Últimas indefectivações

sábado, 18 de outubro de 2025

Vermelhão: Vitória na Taça...

Chaves 0 - 2 Benfica
Pavlidis(8', 79')


Noutro contexto teria sido uma vitória tranquila, mas com a desconfiança que existe em redor da equipa, só aos 79' com o 2.º golo do Pavlidis, os Benfiquistas descansaram!!!

O registo desta eliminatória nas últimas temporadas, mesmo contra equipas de divisões mais baixas, não é agradável! Temos várias vitórias pela margem mínima, e até algumas nos penalty's!!! Este ano, além do adversário ser um candidato à subida na II Liga, numa jornada após seleções, fomos obrigados a uma deslocação muito longa, com outro jogo fora de casa, em Inglaterra, na próxima terça... Tudo isto, cheirava a armadilha, mas o Benfica até jogou 'melhor' do que seria de esperar!

Este 'melhor', não se traduz por jogar bonito, mas mais pela segurança no resultado... Entrámos bem no jogo, marcámos, e até podiamos ter marcado mais... Na parte final da 1.ª parte, permitimos alguns contra-ataques ao adversário... que nas bolas paradas, acabou por criar alguns calafrios, com a ajuda do Samu, ao não segurar as bolas!!!

No 2.º tempo, o jogo continuou morno, mas pelo menos deixámos de dar espaços... também não criámos muitas oportunidades, mas senti a equipa mais concentrada!

O MVP só pode ser um Pavlidis, com dois excelentes golos... o Rego não aproveitou a oportunidade! Bom jogo dos Centrais...

O Samu é daqueles guarda-redes que não sabe 'defender-se' da bancada! Existem guarda-redes, que nunca arriscam, jogam sempre à 'defesa' e quando sofrem golos, transmitem sempre a ideia que a culpa não é deles! E quando têm a comunicação social no bolso, é uma maravilha, veja-se o actual goleiro da Seleção Nacional! O Samu, vai dar frangos como todos os guarda-redes, mas nunca irá jogar pelo 'seguro'!!!


Neste regresso da Taça de Portugal, depois da Final da época passada, mais uma arbitragem vegonhosa! E nem sequer acho que o penalty sobre o António foi o mais escandaloso: durante 90' o apitadeiro, tudo fez para não mostrar Amarelos aos jogadores do Chaves! Não foi casual, foi premeditado. Uma vergonha...


O Mourinho fez a gestão possível, com os internacionais sul-americanos a descansar, só o Dedic acabou por fazer os 90' entre os mais utilizados nas Seleções. O Pavlidis, foi titular num jogo, mas ficou no banco no outro... tal como o Andreas e o Sudakov. António, Lukebakio não jogaram, e por isso hoje foram titulares!


Terça-feira em Newcastle vamos ter um jogo muito complicado. Muito diferente do jogo com o Chelsea. São equipas muito diferentes. Estes ingleses, são muito físicos, dão muita porrada, gostam de intimidar, e são muito perigosos nas bolas paradas, com vários jogadores bastante altos... Suspeito que a estratégia vai se parecida, mas vamos ter que ser mais eficientes nas saídas de bola, com o Lukebakio a ser essencial...

Vitória na Madeira...

Marítimo 30 - 38 Benfica
14-18

Contra a equipa favorita ao 4.º lugar, vitória clara, no meio de jogos Europeus...

Missão Taça de Portugal

Bastidores - SL Benfica vs. Arsenal FC | UEFA Women's Champions League

❤️ O sonho da Maria!

RTP Notícias: Manteigas...

E se vier aí um Bola de Ouro para o Benfica?


"Rendimento de Prestianni no Mundial sub-20 relança discussão sobre o papel do argentino no Benfica. Plano de Bruno Lage ficou por explicar e agora é preciso cair nas graças de José Mourinho

Até esteve para falhar o Mundial sub-20, pois o Benfica ponderou vetar a sua presença, entre movimentações do mercado e troca de treinador na Luz, mas Gianluca Prestianni tem sido uma das figuras do torneio que está a ser disputado no Chile.
O jogador do Benfica tem duas assistências na prova, a última das quais para o golo de Mateo Silvetti que colocou a seleção argentina na final de Santiago. Prestianni foi mesmo o MVP nos duelos dos quartos e das meias-finais, pelo que pode muito bem completar o fim de semana como campeão do mundo e vencedor da Bola de Ouro, embora tenha forte concorrência, como o compatriota Alejo Sarco, já com quatro golos marcados, o mexicano Gilberto Mora, que apresentou um nível extraordinário, ou o marroquino Yassir Zabiri, do Famalicão.
Mesmo que venha a sair coroado do Chile, a presença no Mundial sub-20 ainda pode ser um presente envenenado para Prestianni. A autorização dada por José Mourinho já podia ser interpretada como um mau prenúncio, de resto. Haverá sempre um preço a pagar pela ausência nestas primeiras semanas de trabalho do novo treinador do Benfica. O argentino até podia estar agora a pensar se seria titular em Chaves, para a Taça de Portugal, mas está a compensar essa dívida com o rendimento que está a apresentar no Campeonato do Mundo.
No Benfica há quase dois anos, Prestianni soma dois golos e outras tantas assistências em 24 jogos disputados pela equipa principal, que em tempo de utilização (708 minutos) não chegam a oito jogos completos.
Embora tenha apenas 19 anos, o ex-Vélez Sarsfield, contratado por cerca de dez milhões de euros, deve reconhecer que é também por culpa própria que ainda não atingiu outro patamar de águia ao peito, mas o tão badalado plano de Bruno Lage ficou por compreender. Com José Mourinho também não é de antecipar uma química imediata, mas o Mundial do Chile pode relançar a discussão em torno do aproveitamento do argentino na Luz.
Na reta final do mercado chegaram reforços importantes para o ataque, como Sudakov e Lukebakio, mas basta pensar na inquietação provocada recentemente pelo problema físico do ucraniano para comprovar o défice criativo que o plantel do Benfica continua a ter. Nesse sentido, será que as águias podem dar-se ao luxo de prescindir ou desistir de um jogador com os atributos que Prestanni pode reunir?"

DIA DE RELEMBRAR O ROUBO


"Hoje regressa a Taça de Portugal

O continuado - desde 25 de maio - e comprometedor silêncio dos responsáveis máximos pelo futebol português e pela arbitragem nacional mostra que continuam a ver se a VARgonha do Jamor cai, com o passar do tempo, no esquecimento. Não cairá.
Mourinho, o nosso treinador-diretor de comunicação, fez muito bem em referir que o Museu Cosme Damião tem uma Taça de Portugal a menos.
Hoje, em Chaves, no regresso da Taça 145 dias depois do roubo, todos os nossos jogadores deveriam entrar em campo com o nome de Belotti nas costas das camisolas. Porque o Benfica não pode deixar de lembrar e relembrar - sempre! - um jogo cujas decisões arbitrais ofereceram de mão beijada ao Sporting uma vitória, uma taça, uma "roubadinha" (que já não conseguiam desde 2002)."

Dinheiro!


"Florentino Pérez um dos maiores presidentes da história do Real Madrid, um presidente que não foi perfeito, longe disso, teve um primeiro mandato que apesar de lhe ter rendido uma Champions foi um desastre interno…a era dos “Galácticos”…mas teve a capacidade para aprender com os seus erros, emendar a mão e deixar um legado de conquistas e estrutura para a gerações futuras.

Sempre a olhar para o futuro e não amarrado ao passado glorioso do clube…é deveras impressionante aparecer com tais ideias 💡…imaginem que alguém no Benfica tinha esta visão de futuro, ou que tenha tido inclusivamente outra como a recompra do capital disperso para adoptar o modelo Bayern…só podia ser um vigarista a pensar em tal coisa, ia lá querer o bem do clube, que sabe são sempre os outros…
Mas pronto, estamos a falar do Real, um clube dos sócios mas onde as assembleias gerais não são um circo de vaidades;
Um clube dos sócios, mas onde todos os sócios elegem os melhores deles para votarem nas assembleias;
Um clube dos sócios mas que exige que os putativos candidatos à presidência deixem uma caução de 15% do volume de negócios do clube caucionado para poderem concorrer…
Enfim…

Mesmo um clube que gera receitas e mais receitas tem noção das dificuldades competitivas advindas das realidades do futebol moderno (apesar de eu entender que foi sempre assim…basta verem a série “The English Game” para perceberem isso!), quem detém mais poder financeiro estará sempre mais próximo das conquistas, quem está mais estável estará sempre um passo à frente, quem tem todos a rumar para o mesmo lado…são coisas de difícil compreensão para quem ao longo dos anos quer sempre tudo e o seu contrário mas pronto…
O Florentino é o Bob o Construtor de Espanha…que percebe ele de bola…"

Observador: Decisão - Quantos votos vale o jogo do Benfica em Chaves?

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Negócios do FC Porto detalhados

Observador: E o Campeão é... - Qual o plano de Mourinho ao recuperar erros na última Taça?

Observador: Três Toques - Quais são os clubes mais ricos do mundo?

Regresso à competição


"O Benfica joga em Chaves, a partir das 19h30, na 3.ª eliminatória da Taça de Portugal.

1. Na Taça para vencer
O treinador do Benfica, José Mourinho, afirma que "gostava muito de jogar uma final de Taça pelo Benfica". E complementa: "O Benfica tem uma história fantástica com a Taça de Portugal. Tem uma Taça a menos que aquelas que deveria ter, porque a Taça da época passada, todos sabemos, devia ter sido do Benfica, e não foi por motivos um bocadinho estranhos àquilo que normalmente é a essência do jogo."

2. Bastidores
A viagem da comitiva benfiquista desde o Benfica Campus até Trás-os-Montes.

3. Um abraço especial
Um encontro entre pai e filho possibilitado por José Mourinho.

4. Contributos internacionais
Acompanhe o desempenho dos jogadores do Benfica ao serviço das seleções.

5. Desaire com o campeão europeu
Na receção ao Arsenal, o Benfica foi derrotado por 0-2. O treinador do Benfica, Ivan Baptista, enaltece a postura da equipa: "Disputámos o jogo olhos nos olhos com a campeã da Europa, até ao último minuto, até ao último lance."

6. Seleções jovens
Vários atletas do Benfica integram as mais recentes convocatórias das seleções nacionais Sub-15 masculina e Sub-19 e Sub-18 femininas de futebol.

7. Jogos do dia
Além do embate com o Chaves em futebol, o Benfica visita o Marítimo em andebol (18h00) e o CR São Miguel em râguebi no feminino (20h30).

8. Protagonista
Alice Clemente, voleibolista do Benfica, é a entrevistada da semana.
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9. Comunicado
Leia o comunicado oficial da Mesa da Assembleia Geral do Sport Lisboa e Benfica no âmbito das eleições do Clube agendadas para o próximo 25 de outubro.

10. Eleições 2025
Veja toda a informação disponível no Site Oficial acerca do ato eleitoral do Sport Lisboa e Benfica agendado para o dia 25 de outubro."

Terceiro Anel: React - Entrevistas no Mata Mata...

Talento à solta: o futebol de formação e as suas limitações contratuais


"O futebol é por si, um fenómeno apaixonante. Catapulta emoções e consagra em cada um dos seus fervorosos adeptos um treinador, um jogador, um expert em contratações, um presidente.
Um conhecimento transversal dos mesmos que possibilita extensas horas de discussão sempre que a redondinha reúne amigos à volta da mesa. Rivais trocam galhardetes, jornalistas e opinion makers tecem teorias e deslindam factos, cada um com a sua fonte mais privilegiada. Tudo isto faz parte do fenómeno e será, quando doseado, saudável. Alimenta o negócio, fomenta o interesse televisivo, move multidões.
Porém, o futebol tem um lado pernicioso, obscuro, que se reflete no mais cristalino que a sociedade tem, ou deveria ter: as crianças.
Jovens sonhadores que alimentam o sonho de pisar um dia grandes palcos, ser como Cristiano Ronaldo ou, como escreveu Carlos Tê, «voar como o Jardel sobre os centrais». As crianças, elas e de uma forma única, transbordam de felicidade quando encontram uma bola, seja ela a última réplica de uma de uma final europeia ou uma simples folha de papel com uma forma geométrica ainda por descobrir, mas que role e sirva o propósito.
É este sentimento genuíno que alimenta o negócio de milhões, mas é também neste sentimento explorado por interesses paralelos e comerciais que se apresenta o lado mais negro do jogo, o futebol de formação.

As crianças tornam-se ativos de empresas de milhões.
Reflita-se, são crianças. Crianças que potenciam sonhos de treinadores, desejos de empresários, expectativas de familiares. E tudo isto nos ombros de quem se deveria apenas preocupar em carregar - e já não é pouco - peso dos livros escolares.
Crianças que hoje são colocadas num pedestal mas que no ano seguinte são atiradas para uma lista de excedentários. Crianças que são dispensadas, mas que o clube - «porque afinal se desenvolveu e cresceu -, volta a convidar no ano seguinte para se juntar aos seus «ativos».
Neste dançar de cadeiras, ignoram-se relações afetivas. ignoram-se dinâmicas escolares, ignora-se afinal o afamado «superior interesse da criança». Porquê? Por um interesse comercial nesta fase meramente potencial.
Sabendo desta cegueira especulativa que afeta em primeira linha as crianças, procurou o legislador um caminho claro: proteja-se quem menos se consegue proteger.

A Lei proíbe por isso que os empresários desportivos representem menores.
A Lei n.º 54/2017, de 14 de julho, que estabelece o regime jurídico do contrato de trabalho do praticante desportivo, do contrato de formação desportiva e do contrato de representação ou intermediação, teve neste particular um papel fulcral. Louva-se que essa preocupação tenha existido, uma vez que cabe àqueles que ditam «as regras de jogo» ter uma visão completa do fenómeno e não apenas do élan dos grandes ecrãs.
Começando pelo fim do diploma, é possível de forma evidente constatar uma proibição absoluta da representação de menores por empresários desportivos. Não são abertas exceções, nem permitidos entendimentos difusos. A a lei é clara: «É vedada ao empresário desportivo a representação de praticantes desportivos menores de idade».
Sem pejo é esclarecido e estabelecido esse limite. Não permite assim a lei a aproximação de empresários desportivos - os comumente chamados «agentes». Com este caminho, a lei não procura classificar o «agente» como um parente mau do futebol, mas sim, retirar da esfera de desenvolvimento da criança um elemento vetor do espetro especulativo.
A Lei que reconhece o «agente» e lhe dá dignidade legislativa tem em mente que a criança deve, até atingir a maioridade, estar afastada do negócio e de um dos seus atores.
Seguidamente procura ainda a lei possibilitar que os jovens a partir dos 14 e até aos 18 anos celebrem contratos de formação. Contratos esses que revestem um maior peso no percurso formativo da criança. É habitual, e com grande pompa e circunstância, que se anuncie que aquele jovem que se destaca no seu escalão «já tem contrato de formação». É já um «ativo», com dimensão contratual.

O contrato de formação pode a todo o momento ser denunciado.
Não será, por isso, o contrato de formação um contrato tão rígido e verdadeiramente protetor do «ativo». Vejamos a lei: a denúncia por iniciativa do formando desportivo pode ser feita, independentemente de justa causa para o efeito, mediante declaração escrita com aviso prévio de 30 dias.
Assim, e apesar de amplamente contestada no momento de elaboração da lei, esta singela alínea abre portas a que a criança possa a todo o momento e no seu superior interesse denunciar o seu contrato de formação.
E será então o contrato - ainda que tudo corra bem - um instrumento vinculativo sem limites nem condicionantes, ou, por outro lado, uma realidade também ela protegida e claramente balizada? Não só do menor mas, também (e a lei aqui foi ainda mais longe) do jovem adulto?
Sem desiludir, a lei procurou prescrever uma duração determinada do mesmo, não fugindo ainda à salvaguarda da obrigatoriedade - assim as partes o queiram -, da renovação do vinculo de formação por um vinculo profissional (ou de formação com duração reduzida) assim que o menor atinga os 18 anos.

O contrato de formação desportiva caduca no final da época em que complete 18 anos.
Ainda que o contrato de formação deva sempre ser assinado também pelo representante legal do menor, a lei procurou esclarecer que entre os 14 e os 18 anos terá sempre a duração mínima de uma época desportiva e máxima de três épocas desportivas, podendo ser prorrogado por mútuo consentimento.
Todavia, poderia ser assumido que - por exemplo - um menor com 17 anos poderia celebrar um contrato de formação por um período de três épocas desportivas, o que originaria que aos 20 anos o jovem jogador ainda teria um contrato que negociou numa tenra idade.
A Lei, ciente dessa possibilidade, esclareceu e automaticamente definiu que o contrato de formação caduca - sem mais e independentemente do seu termo - no final da época em que o menor complete 18 anos. Iso sem prejuízo de poder nesse momento ser celebrado um novo contrato de formação, mas neste caso com duração máxima de uma época desportiva.

Apenas 1 por cento das crianças das academias de formação de topo chegam à Premier League.
Existe uma explicação para o tratamento radical que a lei dá. Essa explicação pode ser retirada - ainda que de uma forma indireta - das conhecidas declarações de Arsene Wenger, que divulgou dados dramáticos sobre as perspetivas de um jovem jogador: 67 por cento dos jogadores que tinham contrato nos clubes de topo da Premier League com idades compreendidas entre os 16 e 20 anos, aos 21 anos já não jogavam futebol.
Focando apenas nas academias de topo - apenas 1 por cento dos jogadores dessas academias chegavam à Premier League, pelo que, à contrariu sensu, existem 99 por cento dessas crianças que estão sujeitas à especulação, à pressão do sucesso e à responsabilidade exorbitante para sua idade, quando na verdade o futebol será apenas (e tanto) um desporto que marcou a sua infância.
A preocupação da lei é equilibrar a dinâmica do futebol e de uma forma rígida estabelecer limites para que os 100 por cento possam crescer num ambiente protegido, onde apenas 1 por cento pode ter a sorte de ter sucesso."

No Princípio Era a Bola: Roberto Martínez não é programador para gerir a seleção com tamanha “falta de tato”

Portugal pode ser campeão (apesar de Martínez)


"Diz o selecionador nacional que Portugal joga muito e bem. Digo eu que joga muito mas nem sempre bem, ou não tantas vezes como Roberto Martínez diz e não tantas vezes como podia e devia.

«A equipa chega ao último terço e cria oportunidades ao nível das melhores do mundo. Já fizemos isso contra Alemanha e Espanha. A equipa ataca e ataca bem. Precisamos de desfrutar. Temos uma Seleção que joga muito e bem»

Diz o selecionador nacional que Portugal joga muito e bem. Digo eu que vai qualificar-se sem problemas (apesar do empate consentido à Hungria quando Alvalade já festejava e que por isso viu a festa interrompida e a qualificação adiada) para o Mundial-2026, digo também que joga muito mas nem sempre bem, ou não tantas vezes como Roberto Martínez diz e não tantas vezes como podia e devia. Mesmo assim, e apesar de Robert Martínez, Portugal vai chegar ao Campeonato do Mundo com condições para ser campeão mundial. «Lição importante» e «bola de azar»: tudo o que disse Roberto Martínez
Ou seja, estou convicto de que Portugal pode mesmo chegar à glória suprema mas pela qualidade dos jogadores e não tanto pelo que o treinador tem feito por eles. Portugal tem muitos dos melhores do mundo e por isso ganha quase sempre mas, com tanta qualidade, o seu contrário é que seria estranho. E o que acho estranho é que depois de um grande jogo, que nos enche o peito e nos mete emproados, se sucedam sempre um ou dois pouco conseguidos e que nos fazem, sempre, estranhar e questionar as opções do selecionador, sobretudo na forma como gere a equipa e nas incongruências que muitas vezes identificamos nas escolhas de jogo para jogo — não raras vezes se identificam equívocos que acabam por ter confirmação durante os jogos, como se estivesse à vista de todos desde o anúncio oficial do onze e dos que ficam de fora; e alguns até ficam sempre de fora…
Martínez foi salvo pela vitória na Liga das Nações, esperemos que essa conquista não tenha sido um bem que veio por mal... Esperemos que Portugal, apesar de Martínez, seja mesmo campeão mundial.

«Temos grande vontade de sermos campeões do mundo e há que assumi-lo. Com esta geração de jogadores e com a estrutura que a Federação tem, que garante a qualidade de entrega, temos de ser ambiciosos. Queremos obviamente conquistar coisas boas»

Este desafogo de Pedro Proença a assumir ao que vamos para a América do Norte só pode ser bom sinal. Sem arrogâncias mas também sem falsa modéstia. Com realidade.
Nasci no final dos anos 70 do século passado e por isso passei a adolescência a ver Europeus e Mundiais em que era obrigado a escolher uma seleção para torcer. Antes, na infância, as memórias vagas de 1984, sobretudo do meu pai em cima duma cadeira no Café Aliança em Aljustrel, ao qual dedicou a vida desde os 17 anos, a festejar os golos na meia-final com a França e depois a frustração da freguesia inteira com a derrota; de 1986 a memória também do golo de Carlos Manuel à Inglaterra, igualmente visto no Aliança, e a desilusão da derrota com Marrocos vivida junto dos fregueses na rua, à porta do café, que os deixava sem abrigo às quartas-feiras, dia do descanso semanal, mas que mantinha a freguesia em amenas cavaqueiras à sua porta fechada, à espera de ser quinta-feira outra vez.
Com o virar do milénio tudo mudou. Passei, passámos todos, a ter sempre a nossa Seleção para torcer, para sonhar, mas nunca como desta vez o sonho é tão real. Nem mesmo em 2004, durante o Euro, o era; nem no 2016 do nosso contentamento o foi até a realidade nos cair em cima dessa vez para a glória; acredito que nem mesmo em 1966, apesar de Eusébio, o tenha sido. Desta vez é mesmo… apesar de Roberto Martínez."

A ilusão de Roberto Martínez


"Há quem ache que está tudo bem, entre os quais o próprio selecionador. No entanto, Portugal não joga nem muito nem bem, e quem nisso acredita põe a nu as próprias limitações

O tempo passa, mas os conceitos continuam os mesmos. Roberto Martínez garante que «jogamos muito e bem» e atira que «os futebolistas merecem respeito» ainda que não haja nada neste mundo que não seja alvo de crítica, quando já Fernando Santos, o então selecionador nacional, ao ser encostado às cordas pelas opiniões negativas, dizia: «Para mim, jogar bem é ganhar!» Tal como acontecerá com o espanhol, a tirada nunca afastou a argumentação contraditória, ainda que este tenha mantido o lugar enquanto se mostrava insuficiente para dar o passo seguinte: passar de ganhar como equipa pequena, no losango de quatro médios e Nani a tentar potenciar a capacidade finalizadora de Cristiano, para continuar a fazê-lo enquanto equipa grande, alimentada já pelo muito talento que jorrava para dentro da Cidade do Futebol.
Aquela primeira Liga das Nações, sempre agrafada ao discurso de campeão europeu, primeira do seu género, jogada em casa e disputada diante de adversários de classe média como Suíça e Países Baixos — os neerlandeses eliminaram de uma só vez Alemanha e França, que encararam a nova prova como palco de experiências —, e depois de vencer um grupo com Itália e Polónia, chegava para, na perspetiva de treinador e dirigentes, anular a ideia de feito único a algo que sempre mais fruto das circunstâncias do que propriamente a afirmação do futebol do país. Os três empates na primeira fase do Euro que estreou o apuramento dos terceiros melhores classificados, lugar em que caiu Portugal, para os encontros a eliminar; o golo desnecessário do islandês Arnor Trautasson aos 90+4 diante da Áustria, que atirou os lusos para a metade do calendário com os rivais mais acessíveis; a primeira vitória a chegar apenas nas meias-finais, diante de Gales, após o prolongamento com a Croácia e os penáltis diante da Polónia; e finalmente a final hollywoodesca com a invasão de traças gigantes, Ronaldo retirado de campo pelo vilão Payet, as bolas ao poste, o desperdício de Griezmann, a fezada em Éder, até aí com três golos com as quinas ao peito e apenas 13 minutos jogados nos dois primeiros encontros… foram relâmpagos a mais a cair no mesmo sítio.
Fernando Santos e Éder tornaram-se heróis. O fator aleatório no momento mais importante para o futebol português saiu reforçado pouco depois. A dívida de gratidão do selecionador para Éder durou cinco jogos. Foi titular em dois. Um ano depois, estava esquecido. Ao mesmo tempo, a do país inteiro para com o técnico pareceu eterna. Sobreviveu a várias más campanhas, até decidir, já muito para lá dos limites, que Ronaldo já não podia ser titular. O homem que melhor tinha lidado com o capitão estava esgotado. A decisão, já com juros de mora, que poderia vir a ser muito importante para o futuro da Seleção tornou-se o catalisador do seu despedimento. Estava em causa muita coisa, até os muitos patrocínios que acompanham o capitão, dado o estatuto de lenda, plenamente justificado, que abre muitas portas, mas cada vez menos as das balizas em fases finais, perante adversários de dimensão superior.
Era preciso contratar quem voltasse a unir as pontas soltas. Roberto Martínez tornou-se o candidato ideal do ponto de vista de quem morava na Cidade do Futebol. Bom comunicador, até se comprometia a falar em português – os elogios que recebeu por isso são apenas mais uma prova da forma datada como olhamos para o jogo –, criava um núcleo de jogadores dos quais nunca abdicava e acompanhava ainda o desejo generalizado de jogar um futebol mais atrativo. Na altura, achei bem que a federação procurasse fora do país um técnico que conseguisse criar a tal matriz ofensiva. No entanto, recordo-me que também alertei que, apesar de não concordar com a ideia de desperdício da Geração de Ouro belga que se lhe colara como rótulo, o espanhol era alguém que tinha aguentado Eden Hazard no 11 quando já se arrastava, jogava na defesa com veteranos que tinham ido para o futebol saudita, apesar de ter uma boa geração jovem à porta, e o seu nome não era condizente com a rotura e reestruturação pretendidas e nevessárias. Quando muito se fala na necessidade de procurar fora para escapar a vícios, o novo selecionador trouxe consigo os seus, que encaixavam naqueles que seria preciso salvaguardar. Reconheço. Jogada de mestre para os interesses federativos, não para todos os restantes.
A lição de 2016, que parecia ensinar-nos a diferenciar felicidade de identidade, acabou esquecida no conforto das qualificações. Ainda que não acredite que Martínez seja a pessoa certa para transportar a Seleção para nova dimensão, a verdade é que teve os jogadores consigo na última Liga das Nações e esse terá sido o seu segredo num triunfo bem diferente do de 2019: na Alemanha, diante da Mannschaft e da campeã europeia Espanha. E numa altura em que já lhe apontavam a porta da saída. A questão é que, se calhar, nesta fase, Martínez pode ser mesmo o melhor a que podemos aspirar nos próximos tempos. Mesmo que José Mourinho estivesse disponível, como disse antes.
Tanto jogar bem não é ganhar — pode-se ganhar de milhares de formas e feitios — como Portugal só «joga muito e bem» na perspetiva de Martínez. É esta precisamente que está errada, o que é péssimo sinal para o espanhol, porque traça aí o seu limite. A Seleção tem o apuramento praticamente garantido e o estranho aqui será já não se conseguir o pleno de vitórias, mas pode fazer muito mais e melhor, tanto no controlo, como nas transições, na defesa de bolas paradas e cruzamentos e ainda na organização ofensiva, seja ou não diante de blocos baixos. Precisará de decisões difíceis, as que o espanhol não consegue tomar. Para defender melhor tem de defender com todos, para estrangular o rival todos têm de pressionar (e não basta correr na direção da bola), para criar mais e mais oportunidades todos têm de pensar no coletivo como a prioridade das prioridades. Ou seja, a próxima decisão individual tem de ser sempre a que faz a equipa aproximar-se do seu objetivo. O melhor 11 nunca foi nem será a soma dos melhores 11."

A Verdade do Tadeia - Sexta-feira a 3 - #5 - Formação

O Resto é Bola #23 - O apuramento adiado para o Mundial, as letras gordas e os candidatos à presidência do Benfica ⚽

Renascença: Jogo da Palavra - "Preud'homme queria um holandês, o Capristano o Toni e eu puxei pelo Mourinho"

ESPN: Futebol no Mundo #500

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Zero: Afunda - S06E07 - Lebron, Neemias e um draft de «My Guys!»