Últimas indefectivações

domingo, 18 de fevereiro de 2018

Campeões Nacionais de Pista Coberta - Masculinos

Não foi fácil: 100 - 99 !!! Mais apertado não podia ser (3 vitórias nas últimas 3 provas!!!)... mas ganhámos!!! Mesmo com várias ausências importantes devido a lesão, com alguns atletas condicionados (longe dos 100%), deu para ganhar... recuperando o título perdido o ano passado (também com muitas ausências)!
No Verão, ao Ar Livre, com as provas que não existem em Pista Coberta, teremos mais 'margem de manobra', mas no Pavilhão, com o investimento recente dos Lagartos a diferença é menor... e com algumas falhas/ausências tudo fica mais complicado...

No feminino, as ausências foram demasiadas. Com a equipa completa poderíamos facilmente ficar em 2.º, e se o Sporting tivesse alguma falha, quem sabe... mas com tantas atletas de fora, e com uma desclassificação...

Destaque óbvio para o Tsanko que bateu o seu recorda nacional... Mas houve várias bons resultados... A estafeta ficou muito próximo da qualificação para os Mundiais de Pista Coberta!


Uma nota desagradável para o comportamento ignóbil da Lagartada! O Pichardo foi o principal visado, com cânticos e palavras ofensivas para o nosso atleta!!!
Já houve muitos naturalizados em Portugal, o Sporting actualmente tem atletas naturalizados... não me recordo de haver nenhum 'movimento' anti-atleta do Sporting por causa de questões de nacionalidade!!!
Tudo isto 'nasceu' da reacção do Nélson Évora à contratação do Benfica... Depois de se ter vendido por alguns tostões, estava à espera que o Benfica ficasse de mãos a abanar, não ficámos, por acaso até ficámos um melhor atleta... Mas o 'choradinho' do Facebook tem alimentado esta novela de forma vergonhosa...

Masculinos:
2.º - Frederico Curvelo, 60 m,  6.78 seg
2.º - Hélio Vaz, 60 m barreiras,  8.04 seg
2.º - Frederico Curvelo, 200 m,  21.60 seg
1.º - Ricardo dos Santos, 400 m,  47.14 seg
3.º - João Fonseca, 800 m, 1:52.27 min
3.º - Emanuel Rolim, 1500 m,  3:49.55 min
1.º - Samuel Barata, 3000 m, 8:10.87 min
2.º - Miguel Carvalho, 5000 m Marcha, 19:36.85 min
1.º - Benfica (Mauro Pereira, João Coelho, Raidel Arcea, Ricardo dos Santos),  4x400 m,  3:12.54 min
2.º - Ícaro Miranda, Vara, 5,25 m
3.º - Victor Korst, Altura, 2,03 m
2.º - Tiago Luís Pereira, Comprimento,  6,99 m
1.º - Pedro Pablo Pichardo, Triplo Salto, 17,19 m
1.º - Tsanko Arnaudov, Peso, 21,27 m


Femininos:
2.ª - Tamiris de Liz, 60 m,  7.54 seg
2.ª - Marisa Vaz de Carvalho, 60 m barreiras, 8.54 seg
8.ª - Rivanilda Mentai, 200m,  DSQ.
2.ª - Rivanilda Mentai, 400m, 54,44 seg
5.ª - Beatriz Rebelo, 800 m,  2:21.56 min
8.ª - Margarida Raimundo, 1500 m, 4:47.85 min
8.ª - Silvana Dias, 3000 m, DNF
2.ª - Mara Ribeiro, 3000 m Marcha, 13:26.00 min
3.ª - Benfica (Mafalda Marques, Diana Afonso, Beatriz Rebelo, Rivanilda Mentai)  4x400 m  3:55.86 min
1.ª - Yariadmis Arguelles, Comprimento, 6,25 m
4.ª - Patrícia Rodrigues, Triplo Salto, 12,29 m
2.ª - Beatriz Baptista, Vara,  3,65 m
5.ª - Yariadmis Arguelles, Altura,  1,65 m
7.ª - Juliana Rei, Peso, 10,69 m


Juniores - 1.ª jornada - Fase Final

Benfica 3 - 2 Setúbal
Félix, N. Tavares, Jota

Garrido; Pinheiro, Álvaro, Loureiro, N. Tavares; Capitão, D. Tavares; Santos, Jota, Embaló (Dantas); Félix

A vencer por 3-0, um penalty/expulsão do David Tavares, criou uns 15 minutos finais repletos de sofrimento!!! Inclusive com um livre indirecto na pequena área já para lá da hora!!!!!

'Baixaram' o Félix o Jota e o Nuno Santos da B, isto vai dar alguma 'polémica', mas compreende-se: a Champions não está garantida, a presença na Youth League é importante, portanto vencer o Campeonato de Juniores pode ser ainda 'mais' importante!!! Nas últimas época, com os 'grandes' a 'subirem' os seus melhores jogadores às equipas B's, o Campeão dos Juniores, tem sido o 'menos mau'!!! Pessoalmente sempre defendi esta 'situação', até porque o nível competitivo desta Fase Final é completamente diferente da 1.ª Fase... o único problema que encontro, é a ida para o Banco de alguns dos melhores jogadores dos Juniores, que fizeram a maior parte da época neste escalão!!!

Pesada !!!

Real Massamá 5 - 1 Benfica B
Kalaica


Duas derrotas pesadas de seguida deixam mossa... isto depois de uma série vitoriosa interessante!!! Não creio que a ausência dos jogadores que 'baixaram' aos Juniores sirva de justificação!

Um voo sólido da águia

"A primeira parte do Benfica foi avassaladora, com muita dinâmica da ala esquerda.

Centrais decisivos
1. Jogo muito interessante do Benfica, com uma primeira parte avassaladora dos encarnados. Mérito da equipa de Rui Vitória, que assinou duas ou três jogadas brilhantes. O Benfica acaba por chegar aos golos de bola parada com os dois centrais a revelarem-se decisivos. Neste aspecto, demérito também do Boavista, que defendia estes lances numa zona mista, mas que se mostrou muito passiva, porque os dois/três jogadores encarregues dessa tarefa não conseguiram travar as movimentações de Jardel, que foi fundamental nos dois golos. Este factor acabou por ser determinante.

Uma esquerda de luxo
2. Porém, existem outros vectores que explicam a exibição avassaladora do Benfica na primeira parte, que passam, também, por uma excelente dinâmica do seu futebol ofensivo, nomeadamente da sua ala esquerda, constituída por Grimaldo, Zivkovic e Franco Cervi, que estiveram em grande plano. Além disso, o Benfica conseguiu na primeira parte fazer a primeira fase de construção com alguma tranquilidade, uma vez que a primeira e a segunda linha do Boavista permitiam que os encarnados chegassem com facilidade ao último terço do terreno. Os axadrezados, nesta fase do jogo, demonstraram uma total incapacidade para chegar à baliza defendida por Bruno Varela, que comprometeu no Bessa mas ontem viveu um final de tarde relativamente tranquilo.

Boavista melhora
3. Por se ter visto em desvantagem de dois golos ao intervalo e pelas alterações produzidas por Jorge Simão - entraram Mateus e Renato Santos para as saídas de Rui Pedro e de Kuca, respectivamente -, o Boavista iniciou melhor a segunda parte. Para este melhoria, há que destacar também o mérito de Jorge Simão, pois colocou Yusupha e Fábio Espinho no corredor central e estes fizeram uma pressão mais eficaz. Desta forma, o Boavista conseguiu subir o bloco - defender mais à frente do que tinha feito durante a primeira - e o Benfica teve mais dificuldade a construir. Além disso, os boavisteiros também conseguiram construir lances de perigo, sobretudo através dos movimentos interiores de Mateus e da acutilância de Yusupha. No entanto, como o Boavista se viu obrigado a subir o seu bloco, isto acabou por criar mais espaços nas costas da sua defesa, concedendo muitos metros na profundidade. E o Benfica, em contra-ataque, conseguiu algumas saídas muito rápidas e chegar com naturalidade a um resultado bem desnivelado.

Permeabilidade e dinâmica
4. Em suma, o Benfica mostrou-se sólido durante todo o jogo, o que explica, em boa parte, o resultado. A juntar a este ingrediente, há ainda a enorme dinâmica na primeira parte e um Boavista incapaz ofensivamente durante uma fase muito alargada do encontro. Além disso, os axadrezados mostraram também permeabilidade, pois foram pouco capazes de impossibilitar a construção do futebol ofensivo dos encarnados."

João Carlos Pereira, in A Bola

Europa a duas velocidades

"A clivagem no futebol europeu acentua-se. Ano a ano. Época a época. E a nossa Liga precisa de não ignorar os dados objectivos.

1. Vivemos as semanas das competições europeias de futebol, a continuação dos Jogos Olímpicos de Inverno, com a expressiva claque norte-coreana, a diplomacia a eles singularmente inerente e imanente e, também ontem, a assembleia geral do Sporting. A não ingerência nos assuntos internos de outros Estados é um dos princípios da ordem internacional após a segunda guerra mundial e a consolidação das Nações Unidas. Princípio que, no meu simples entendimento, se deve assumir, por ora, no que concerne a um dos clubes de referência do desporto português, e logo, do desporto europeu. E a respeito de Europa, e dos sinais que brotam da Liga dos Campeões e também, em parte, da Liga Europa, há sinais de domínio que nos devem alertar, e até, seriamente preocupar. Os clubes - sociedades desportivas - que mais gastaram nos anos mais recentes são aqueles que estão a dominar na Europa e, até, nas respectivas e internas Ligas. E nessas Ligas - inglesa e francesa, alemã e espanhola - as diferenças dos que estão no primeiro lugar - Manchester City, PSG, Bayern e Barcelona - para os segundos são bem significativas. Quem gastou mais foi o Manchester City: 878 milhões de euros. Depois, e com o fair play da UEFA - em rigor o seu Comité de Controle Financeiro - a ultimar para o arranque de Março um relatório de avaliação, depararmos o PSG com 805 milhões. Que perde em Madrid com mais dois golos do nosso Cristiano Ronaldo! Seguem-se o Manchester United (747 milhões), o Barcelona (725 M), o Chelsea (592 M), o referido Real Madrid (497 M), o Liverpool (461 M), a Juventus (448 M), o Arsenal (403 M), o Everton (365 M) ou o Bayern de Munique (363 M). E só depois aparecem o Milão (305 M), o Mónaco (286 M), o Inter de Milão (217 M) e o Nápoles (204 M). Nos vinte mais gastadores não encontramos nenhum clube português. Sendo inequívoco que encontraríamos no caso de a ponderação ser a vertente vendedora! Estes números evidenciam o domínio inglês. Que vai acentuando. Como o resultado do Dragão também expressa. E os números mostram, ainda, o dualismo espanhol ou a unidimensionalidade na Alemanha do Bayern. E olhemos até para o Tottenham que perdeu o respeito, na passada terça-feira à Velha Senhora, à Juventus! O dinheiro vai acentuando as diferenças. E trazendo novos dominadores! E vai mostrando que os direitos televisivos ingleses também dão poder. Dirão alguns fortes músculo financeiro. Diremos nós que levam as competições europeias para um regime de duas velocidades. Quase que parecem dois euros. Um euro mais e um euro menos! Que não é, tão só, a diferença entre Liga dos Campeões e a Liga Europa. Que nesta época recebeu nomes de referência da Europa. Mas a clivagem no futebol europeu acentua-se. Ano a ano. edição a edição. Época a época. E a nossa Liga precisa de não ignorar os dados objectivos que se sedimentam. Daí que fez bem a Liga liderada por Pedro Proença em suscitar, em articulação com a consultora Ernest & Young, um anuário sobre a sustentabilidade do futebol português visando «a promoção de maior transparência financeira». E, aqui, era importante sabermos quem são os verdadeiros donos de muitas sociedades desportivas portuguesas. Sejam as das competições profissionais sejam, igualmente, as já muitas sociedades desportivas unipessoais que participam na principal competição organizada pela vitoriosa Federação Portuguesa de Futebol. Os números são importantes. A partir deles poderemos extrair tendências ou, até, suscitar sinais de alerta. Por mim os sinais já me soaram. Há algum tempo. E acredito também para a UEFA e para as suas lideranças!

2. Comprei, há poucas semanas, um livro que me entusiasmou e que li quase de um fôlego. Foi escrito por um grande jogador brasileiro e que também foi médico e Professor de medicina. E que é comentador de televisão e, também, uma referência na opinião desportiva. Seu nome, Eduardo Gonçalves de Andrade. Mundialmente conhecido por Tostão. Campeão do Mundo no México abrindo espaço para as arrancadas de Jairzinho, os pontapés de Rivelino e a majestade de Pelé. O livro, que vivamente aconselho, tem um título sugestivo: 'Tempos vividos, sonhados e perdidos. Um olhar sobre o futebol'. Li-o a par de um outro de Marcelo Barreto em que retrata os '11 maiores camisas 10 do futebol brasileiro'. Uma ideia que deixo a este jornal e à Bola TV. Promover o estudo, sempre complexo, dos maiores 10, ou 0, ou 2, ou 3, ou 5, ou 7, ou até os maiores guarda-redes do futebol português. Aproveitando alguma história oral de protagonistas singulares que ainda têm memória e que ainda darão voz a momentos inesquecíveis ou a instantes deliciosos. Com Tostão aprendi que até 1966 «somente jogadores que actuavam no Rio e em São Paulo eram convocados para a canarinha». E que a ditadura de então exigiu à Confederação Brasileira a convocatória de jogadores de outros estados. Como era o seu caso como jogador do Cruzeiro de Belo Horizonte. E desta forma Tostão chegou à selecção e participou no Mundial de 1966. E, aqui, escreve Tostão «Portugal era muito melhor do que o Brasil, pelo jogo colectivo, além de ter o segundo melhor jogador do mundo na época, Eusébio». O primeiro era naturalmente para Tostão a majestade Pelé! E termina a sua séria reflexão, preocupado com o tempo próximo do Brasil e do seu futebol, assumindo que «receio que, no futuro, a história conte que, no passado, havia um lugar, o país do futebol, que tinha um rei, Pelé (...) e um grande número de craques fenomenais que jogavam um futebol espectacular, mágico, bonito e eficiente». E alertando para diferentes causas está seriamente preocupado com o futuro do futebol brasileiro. Por isso quer «estar longe perto de tudo. A  vida e o futebol continuam». Mas como escreveu João Guimarães Rosa «a vida dá muitas voltas, a vida nem é da gente». São estas voltas que Tostão nos proporciona. Ele que em razão de um bolada no olho, desferida num pontapé acidental do guarda-redes Ditão, do Corinthinas, que lhe causou o deslocamento da retina abandonou prematuramente a alta competição. E a leitura, ávida e quase sôfrega, é um banho de cultura futebolística e de vida fez-nos bem. Mesmo bem. Nesses tempos de mudança na sociedade e no futebol, no quotidiano e na paixão. Do jogo e da vida. Onde faltam sabedoria e simplicidade. Uma e outra transbordam do livro de Tostão, do Professor Eduardo Gonçalves de Andrade."

Fernando Seara, in A Bola

Uso e abuso do poder

"1 - Bruno de Carvalho teve o que pretendia. Os sócios do Sporting , em assembleia geral extraordinária, aceitaram, por esmagadora maioria, alterar os estatutos e o regulamento disciplinar, superando largamente a fasquia dos 75 por cento que o presidente tinha imposto. O líder leonino saiu (ainda mais) legitimado, mais forte e mais poderoso. Mas, e apesar de os factos serem objectivos e a matemática não enganar, o Sporting não se transformou numa ditadura de matriz clubística, mesmo que o discurso do incontestável timoneiro possa fazer parecer.

2 - A trela, a vida privada e as vingançazinhas
Mais uma vez, Bruno de Carvalho não soube gerir bem o novo cheque em branco que os sócios lhe deram. Desta vez, não mandou ninguém bardamerda. Fez pior. Com um discurso lamentável, tentou colocar uma trela nos seguidores mais acérrimos, dizendo-lhes o que devem ver, ouvir e ler. Como se de uma vingança se tratasse, foi mesmo co-responsável pelo facto de vários jornalistas terem tido a integridade física em risco no final da tarde de ontem. .. O poder nos clubes, atenção, é efémero. E se o Sporting não ganhar em Tondela, diminuirá já consideravelmente.

3 - O novo Zivkovic e o velho Rafa
As lesões de Krovinovic e Salvio foram uma janela de oportunidade para dois jogadores que já iniciavam uma travessia do deserto. Zivkovic, cujas características até pareciam menos adequadas à função, tem aproveitado plenamente a oportunidade, nesta missão de médio interior esquerdo, de pendor claramente ofensivo, como é óbvio. Já Rafa, um extremo puro, teve ontem mais um desempenho muito aquém das expectativas."

O efeito Carvalhal

" "Ele tem um estilo de trabalhar e acredita no seu plano. Isso é importante para os jogadores. Se sentes que o treinador tem os seus planos e está confiante, isso faz com que sigas os seus passos." As palavras do ganês Andre Ayew, que regressou ao Swansea no mercado de inverno, mostram a força que Carlos Carvalhal levou para o clube galês da Premier League.
Entre reforços e os que já lá estavam, o técnico português não demorou muito a convencer e encantar. O caminho ainda é longo, e a manutenção está longe de ser uma garantia, mas a recuperação tem sido assinalável. Ao fim de 11 jogos, seis vitórias, quatro empates, apenas uma derrota e a saída da zona de despromoção. Nem Liverpool e Arsenal escaparam. "Liverpool é um F1, mas no meio do trânsito não anda", disse Carvalhal, depois de ter derrotado os reds (1-0).
São resultados e frases como esta que fazem do português um caso de popularidade na Premier League. Uma nova rockstar que esta semana mereceu um extenso perfil da BBC. O trabalho recorda o tempo em que Carlos Carvalhal estudou Filosofia e o seu interesse pela teoria dos fenómenos complexos de Descartes.
"Considero o futebol um fenómeno complexo", defende o técnico. "Se percebermos a sua complexidade, iremos entender melhor o futebol." Olhando para a revolução que está a operar no Swansea, pode dizer-se que Carvalhal percebe o jogo cada vez melhor.
Aos 52 anos, depois de várias aventuras com finais distintos, está no caminho certo para se tornar um técnico de referência na melhor Liga do Mundo. Para já, tem a confiança e compromisso de quem mais interessa: dos seus jogadores."

Futsal, o desporto libertado

"Se amarmos verdadeiramente o futebol e se não formos fanáticos do Benfica ou do Sporting a ponto de detestar o FC Porto mais do que qualquer coisa no Mundo, não podemos ter gostado da derrota histórica encaixada pelos dragões, esta semana, face ao Liverpool. A derrota dos duplos campeões da Europa tem múltiplas explicações, a encontrar entre as ausências de Felipe, Danilo e Aboubakar, as limitações técnicas do líder da liga portuguesa, a táctica monocórdica de Sérgio Conceição ou a abissal fraqueza de José Sá. Mas a razão profunda deste falhanço está num movimento de fundo que torna mais ricos e mais fortes os membros dos quatro maiores campeonatos e vai excluindo lentamente todos os outros desse mundo.
O Anderlecht, o Glasgow Rangers, o Ajax, o Celtic e todos os antigamente grandes clubes da Europa de Leste já desceram para a segunda divisão continental. É isso que agora está para suceder com os grandes clubes portugueses. Resistiram durante muito tempo graças aos TPO [“Third Party Ownership” – a partilha de passes com fundos de investimento], ao seu savoir-faire e a algum sucesso. Ainda têm o direito de se qualificar para a fase a eliminar da Liga dos Campeões. Mas quando as coisas se tornam verdadeiramente sérias, há as multinacionais e o resto do Mundo. FC Porto, Sporting e Benfica fazem já parte dessa segunda classe. Como todos os clubes franceses, à excepção do Paris Saint-Germain e, uma em cada duas épocas, o AS Mónaco. Dois clubes que são, eles próprios, excepções. O PSG baseou o seu desenvolvimento na chegada massiva de capitais vindos do Qatar. O AS Mónaco apoia-se no estatuto fiscal de excepção do principado. Durarão tanto tempo quanto estas particularidades lhes permitam manter-se à tona.
O futebol pertence cada vez mais a uma casta e isto também é válido para quem gosta dele. Em França, para ver a Liga dos Campeões, é preciso ser assinante de dois canais diferentes: Canal + e BeIN Sports. E é necessário juntar um terceiro (Altice) para ver a Premier League. Resultado: houve mais gente a ver o Europeu de futsal, uma modalidade confidencial em França, do que os grandes jogos da Premiership. Idem para o biatlo, transmitido gratuitamente no canal L’Équipe e visto durante todo o Inverno por centenas de milhar de franceses que deixaram de ter acesso a um só jogo da Ligue 1 de futebol.
A corrida aos lucros conduz, portanto, à segregação dos dois lados. Nos actores, tal como nos espectadores (e nos media, também), há os eleitos e os outros. A universalidade do futebol, que permitiu o seu extraordinário desenvolvimento, é uma recordação da natureza do jogo, que entretanto se transformou num clube exclusivo, à moda da NBA.
Tanto melhor para o biatlo. Tanto melhor para o futsal, um desporto cheio de futuro. O futsal é espectacular, vem ao encontro do gosto de uma nova geração e constitui um viveiro de talentos ainda muito mal explorado em França (os Bleus eram a única equipa amadora qualificada para o Euro). Ensina à nova geração para que serve a sola, aquela parte da sapatilha de que os mais velhos nunca se serviam. A vivacidade e o jogo em espaços reduzidos são permanentes. E é precisamente esta capacidade para decidir depressa e bem que faz a diferença ao mais alto nível.
Frente aos ecráns para ver Portugal ganhar o seu primeiro título em futsal, um ano e meio depois do seu primeiro título em futebol de onze, a maioria dos telespectadores franceses foi conquistada por este jogo decididamente moderno e que, aos olhos dos adultos, apresenta uma vantagem que não deve ser negligenciada num país como a França, de inverno rigoroso: joga-se num pavilhão, portanto abrigado, durante todo o ano. Depois, joga-se a cinco. Basta um grupo de amigos para montar uma equipa. Uma das revelações do campeonato de França de futebol, Karl Toko-Ekambi, jogou futsal durante mais de um ano com alguns amigos, na adolescência, quando uma lesão num joelho o tornou desgostoso do futebol de onze. O avançado do Angers voltou ao campo grande, mas foi o futebol de cinco que o salvou.
Por enquanto, em França, o futebol de cinco é visto como o futebol dos bairros, dos excluídos. A exposição mediática vai ajudá-lo a deixar esta condição, sobretudo se continuar a ser um desporto onde o espectador se aperceba bem da igualdade das chances. No seu primeiro jogo no Europeu, os amadores franceses arrancaram um empate (4-4) contra o espantalho espanhol. A prova de que esta é uma competição verdadeiramente aberta a todos, onde qualquer equipa pode vencer qualquer outra. Foi também isso que permitiu ao futebol tornar-se uma actividade imensamente popular. Ao afastar-se, pouco a pouco, deste elemento do seu DNA, o futebol assume o enorme risco de se afastar também do que faz o seu sal: ser, primeiro e antes de mais nada, um jogo."

Benfiquismo (DCCLII)

Golos!!!

Cadomblé do Vata

"1. Jonas não marca há dois jogos... está provado que ele não sabe jogar em 4-3-3.
2. Um jogo que demonstra a clara evolução das escolas do SLB... até custa acreditar que o clube que formou o Rúben Dias é o mesmo que deu ao futebol o Paulo Madeira.
3. Caro Bruno Varela, responde-me a uma pergunta: já todos sabemos que não acertas um cruzamento, portanto... cantas Júlio, Enrique ou Madalena?
4. Os jogadores do Boavista saíram da Luz sem ver um cartão amarelo... cuidado, porque foi este tipo de impunidade que levou Hitler a pensar que podia invadir a Polónia sem recear sanções.
5. Esta troca de ic's a jogar ao lado do Pizzi está a correr cada vez melhor... a equipa já olha para eles como se fossem 2 asiáticos "não sabemos qual é o Krovinovic nem qual é o Zivkovic.. eles para nós são todos iguais"."

O pequeno argentino que (...) já não vê a disfarçar o tédio sempre que é eleito como Homem do Jogo

"Bruno Varela
Aos 49’, agarrou com unhas e dentes uma bola que já se encontrava fora do terreno. Pouco depois, os seus colocaram a bola em jogo directamente nos pés do adversário. Não muito depois, fez uma defesa a quatro ou cinco tempos. Finalizou com uma saída em falso. Notou-se que tinha saudades de defrontar o Boavista.

André Almeida
Quinta assistência da época. Coxa é a vossa tia. Sem ofensa, tia. Espero que compreenda.

Rúben Dias
Exibição competente coroada com um cabeceamento de cima para baixo tal como mandam as regras, fazendo o Benfica movimentar-se de baixo para cima directamente do segundo para o primeiro lugar, como mandam as regras.

Jardel
Em termos de jogo aéreo, continua a ser o segundo melhor Jardel que já passou pelo nosso país. Se não se agarrar à cocaína, tem tudo para chegar ao primeiro lugar.

Grimaldo
Não fomos confirmar, mas é provável que o heat map de Grimaldo tenha forma de coração. As suas movimentações no terreno e respectivas trocas de bola com os restantes vértices do triângulo GZC - equilátero na medida em que temos igual amor pelos três - são missivas de amor ao adepto de futebol, essa espécie rara que ainda se interessa pelo jogo jogado. Não é fácil alguém fazer-nos esquecer Eliseu, mas Grimaldo consegue.

Fejsa
O clube devia considerar a criação de um novo artigo de merchandising em parceria com a Caterpillar: um rolo compressor conduzido por um boneco de Ljubomir Fejsa. Pensem nisso. Ele não vai a lado nenhum.

Pizzi
Descobriu uma nova vocação nos lances de bola parada: celebrar o desempenho dos seus colegas. Parece curto, mas não tanto como os seus pontapés de canto.

Zivkovic
O líder da nova geringonça joga à bola como se quisesse libertar o mundo das grilhetas do capitalismo, mas fá-lo com o perfume da Inés Arrimadas.

Cervi
não consegue disfarçar o tédio de cada vez que é eleito Homem do Jogo pela BTV. Precisamos de qualquer coisa nova para qualificar superlativamente o nosso pequeno génio. Isto só lá vai com uma nova categoria de Nobel, cerveja à discrição no fim de cada jogo, ou um show de strip no balneário. Ou, melhor ainda, todas estas hipóteses em simultâneo.

Rafa
O seu cérebro quer muito celebrar o início de uma nova fase na vida do PSD, mas os seus pés parecem reconhecer que a nova comissão política torna essa missão complicada. Felizmente para ele, quase todos os opositores internos fisicamente aptos estão ao nível de Diogo Gonçalves.

Jonas
Voltou a falhar um pénalti e, apesar de muito participativo, pareceu pouco inspirado, apático, estranhamente alheado da realidade vivida pelos seus colegas à medida que construíam mais uma goleada. Nada que nos deva preocupar. Jonas sabe que só há espaço no plantel para um Seferovic. 

Digui
[inserir banalidade sobre formação]

Jiménez
O Benfica pegou no “pior avançado do mundo” e fez dele o melhor jogador do futebol português nos últimos 10 anos. É tempo de pôr a equipa de relações públicas a trabalhar para vender Jiménez como o “melhor suplente do mundo”. Há-de haver um chinês que morda o isco. Por favor. 使高兴

Joãozinho
Hélder Conduto chamou-lhe “o Iniesta do Seixal” após um bom lance individual. Está feita a piada."

Vermelhão: Rumo...

Benfica 4 - 0 Boavista


Jogo fácil de analisar: 1.ª parte muito boa, que só não deu em massacre épico, porque definimos mal o último passe... e porque o apitadeiro não quis!!! Apesar do domínio total, acabámos por marcar somente de Canto!!! Entrámos mal no 2.º tempo, acabámos por 'dar' a bola ao Boavista, que não conseguiu criar oportunidades (excepto nas bolas paradas: cantos)... mas com as substituições (atrasadas) voltámos a 'ter' a bola... e o 3.º golo 'matou' a esperança dos adversários!
Foi visível que o Jonas não estava a 100%, podia estar 'curado' mas a habitual 'reacção' à trajectória da bola, antes que qualquer outro, não esteve lá... O Jiménez devia ter sido o titular!
Os adeptos votaram no Cervi para MVP, mas eu hoje, votaria no Zivkoviv! Parece que a adaptação está feita, temos médio...
Depois de tanto tempo sem marcar golos de bola parada, agora 'descobrimos' o caminho para a cabeça dos nossos Centrais nos Cantos: isto começou com o Cervi a marcar os Cantos à esquerda!!!
Grimaldo, Fejsa, Jardel (mesmo com aquela 'branca'), Dias, Almeida (além do Cervi e do Ziv) estão bem... O Pizzi está muito melhor, ainda pode jogar mais, mas está a um nível muito aceitável... aquelas perdas de bola parvas, sempre as teve!!!
Varela continua a não transmitir confiança, principalmente no jogo aéreo... e o Rafa não está a 'agarrar' o lugar! Com espaço, consegue ganhar em velocidade, mas...
Uma das mais vergonhosas arbitragens dos últimos tempos na Luz!!! Tiago Martins é o verdadeiro substituto do Proençinha no Tugão! Este Lagarto esta época, já esteve envolvido em 7 jogos dos Lagartos; foi o primeiro jogo do Benfica que apitou, mas nos dois que foi nomeado como VAR 'roubou-nos' (derby com os Lagartos na Luz, com o Macron a apitar).
É esta coisa, que está a ser empurrado para ser a 'grande' estrela do apito Luso!!!
Mais uma vez fizemos a nossa obrigação, somámos os 3 pontos... e independentemente dos resultados dos outros, temos que manter este ritmo, porque eles vão perder pontos, pode não ser este fim-de-semana, mas vão seguramente perder pontos...

Vitória na Suíça...

Montreux 4 - 11 Benfica

Vitória na Suíça, e com a derrota dos Italianos em casa (contra o Barcelona), temos a qualificação nos nossos patins!!! Passando em 2.º lugar do grupo, iremos defrontar os Corruptos nos Oitavos...!!! Mas para isso acontecer temos que ultrapassar o Forte Del Marmi: o empate na Luz é suficiente, temos vantagem na diferença de golos, mas no Hóquei não se pode jogar para o empate!!!
Como já seria de esperar, enorme apoio em Montreaux...

PS: As nossas meninas confirmaram em Itália a qualificação para a Final Four da Liga Europeia, depois do 15-2 na Luz, voltámos a vencer, desta vez por 10-2 (Rita Lopes(2), Inês Vieira(4), Marlene(2), Ana Arsénio, Rute Lopes).

Vitória difícil em Ovar...

Ovarense 73 - 74 Benfica
20-16, 7-14, 16-14, 19-18, 11-12

Já sem o Robinson no plantel, ainda sem o Todic, com o Sanders lesionado (jogou a final da Taça Hugo dos Santos em sacrifício... e até se fala que poderá também sair, já que a recuperação total, será demorada!!!). Com o Morais ainda fora de forma, após a ausência prolongada... Tivemos um Benfica, muito português e com muitas dificuldades para vencer... ainda por cima com uma percentagem de Triplos muito baixa!!!
Nos últimos segundos do tempo regulamentar permitimos a recuperação do adversário, começamos mal o prolongamento, mas ainda fomos a tempo de vencer!!!

Vitória na Luz...

Benfica 40 - 25 Xico Andebol
(18-11)

Boa vitória, com duas más notícias: Vidrago com o braço ao peito e vai ficar fora algum tempo; o Grilo foi expulso...!!! Recordo que nas próximas duas jornadas, vamos ao ISMAI e ao ABC, jornadas importantes, para entrarmos na 2.ª fase colados aos da frente...!!!


ADENDA: Confirma-se a lesão do Vidrago é grave, e provavelmente não jogará mais esta época! Assim regressa o Tiago Ferro que estava emprestado ao Madeira SAD.