Últimas indefectivações

domingo, 7 de setembro de 2025

Esperança...



Benfica 37 - 25 Belenenses
19-12

Estreia no Campeonato, com uma vitória clara, deixando bons sinais...
Temos uma equipa quase toda nova, muitas caras novas, hoje faltaram 3 (Cavalcanti, Olsen e o Valencia), e parece-me que vamos dar mais luta, apesar da fortíssima equipa Lagarta...
Aliás, vamos ter um teste na próxima semana...

Supertaça Ibérica perdida...

Bera Bera 38 - 21 Benfica
19-10
Constança(7), Minciuna(4), Nádia(3), Bernardino(2), Monteiro(2), Patrícia(1), Ana Silva(1), Shunu(1), Leitner, Ferreira, Mariana, Unjanque, Madalena, Duda; Rosa, Cabrini

As espanholas são melhores, mas a diferença não são 17 golos!
Temos ausências e jogadoras a recuperar de lesão, e hoje começamos muito mal, o que condicionou todo o jogo! Muitos erros não forçados, no ataque...

Papagaios...

Poker Face | Henrique Araújo & Tomás Araújo

BI: Entrevista Noronha...

5 Minutos: Entrevista Manteigas...

BF: Coletta...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Águia: Lukebakio abdica das folgas | Sodakov n°10 | Trubin "é uma decisão do treinador" | Schjelderup

Observador: E o Campeão é... - Quais as apostas de Roberto Martinez frente à Arménia?

Esclarecimento


"Considerando algumas dúvidas que têm sido colocadas à Mesa da Assembleia Geral, cabe, desde já, esclarecer o seguinte:

1. Nos termos do regulamento eleitoral, proposto pela Direção, e dos Estatutos, o voto presencial no território continental será sempre físico, com boletim em papel e mesas de voto distribuídas territorialmente, mas sem cadernos eleitorais impressos.

2. ⁠O controlo da identidade e da possibilidade de voto é feito através da scannerização do cartão de sócio, que descarrega em tempo real o direito de voto no caderno eleitoral digital único, na nuvem, processo assegurado pela empresa certificadora, prevenindo duplicações e garantindo a centralização de todo o processo.

3. ⁠Assim, cada sócio só poderá, naturalmente, votar uma vez, independentemente do local.

4. ⁠Nas Regiões Autónomas e no estrangeiro, o modelo varia consoante a decisão das candidaturas, a tomar apenas após a oficialização das listas (10 de outubro).

5. ⁠Se todas as listas estiverem de acordo, aplica-se o voto eletrónico remoto ou supervisionado, operado em plataforma certificada, com autenticação segura e auditoria independente.

6. ⁠Se, porém, existir oposição de alguma lista, nesses círculos prevalece o voto físico, replicando o sistema do Continente: mesas de voto locais, boletins em papel e validação pela mesma infraestrutura centralizada do caderno eleitoral digital.

7. ⁠Dado que a decisão sobre a modalidade de voto nos círculos externos, por imposição estatutária, só ocorre após 10 de outubro, a logística tem de estar duplamente preparada: por um lado, garantir desde logo a infraestrutura de voto físico deslocalizado, como salvaguarda; por outro, ter a plataforma de voto eletrónico pronta a ativar caso haja concordância unânime das listas.

8. ⁠Desta forma, no momento da decisão, o Clube apenas comunica a modalidade aplicável a cada círculo, assegurando total segurança, transparência e continuidade logística, sem margem para improviso e no respeito pela Democracia que funda o Sport Lisboa e Benfica.

9. ⁠Sublinha-se, por último, que está a ser preparada a maior operação logística eleitoral de sempre, certificada e auditável."

A roda dos milhões

Alma até Almeida


"Portugal reúne condições para ter ainda mais e melhores desportistas de elite, mas não há dúvida de que os tempos modernos estão a trazer-nos heróis que vieram para ficar

Os mais novos não se podem queixar. É certo que não viram Eusébio, Rosa Mota, Carlos Lopes ou Joaquim Agostinho, mas podem afirmar de peito aberto que são contemporâneos de Cristiano Ronaldo, viram Portugal sagrar-se campeão europeu e assistiram à evolução de uma série de desportistas de elite capazes de fazer história nas mais variadas modalidades, do judo à canoagem passando pela natação e terminando nesse exemplo de excelência que tem sido a seleção de andebol.
Claro que tudo isto ainda é pouco para a dimensão geográfica e demográfica do País. Afinal, Portugal está no meio da tabela a nível europeu em dimensão e população e vemos constantemente equipas do mesmo campeonato (ou abaixo de escalão) a apresentarem melhores resultados e mais protagonistas nos principais palcos. Consequência de uma cultura desportiva que se reflete nas respetivas políticas nacionais e locais.
Ainda assim, hoje podemos com facilidade identificar-nos com vários heróis dos tempos modernos, muitos deles em ação neste sábado, quase em simultâneo, desde a seleção de futebol, que começa na Arménia a qualificação para o Mundial na condição de vencedora da Liga das Nações, a um Portugal que raramente anda nestas andanças do basquetebol, influenciado por Neemias Queta, o primeiro português a jogar na NBA (e certamente imune aos internautas que destilam veneno a partir das cavernas de onde nunca sairão) e obviamente a João Almeida, figura cada vez maior do ciclismo mundial, que depois de vencer uma etapa no Giro e ter andado com a camisola rosa durante quase duas semanas é capaz de chegar-se à frente na Vuelta e assumir uma candidatura à vitória final.
Ninguém sabe se tal acontecerá, mas a exibição e a vitória do corredor de A-dos-Francos, ontem, numa montanha asturiana que parece querer beijar o céu faz-nos acreditar de que não só pode ganhá-la como poderia já estar no comando da classificação se, na ausência do extraterrestre Tadej Pogaçar, toda a sua equipa tivesse começado a trabalhar para ele desde o início da prova.
Se heróis como Cristiano Ronaldo já estão na curva descendente (mas ainda a tempo de uma última alegria no Mundial-2026), a boa notícia é que toda esta nova formada de gente talentosa (ao que se junta Diogo Ribeiro) tem muito tempo pela frente e o País certamente vai habituar-se a celebrar com maior regularidade. Porque o resto tem de sobra, como diz o ditado: tem alma até Almeida."

O dilema dos 'Palancas Negras'


"Conheço Angola há muitos anos, e habituei-me a ter com o país uma relação estreita de amizade e cooperação. Formo com regularidade quadros nas áreas da comunicação e do audiovisual, e reconheço em alguns cidadãos angolanos os meus melhores amigos.
Dito isto, que tanto serve como declaração prévia de interesses como de elemento agregador para sustentar o que vou escrever a seguir, sublinho que o adepto angolano de futebol sempre teve características especiais: apaixonado, dedicado, interessado pelos seus clubes e pela sua seleção, mas igualmente crítico e, por vezes, ácido na sua postura questionante, que não é mais do que a imensa vontade de ver o seu país evoluir e marcar pontos no cotejo dos melhores conjuntos africanos.
A seleção A de Angola esteve no Mundial de 2006, após uma qualificação disputada até ao último minuto, e pela mão sabedora e muito conhecedora da matéria prima existente do meu bom amigo Oliveira Gonçalves, o Senhor Futebol que projetou os Palancas Negras para o mundo, na competição realizada na Alemanha.
Fê-lo pelo conhecimento profundo do jogo e dos seus meandros, mas também fruto do aproveitamento exemplar de uma geração dourada de jogadores, que ansiavam pela presença numa grande prova internacional, e tudo fizeram, juntamente com a entourage da Federação Angolana de Futebol, para o conseguir.
Angola organizou, entretanto, a fase final da CAN (Taça de África das Nações), em 2010 — não ultrapassando os quartos-de-final — e conseguiu, em 2024, idêntico desfecho na edição realizada na Costa do Marfim. Aí, com Pedro Gonçalves ao leme, os Palancas revelaram ambição, qualidade no seu jogo e capacidade de concretização de objetivos.
E logo se levantou, de novo, uma imensa onda de apoio popular. Porque o angolano é assim: muitas vezes tem de ser a equipa a puxar pelo suporte das bancadas, muitas vezes a onda favorável sai do relvado e invade o coração do adepto. Porém, o desafio seguinte era (e foi) extremamente complexo. A qualificação africana para o Mundial, embora reforce (e muito!) a presença do continente na principal montra planetária do futebol — de cinco para nove países automaticamente apurados — é cada vez mais complexa.
Há um equilibro latente entre formações mais cotadas no ranking (ou com histórico de maior prestígio) e seleções emergentes, de países até há poucos anos com representatividade condicionada e que souberam evoluir no espaço e no tempo, por forma a serem, agora, parceiros respeitados e respeitáveis no âmbito continental africano.
Por isso, Angola teve um papel muito complexo no grupo D de qualificação para o Mundial das Américas, no próximo ano. A derrota, em Luanda, frente à Líbia (anteontem, por 1-0), não é mais do que a confirmação de um conjunto de dificuldades internas e externas.
A nova direção do organismo gestor do futebol angolano, com o experiente Alves Simões ao leme, não teve, desde o início da sua gestão, a capacidade agregadora e a perspetiva integrada de garantia de todas as condições para a continuidade do trabalho da equipa técnica e do grupo de jogadores habitualmente chamados ao combinado nacional.
Pormenores logísticos não foram acautelados da melhor forma, preferindo-se, por exemplo, confirmar (por determinação política e, portanto, governamental), um jogo amigável com a Argentina para as datas FIFA de novembro, quando a seleção angolana ainda lutava pelo apuramento para o Mundial, e quando essas datas eram (são) justamente as previstas para o play-off africano entre os quatro melhores segundos classificados dos nove grupos da fase de qualificação.
Isto é, com o anúncio desse jogo, a FAF enviou uma mensagem de descrença nas capacidades do combinado angolano para, eventualmente, atingir essa possibilidade de luta por um lugar no Mundial 2026, preferindo o mediatismo fácil de noventa minutos, no estádio 11 de novembro, frente ao conjunto de Lionel Scaloni. Ademais, este compromisso (muito bem pago, e a gerar natural onda de questionamento e contestação popular no território angolano, em face dos valores envolvidos), não é sequer o ideal, do ponto de vista desportivo, para servir de preparação com vista à CAN 2025, que se inicia a 21 de dezembro, em Marrocos, com a presença dos Palancas Negras.
Agora, que a qualificação para o Mundial está praticamente interdita, não faltará quem volte a questionar os méritos do selecionador e da sua equipa técnica. Os mesmos, é importante reforçar, que conduziram o combinado nacional angolano ao excelente desempenho na CAN 2023 (realizada em janeiro e fevereiro de 2024), e que ajudaram a retomar uma umbilical ligação entre o povo do futebol e a sua máxima representação nacional, até porque, entretanto, também outros sucessos regionais surgiram, como a vitória na Taça COSAFA (competição que agrupa os países da África Austral).
Angola não estará no Mundial. Que este desenlace sirva para preparar, programar, dar condições, perceber ambientes, organizar internamente, orçamentar, despistar valores, potenciar oportunidades, dignificar o jogador angolano.
E garantir, na base de todo o trabalho (a estrutura da federação) a qualidade suficiente para que, num futuro próximo, o país e o seu futebol possam voltar a orgulhar os herdeiros de 2006 e a levantar a sua bandeira nos relvados do planeta.

CARTÃO BRANCO
Começa hoje o percurso da seleção portuguesa de futebol na qualificação para o Mundial 2026. Começa na Arménia e terá na Hungria a principal dificuldade na caminhada para as Américas. A Portugal, o que o planeta futebol exige é a presença na fase final. Menos do que isso seria um descalabro desportivo, considerando o passado recente e a qualidade dos eleitos às ordens de Roberto Martinez. Não se trata, apenas, de uma importante empreitada financeira para a FPF. É muito mais do que isso, sabendo o lugar que Portugal ocupa no ranking da FIFA, estável, aliás, de há vários anos a esta parte. Só é preciso jogar. Então, que role a bola.

CARTÃO AMARELO
Depois de Jessica Silva, eis que Andreia Faria deixa o Benfica, transferida para o Al Nassr, da Arábia Saudita. Já não bastava a hemorragia no masculino, eis que um país que, até há bem pouco tempo, não respeitava os direitos mais elementares das mulheres se aventura na componente feminina. É no mínimo estranho, embora se compreenda pelos valores envolvidos nos contratos de Jéssica e Andreia. Aliás, só se compreende assim. Mas é pena ver as duas internacionais portuguesas tomarem esta decisão."

Zero: Bancada Central #1 - Reviravolta vizelense, tremoços na bancada e claques afinadas em Mafra

'Cafupenia'


"O Brasil enfrenta um problema central: a questão lateral. Desde 2023, isto é, no ciclo entre o Mundial-2022 e o Mundial-2026, já convocou, somando as gestões de Ramon Menezes, Fernando Diniz, Dorival Júnior e Carlo Ancelotti, 19 laterais, nove para a direita e 10 para a esquerda, segundo levantamento do site GE. Só o italiano chamou oito em duas convocatórias.
E, por mais contraditório que possa parecer, o que é... mau é que os 19 são... bons. Ninguém pode dizer que os laterais-direitos Danilo, Vanderson, Yan Couto, Emerson Royal, Wesley, Arthur, William, Dodô e Vitinho não têm qualidade. Nem que os esquerdinos Arana, Wendell, Abner, Lodi, Alex Sandro, Alex Telles, Ayrton Lucas, Carlos Augusto, Caio Henrique ou Douglas Santos não seriam quase de certeza titulares no seu clube da Liga Portugal — alguns deles até passaram pelo FC Porto com muito sucesso.
Mas nenhum é ótimo, excelente, formidável. Nas laterais, como em certa medida no meio-campo e na posição 9, os pentacampeões mundiais sofrem da maldição da abundância: há excesso de opções mas não existe aquilo a que os vizinhos argentinos costumam chamar de hierarquia — nenhum se sobrepõe aos demais, nenhum é indiscutível. Então, os selecionadores convocam um, depois outro, depois mais um, a seguir voltam à primeira opção, sem que um ou dois apenas se destaquem e criem raízes.
Na última pré-lista de 50 nomes, Carletto ainda se lembrou de Kaiki Bruno, do Cruzeiro, e de Paulo Henrique, do Vasco da Gama, ambos bons laterais mas não ótimos, excelentes, formidáveis.
O título deste texto usa uma palavra inexistente: Cafupenia é a junção de Cafu, o único jogador que disputou três finais de Mundial, as de 1994 e a 2002 ganhou-as, a de 1998 perdeu-a, e penia, o sufixo de origem grega para falta ou carência muito usado na medicina, por exemplo em leucopenia (diminuição de glóbulos brancos), mas também fora dos consultórios, em penúria e outros vocábulos.
Falta um Cafu ao Brasil: um lateral que marque uma era, que persista no tempo. Não é só Cafu porque o debate sobre quem é o melhor lateral direito de sempre do Brasil se confunde com a discussão sobre quem é o melhor lateral-direito de sempre do mundo todo: Djalma Santos, Carlos Alberto Torres, o citado Cafu, Maicon ou Daniel Alves rivalizam com Vogts, Zanetti, Thuram… E à esquerda a mesma coisa: Nilton Santos, Júnior, Roberto Carlos ou Marcelo disputam com Facchetti, Maldini, Breitner, Brehme…
Na atualidade, Ancelotti arrisca-se a experimentar, experimentar, experimentar até concluir que a seleção sofre de cafupenia. E, como no eixo da defesa tem opções — Marquinhos e Gabriel Magalhães — com hierarquia, no lugar que um dia foi de Cafu deve acabar por adaptar um central: o seu velho conhecido e também ex-dragão Éder Militão."

O melhor LFV


"«Isto tudo pode ser um sonho. Se for, por favor, não me acordem»
Luís Fernando Veríssimo, em crónica sobre a vitória do Internacional no Mundial de Clubes, em 2006

Luís Fernando Veríssimo morreu faz hoje uma semana. Não há registos de que tenha alguma vez dito «qualquer dia um homem sério já não pode andar no futebol», mas foi o melhor LFV que o futebol alguma vez teve, diria que no top-3 (para o caso de estar a esquecer-me de alguém) de cronistas, apenas um bocadinho de tanta escrita que nos deliciou, das Comédias da Vida Privada a Borges e os Orangotangos Eternos.
Foi ele quem, por exemplo, coligiu as Regras do Futebol de Rua, o manual definitivo para a melhor versão do melhor desporto do mundo. «Da duração do jogo – Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia.»
Foi ele quem, numa conversa com o próprio coração, no Mundial de 1998, explicou que «o coração não tem time» e que não quer saber do futebol: «Você deliberadamente me trouxe a um evento em que eu posso parar de repente, mesmo não tendo nada a ver com isso? Não era para ser um campeonato de futebol, um esporte, um divertimento?».
Também falou dos jogadores «imarcáveis», dos que recebiam «marcação corriqueira» e dos outros que «nem precisavam disto, pois marcavam a si próprios. Alguns até com uma certa violência.»
Em Time dos Sonhos: paixão, poesia e futebol, de 2010, estão alguns dos melhores textos alguma vez escritos sobre futebol. Que «existe para representar o grande desperdício nacional, o grande paradoxo de um país que não se aproveita. A função do futebol, no Brasil, é ser metáfora.»"