"Sopram bons ventos da FPF para a credibilização da arbitragem por via do apoio da tecnologia. A gestão de Fernando Gomes quer estar na linha da frente da utilização do vídeo nas decisões dos árbitros, uma vez aprovados os procedimentos pelo International Board no mês de Março. A FPF mostrou-se desde logo à FIFA para assumir o pioneirismo nas competições nacionais, tem capacidade de investimento para os meios e revela vontade de dar aos árbitros um protagonismo comparativo que será decisivo para a sua reputação. Realce-se ainda o efeito propulsor: o sucesso dos testes pode ser a alavanca que faltava para ultimar o profissionalismo contratualizado dos árbitros e dar uma nova dimensão (não exclusivamente federativa) à respectiva estrutura de formação e avaliação. A visão está lá e o resultado poderá ser o melhor para o processo de tomada de decisão arbitral. Não há ainda suporte legislativo (recomendado há muito aos governos) nem cobertura jurídico-regulamentar. Certo é que a medida, a acontecer, marcará um ciclo da FPF, susceptível de abafar os dramas insanáveis e as omissões inexplicáveis noutras áreas. A ironia é a marca ser na arbitragem, o alvo preferido da instabilidade.
Enquanto isso, alinhado com a visão da FPF, o Conselho de Arbitragem de Vítor Pereira faz o compromisso que interessa e fornece à Liga as linhas do futuro nas provas profissionais: introdução dos árbitros de baliza; vídeo-árbitro e tecnologia da linha de golo (o expediente mais inverosímil a curto prazo em face do seu custo) nos 'momentos radicais' do jogo: alargamento do profissionalismo. Falta ainda decidir muito mas a Liga ganhará respeito incalculável se estiver à altura dos desafios. Entre esse muito, falta saber quem utiliza o vídeo: o quarto árbitro ou um técnico especializado (recolhido e em comunicação com os árbitros de campo)? Falta saber como utilizar o vídeo: assessoria subtil à equipa de arbitragem ou instrumento idóneo para interromper o jogo? Falta saber para quê utilizar o vídeo: decisões mais influenciadoras do decurso e do resultado do jogo (penálti, off-side, agressões, simulações) ou também averiguações de ilícitos (em especial no banco de suplentes)? Falta saber quem decide a dúvida: o técnico do vídeo ou o árbitro principal?
Recebidas as respostas, falta saber, por fim, se a experimentação nacional altera a conflitualidade desportiva radicada nos árbitros. Essa seria a grande revolução. E seria transcendente que esse intento não fosse, mais uma vez, uma batalha perdida."
alguém disse:
ResponderEliminarPura e ligeira ilusão !!!!
Se os que vão lidar com a tecnologia não forem SÉRIOS pouco ou nada a mesma vai valer e com os que actualmente existem, vai ficar tudo na mesma, porque a seriedade na arbitragem É NULA.