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sábado, 21 de junho de 2025

Vermelhão: E podiam ter sido mais...

Benfica 6 - 0 Auckland


Goleada esperada, numa partida atribulada, com um 1.º tempo, demasiado lento, e com alguns falhanços escandalosos na cara do golo... e uma 2.ª parte, melhor, com 5 golos, e podiam ter sido mais!!!

Jogo marcado pelo intervalo de 2 horas!!! A marcação desta partida, para Orlando, às 12h locais, com uma sensação de calor, a rondar os 34.º, com 80% de humidade, foi simplesmente criminoso! Só uma FIFA, exclusivamente preocupada pelo dinheiro televisivo, tomaria tal decisão... Ainda por cima, numa altura do ano, onde as tempestades, com trovoadas são típicas, em grande parte dos EUA, sendo que este foi o 5.º jogo interrompido devido às condições climatéricas!!! E ainda não chegámos a metade da competição!!! Suspeito, que sem a interrupção de duas horas, ao intervalo, a condição física dos jogadores amadores do Auckland ainda seria pior, e o Benfica teria mais probabilidades de ter marcado mais golos, na recta final do encontro...!!!

Dito isto, a lentidão posicional do Benfica na 1.ª parte, deveu-se ao calor, mas também às características dos jogadores escolhidos! Durante toda a época, o Benfica demonstrou dificuldades em jogar contra blocos baixos (autocarros...), porque são poucos os jogadores 'titulares' que recebem a bola no espaço, praticamente todos esperam a bola no pé... A juntar a isto, com o castigo do Belotti ficámos sem o 2.º ponta de lança, que neste jogo seria quase obrigatório! Além disto, com o Di Maria em campo, já sabemos que o jogo ofensivo do Benfica, passa todo pelo argentino, tornando a nossa construção ofensiva previsível!!!

No 2.º tempo, melhorámos um pouquinho com o Dahl, mas foi com a entrada do Renato e do Andreas que as coisas mudaram... e quando entrou o Gouveia, então a diferença foi gigantesca!!! È verdade que a entrada destes coincidiu com a quebra física do adversário, mas a velocidade de circulação de bola, subiu muito... Muitas vezes, nestas fases da época, mais do que os 'nomes', que tem os seus 'lugares' garantidos, são os jogadores que ainda procuram reconhecimento, que dão mais à equipa!

No papel o Gouveia devia ter sido titular, tal como o Schjelderup...! Admito, que teria colocado o Kokçu a titular, mas a energia e atitude do Renato foi decisiva!


O Pavlidis com 180 minutos, está roto e ainda vai ter que fazer mais 90m com o Bayern! Bom jogo do Prestianni, foi o único que na 1.ª parte, tentou encontrar espaços... o facto do penalty ter sido cometido sobre ele, não foi por acaso!!! Bom jogo também do Barreiro, os golos também não foram por acaso, faz muito bem este papel de 2.º avançado!!!


O Carreras já está com a cabeça noutro lado!!! O problema é que a estratégia com o Bayern muito provavelmente passaria, por colocar o Dahl no meio-campo, e assim ficamos limitados nas estratégias possíveis!


Infelizmente, nos próximos dias a única coisa que se vai falar sobre este jogo, vai da reação do Kokçu à substituição. Algo que num balneário pode sempre acontecer, com jogadores mais 'cabeças quentes', mas no Benfica será elevado a crise nacional!


Para Terça, em Charleston, contra o Bayern, as temperaturas vão continuar acima dos 30.º, com a humidade um pouquinho mais baixa! É provável que os Alemáes façam alguma gestão também, mas independentemente das opções do Bayern, o Benfica vai ter muitas dificuldades! Vamos repetir a estratégia do jogo da Champions, ou vamos tentar repartir o jogo?!!!

Sem o Belotti, sem o Carreras e provavelmente sem o Tino! Eu também tenho muitas dúvidas: não acho que o Aursnes esteja em condições de defender um dos Extremos do Bayern, preferia o Gouveia ou até o Leandro!!! No meio campo, sem o Tino, até podemos apostar num trio, com o Barreiro, o Renato e o Kokçu... Apostava sempre no Schjelderup nas Alas...

Zero: Mercado - Moussa é alvo na Luz

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - FC Porto sem ADN portista em apuros nos EUA

Zero: Tema do Dia - As hipóteses do FC Porto e as de Anselmi

Vencer


"O tema em destaque nesta edição da BNews é a segunda partida do Benfica no Campeonato do Mundo de Clubes, tendo por adversário o Auckland City (17h00 de Portugal Continental).

1. Compromisso
O treinador do Benfica, Bruno Lage, quer "uma equipa muito comprometida durante os 90 minutos, garantir a vitória, respeitar muito o adversário e, claro, conseguir um bom resultado para nós".

2. Para ganhar
Leandro Barreiro, Gonçalo Oliveira e João Veloso fazem a antevisão da partida.

3. Época histórica
Veja a reportagem da BTV sobre a temporada da formação de futebol do Benfica.

4. Final empatada
No jogo 2 da final do play-off do Campeonato Nacional de futsal, o Benfica foi derrotado pelo Sporting por 1-3, ficando a eliminatória derradeira disputada à melhor de cinco empatada com uma vitória para cada lado.

5. Todos à Luz
No domingo arranca a final do play-off do Campeonato Nacional de hóquei em patins no feminino. O jogo com o Turquel é às 15h00. Paulo Almeida vinca: "Queremos muito, muito, continuar a fazer história no nosso clube, a ganhar o 12.º Campeonato seguido."

6. Recorde nacional
Isaac Nader estabeleceu o recorde nacional dos 800 metros com o tempo de 1:43.86 minutos, superando uma marca que já vigorava desde 2002.

7. História agora
Veja a rubrica habitual das manhãs de quinta-feira na BTV.

8. Casa Benfica Peniche
Esta embaixada do benfiquismo celebrou o 30.º aniversário."

Novo recorde nacional do Isaac...


Desta vez, bateu o recorde nacional dos 800m, com um espectacular 1:43.86m, em Guadalajara, Espanha!
Grande época, até agora, do Isaac Nader com vários recordes, este com 23 anos, que pertencia ao seu treinador!

Visão: Anis Hadj Moussa

Zero: 5x4 - S05E37 - Águia bate e Leão reage

Lage continua a ser curto no Benfica


"A imagem do treinador piora com o tempo. Títulos perdidos, sobressaem decisões táticas que o expõem, como a aposta em dois pontas de lanças puros em simultâneo ou Dahl na direita

Não acredito que tudo o que se fazia no passado esteja obsoleto e este texto estará sempre longe de ser um manifesto contra esse futebol, que tantas e tão boas memórias me deu, à volta das quais eu próprio me construí como adepto e profissional.
Todos sabemos ainda que o jogo também evolui em círculos, das muitas vezes que mergulhou para o futuro, inspirando-se no que já antes se fazia, com muito ou pouco sucesso, e inserindo velhos eurekas noutros contextos, em novas dimensões físicas, graças a melhorias no treino, na alimentação e na ciência, a uma estratégia mais científica e, sobretudo, a uma roupagem bem mais sexy.
No entanto, se há imagem que me tira um pouco do sério é a de um treinador que pretende resolver uma partida com a entrada de um segundo ponta de lança, enquanto rouba um dos médios ao esquema habitual e fica naturalmente com menos gente para fazer a bola chegar com qualidade ao novo e ao antigo destinatários. O jogo mudou, ao ponto de compreendermos finalmente que muitas vezes se está mais perto de vencer se fizermos exatamente o contrário, se tirarmos um avançado para encaixar mais um médio, de forma a que se ganhe posse e critério e se encontrem os caminhos para a baliza.
Bem sei que trocar um médio ou um defesa por mais um avançado é decisão que recolheria a unanimidade em qualquer tasca — a expressão anda na moda —, todavia, soa tanto a anos 80, que mais parece procurar ter efeito populista do que ser eficaz, e se mostra pouco condizente com o treinador moderno que sempre achei que Bruno Lage fosse. Hoje, a maior parte dos técnicos mantém o modelo em que acredita, ainda que o vá reforçando ou acentuando com substituições, porque é o que trabalha todos os dias e aquele que antecipa, muito provavelmente, os problemas que se espera viver em campo, diante cada adversário.
Ainda por cima, essa substituição mais populista pode ser mensagem com dupla interpretação para os recetores mais próximos, a terem de escolher entre um vamos para cima deles e a conclusão de que se trata de uma manifestação de desespero por parte de quem deveria ser sobriedade, crença e inteligência quando lidera. Sobretudo ao intervalo.
Não quero acreditar que Bruno Lage tenha visto espaço suficiente nas costas do bloco baixo argentino para que a equipa verticalizasse o seu processo — ainda mais com pouca ou nenhuma utilização em simultâneo de Pavlidis e Belotti, já para não falar da evidente falta de química entre os dois — ou não tenha feito contas à natural fragilização do meio-campo diante de jogadores tão agressivos quanto os do Boca. Era expectável que perdessem o pouco controlo que tinham.
Dificilmente aquela energia que se viu no seu irmão e adjunto Luís Nascimento na entrevista rápida ao intervalo — terá surpreendido muito boa gente — seria suficiente para dar a volta, mesmo que todos os jogadores desta bebessem na mesma medida. Uma bola parada, já com as águias reduzidas a dez devido à, no mínimo descuidada, entrada de Belotti com o pé bem alto, minimizou os estragos para um conjunto que apenas durante 10, 15 minutos aplicou o plano traçado e, a partir do primeiro golo sofrido, foi incapaz de recuperá-lo. Inexplicavelmente.
É por situações destas, a meu ver, que Lage vai perdendo alguns pontos. Poderá ser a minha memória a trair-me, mas não me lembro de decisões semelhantes nos primeiros tempos com a equipa principal. Mesmo que o Benfica jogasse com dois avançados-centro logo de início, um deles, João Félix, era muito móvel, Jonas entrava muitas vezes, quando estava bem fisicamente, e Pizzi e Rafa (e Grimaldo) ofereciam soluções por dentro. O treinador mudou assim tanto?
Será que quer reforçar a ideia, junto dos adeptos, que é um deles e, como tal, pensa da mesma forma e hoje até é mais feijão com arroz como… lhe pediam no Botafogo, tendo em conta o que reclamava aos jogadores? Será que se perdeu algures na viagem devido as pressões externas?
Recordo-me do Benfica-FC Porto de 2019/20 (0-2) e de Nuno Tavares a lateral-direito (com Pizzi a médio mais à frente) e até acho que, com algum treino, não estivesse Sérgio Conceição do outro lado pronto para abafar o agora jogador da Lazio, poderia ter funcionado melhor do que Dahl e Di María no jogo com o Boca Juniors. Afinal, não era desde logo previsível que aconteceria o que aconteceu, com o flanco direito a interromper-se a si próprio no meio do meio-campo rival? Bastante, parece-me.
Lage não ganharia igualmente a vida como orador motivacional, temos de reconhecê-lo. Não precisa de sê-lo com a Imprensa, porém também não o é junto dos jogadores. E esta falência na comunicação para dentro notou-se em jogos muito importantes e em que a equipa entrou com níveis demasiados baixos de adrenalina, o que se refletiu nos resultados. Não ganhará um jogo com a mensagem, isso parece-me inequívoco, e muitos hoje são arrebatados assim.
A imagem com que termina junto dos adeptos não será tão má quanto isso, o que levará, mais o baixo custo, a Rui Costa a mantê-lo no banco. Afinal, estabilizou a equipa, acabou a lutar pelo título, não ganhou a Taça de Portugal por alguns segundos e conquistou a Taça da Liga. Houve, não menos importante, uma participação digna na Champions, com vitórias a lembrar velhas grandes noites europeias. Para o adepto, esse quase será o suficiente para o benefício da dúvida. Desde o primeiro dia que Lage semeia essa relação e colhe agora, juntando-lhe, mais uma vez, os méritos reconhecidos, os frutos.
Será suficiente? Tenham sido ou não com um propósito estas mudanças — se é que são mudanças, porque nem isso tenho como dado adquirido —, diria que o técnico aumentou as expetativas de tal forma, dividindo aí as responsabilidades com a crise no Sporting e a saída de Ruben Amorim, que acabou a ficar curto. E nos Estados Unidos, naturalmente, também está a sê-lo. Essa diferença, numa época com rivais sólidos, ser-lhe-á muitas vezes fatal."

Afinal, quanto vale Gyokeres?


"Clubes compradores não pensam como o adepto e têm o algoritmo que lhes recomenda contenção; Diomande pode até render tanto quanto um extraordinário goleador que vale o preço do bilhete

O mercado de transferências mudou. Mesmo que o Liverpool se prepare para fazer contratações de três dígitos (Wirtz ao Leverkusen e Isak ao Newcastle), será a exceção à regra. Porque nos últimos dois anos houve uma redução substancial do valor médio das contratações, a começar pelos clubes ingleses, apertados pelo controlo de fair play financeiro da Premier League — é bom não esquecer as 115 acusações que ainda pendem sobre o Manchester City.
A demora na resolução do caso Gyokeres (já lhe podemos chamar assim) também se explica pelo contexto. Os compradores têm vindo a apertar a malha e o data é cada vez mais utilizado como suporte à decisão. E o que muitos especialistas de mercado apontam é a idade como fator exponencial ou de contração. No caso do sueco, os 27 anos podem representar um entrave. Porque atualmente os clubes ingleses só pagam acima dos 70/80 milhões se tiverem a certeza que estão a comprar futuro além do presente.
São argumentos discutíveis, como mais discutível é assistirmos a contratações de defesas pelos valores exigidos por Frederico Varandas. Paga-se mais por quem evita golos do que por quem os marca. São vários os exemplos: Huijsen por €60 milhões, Frimpong por €40 milhões ou Todibo por €40 milhões, quando uma promessa como Delap custou 35 ao Chelsea.
Por isso não será assim tão surpreendente se o mercado vier a pagar quase tanto por Diomande como por Gyokeres, apesar de para o adepto comum (mesmo os que não são nem portugueses nem do Sporting) as diferenças de valor serem tremendas — ninguém discute a qualidade do central de 21 anos e com muita margem para evoluir ao mais alto nível, mas o outro é aquele por quem as pessoas pagam bilhete.
Porém, a lógica dos scouts e diretores desportivos tem vindo a mudar baseado no pressuposto: quantos anos de elevada performance me garante este jogador? É claro que há exceções: o Man. United de Ruben Amorim pagou €75 milhões por um avançado de 26 anos (Matheus Cunha), mas com experiência de Premier League, algo que falta a Gyokeres, máximo goleador de uma liga que apesar de tudo é considerada periférica e exportadora de grandes talentos... abaixo dos 23 anos.
Como tudo na vida, a solução para este imbróglio estará seguramente no meio, com cedências de parte a parte."

Zero: Afunda - S05E73 - Jogo 7 e a venda dos Lakers!