Últimas indefectivações

domingo, 24 de janeiro de 2016

Bomba, versão II

Oliveirense 4 - 4 Benfica

Está-se a tornar habitual estas 'bombas' nos últimos segundos. Por um lado estes golos, acabam por dar um tom épico aos jogos, mas seria preferível resolver o assunto mais cedo!!!
Não fizemos um grande jogo... a ausência do João Rodrigues, continua a fazer-se sentir, o João até quando joga menos bem nas suas acções em 'jogo jogado', normalmente é fundamental, nem que seja pelos golos que marca... além do equilíbrio defensivo da equipa.
Começamos a perder por 2-0, empatamos antes do intervalo, e voltámos a dar de 'avanço' no 2.º tempo (4-2), e voltámos a empatar!
Para uma equipa, que raramente 'não ganha' o empate até pode parecer pouco, mas este empate, deu ao Benfica, no final da 1.ª volta, uma vantagem de 7 pontos, sobre os Corruptos, contra uma Oliveirense que muito provavelmente tem o 2.º melhor plantel do Campeonato, e que hoje, como era esperado, jogou 'com tudo'!!!
O Campeonato não está ganho, mas não será fácil o Benfica perder esta vantagem na 2.ª volta... agora, temos que melhorar o rendimento dos últimos jogos.

ADENDA:
Novas informações obrigam-me a acrescentar alguns comentários:
1.º- Em directo só acompanhei partes do jogo, ontem à noite revi o jogo na integra. E não fiquei surpreendido, com a confirmação que fomos mais uma vez roubados pelos apitadeiros!
2.º- Mesmo assim, parece que um dos árbitros foi agredido pelos dirigentes da Oliveirense no túnel, no final do jogo!!!
3.º- Os adeptos do Benfica, que estiveram no pavilhão, no final da partida, foram brindados, com uma revista completa...!!! Só mesmo numa República das Bananas!!!
4.ª - Eu pensava que era impossível, mas após algum tempo, hoje, posso afirmar que o canal com comentadores das modalidades mais anti-Benfiquistas é a BolaTV!!!! Por incrível que pareça a PorkosTV, e a RTP2, têm comentadores mais 'isentos'!!!! Vergonhoso... Acho mesmo que este jogo comentado na LagartosTV ou PorcoCanal teria comentadores menos anti-Benfica!!! No Andebol da BolaTV também se nota uma 'inclinação', mas no Hóquei é cumulo da azia!!!
5.º - Já agora, o Benfiquista que invadiu o ringue para celebrar o golo do empate, no último segundo, foi condenado a 100h de trabalho comunitário!!!
Aqui fica o golo decisivo:

Futebol e eleições

"1. Em dia de eleições presidenciais voltamos a ter jogos para a nossa principal Liga. Acredito que muitos dos cidadãos portugueses que integram as equipas que estão envolvidas nos jogos de hoje terão exercido o seu voto antecipadamente. E acredito que foram criadas condições para que os membros das equipas de arbitragem envolvidas nesses jogos pudessem exercer um direito que é fundamental na construção de uma democracia contemporânea. E, logo, numas eleições para um cargo unipessoal e em que não está em causa a exclusividade dos partidos políticos. O certo é que teremos três jogos da nossa Liga que se realizam na tarde e na noite deste domingo. E neste dia do ano de 1965 morreu um dos homens que marcou o século XX - Winston Churchill - e que foi determinante na consolidação de um espaço europeu em que a liberdade e a democracia representativa foram asseguradas face a duas ideologias que as negavam: o nazismo e o comunismo. E é esta recordação que importa ter presente todos os dias. Principalmente num tempo em que outros totalitarismos nos ameaçam e condicionam.
2. O Benfica venceu ontem o Arouca e chegou aos cinquenta golos nesta Liga. E foram mais de cinquenta e um mil a assistir num colorido Estádio da Luz a uma vitória justa perante uma equipa bem liderada por Lito Vidigal. Este Benfica já tem momentos de significativa nota artística. Este Benfica começa a consolidar um modelo de jogo. Este Benfica, vitorioso, evidencia confiança. Este Benfica chama os adeptos ao Estádio e, no final, cada um deles fica com vontade de regressar. Para ver golos bonitos, lindas jogadas, um colectivo que se sente e se pressente. Agora serão dois confrontos seguidos em Moreira de Cónegos. O primeiro para a Taça da Liga. Em que basta um empate para o Benfica somar uma nova presença nas meias-finais de um competição que, agora com o patrocínio dos CTT, continua a captar a atenção de milhões de telespectadores como evidenciam as audiências da última jornada e que mostram, a partir da TVI, a importância do futebol em directo e em canal aberto! Algo que a Liga não pode ignorar mesmo que os actuais - e os futuros - detentores dos exclusivos televisivos tentem, como sempre, minimizar a relevância dos números. Destes números e não de outros sempre presentes em estudos encomendados e que tentam mostrar as ideias - que não os ideais - dos titulares desses direitos televisivos. Depois, no próximo domingo, e de novo para a Liga NOS, será um novo confronto com o Moreirense. Com a esperança que seja um mês de Janeiro em grande. Um Janeiro vitorioso. Com mérito de Rui Vitória. Que terá, no meu modesto prisma, bem presente um declaração de Madre Teresa: «O passado não existe mais. O amanhã ainda não chegou. Temos apenas o dia de hoje»! E cada jogo é, e bem, e para ele, o «dia de hoje»!
3. O Comité Executivo da UEFA aprovou, na passada sexta feira, a introdução da tecnologia da linha de golo, durante a fase final do Europeu de França e já a partir dos play-offs da Liga dos Campeões da próxima época desportiva. A UEFA segue, assim, a FIFA e, igualmente, as ligas inglesa, alemã, francesa e italiana. Agora é a discussão, também económica e financeira, acerca do sistema a adoptar já que estarão em disputa dois modelos: um alemão e outro inglês. E a vitória de um deles no âmbito da Liga dos Campeões será uma grande conquista comercial. Já que foi o sistema alemão o escolhido pela FIFA para o Mundial do Brasil em 2014! Este passo é, para alguns, cada vez menos, uma indesejada revolução. Para muitos, muitos mesmo, era uma urgente necessidade face à relevância da televisão no crescimento exponencial das receitas do futebol e, logo, das marcas que o disputam e das suas organizações confrontadas com desconfianças e ameaças perturbantes. Mas tendo sempre presente, também aqui, as serenas e sábias palavras de Mahatma Gandhi: «A diferença entre o que estamos a fazer e o que somos capazes de fazer resolveria todos os problemas do Mundo». Mas esta novidade é um pequeno/grande passo! Para a verdade que todos queremos ver.
4. Assistir, através da BTV, a alguns jogos da Liga inglesa é um verdadeiro privilégio. Vale também a assinatura! Ontem o Norwich-Liverpool foi excessivamente emotivo. Como a derrota do United face à equipa do nosso José Fonte foi extremamente esclarecedora quanto ao momento técnico de Louis van Gaal. Mas os instantes finais em Carrow Road, a casa do Norwich, foram verdadeiramente loucos! O golo da vitória da equipa agora liderada pelo alemão Klopp ao minuto 95 foi um instante de sonho para um amante do futebol. A festa de uns e a desilusão de outros. O sorriso e a tristeza. E fez-me recordar as palavras desse grande senhor do Manchester United e do futebol europeu Bobby Charlton: «Para mim um dia de futebol é como um dia de Natal para uma criança». E como estão bem tristes os dias em Old Trafford. Uma equipa, o M- United, que gastou centenas de milhões de euros - em rigor de libras - em aquisições e que é nas palavras de um amigo e de um grande senhor do futebol mundial o exemplo claro de uma desastrosa gestão desportiva. Com os resultados à vista. À vista de todos. E numa Liga que tem a surpresa Leicester na liderança e, hoje, um derby de Londres, um Arsenal-Chelsea. E foi Arsène Wenger que disse: «Na primeira vez em que vim a Inglaterra disse a mim mesmo, sem nenhuma dúvida: o futebol foi criado aqui»! Bom domingo. Neste domingo em que escolhemos o Presidente da nossa República. Da República Portuguesa.
5. Morreu esta semana em Sintra uma grande Senhora, uma Mulher do Mundo, uma pedagoga singular. E que retratava como ninguém. Guardo, com carinho, um retrato que me ofereceu de Fernando Chalana. Lindo retrato da Dona Maria Almira Medina."

Fernando Seara, in A Bola

Dirigentes, árbitros e poder disciplinar

"1. Não posso deixar de afirmar, sob pena de não ser honesto comigo próprio (e quem o não é, não pode ser com os outros), que as contínuas afirmações do Presidente do Conselho de Administração da Sporting, SAD, sobre os agentes da arbitragem já não podem ter guarida na liberdade de expressão de cada um dos agentes desportivos. O processo disciplinar que agora se instaurou cobrindo, ao que parece, um relatório de árbitro, e duas queixas, é algo que se impunha. Tal processo determinará, com todas as garantias de defesa para o arguido, se houve ou não infracção disciplinar e, havendo, a sanção aplicável, com possibilidade de recurso. Do jogo das normas, só dele, não adivinhamos sanção leve para o dirigente. Todavia há algo que deve ser enfatizado, independentemente deste caso.
2. Os órgãos que exercem o poder disciplinar federativos, fazem-no em nome do poder público. Daí que, desde logo, dispunham de iniciativa para, independentemente de queixas ou denúncias, iniciar os procedimentos disciplinares que se imponham em virtude da «aquisição da notícia da infracção». Tais órgãos não podem andar ao sabor de queixas, denúncias ou relatórios de árbitros e delegados. Têm à disposição amplo manancial de fontes dessas notícias, a começar pela comunicação social.
3. Ao não actuar de forma contínua, o poder disciplinar perde bastante da sua legitimidade e transparência, com evidentes violações do princípio da igualdade. Deixar nas mãos de terceiros o pontapé de saída disciplinar é traçar um caminho pleno de incoerências e expor a disciplina desportiva a juízos nada positivos.
4. Caso não se adopte a postura que referimos, pelo menos, se isso for legalmente possível, que se dê conta de critérios seguros para o accionar do poder disciplinar."

José Manuel Meirim, in A Bola

Bons ventos da FPF

"Sopram bons ventos da FPF para a credibilização da arbitragem por via do apoio da tecnologia. A gestão de Fernando Gomes quer estar na linha da frente da utilização do vídeo nas decisões dos árbitros, uma vez aprovados os procedimentos pelo International Board no mês de Março. A FPF mostrou-se desde logo à FIFA para assumir o pioneirismo nas competições nacionais, tem capacidade de investimento para os meios e revela vontade de dar aos árbitros um protagonismo comparativo que será decisivo para a sua reputação. Realce-se ainda o efeito propulsor: o sucesso dos testes pode ser a alavanca que faltava para ultimar o profissionalismo contratualizado dos árbitros e dar uma nova dimensão (não exclusivamente federativa) à respectiva estrutura de formação e avaliação. A visão está lá e o resultado poderá ser o melhor para o processo de tomada de decisão arbitral. Não há ainda suporte legislativo (recomendado há muito aos governos) nem cobertura jurídico-regulamentar. Certo é que a medida, a acontecer, marcará um ciclo da FPF, susceptível de abafar os dramas insanáveis e as omissões inexplicáveis noutras áreas. A ironia é a marca ser na arbitragem, o alvo preferido da instabilidade.
Enquanto isso, alinhado com a visão da FPF, o Conselho de Arbitragem de Vítor Pereira faz o compromisso que interessa e fornece à Liga as linhas do futuro nas provas profissionais: introdução dos árbitros de baliza; vídeo-árbitro e tecnologia da linha de golo (o expediente mais inverosímil a curto prazo em face do seu custo) nos 'momentos radicais' do jogo: alargamento do profissionalismo. Falta ainda decidir muito mas a Liga ganhará respeito incalculável se estiver à altura dos desafios. Entre esse muito, falta saber quem utiliza o vídeo: o quarto árbitro ou um técnico especializado (recolhido e em comunicação com os árbitros de campo)? Falta saber como utilizar o vídeo: assessoria subtil à equipa de arbitragem ou instrumento idóneo para interromper o jogo? Falta saber para quê utilizar o vídeo: decisões mais influenciadoras do decurso e do resultado do jogo (penálti, off-side, agressões, simulações) ou também averiguações de ilícitos (em especial no banco de suplentes)? Falta saber quem decide a dúvida: o técnico do vídeo ou o árbitro principal?
Recebidas as respostas, falta saber, por fim, se a experimentação nacional altera a conflitualidade desportiva radicada nos árbitros. Essa seria a grande revolução. E seria transcendente que esse intento não fosse, mais uma vez, uma batalha perdida."

Redirectas IX - Sabor Agridoce


Esta noite fiquei com o chamado sabor agridoce na boca com laivos de picante. Tudo muito bonito, o estádio cheio, um relvado magnífico, duas equipas jogando um futebol atractivo, o nosso Benfica com a tática bem estudada, os jogadores se entregando ao jogo como equipa, golos madrugadores a descansarem o coração e de repente o estádio começa todo a assobiar o que supostamente eram desacatos entre membros das claques. Estragou-me o jantar. Já não engoli mais direito. Meu rico Benfica, o que sofres tu.
Tenho vindo a falar nas últimas redirectas da necessidade de promover entre a família benfiquista um discurso que seja coerente com os valores humanistas que constituem a gênese do Sport Lisboa e Benfica.
Estes acontecimentos recorrentes (porque se fosse um fenómeno isolado talvez não me deixasse com a garganta tão presa) devem fazer todos nós benfiquistas parar e pensar bem que Benfica queremos nós.
O clube sofre a todos os níveis com este tipo de atitudes. Espero da direcção acções concretas quanto a este tema.
Eu sou a favor das claques. Acho que elas têm um papel muito importante na festa do futebol. Mas o seu papel é abrilhantar o espectáculo. Se no lugar do abrilhantar o estragam então deixam de ter razão de existir.
Eu proponho a identificação dos elementos das claques que estão envolvidos neste tipo de situações e acções concretas para que se erradique de uma vez por todas essa vergonha que é ter um estádio inteiro a assobiar pessoas que supostamente deveriam estar ali a defender as nossas cores.
O Benfica ganhou mas a festa ficou estragada para mim. Deixem os benfiquistas se divertir. Cantem, puxem pela equipa, puxem pelo estádio inteiro como tão bem sabem fazer. Sejam parte importante do 12º jogador e não agentes corrosivos da nossa força e união. Durante aqueles minutos o Benfica foi menos. E isso se propaga pelo tempo. Tem repercussões. Não queiram diminuir o que nasceu para ser gigante. Viva o Benfica! Viva o Glorioso! Et Pluribus Unum!

Redirecta prévia: Redirectas VIII - Eu Amo o Benfica

Seguro

Benfica 3 - 1 Arouca


Entrada a 'matar' e jogo resolvido cedo... ao contrário da 1.ª volta, resolvemos o problema com eficácia. A ineficácia veio depois, com o jogo seguro, podiamos ter dilatado a vantagem para números de cabazada, mas os falhanços foram muitos... algumas boas defesas do Bracali, mas acima de tudo azelhice do Benfica... e até parece que está a nascer um 'trauma' nos nossos avançados: jogadores isolados, só com o guarda-redes pela frente, parece que são para falhar!!!
A ausência do Fejsa notou-se nos primeiros minutos, com o Arouca a conseguir algumas saídas rápidas, mas o Samaris foi crescendo com o jogo, e até acabou a bom nível. Mas onde o Rui Vitória, está a fazer a 'diferença' é nas alas com o Pizzi e o Carcela, ambos muito bem... o Belga com muita velocidade, a atacar e a defender, e o Pizzi como falso-ala, aparecendo na área como 2.º avançado...
Só não gostei, de alguns 'adormecimentos' prematuros. A entrada da 2.ª parte foi fraca, permitimos demasiado espaço no meio-campo... e a bola rondou na área do Júlio. A entrada do Nico e o 3.º golo 'acordaram' a equipa... mas nos últimos minutos voltámos a 'adormecer'...
É verdade que jogámos na Terça, mas o Arouca tinha jogado na Quarta, e no nosso caso, só o Lisandro, o Samaris e o Mitro foram titulares em Marvila, mas pareceu-me ver demasiada gente cansada! E aqueles últimos minutos do Renato deixaram-me preocupado, pois se existe alguma lesão, tinha sido preferível ter sido poupado...
Num jogo relativamente calmo, inacreditável a forma como Manuel Mota foi cobarde! As 'acusações' de Benfiquismo que caíram em cima dele, acabaram por o condicionar, tanto no critério disciplinar, como no critério técnico...
É inevitável não falar das atitudes vergonhosas que se passaram no Topo Sul, com crianças e mulheres a fugirem... Eu sei que a violência, é entre dois grupos, e em condições normais não afectará mais ninguém, mas se tiverem alguma coisa a resolver, façam-no cá fora... Já basta os Petardos e afins, que obrigam o Benfica a pagar multas obscenas...
E já agora, se alguém está descontente na forma como se apoia o Benfica na bancada, só têm que criar o seu próprio grupo, como aliás aconteceu nos anos 90, com a cisão dentro dos Diabos, que acabou por criar os No Name... Querer impor, algo que a maioria claramente não quer, é no mínimo estúpido.