeiro Nader, porque o nome do meio viria a despropósito da intenção dos encartados de criar o caos para um dia imporem a ordem... Isaac Nader podia ser estrangeiro, podia estar em Portugal a trabalhar e a lutar pelos direitos que os estrangeiros devem ter nos países de acolhimento que escolheram para trabalhar — tal como os portugueses emigrantes também — e onde têm, naturalmente, de cumprir as leis, como todos. Lei é lei, serve para todos, portugueses ou não em igual medida. Mas Isaac Nader até é português da Silva, algarvio de Faro — 17 de agosto de 1999 — e agora, aos 26 anos, campeão do mundo nos 1500 metros nos Mundiais de Atletismo de Tóquio, que tiveram lugar de 13 a 21de setembro.
Também Pedro Pablo Pichardo — se o nome aparecesse na referida lista seria apenas Pablo, ainda que o efeito não fosse bem o mesmo, afinal Pablo não remete logo para cor de pele ou religião diferentes, logo sem o impacto que os compiladores de nomes de crianças efetivamente pretendiam (pois, Pablo não serve para esse fim, é pouco, seria melhor um Hassan ou uma Amira Abdul, ou um Manjot, ou uma Aaradhya…) — é campeão do Mundo (outra vez e além de campeão olímpico), não nasceu em Portugal mas é tão português como Isaac Nader, como eu ou os deputados atrás referidos, para quem no entanto nem um nem outro serão portugueses de bem — nem dei conta de o partido ter felicitado os novos campeões que mostraram a bandeira nacional e fizeram soar a Portuguesa enquanto exibiam a medalha de ouro ao peito.
Não há portugueses de bem ou de mal, não há portugueses de primeira ou segunda, como não há imigrantes (e emigrantes) de bem ou de mal, embora pareça haver uns de primeira, que chegam com vistos de ouro e outros de segunda a quem se complica a vida… Mas estes dois portugueses que referi, os dois novos campeões do mundo, fizeram e fazem muito bem a Portugal, mais do que alguma vez alguns que se dizem de bem irão fazer pelo país."

Porque ainda há contratações fora da janela de transferências?


"Todos os anos ouvimos falar sobre as janelas de transferências que definem os períodos em que os clubes podem inscrever jogadores, constituindo uma regra fundamental de organização e integridade competitiva.
O artigo 6.º do Regulamento da FIFA sobre o Estatuto e Transferência de Jogadores (RSTP) determina que cada associação deve estabelecer dois períodos anuais de registo: o primeiro, com duração máxima de 12 semanas, geralmente no início da época; o segundo, de até 4 semanas, a meio da temporada. Fora desses períodos, em regra, não é possível efetuar inscrições.
Em Portugal, anualmente, através de Comunicado Oficial publicado no início da época desportiva, a Liga Portugal define os respetivos prazos de inscrição.
Como dizíamos, muito para além do frenesim mediático em torno de contratações milionárias ou negócios de última hora, estes períodos têm uma função regulatória essencial: trazer previsibilidade e equilíbrio ao mercado.
Contudo, o próprio regulamento da FIFA admite exceções. São válvulas de escape que permitem ultrapassar o bloqueio temporal e, em situações muito específicas, inscrever jogadores fora das janelas de transferências. O objetivo é equilibrar a proteção do atleta com a integridade da competição.

As exceções permitidas pela FIFA
A mais comum é a do jogador livre: em Portugal, um atleta sem contrato pode assinar por um clube em qualquer altura, desde que a rescisão tenha ocorrido antes do fecho da janela de transferências de início de época (vulgo «janela de verão»). Este mecanismo procura salvaguardar o direito ao trabalho do praticante desportivo, evitando que um profissional fique impedido de competir durante meses, por não ter conseguido colocar-se num dos períodos formais de registo.
Outra hipótese, menos frequente, mas igualmente relevante, é a substituição de guarda-redes. Se um clube perde um guarda-redes por lesão grave, pode inscrever um novo mesmo fora do mercado.
O mesmo acontece em caso de lesão grave de um jogador ao serviço da Seleção Nacional, que passa a ser relevante para estes efeitos quando exista incapacidade atestada para o trabalho por um período igual ou superior a três meses.
Acrescem ainda situações humanitárias ou excecionais - como sucedeu em 2022, quando a FIFA autorizou atletas de clubes russos e ucranianos a rescindir e inscreverem-se noutros países devido à guerra. Por fim, em casos raros, podem ser aceites inscrições tardias resultantes de erros administrativos comprovados, normalmente ligados ao sistema de transferências (TMS).
Foram estas exceções à regra que permitiram a celebração de contratos de trabalho desportivo entre jogadores e clubes a que temos assistido nas últimas semanas e que mantêm quente o mercado.

Regulamentos precisam de critérios mais claros
Ora, o debate sobre este tema não é novo, mas tende a intensificar-se à medida que a regulação internacional procura equilibrar os interesses dos jogadores, dos clubes e da própria competição.
A questão de fundo é simples: até que ponto deve o sistema abrir mão da rigidez das janelas de transferências para proteger direitos individuais, sem, contudo, fragilizar a previsibilidade competitiva?
No futuro, a FIFA certamente irá rever estes mecanismos, estabelecendo critérios mais claros e uniformes. A integridade das provas exige estabilidade, mas a justiça individual requer flexibilidade.
Encontrar o ponto de equilíbrio entre estas duas dimensões continuará a ser um dos grandes desafios do direito desportivo global, num momento particularmente difícil para a FIFA: a organização tem estado debaixo de fogo, com vários processos judiciais a correr termos em diferentes jurisdições, instaurados por diversos agentes desportivos descontentes com as restrições que a FIFA lhes impõe."

Segurança dos espetáculos desportivos exige visão integrada


"O desporto deve ser vivido como celebração, paixão e respeito — e é com esta visão que temos procurado transformar a segurança nos recintos desportivos.
Entre 2019 e 2025, a Autoridade para a Prevenção e Combate à Violência no Desporto (APCVD) aplicou cerca de 4.000 decisões condenatórias definitivas — que se traduziram em mais de 3 milhões de euros em coimas aplicadas — e mais de 1.900 interdições de acesso a recintos desportivos, um contraste significativo face ao período anterior a 2018, quando era frequente a crítica à quase inexistência deste tipo de medidas, e que hoje se traduz em cerca de 470 pessoas proibidas de entrar em estádios, sinal de que a prevenção deixou de assentar apenas em discursos e passou a traduzir-se em medidas concretas.
Paralelamente, a par de outras iniciativas, a formação de mais de 10.300 gestores de segurança permitiu reforçar competências técnicas e dotar federações e clubes de profissionais mais preparados, capazes de transformar a realidade local (e nacional) em matéria de segurança dos espetáculos desportivos. Estes resultados demonstram uma mudança estrutural: a impunidade deixou de ser a regra e a capacitação passou a ser prioridade.
O modelo que hoje procuramos consolidar assenta em vetores de intervenção complementares: eficácia sancionatória, promoção de uma cultura de hospitalidade e serviço e reforço da cooperação multi-institucional. Clubes, organizadores de competições, forças de segurança e demais autoridades públicas trabalham cada vez mais em rede, alinhados com os princípios da Convenção de Saint-Denis, do Conselho da Europa: segurança, proteção e serviço.
É nesse quadro que surge o S4Congress (Safety, Security and Service at Sports events), cuja 3.ª edição terá lugar em Viseu, nos dias 14 e 15 de outubro. O congresso reúne gestores de segurança, assistentes de recinto desportivo, oficiais de ligação aos adeptos, técnicos municipais de desporto e forças policiais, num espaço único de partilha e capacitação. Entre os destaques desta edição encontram-se o caso de estudo Mundial de Clubes 2025, apresentado pela FIFA, e a Masterclass on Pyrotechnics, com formadores e certificados UEFA entregues aos participantes, reforçando competências para responder a um dos desafios atuais: o uso de pirotecnia em recintos desportivos.
As duas edições anteriores reuniram mais de dois mil participantes de 14 países e tiveram como oradores entidades de referência internacional — como o Conselho da Europa, a Interpol, a Sports Ground Safety Authority, a Football Supporters Europe, a Universidade de Liverpool, a Universidade de Alcalá, a FIFA, aUEFA ou La Liga. A presença destas organizações atesta a credibilidade e a confiança que temos vindo a conquistar. A edição de 2025 reforçará esse reconhecimento internacional e sublinhará uma ideia essencial: a segurança nos espetáculos desportivos não se alcança com soluções simplistas, mas sim através de conhecimento, cooperação e uma cultura de responsabilidade partilhada.
O futuro da segurança e hospitalidade nos espetáculos desportivos constrói-se com todos. Junte-se a nós em s4congress.net."