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segunda-feira, 8 de maio de 2017

Tribuna...

O 'estofo' como atributo de campeões

"A FC Porto tem faltado estabilidade emocional e o Sporting foi campeão dos tiros nos pés. O Benfica vê premiada maior consistência

Fim-de-semana de contrastes no topo da I Liga. O Benfica reforçou de forma muito significativa a candidatura a um tetra inédito, fez um bom jogo em Vila do Conde frente a um Rio Ave que joga futebol de alto quilate e tem como treinador Luís Castro, um dos mais qualificados do actual (e riquíssimo) panorama português, e precisa de dois pontos nos dois jogos que lhe faltam para cumprir o objectivo do título. Há, na equipa do Benfica e no ambiente que a rodeia, um espírito diferente daquele que se vive em torno dos seus rivais históricos.
O FC Porto, por exemplo, foi empatar ao Funchal -  e esse resultado só por si não deixaria os dragões fora da corrida pelo campeonato, mais a mais com os obstáculos que o Benfica tem ainda pela frente - e viveu a viagem de regresso num ambiente carregado, de velório, como se o destino não quisesse nada com a equipa de Nuno Espírito Santo. À chegada ao aeroporto Sá Carneiro, uma comissão de boas vindas disse das boas a jogadores e técnicos, num exemplo flagrante da descrença que se apossou dos dragões.
Já o Sporting, que defrontava em casa (cheia) uma equipa que vinha de sete derrotas consecutivas, arrastou-se ao longo de penosos 90 minutos em alma nem chama, levando a que Bruno de Carvalho produzisse declarações arrasadoras no final da partida.
Sem que seja preciso falar de tácticas, nem sequer entrando em campos mais específicos, como a construção dos plantéis, aquilo que se afigura claro é que Benfica, FC Porto e Sporting vivem em ambientes muito diversos, sendo a comunhão entre a equipa encarnada e os seus adeptos um dos factores determinantes desta época. A estabilidade do Benfica é um bem precioso, enquanto que, a norte, estes últimos anos de Pinto da Costa não têm sido, no mínimo, mobilizadores. O FC Porto precisa de se reinventar, como um novo élan e novos protagonistas. Em Alvalade, os problemas são de natureza diversa. O Sporting tem desperdiçado foco e energias em mil e uma guerras estéreis, sem resultados positivos à vista. Um clube em ebulição permanente não poderá dar ao treinador e aos jogadores as condições ideais para desenvolverem o seu trablho.
PS - Prudente, as palavras de Rui Vitória no final do jogo, dirigidas ao interior do balneário. O Benfica ainda não ganhou nada.

ÁS
Paulo Fonseca
Chegou, viu e venceu. Depois de uma Supertaça (FC Porto) e uma Taça de Portugal (SC Braga), junta agora o título ucraniano ao palmarés, contribuindo para o prestígio internacional do treinador português. Na próxima semana deverá ser Leonardo Jardim a festejar, com José Mourinho (Liga Europa), também na calha. Craques!

ÁS
Domingos Paciência
Entrou em Alvalade com a possibilidade de ficar associado à pior série de derrotas da história do Belenenses. Afinal, conseguiu vencer em casa do leão, coisa que os azuis não faziam há 62 anos. Depois de uma semana muito atribulada, o técnico do Belém obteve em Alvalade o oxigénio que já começava a faltar-lhe. Parabéns.

ÁS
Raúl Jiménez
Vila do Conde é cidade-talismã para o avançado mexicano. Ontem repetiu o que tinha feito há um ano no mesmo palco e o golo, que marcou foi um passo de gigante rumo ao título. Fustigado por lesões ao longo da época, Raúl Jiménez apresentou-se em excelente condição física e psicológica e foi decisivo.

O que vai mudar em Alvalade na próxima época?
«Os adeptos do Sporting estão crentes num projecto, mais do que em treinadores ou jogadores. (...) Têm sido fantásticos em época péssima».
Bruno de Carvalho, Presidente do Sporting
A duas jornadas do fim o Sporting sabe que vai acabar a Liga em terceiro lugar, depois de uma época que representou um retrocesso face ao que os leões tinham mostrado na primeira temporada de Jesus. Bruno de Carvalho não maquilhou o descontentamento e não deixou ninguém de fora na atribuição de responsabilidades. «O Sporting não pode ser isto», disse. O que se segue?

Jardim, Moutinho e Bernardo, quase lá...
Uma vitória clara em casa do Nancy deixou o Mónaco a três pontos de sagrar-se campeão, colocando ponto final na hegemonia do PSG. Leonardo Jardim, João Moutinho e Bernardo Silva (autor de um golo em Nancy e candidato a melhor jogador da Ligue 1) estão a um pequeno passo do Arco do Triunfo...

Barcelona político
«O Barcelona anuncia aderir ao pacto nacional para o referendo, campanha para obter o apoio de instituições, organizações e cidadãos, na Catalunha e fora dele, para organizar um referendo sobre o futuro político da Catalunha». Este é o teor do comunicado emitido no último sábado pelo Barcelona, que, contrariando a tradição apolítica dos clubes desportivos, assume uma militância activa na causa da independência da Catalunha. Um caso que sugere reflexão profunda, pela mudança de paradigma que lhe está subjacente. Vai fazer escola?"

José Manuel Delgado, in A Bola

Quem tem estrelas brilha

"Benfica tem resolvido problemas sem ceder à ansiedade. O campeão parece encontrado

Novidades 'vs.' rotinas
1. O Benfica apresentou-se com duas alterações no seu onze tipo (saídas de Salvio e Jiménez) sendo que a aparição do mexicano envolve novas dinâmicas no momento ofensivo da equipa, pela mobilidade que imprime às suas movimentações. O Rio Ave, trazendo vitórias das duas últimas jornadas, apareceu motivado e com a sua ideia de jogo bem cimentada (4xx3 com dinâmicas rotinadas), com Petrovic como pivot defensivo, libertando Krovinovic e Tarantini no apoio ao tridente ofensivo.
Com Luião a comandar todo o processo defensivo da equipa - imperial a liderar o controlo do profundidade da última linha - o Benfica abordou o jogo de forma mais agressiva e intenção vincadamente ofensiva. Com as linhas muito subidas, procurava condicionar a habitual matriz de jogo dos vila-condenses assente na construção de jogo a partir de zonas muito recuadas e na ligação das suas linhas através da dinâmica dum excelente Krovinovic, nas constantes rupturas de Tarantini e na solidez defensiva de Petrovic.

Maior pressão após intervalo
2. O jogo ia-se arrastando de forma previsível durante os primeiros 45 minutos, com o Benfica à procura dos caminhos da baliza de Cássio e a equipa de Luís Castro, organizada e personalizada, a assumir uma postura expectante, mas, aquando da recuperação da posse de bola, a revelar elevados índices de ambição.
A segunda parte iniciou-se com o Benfica mais pressionante, encostando o Rio Ave às cordas e ameaçando de modo mais incisivo a baliza. Sentindo a ameaça, Luís Castro retira Gil Dias e aposta em Rúben Ribeiro para estabilizar a equipa. Este consegue dar mais bola à equipa e esta conhece novo estado de alma, discute o jogo doutra forma, encontrando outros espaços para jogar e o jogo ganha equilíbrio. A bola começou a rondar as duas balizas e percebia-se que quem possuísse mais arte na hora de finalizar e aproveitar as raras ocasiões de golo sairia vencedor de um jogo rico tacticamente e recheado de bons executantes.

Desperdício 'vs.' acutilância
3. Heldon não aproveita uma transição rápida em situação de superioridade numérica e deixa Luís Castro à beira dum ataque de nervos. E como no aproveitar é que está a virtude, a arte maior dos jogadores do Benfica - superior capacidade decisional - não deixou o jogo terminar sem golos e o recém-encontrado Salvio aproveitou um grande lance de Jonas e entregou de bandeja o golo a Jiménez. Estava encontrado o vencedor de um jogo muito equilibrado, como indicam as estatísticas da partida, com um Rio Ave muito rigoroso e carregado de vontade, mas que não soube aproveitar o que criou, permitindo que as estrelas do Benfica encontrassem as soluções que o colectivo tardava em descobrir.

Pragmatismo
4. Este jogo em que o Benfica revelou superlativo pragmatismo traduz na perfeição muitos dos momentos deste campeonato, em que os encarnados, sem se exibirem com grande fulgor, souberem resolver os seus problemas usando a alargada gama de recursos dos seus elementos do ataque, a capacidade de manter compacto o seu bloco, nunca cedendo à ansiedade, muito menos adulterando os princípios em que assenta toda a sua estrutura de jogo. O campeão parece encontrado."

Daúto Faquirá, in A Bola

Sinais da bola

"Do México, com amor
quem defenda que Raúl Jiménez justifica mais minutos, ele que foi ontem titular pela 5.ª vez na Liga esta temporada. Seja como for, o mexicano continua a dar sinais de um profissionalismo exemplar, relegando a azia para segundo plano. Ontem fez o golo.

Paixão encarnada
Os adeptos do Benfica têm sido de uma dedicação extrema e, ontem, fizeram questão de deixá-la bem vincada ainda antes do jogo. Não se calaram durante um minuto e, no fim, pularam de alegria. Compreende-se. A equipa deu passo de gigante rumo ao 36.

Ederson e... ai, ai, ai
O guarda-redes do Benfica coloca a bola em jogo com um pontapé longo. Tão longo, tão longo, que a bola bateu no chão, subiu, Cássio estava adiantado, o suspense aumentou para ver o que ia acontecer, mas a bola saiu por cima da baliza vila-condense. Se ela entre...

Tarantini desabafou
Nos últimos oito jogos, Tarantini foi substituído cinco vezes. Ontem, quando se dirigia para a zona de substituição, desabafou um «é sempre a mesma m...» A que se referia o capitão do Rio Ave? De ter sido preterido ou estava aborrecido com o árbitro?

Leão 'empurra' águia
Ontem, antes do jogo, o Benfica já tinha uma conquista: a entrada directa na Champions. Porquê? Porque o Sporting havia perdido com o Belenenses. Já depois do jogo, a águia, com três pontos conquistados, ficou a um bocadinho assim da conquista do tetra."

Rui Baioneta, in A Bola

A isto chama-se estofo de campeão

"E pronto. Ainda não é matemático, mas poucos ousarão duvidar que o tetra do Benfica é uma mera questão de tempo. Sabia-se (já o escrevera neste mesmo espaço) que esta jornada podia ser mais decisiva do que qualquer das outras que antes assim se anunciaram sem que no fim cumprissem as expectativas que sobre elas recaíam. Esta, cheirava-se, tinha tudo para ser diferente. E foi. O FC Porto escorregou na Madeira, escancarou as portas do título ao Benfica e a equipa de Rui Vitória não foi esquisita: venceu em Vila do Conde e deu o passo que lhe faltava para garantir o título.
Terá sido esse, de resto, o pormenor que fez a diferença ao longo de toda a época. Mesmo sem serem brilhantes - com alguns momentos de felicidade à mistura, é verdade -, os encarnados souberam responder sempre de forma afirmativa quando o momento assim o exigiu, em especial nesta fase final: empataram um clássico que não podiam perder, fizeram o mesmo no derby e ontem, à primeira oportunidade de fugirem ao adversário, não perdoaram. O FC Porto, por outro lado, desperdiçou oportunidade atrás de oportunidade sempre que podia chegar à frente. Há sempre quem lhe possa chamar outra coisa, mas só há um nome para isso: estofo de campeão. O Benfica teve-o, o FC Porto não. Ponto final.
Ironia das ironias: Jiménez voltou à titularidade e voltou a decidir em casa do Rio Ave. Um golo tão importante quanto o que ali marcara há um ano, mais ou menos no mesmo minuto. Vitória mexeu em partida decisiva e deu-se bem; Nuno Espírito Santo fez o mesmo na Madeira e deu-se muito mal - bem se pode preparar para os próximos dias. E isso também diz muito sobre esta temporada."

Ricardo Quaresma, in A Bola

José Nuno... falta o quase!!!

Rescaldo dos Arcos... na BTV

Jonas falou e (...) ouviu-o: “Vá, corram, o tetra é já ali à frente”

"Ederson
Não obstante as muitas soluções ofensivas da equipa, pertenceu a Ederson um dos remates mais perigosos da primeira parte, um pontapé de baliza dirigido ao poste mais distante de Cássio que reafirma o papel vanguardista do Benfica nos lances de bola parada. Teve uma excelente saída aos 60 minutos numa fase do jogo em que o Rio Ave acreditava e incomodou q.b. num lance dramático aos 86’ quando Gonçalo Paciência resolveu imitar o pai e dar aos benfiquistas mais um motivo para sorrir este domingo.

Nélson Semedo
Um jogo inteiro a ganhar segundas bolas, a combinar diabolicamente com os colegas Rafa, Jiménez e Cervi, essencialmente a carregar no ataque de todas as maneiras e feitios. Poderia pensar-se que isso o impediria de cortar as vazas a Heldon uma boa dúzia de vezes, mas não. Tudo indica que fará o seu último jogo pelo Benfica em casa daqui a uma semana. Assim sendo, vamos ali para um canto chorar.  
Luisão
Que nem Diana Ross e Lionel Richie em Endless Love. Uma semana de treino específico com Nélson Semedo, com especial foco naquele teste de confiança em que nos deixamos cair para trás e alguém nos segura nos seus braços. Assim foi. Nélson Semedo deixou-se cair as vezes que quis, oferecendo várias vezes o seu flanco ao capitão, que esteve sempre lá de corpo inteiro, pronto para o agarrar naquele amor muito específico de uma dobra bem realizada.

Lindelof
Um passe errado aos 16’ acusou aquela vontade excessiva de fazer tudo muito bem feitinho, e ainda bem que assim foi. Pegou nos nervos e trabalhou em perfeita harmonia com Guedes, avançado do Rio Ave o único tipo em campo com ar de instrutor de yoga. Deu para alinhar os chakras enquanto afastava o mau olhado e a bola.

Grimaldo
Poderíamos falar dos variadíssimos lances em que demonstrou ser um dos melhores em campo, quer na largura que dá ao seu flanco, quer na amplitude dos seus movimentos ofensivos, mas nenhum de vocês visitou esta página para ler termos como amplitude ou largura. Mesmo que nada disso tivesse acontecido, o pontapé de bicicleta in extremis a impedir um passe para as suas costas aos 93 minutos, naquela vizinhança de um minuto fatídico para nós, com a bola a cair algures junto a Roderick, foi de tal beleza poética que, naquele instante, a única coisa que nos saiu foi um Vamos C!#$%&#. 

Fejsa
Calma. Não é por termos 5 pontos de vantagem e o maior talismã do futebol europeu que já somos campeões nacionais. As palavras são do próprio Fejsa e foram ditas aos seus colegas no final de um jogo em que o sérvio exibiu plenamente todos os seus atributos. E há tanta graciosidade neste nosso gigantone. Às vezes, parece uma escavadora guiada por Baryshnikov. Noutros lances, só vemos uma muralha a deter ingénuos transgressores ou o rolo compressor a dizimar adversários. Mas, instantes depois, é dos seus pés que sai mais um passe a romper o meio campo adversário, tudo isto enquanto Pizzi é reanimado noutra zona do relvado.

Pizzi
Mais 90 minutos incansáveis à procura do melhor caminho para chegar ao chegar ao Marquês de Pombal. Tem penteado de motorista da Uber mas a esperteza de um taxista e lá foi atalhando por onde precisava para fazer a bola chegar a colegas desmarcados. A par disso, obrigou os adversários a darem uma volta pela Ericeira para irem do Aeroporto (Cássio) até Marvila (Ederson). Está quase a levar o quinto amarelo. Aguentem só mais um bocadinho.

Rafa
Excelente regresso à titularidade. Começou o jogo devolvendo esperança e fé na humanidade a todos os amantes de futebol jogado pelo flanco direito. Não parou quieto um segundo, mas pareceu-nos quase sempre melhor a flectir vindo da ala. Não tão forte nas suas incursões directas pelo centro, onde pareceu quase sempre pequeno demais para os defesas do Rio Ave. Rafa, amigo: se quiseres seguir esta nossa indicação táctica, o que tens de fazer é descer pela Castilho, com o Ritz à tua direita, e cortar à esquerda rumo à rotunda onde serás recebido por um mar de gente. Isso ou perdemos os próximos dois jogos e eu nunca mais saio de casa. Enfim. Tu percebeste a ideia.

Cervi
Um dos melhores jogos desde que chegou ao Benfica. Foi o pequeno faz-tudo desta equipa. Tem o espírito que o fará um dia chegar a CEO de cenas. Ninguém dá nada por ele nem ele quer saber. Limita-se a trabalhar, sabendo que os frutos serão colhidos em breve. É Franco quem chega primeiro ao local de trabalho, quem sai depois dos colegas, é Franco quem faz várias tarefas para as quais não foi contratado, quem substitui os colegas nas suas férias. Por agora é só o empregado do mês, mas, se continuar assim, um dia destes vai mandar nisto tudo.

Jonas
Os muitos lances denotativos de um QI superior a 170 ao longo de todo jogo. Certo. O lance desenhado por Salvio e iniciado com um corte seu na área benfiquista. O remate colocado de Jiménez com o sangue frio que tantas alegrias vai dar ao Guangzhou Evergrange. Tudo certo, tudo incrível. Mas falemos do passe de Jonas a colocar a bola no espaço vazio para Salvio recolher, como quem diz “vá, corram, o tetra é já ali à frente”. Não foram apenas Salvio e Jiménez desmarcados em direcção à baliza. Éramos todos nós a correr em direcção ao Marquês. Certo, ainda não ganhámos. Mas foi golo. E foi lindo. Especialmente o passe que escancarou uma avenida para o tetra.

Jiménez
Ele bem pedia mais minutos, como se tivesse algo importante que nos queria dizer com os pés. Exibição muito produtiva. Desgastou o adversários em constantes deambulações ofensivas. Correu mais nos primeiros 10 minutos do que Mitroglou durante a época inteira, e tem mais técnica do que as últimas três gerações da família de Mitroglou juntas, mas a verdade é que marca menos golos. A superioridade numérica que ajuda a criar fora da área converteu-se frequentemente numa frente de ataque composta por Jonas e Rafa. Tudo isto seriam críticas construtivas e oportunas, não tivesse o homem marcado um golo que nos coloca a dois pontinhos do título. Quando for assim, digam e nós calamo-nos.

Salvio
Talhado para os grandes momentos, excepto quando se lesiona. A primeira intervenção no jogo foi um daqueles slaloms incompreensíveis junto à linha lateral, em que Salvio parece esquecer-se que o campo tem linhas que delimitam a acção dos jogadores. A segunda intervenção foi um corte preciosíssimo na área benfiquista. A terceira intervenção no jogo foi uma belíssima recepção de bola. A quarta foi um sprint rumo à área do Rio Ave. A quinta foi o passe para Jiménez que daria a vitória ao Benfica. A quinta? Foi só o maior Mic Drop desta época.

Samaris
E está tudo a pensar no mesmo, não é isso! Tem calma andreas! Não lhe dês um soco!

Filipe Augusto
Quem? Eu sei lá."

Benfiquismo (CDLXII)

No Santiago Bernabéu, 1957

Cadomblé do Vata

"1. A acreditar no que se escrevia por aí durante a última semana, a surpresa da jornada é o SLB não ter sido goleado pelo Rio Ave...surpresa maior era só se o Cervi tivesse cortado a marrafinha.
2. Afinal sempre é possível Jiménez ser vendido por 60 milhões... é só uma questão de conseguirmos fazer mais uns 2 ou 3 jogos por época em Vila do Conde.
3. Não sei se sabem, mas Rafa foi titular por acidente... Rui Vitória queria meter Jimenez e Mitroglou no ataque, mas enganou-se no barbudo.
4. É estranho, mas o director de comunicação do FCP comentou o lance do Rafa e do Rafa Soares na área do SLB... afinal os andrades estavam a ver o jogo, pensei que ainda estivessem a festejar o empate na Luz.
5. Ederson voltou a dar umas abébias, mas sem sofrer golos... é isso que quero até ao fim do campeonato, para garantir o Tetra e a permanência dele por mais uma época."

Cota... Jiménez, a Presidente de França!!!

Vermelhão: a 2 pontos da História !!!

Rio Ave 0 - 1 Benfica


Passo enorme a caminho do grande objectivo: 36 ou Tetra, podem escolher!!!
Provavelmente nunca iremos ver um Benfica, Campeão em Março... com 15 ou 20 pontos de vantagem, para o Benfica ser Campeão, temos que sofrer até ao fim... é o nosso destino!!!
Eu, pessimista militante, curiosamente não estava com 'medo' deste jogo!!! O Rio Ave é provavelmente a melhor equipa que defrontamos nesta recta final (joga mais bonito), mas não é uma equipa que defenda com 'muitos'... ao contrário de outras equipas, especialistas em 'autocarros', nos Arcos sabia que iríamos ter 'espaço'...
A minha dúvida, seria a nossa capacidade de gestão da ansiedade, onde por exemplo com o Estoril estivemos mal naqueles minutos desesperantes... Nestas 'rectas finais' a pressão é sempre muito complicada de gerir - veja-se os jogos dos Corruptos!!! -, o Benfica tem jogadores experientes, mas nada é garantido... a qualquer momento, qualquer erro, qualquer ressalto pode deitar tudo a perder, e não é fácil gerir as emoções nestas situações.
Hoje, nem tudo correu bem... houve alguns erros 'parvos', mas no fim, ganhámos, com muita garra, muito raça, muita força... e só assim, se podem ganhar títulos!
O 'onze' teve 2 surpresas: Rafa e Jiménez. Se o Raúl era semi-esperado, com o Mitro a baixar de rendimento, com o nascimento do filho, com uma pequena lesão... e até com a memória do golo do Raúl neste Estádio o ano passado (na mesma baliza, mais ou menos no mesmo minuto!!!); já o Salvio estava a ganhar muitos 'anti-corpos', com algumas exibições a baixo de expectável... mesmo assim, pensava que iria manter-se como titular... A entrada do Rafa, foi uma tentativa de aproveitar os espaços da defesa do Rio Ave...
A 1.ª parte foi do Benfica, não foi uma exibição deslumbrante, mas fomos só nós que criámos perigo, aliás o único lance de perigo do Rio Ave na 1.ª parte, foi no primeiro minuto, e até foi o Pizzi que 'criou' perigo para a baliza do Benfica!!! Só nos últimos minutos baixamos um pouco a pressão. Mesmo assim, o nosso melhor período foi a 'saída' dos balneários (ao contrário do habitual): início do 2.º tempo muito bom, com muita pressão e vários golos desperdiçados... Quando começaram as substituições, começamos a 'perder' gás... E quando parecia que o Benfica já estava 'contente' com o empate, num contra-ataque, após canto 'contra', o Jiménez regressou ao modo 'matador'!!!
Até ao fim, tivemos um lance com 'sorte', é verdade... mas depois de tantos pontos perdidos com 'azares'...!!! Calha a todos!!!
Foi uma exibição de muita luta, e talvez por isso, destaco o Cervi, que depois de muito tempo no banco, voltou a ganhar a titularidade e luta por cada bola como fosse a última...!!!
Depois de ter começado no 'banco' tenho a certeza que esta assistência do Salvio, foi muito saborosa! O Toto com todas aquelas operações, perdeu algumas qualidades... as coisas nem sempre lhe correm bem, nem sempre decide bem, mas merece o apoio de todos os Benfiquistas!
Ainda esta tarde, a discutir o jogo com Benfiquistas, todos concordámos: não vamos ter nenhum penalty a favor!!! Pelo menos, também não marcou um contra... o que já não é mau!!!


A linha de meta está à vista... mas ainda faltam 2 pontos!!! Espero que o ambiente de 'festa' que tenho a certeza que vai existir no Sábado na Luz, não seja contraproducente... O Vitória é uma equipa confiante, tem 7 vitórias consecutivas (recorde), vai jogar muito motivada na Luz (tenho a certeza que vão 'lançar o isco' durante a semana: com o Benfica Campeão, o Guimarães garante a presença na Supertaça!!! E assim o Vitória virá à Luz, para 'provar' que não se 'vende'!!!), é uma equipa que tem vários jogadores emprestados pelos Corruptos, tem jogadores muito rápidos na frente... seria em qualquer circunstância um jogo complicado, como jogo do 'título': será extra-complicado!
Em Janeiro quando jogámos em Guimarães, por duas vezes, fizemos duas das melhores exibições da época, mas recordo que nesses dois jogos, o Benfica optou por 'dar a bola' ao Vitória, e jogámos em contra-ataque... não será fácil repetir a 'receita' na Luz, nas actuais circunstâncias!!! O jogo tem que ser preparado com muito cuidado...
Nestas alturas os Benfiquistas das 'festas' começam a sair da toca!!! É importante perceber que o Benfica está perto de fazer História, mas ainda não ganhou nada... É importante perceber que o apoio, quando é 'demasiado' até pode ser prejudicial... Apoio, não é festa antecipada...

ADENDA: Esqueci-me de referir: à 32.ª jornada, tivemos o 1.º jogo do Benfica, sem nenhum jogador no boletim clínico!!!

Nova 'branca' !!!

Benfica 73 - 74 CAB Madeira
18-17, 10-21, 24-23, 21-13

Uma daquelas 'brancas' monumentais no 2.º período e no principio do 3.º, explicam esta derrota. Ainda fizemos uma daquelas recuperações épicas no último período, mas voltámos a falhar... (a não marcação de falta no último ataque do Benfica, é uma daquelas decisões tão absurdas... mas podíamos ter evitado, chegar ao último segundo em desvantagem)!!!
As facilidades da véspera, parece que 'entraram' na cabeça dos jogadores!

Eliminatória empatada, mas espero ganhar os dois jogos na Madeira...