"E pronto. Ainda não é matemático, mas poucos ousarão duvidar que o tetra do Benfica é uma mera questão de tempo. Sabia-se (já o escrevera neste mesmo espaço) que esta jornada podia ser mais decisiva do que qualquer das outras que antes assim se anunciaram sem que no fim cumprissem as expectativas que sobre elas recaíam. Esta, cheirava-se, tinha tudo para ser diferente. E foi. O FC Porto escorregou na Madeira, escancarou as portas do título ao Benfica e a equipa de Rui Vitória não foi esquisita: venceu em Vila do Conde e deu o passo que lhe faltava para garantir o título.
Terá sido esse, de resto, o pormenor que fez a diferença ao longo de toda a época. Mesmo sem serem brilhantes - com alguns momentos de felicidade à mistura, é verdade -, os encarnados souberam responder sempre de forma afirmativa quando o momento assim o exigiu, em especial nesta fase final: empataram um clássico que não podiam perder, fizeram o mesmo no derby e ontem, à primeira oportunidade de fugirem ao adversário, não perdoaram. O FC Porto, por outro lado, desperdiçou oportunidade atrás de oportunidade sempre que podia chegar à frente. Há sempre quem lhe possa chamar outra coisa, mas só há um nome para isso: estofo de campeão. O Benfica teve-o, o FC Porto não. Ponto final.
Ironia das ironias: Jiménez voltou à titularidade e voltou a decidir em casa do Rio Ave. Um golo tão importante quanto o que ali marcara há um ano, mais ou menos no mesmo minuto. Vitória mexeu em partida decisiva e deu-se bem; Nuno Espírito Santo fez o mesmo na Madeira e deu-se muito mal - bem se pode preparar para os próximos dias. E isso também diz muito sobre esta temporada."
Ricardo Quaresma, in A Bola
Sem comentários:
Enviar um comentário
A opinião de um glorioso indefectível é sempre muito bem vinda.
Junte a sua voz à nossa. Pelo Benfica! Sempre!