Últimas indefectivações

terça-feira, 22 de março de 2016

A modéstia do senhor Otaviano

"Passou por Lisboa em 1953, comandando o America do Rio de Janeiro. No ano seguinte chegava ao Futebol português e ao Benfica para revolucionar para sempre o jogo entre nós...

Pois é, o homem chamava-se Otaviano e poucos se recordarão disso. Otaviano Martins Glória, nascido no Rio de Janeiro no dia 9 de Janeiro de 1917 (não falta muito para os cem anos da sua chegada ao mundo, o Benfica bem lhe deve uma homenagem!), neto de um português dos Açores e de outro de Vila Nova de Gaia.
Chamavam-lhe Otto e Otto ficou. Não sei o porquê do Otto com dois tês, só por simpatias germânicas, sendo Otaviano deveria ser Oto, apenas Oto, sem mais floreados mais próprios do grande e farfalhudo bigodinho do kaiser Guilherme II do que o bigodinho à Errol Flyn do bom e modesto Otaviano.
Otto Glória tinha estado em glória em Lisboa na visita do America do Rio de Janeiro. No Brasil há muitos Américas, coisa de pouca monta já que o país se situa na América, apesar de sulista e muito pouco elitista.
Antes de chegar ao Clube 'encarnado' e mudar para sempre a face do futebol em Portugal, trazendo consigo uma visão profissional de um desporto até aí considerado entre nós, orgulhosamente, como profundamente amador, Otto Glória esteve em Lisboa. A data do acontecimento é clara: 30 de Junho de 1953.
Ninguém pode dizer que essa sua passagem por Lisboa não alterou a sua vida e a vida do Benfica.
O Futebol é muitas vezes feito de encontros e reencontros.
Nesse 30 de Junho, as Salésias encheram-se de gente para ver o virtuosismo anunciado dos brasileiros do America Football Club, assim muito à inglesa como era moda à época, e segundo as crónicas ninguém saiu de lá defraudado.
Cabe dizer que este America, sem acento no E, foi o primeiro dos muitos Americas que entretanto surgiram como cogumelos por todo o Brasil, copiando-lhe o nome e o equipamento, muito curiosamente composto por camisolas vermelhas, calções brancos e meias vermelhas.
Fundado a 18 de Setembro de 1904, por pouco não é gémeo do seu adversário dessa tarde salesiana.
Golos de pura mestria!
Mas, se quase gémeos em idade, bem separados no futebol esparramado sobre o terreno. «Alguns lances do conjunto aprimorado resultaram de malabarismos férteis em argúcia e em imaginação, e de proezas de carácter individual, tão do agrado de grande nação sul-americana. Assim se observava um conjunto de onde resultavam o imprevisto, a graça e a subtileza. A preparação atlética, a descontracção muscular e a arte nas fintas e no domínio da bola favoreciam iniludivelmente os brasileiros».
Por isso venceram. Sem espinhas: 3-1.
Sempre se disse, ao longo da história, que «seu» Otaviano, antigo praticante de basquetebol, trouxeram para as equipas que treinava muitos dos movimentos defensivos utilizados nesse desporto. A verdade é que os seus conjunto apresentavam uma moderníssima exploração dos métodos de pressão sem bola que sufocavam adversários incautos.
Ora, veja-se: «Outro remédio, não tinham os benfiquistas do que fazer figura de discípulos animosos e até por vezes atrevidos nos esquemas ofensivos. Quando isso sucedia, os defesas e médios visitantes escalonavam-se numa barreira cerrada e eficaz, em auxílio estreito ao guarda-redes, um homem robusto, mas prodigiosamente hábil e seguro chamado Julião».
As equipas apresentaram:
BENFICA - Bastos; Artur e Fernandes; Moreira (depois Caiado), Félix e Ângelo; Rosário (depois Zezinho), Arsénio, Águas, Vieira e Rogério.
AMERICA - Julião; Joe e Osmar; Agnelo (depois Ivan), Osvaldo e Élio; Carmelino, Wassil (depois Maneco), Leônidas, João Carlos e Ferreira.
Dizia-se que Otto Glória era capaz de explosões de mau feitio. Mas a exibição do America nessa tarde nas Salésias convenceu os dirigentes do Benfica de que seria o homem ideal para operar a revolução necessária para encarar o futuro com optimismo.
Nos últimos cinco minutos da primeira parte, dois primeiros de execução de Leônidas (não confundir com  o outro Leônidas da Silva, a «Pérola Negra», inventor do pontapé de bicicleta, garantem os brasileiros) e de Wassil, davam vantagem segura aos brasileiros de Otto. Dois toques simples, depois de habilíssimo domínio de bola e de série de fintas desconcertantes.
Era mesmo daquilo que o povo estava à espera. Era mesmo daquilo que povo queria. Estralejaram aplausos!
O terceiro golo do America foi apontado pelo pequeno Ferreira num pontapé quase sem ângulo que fez a bola descrever uma parabólica impressionante.
Depois, como lhes está no sangue, resolveram dar baile. Não estiveram os lisboetas pelos ajustes e lançaram um grito de revolta. Falharam um «penalty» por intermédio de Artur e reduzem o resultado com um golo de supetão de Rogério.
As coisas equilibram-se. Mas não há tempo para muito mais. Otaviano Martins Glória deixa uma imagem de competência em Lisboa com a força de um estandarte na batalha de Aljubarrota.
Não tardará a voltar. Para ficar, «besta ou bestial», conforme ganhava ou perdia, mas português como poucos brasileiros alguma vez o foram."

Afonso de Melo, in O Benfica

Venceu o Manel

"Todos se recordam quando Jorge Jesus, face à situação de necessidade após a saída de Matic, disse que jogaria o Manel. A afirmação fazia todo o sentido. Uma grande vencedora depende do talento individual e da existência de um onze base, mas também da capacidade de, na adversidade, a organização colectiva ser capaz de superar as ausências.
Jorge Jesus tinha razão: numa equipa com dinâmica vencedora e com processos enraizados, pode jogar o Manel.
No Bessa, o Benfica enfrentava um teste muito exigente. Com um onze titular com demasiadas baixas, a equipa jogou com vários 'Manéis'. Jogadores que hoje são titulares e dão boa conta do recado eram, no início da temporada, terceiras e quartas escolhas. Aliás, se, em Agosto, alguém dissesse que o Benfica estaria a liderar o campeonato por esta altura, com Edeson, Renato Sanches, Lindelof, André Almeida e Semedo como titulares e Samaris adaptado a central, ninguém acreditaria.
A vitória sofrida contra o Boavista tem, por isso, vários significados. Por um lado, serve para demonstrar a estrelinha de campeão - sempre necessária nas fases avançadas das temporadas, mas que reflecte também determinação e vontade de vencer, por outro, prova que o Benfica, hoje, não depende apenas da qualidade individual de um par de jogadores. Sem Gaitán, é verdade que, uma vez mais, foi Jonas a decidir, mas o que o jogo do Bessa revela é que estamos perante um colectivo personalizado, que vale como um todo. Ora é desta massa que se fazem os campeões."

As boas recordações

"António Leitão morreu há quatro anos e quando recordamos o seu perfil só nos vêm à memória as boas recordações de um atleta ímpar, cheio de capacidades e que ficou longe de revelar todo o seu potencial devido a uma grave doença (hemocromatose) que lhe ceifou a vida aos 51 anos.
Numa altura em que os sucessos do atletismo português eram quase 'confidenciais' aos olhos de hoje, a medalha de bronze de Leitão nos 5000 metros nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984) foi uma lufada de ar fresco face à veterania de corredores como Carlos Lopes e Fernando Mamede.
Leitão tinha 24 anos quando subiu ao pódio no Coliseu de Los Angeles. Foi o seu grande momento. E foi, por incrível que possa parecer, o primeiro atleta do Benfica a conquistar uma medalha olímpica, 72 anos depois da estreia de Portugal nos Jogos de Estocolmo, em 1912.
A maioria das pessoas nunca se deu verdadeiramente conta do contexto das marcas de António Leitão, principalmente do fabuloso recorde nacional de 5000 e 1982, então com a segunda marca europeia e a quarta de sempre a nível mundial. Foram precisos 16 anos para encontrar um sucessor, António Pinto, do Maratona.
No próximo dia 10, o Benfica organiza a 11.ª Corrida António Leitão. Mas em ano de Jogos Olímpicos, será interessante observar a dimensão que o clube da Luz, através do seu Projecto Olímpico, vai dar a esta efeméride. Promover uma corrida talvez seja escasso para valorizar o que de bom António Leitão nos deixou: simpatia, carinho e amizade, além de ter sido o primeiro benfiquista a bater Lopes e Mamede na pista."

O homem que nunca se queixa

"Desde que a temporada começou, e já lá vão oito meses, Rui Vitória nunca se queixou publicamente sobre o que quer que fosse. Teve várias razões para isso, a começar desde logo pela promessa que Luís Filipe Vieira fez e acabou por não cumprir, quando em Junho garantiu que o treinador dos encarnados iria ter as mesmas armas de que beneficiou o seu antecessor. Essas armas - leia-se reforços - nunca chegaram. Vieira será hoje o primeiro a reconhecer que Rui Vitória não teve, nem de longe nem de perto, um plantel ao nível das últimas temporadas. A verdade é que há momentos e circunstâncias difíceis de repetir. Não deve ser possível voltar a reunir futebolistas do 'primeiro mundo' como David Luiz, Di Maria, Ramirez, Javi Garcia e Aimar ou mesmo Witsel, Matic, Garay e Enzo Pérez. É verdade que ainda há jogadores de alto nível na Luz, mas já não é a mesma coisa.
O treinador das águias dizia há dias que para 'analisar a questão das lesões teria de entrar na área da psiquiatria'. Passe o exagero, a realidade é que também aí tem tido pouca sorte. No jogo do Bessa, por exemplo, o Benfica não teve disponíveis Júlio César, Luisão, Jardel, Fejsa, Gaitán e Mitroglou. Nuns casos por problemas físicos, noutros por suspensão, o treinador não pôde contar com 5 ou 6 titulares indiscutíveis. No caso do capitão a ausência já dura há vários meses. E de Gaitán é fácil reconhecer que está a fazer a temporada mais irregular - e 'ausente' - desde que chegou à Luz, em 2010.
Ter visto partir para o baptismo das selecções os 'meninos' Renato Sanches e Lindelof, como antes já tinha acontecido com Nélson Semedo e Guedes, é mais uma vitória para o técnico das águias. E até no regresso de Jonas à canarinha é preciso reconhecer o dedo do homem que nunca se queixa."

A sinuosa viagem de barco à Madeira

"Nestas 45 horas, houve espaço para enjoos, cumprimentos sentidos e embarcações vizinhas e piadas de gosto duvidoso.

A 10 de Julho de 1949, 27 anos depois da primeira ida à Madeira, o Benfica regressou à 'Pérola do Atlântico' para ali disputar dois jogos particulares com o Nacional e o Marítimo. A viagem a bordo do Lima, o navio que os levou ao Funchal, adivinhava-se longa e sinuosa. Naquela altura, o percurso Lisboa-Funchal demorava cerca de 45 horas! Por isso, muitas pessoas que se foram despedir dos jogadores à gare de Alcântara não se pouparam nas advertências acerca dos enjoos. A intenção era boa mas a maioria dos atletas, convencidíssimos que tinham nascido para serem 'lobos do mar', fizeram orelhas moucas e ignoraram os conselhos. Fizeram mal. Assim que o Lima passou Cascais, levantou-se uma ventania tal que deu ao navio um 'cadenciado balanço'. Os rostos, tão confiantes em terra, vestiram-se de aflição. Foi uma luta para que o almoço, ingerido momentos antes, ficasse no estômago e uma verdadeira prova de resistência à inexperiente tripulação. Muitos deles, à socapa, foram descendo aos camarotes, ansiosos para descansarem a cabeça de tanto balanço. Dos 22 membros da caravana benfiquista, apenas três se aguentaram firmes na popa do navio. Desses três, apenas um era jogador.
Ainda nessa tarde, o Lima cruzou-se com Carvalho Araújo, o paquete que transportava a equipa do Belenenses, regressada de uma viagem à Madeira e aos Açores. Os comandantes das respectivas embarcações cumpriram o cumprimento da praxe e os jogadores, que estavam a levar com toda aquela experiência muito a sério, não quiseram ficar atrás. Debruçaram-se das janelas e, de lencinho branco em punho, acenaram em jeito de cumprimento aos colegas azuis do Restelo.
Trinta seis horas depois de abandonarem o Tejo, um exasperado Américo Silva, director da secção de futebol, queixou-se do tempo que a viagem estava a demorar. 'Ainda se ao menos se visse terra. Mas não.' Um marujo que se encontrava ali perto ouviu o lamento e prontamente informou o seccionista de que estava errado. 'Não vê terra porque não quer. Eu ainda há bocado a vi'. Américo deu um salto da espreguiçadeira, onde estava confortavelmente deitado há horas, e começou a olhar em redor. 'Terra? Mas onde?'; 'Na ponta do navio. Num vaso com flores'. Quem diria que, a bordo do Lima, havia um pequeno Badaró!
Pode saber mais sobre as digressões do Benfica na área 26. Benfica Universal do Museu Benfica - Cosme Damião."

Marisa Furtado, in O Benfica

O futebol está bem!

"Só é pena que haja ainda presidentes em contramão, uns por ignorância, que nem sabem no que votam, e outros por conveniência, que falam muito e dizem pouco...

Este é o Campeonato que se desejava e que quantos apreciam bom futebol, apaixonados pelos clubes mas sem fanatismos nem outros comportamentos reprovável, estão a viver com especial intensidade. Mesmo reconhecendo a nossa pequenez territorial, com dez milhões de habitantes apurados com alguma dificuldade, e a condição de país periférico, a verdade é que o futebol português tem conseguido dar passos de gigante no sentido de uma mudança cultural na observação do jogo e na perspectiva que dele se deve ter numa sociedade moderna e civilizada.
Já não é apenas em Inglaterra, onde os títulos são discutidos ao 'sprint', ou em Espanha, onde a superioridade Barça-Real começa a ser disputada pelo Atlético Madrid e o Valência que já neste século os suplantou.
 Portugal começa a transmitir importantes sinais de querer libertar-se dos grilhões que a facção mais conservadora, ou mais habilidosa, da classe dirigente teima em manter activos na defesa de interesses próprios, os quais, na maioria dos casos, colidem com a saúde do negócio e a valorização do espectáculo.
As pessoas, mais jovens ou mais velhas, mais avisadas ou mais distraídas, mais inflexíveis ou mais condescendentes, de uma maneira geral, já perceberam que o caminho a percorrer tem de ser diferente daquele que arrozoados feitos de insinuações pouco claras sugerem, erguendo-se aqui uma linha de fronteira entre o passado/presente e o futuro: espécie de biombo entre os que dão atenção ao jogo jogado sobre o relvado, com os defeitos e as virtudes dos intérpretes (jogadores, treinadores e árbitros), e os que se agarram aos jogos 'fora das quatro linhas', para desculparem derrotas ou, mesmo quando ganham, manterem este estado de graça por 'tempo indefinido'...
Ouvi, este domingo, a um comentador que aprecio, que andar sempre a falar do passado para justificar insucessos do presente não tem cabimento. É o reflexo de quem teme o futuro, acrescento eu.

O Campeonato português está bem, pratica-se futebol de melhor qualidade e os três candidatos, porque continuam a ser três, cada qual com os seus argumentos, mantêm-se na luta, sabendo-se que só um poder ganhar. O Braga consolida o estatuto de 'quarto grande' no presente. Arouca, Rio Ave, Paços de Ferreira e Estoril passaram de surpresas a confirmações. Além de tudo isto, emerge com entusiasmo e confiança outra geração de treinadores, mais sabedora e ambiciosa, e a questão que nos tem preocupado sobre o rejuvenescimento da Selecção parece resolver-se com a afirmação de mais talentos, casos de João Mário, Renato Sanches, Danilo Pereira, William Carvalho, Nélson Semedo, Rúben Semedo ou André Silva.
O público gosta e compreende. Mais gente nos estádios, com incidência no elemento feminino. Os grupos organizados de apoiantes (claques) também eles estão a tentar controlar excessos e reacções truculentas, devendo destacar-se o facto de nenhuma situação preocupante ter sido registada nos jogos já realizados entre os grandes.
Alterações tradutoras de uma evolução ao nível das mentalidades, difícil, sem dúvida, mas que avança, impulsionada pela imagem de um 'nova' Federação liderada por Fernando Gomes, respeitada na UEFA e na FIFA, que se modernizou através de uma organização competente, empreendedora e desafiante. Só é pena que entre os clubes haja ainda presidentes em contramão, uns por ignorância, que nem sabem no que votam, e outros por conveniência, que falam muito e dizem pouco...

Nota - Há uma semana, a propósito de uma coisa a que chamei «A lista de Bruno», escrevi que se a verdade incomoda, a independência incomoda muito mais, frase que deve ter entupido a 'linha verde' das redes sociais, tal a excitação que provocou. Independência, sim: liberdade para escrever e dizer pela minha cabeça, sem estar sujeito a pressões ou recados. Há quem não goste? Paciência. Nos muitos metros de prosa que somo nesta coluna de opinião, não me recordo de ter referido o nome de Eduardo Barroso, a quem vejo, e sempre vi, como médico conceituado e de enorme prestígio e não como adepto de bancada. No entanto, entendeu ele, devido ao mesmo assunto, envolver-me em deselegante teia de considerações. Para mim, o futebol deve ser visto como caleidoscópio de rivalidades apaixonadas, jamais como vazadouro de rancores tribalistas. Admito, porém, que haja quem defenda ideia contrária."

Fernando Guerra, in A Bola

Prémio prestigioso, adeus ao paraíso

"1. Na última semana, Paulo Sousa viveu emoções antagónicas. Por um lado, a desilusão de dois comprometedores empates da sua Fiorentina (ambos a zero), um contra o lanterna vermelha Verona e outro contra o Frosione, que luta pela sobrevivência. Um addio precoce à antecâmara do paraíso que seria o terceiro lugar, que garante o acesso ao play-off de qualificação para a Liga dos Campeões. Por outro lado, o orgulho de ver reconhecido o mérito do seu trabalho na condução do conjunto viola com o Prémio Gaetano Scirea. Um galardão cuja divisa é justamente «lealdade e correcção desportiva», duas das qualidades que melhor caracterizaram o respectivo patrono. Como muitos se recordarão, Scirea (que representou e capitaneou a Juventus e a squadra azzurra durante 14 épocas) faleceu tragicamente em Setembro de 1989 num acidente rodoviário em Gornik, na Polónia, onde se deslocara, como vice de Dino Zoff, para visionar a equipa local, adversária da vecchia signora na Taça UEFA. Não é uma distinção qualquer, até pela motivação que a justifica: «Sinceridade e seriedade». Basta referir que em 25 edições, o troféu só uma única vez foi atribuído a outro estrangeiro, neste caso a Javier Zenetti, um argentino transplantado em Itália há 20 anos, sempre ao serviço do Inter de Milão.

2. O quadro económico-financeiro da Série A é grave e tende a piorar. As preocupações maiores residem na falta de liquidez e na escassa diversificação das fontes de receita, em 60 por cento dependente dos direitos televisivos. Tendo em conta que cada um dos 20 clubes encaixa, no mínimo, 40 milhões de euros, só a má gestão dos recursos pode explicar a crise. A continuar assim, o exemplo da falência do Parma vai seguramente repetir-se."

Manuel Martins de Sá, in A Bola

Benfiquismo (LI)

Após o sorteio dos Quartos-de-final da Champions,
apeteceu-me recordar, outros Sorteios madrastos!!!
Stefan Schwarz e Veloso, na impossível vitória em Londres...
... a história do Benfica está repleta de vitórias impossíveis!!!
6 de Novembro de 1991
Arsenal 1 - 3 Benfica

Qual será a próxima?!