Últimas indefectivações

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

PentaCampeões


O Benfica sagrou-se hoje Campeão Nacional de Corta-Mato Longo nos Masculinos, o quinto título consecutivo, mesmo com algumas ausências:

1. Victor Kimosop - 21:55.80
5. Miguel Moreira - 22:18.20
7. Etson Barros - 22:33.90
8. Alexandre Figueiredo - 22:34.70
21. Rodrigo Freitas - 23:31.20


Na prova de Estafetas Mistas, também nos sagrámos Campeões:
Teresiah Gateri / Thomas Marques / Salomé Afonso / Isaac Nader - 17:27

Vitória...

Albergaria 0 - 4 Benfica


Muita rotação, com muita juventude, numa goleada fácil, seguindo em frente na Taça de Portugal...

Vermelho no Branco #20 - A Taça de Portugal e o sermão de Mourinho

O Benfica Somos Nós - S05E25 - Atlético

Rodrigo lembrou-me João Neves no Benfica


"A titularidade e a boa exibição do jovem Rodrigo Rêgo pelo Benfica frente ao Atlético, na Taça de Portugal, fizeram-me lembrar o momento em que Roger Schmidt lançou João Neves na equipa. Não estou a querer comparar épocas, plantéis, ou a qualidade dos jogadores, mas sim a mensagem e o impacto que este tipo de decisões podem ter.
Na altura, lembro-me de o treinador alemão ter justificado a entrada do jovem médio, agora estrela mundial e a representar o PSG, com a necessidade de introduzir uma energia nova na equipa do Benfica. Sangue novo, frescura, a mentalidade certa, tudo isso pode fazer a diferença numa altura em que as águias enfrentam uma crise de personalidade, com bons jogadores a parecer duvidar da capacidade que têm e a equipa, de forma geral, com dificuldade para se reencontrar e a somar exibições que só a vão diminuindo.
Rodrigo Rêgo, na vitória por 2-0 frente ao Atlético, equipa da Liga 3 que, apesar da derrota, soube expor esta fase de fragilidade emocional do Benfica, foi dos poucos que, pelo menos na primeira parte, perceberam o que estava em causa. Mais do que continuar em prova na Taça, a equipa dos encarnados precisava aumentar os níveis de confiança, e não foi capaz. Pelo contrário. Houve displicência, incapacidade e críticas muito duras do treinador no final do jogo. José Mourinho também assumiu culpas próprias, que as tem, pois é ele quem passa a mensagem e se ela não passa bem, a culpa também é dele. Mas são sobretudo os jogadores quem têm de chegar-se à frente e dar safanão na nuvem negra que teima em não sair de cima da Luz, com muitas lesões, problemas no relvado, também fora do relvado; enfim, uma época que não está, de facto, a correr nada bem para os benfiquistas.
Talvez seja importante, como disse Schmidt, encontrar uma energia nova, jogadores com a cabeça livre de fantasmas e o futebol certo. Não sei se o presente passará ou não por dar continuidade a Rêgo, nem se será a altura ideal (será que as há?), essa análise pertence a Mourinho e à estrutura do futebol encarnado, mas acredito que o futuro próximo tem, ou deve, passar também por este tipo de jogadores da formação, com talento, desempoeirados e a ideia certa na cabeça sobre o que representa vestir a camisola do Benfica.
Claro que com o mercado de janeiro vão chegar novos jogadores, contratações, possivelmente mais do que aquelas inicialmente planeadas pela SAD, mas até lá é preciso fazer alguma coisa. Mourinho já defendeu o plantel, já mudou de tática várias vezes, já deu oportunidades a menos utilizados, já criticou jogadores e confessou vontade de mudar nove ao intervalo... Começam a faltar soluções e fazer uma pré-época em competição não é, de todo, positivo; como se tem verificado. Mourinho vai dando sinais de impaciência e os jogadores devem fazer o mesmo."

O positivo do futebol português


"O futebol português tem muitos problemas. Um deles é o protagonismo que se dá a quem não merece. Uma coisa é certa, se falássemos apenas dos protagonistas a imagem do nosso futebol seria muito melhor. Infelizmente, os holofotes não costumam estar nos intervenientes. Hoje vou abordar três nomes que são diferenciadores, cada um com as suas caraterísticas, mas os três são bons exemplos de protagonistas que merecem total destaque e que permitem que a imagem do nosso futebol seja muito positiva no exterior.

Bruno Fernandes, o líder
O capitão do Manchester United é um jogador incrível. Demonstra sempre um enorme compromisso e vontade de vencer. Raramente falha um jogo. Cuida bem do seu corpo e prepara-se mentalmente para os desafios que tem pela frente. Dentro do campo desempenha várias posições. Tem uma visão de jogo incrível, o que o diferencia. Não acusa a pressão e gosta de assumir a responsabilidade nos momentos mais difíceis. É criticado por, dentro do relvado, querer sempre mais e mostrar, aqui ou ali, gestos de desagrado com os seus colegas. A realidade é que apesar desta forma de ser, Bruno é o primeiro a apoiar quem precisa. É um líder. E os líderes conhecem muito bem quem os rodeia. Não se importam de abdicar do palco para o dar a quem tem maiores probabilidades de ter sucesso.
O jogo de Portugal frente à Arménia demonstra isto mesmo. Não havendo Ronaldo em campo, quem é o melhor marcador de livres da nossa Seleção? Bruno Fernandes. Com um livre à entrada da área o que fez Bruno? Abdicou de marcar e deu a oportunidade a João Neves. Ao fazer isto, Bruno Fernandes fez algum favor a João Neves? Não, pelo contrário. Demonstrou apenas liderança. O que Bruno percebeu, pelos treinos, é que João Neves poderia ter mais sucesso que ele e fez o que foi melhor para a equipa. Os grandes líderes são assim. Abdicam do protagonismo em prol do coletivo, porque percebem que o nós é sempre mais importante que o eu.
Outro ponto que diferencia Bruno Fernandes da maior parte dos grandes jogadores é a forma descomplexada como aborda os temas nas conferências, flashes ou zonas mistas. Bruno Fernandes não foge a questões nem a polémicas. Dá a sua opinião sem rodeios. Um bom exemplo foi a forma como falou da ausência de Ronaldo, referindo que Gonçalo Ramos dá umas coisas à Seleção e Ronaldo dá outras. O que Bruno nos quis dizer é que se o nosso selecionador tiver uma melhor gestão dos dois jogadores Portugal sairá a ganhar, algo que até ao momento não tem acontecido!

João Neves, completo
Para muitos a evolução de João Neves é uma surpresa. Muitos desconfiavam do seu potencial e das suas competências. No Benfica acreditavam que João Neves não ia desenvolver muito mais. A realidade é que a chegada a Paris foi fundamental para a sua evolução. Ter um treinador como Luis Enrique foi fundamental para o seu crescimento. Aos 21 anos, João Neves já não gera dúvidas a ninguém. É um dos jogadores mais completos do mundo. Sabe trabalhar e é determinante a jogar sem bola. É agressivo a defender, tanto no espaço como na marcação, é intenso e tem um compromisso e uma disponibilidade incríveis. Com bola é um tratado. Raramente a perde, tem visão de jogo, sabe construir e ganhou muita chegada à área adversária. Tem uma qualidade técnica incrível que Luis Enrique sabe explorar. Hoje é um médio completo, que juntou a todas estas caraterísticas a capacidade de finalização e de marcar golos, alguns dos quais incríveis.
A juntar a tudo isto tem outra caraterística que o diferencia da maior parte dos jogadores. É feliz dentro do campo. Transporta consigo responsabilidade, seriedade e alegria. Joga com o sorriso nos lábios, independentemente dos adversários e das competições. Fora dos relvados não se esconde. Responde às perguntas, ainda que um pouco envergonhado. Se treinar esta competência e melhorar a sua comunicação tem tudo para vir a ser a grande referência e líder do futebol nacional, até porque João Neves sempre que joga consegue transmitir segurança e uma enorme energia positiva.

Nuno Mendes, único
O jovem lateral-esquerdo que Ruben Amorim descobriu e lançou é um jogador incrível. Fortíssimo no um contra um defensivo. É rápido e sabe-se posicionar. Tem inteligência tática, o que lhe permite jogar como lateral, terceiro central ou a fazer todo o corredor. Sente-se confortável a jogar em zonas interiores, embora o seu ponto forte seja a forma como explora todo o corredor. Se defensivamente é um muro, ofensivamente desbloqueia jogos. Depois de chegar a Paris visto com alguma desconfiança, hoje é uma certeza absoluta.
Conforme escrevi no dia 7 de junho deste ano, para mim, Nuno Mendes é o melhor lateral-esquerdo do mundo. Aleksander Ceferin disse recentemente que olha para Nuno Mendes como o melhor jogador da atualidade. Isto demonstra a importância e o destaque que o jovem lateral tem no PSG, na Seleção Nacional e no futebol mundial. Não tendo caraterísticas de líder e não sendo muito expressivo fora das quatro linhas, é nos relvados que se expressa na perfeição e que se valoriza a ele e, indiretamente, ao futebol português.

A valorizar: Robertson
Comandou a Escócia no apuramento para o Mundial. Na flash estava emocionado e confidenciou que esteve o dia todo, do jogo decisivo contra a Dinamarca, a pensar no seu parceiro Diogo Jota. Num momento de felicidade, Robertson demonstrou companheirismo, respeito e reconhecimento que são valores fundamentais do desporto.

A valorizar: Paulinho
Está a fazer mais uma grande temporada no México onde se destaca pelos golos e assistências. Na ultima semana teve um enorme gesto de fair play que evitou a injusta expulsão de um adversário."

Banha da cobra no mercado de Mourinho


"O VAR continua na mira do técnico do Benfica e agora até os jogadores são visados. Enquanto isso, os encarnados jogam poucochinho e não tarda vai pedir-se o livro de reclamações.

Duas semanas depois do empate frustrante a dois na receção ao Casa Pia, o tema continua a regressar como um boomerang às conferências de imprensa do Benfica, tal como aconteceu na de antevisão ao duelo da Taça de Portugal diante do Atlético. O penálti mal assinalado por Gustavo Correia a punir mão na bola de António Silva, que entretanto resultou em autogolo de Tomás Araújo após Trubin ter defendido remate de Cassiano dos 11 metros, marcou o jogo e acentuou discussão pública que se prolonga.
José Mourinho tem razão ao afirmar que custa compreender como um erro tão evidente não mereceu intervenção do VAR. A tecnologia existe precisamente para corrigir imprecisões humanas daquela dimensão. Quando falha assim, descredibiliza-se aquela que é, salvo melhor opinião, uma ferramenta indispensável à verdade desportiva que não deve ser colocada em causa.
Nesta saga, porém, há outro enredo. Mourinho insiste no episódio como quem utiliza uma cortina de fumo para esconder o essencial. É uma manobra clássica no mestre dos mind games — levantar poeira para que ninguém repare no chão irregular. E hoje o chão que o Benfica pisa não é o mais firme. Desde que substituiu Bruno Lage, a equipa tem ficado repetidas vezes aquém do que o plantel — e o orçamento — que tanto elogiou justificaria.
Não é que o special one esteja a mentir, apenas está a escolher o tema que mais lhe interessa que faça a atualidade. Enquanto o VAR — e desde sexta-feira ao fim da noite a incompetência dos jogadores que lhe fizeram ter vontade de trocar nove ao intervalo contra o histórico de Alcântara — anda nas bocas do mundo, pode ser que passem despercebidas a falta de qualidade ofensiva, a quantidade de pontos perdidos em jogos teoricamente acessíveis ou o facto de os encarnados ainda não mostrarem a identidade forte que se esperava com a chicotada psicológica. O encontro disputado no Estádio do Restelo é a prova mais recente de que o Benfica não evoluiu desde a saída de Bruno Lage, em setembro.
O barulho em torno do erro de arbitragem é conveniente, nada como empurrar a responsabilidade para os sacos de pancada que sempre foram os árbitros.
A metáfora que José Mourinho desencantou a propósito do mercado de transferências de janeiro até encaixa com alguma ironia nesta história de poucas luzes e bastantes sombras.
«O único mercado que eu conheço e que está aberto amanhã é o Mercado do Livramento, em Setúbal», disse, na quinta-feira, destacando os «bons legumes, boa fruta e gente simpática». Tudo verdade mas, em qualquer mercado, à semelhança do que se pode constatar igualmente em conferências de imprensa do treinador das águias, também há quem venda banha da cobra. E já se começa a pedir o livro de reclamações na Luz..."

Mesa para cinco na Cidade do Futebol


"Se o futebol português quer sentar-se ao lado dos grandes, lá fora, não pode continuar a ser discutido internamente numa mesa de cinco lugares, na Cidade que deveria ter cadeiras para todos

Verdade seja dita, o presidente do Vitória SC até avisou, com alguma antecedência, que os «almoços a quatro passaram da Liga para a Federação». Mas isso não impediu que a notícia de que a Federação Portuguesa de Futebol ia receber Sporting, Benfica, FC Porto e SC Braga — estes, e apenas estes — tenha causado uma certa estupefação. Pelo menos a este que vos escreve.
O presidente do Sporting esperado na Cidade do Futebol ao lado do homólogo do FC Porto, depois de ter dito que André Villas-Boas não é «uma lufada de ar fresco, é bafio e hipocrisia do pior que o futebol português já conheceu»? Os dragões, que ouviram as declarações de Varandas como «rugido de hipocrisia», representados ao mais alto nível na FPF? Rui Costa, que ficou sem saber se devia rir ou chorar quando ouviu Villas-Boas dizer que «o Sporting tem o presidente do Benfica no bolso», sentado ao lado dos rivais? E o líder do SC Braga, António Salvador, que ainda recentemente criticou os egos e a clubite de alguns presidentes, a aproveitar a boleia dos três denominados grandes?
Do mal, o menos (pensei eu): para além dos presidentes de Sporting, Benfica, FC Porto e SC Braga, também o líder da Liga estará certamente presente, para representar os restantes emblemas dos escalões profissionais. Ou então não.
Reinaldo Teixeira garante, ainda assim, que a Liga «tem o seu lugar e, por isso, não ficou de fora». «A Liga não se intromete naquilo que não tem de se intrometer e respeita o futebol profissional. Não nos metemos na vida de ninguém, nem aceitamos que se metam na nossa», acrescentou o presidente do organismo que representa todas as sociedades desportivas.
Permitam então esta intromissão, a minha, para dizer que não pode existir «clima construtivo», como diz a FPF, quando a mesa da Cidade do Futebol só tem cinco lugares. Pelo menos se a defesa dos interesses do futebol nacional estiver verdadeiramente na ementa.
Por maiores que sejam os clubes representados, os problemas não podem ser discutidos por uma minoria.
Quem pactua com isto, nem que seja ao aceitar ficar de fora, deve saber que isso contribuirá para a estagnação do futebol português — bem patente, de resto, no processo de centralização dos direitos televisivos.
A melhor maneira de engrandecer o futebol português é aumentar a mesa onde ele se decide."

BF: Lendas Recentes #1 - Enzo Perez

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Rodrigo Mora e Blopa passam a "dores de cabeça"?

Desespero poético!!!

Manuel Cajuda, o (des)Treinador: um homem que nunca foi 'só' treinador


"Publica-se hoje um livro que não é apenas um livro. É uma vida contada por dentro. É uma forma de estar no futebol. É, acima de tudo, uma forma de estar na vida.

«Manuel Cajuda - o (des)Treinador» é lançado hoje e arrisco dizer: quem o abrir não vai encontrar apenas páginas. Vai encontrar um homem. Um modo de ser e estar no mundo. Uma forma rara de interpretar o jogo e as emoções. Vai encontrar também um tempo, ou vários, porque este é um livro que atravessa épocas, estádios, gerações, viagens, vitórias e desilusões, história e estórias sem nunca perder o essencial: a humanidade.
Logo no início, Cajuda apresenta-se de forma desarmante: «Para muitos, sou treinador. Para outros, mestre. Para alguns, contador de histórias. E há até quem veja no meu nome um sinal do destino: Cajuda. Aquele que ajuda.»
E é isso que esta obra é: uma mão estendida ao leitor. Um convite a entrar no mundo de alguém que passou mais de quarenta anos a escutar o jogo, a vida e as pessoas, muito mais do que simplesmente a treinar equipas.
Quem lê percebe rapidamente que Cajuda não conta histórias para entreter; conta para ligar. Para fazer pensar. Para lembrar que o futebol é, antes de mais, um lugar onde convivem fragilidades, sonhos, egos, medos, coragem e alguma magia que nem os melhores analistas conseguem explicar.
O (des)treinador, não é por acaso. Cajuda nunca encaixou no molde. Nunca fez do treino apenas esquemas táticos num quadro, gritos no banco ou fórmulas repetidas. O que ele procurou, e o que partilha abertamente no livro, é sentido. Propósito. Coerência. Humanidade.
Neste livro, desmonta ideias feitas, descomplica, descodifica, reflete, explica o essencial e vai direto ao coração do futebol: as pessoas. A simplicidade corajosa. O gesto leve. A humildade que não abdica da verdade. Não é comum, num mundo competitivo e muitas vezes brutal, alguém assumir que liderar é também duvidar. Que orientar é também escutar. Que ensinar é, muitas vezes, deixar aprender.
Ao longo das 233 páginas, o leitor percebe que Cajuda não é apenas um treinador com história; é uma personalidade que marcou gerações pelo modo como via cada jogador como um ser humano inteiro, com vida própria, família, dores, contextos, sonhos e feridas que o jogo nunca mostra na televisão e, agora, nas redes sociais.
É por isso que este livro transborda respeito. Respeito acumulado em milhares de treinos. Respeito conquistado sem gritar mais alto, mas ouvindo melhor. Respeito reconhecido por quem hoje lidera o futebol português e internacional.
Este livro é um projeto desenvolvido pela 21Books powered by Whynote brands & talents, com o apoio oficial da Associação Nacional de Treinadores, e reúne contributos de figuras muito importantes do futebol mundial.
Abel Ferreira, treinador do Palmeiras, recorda, na Introdução que escreve e assina, a sensibilidade rara do treinador que levava os jogadores ao coreto do Bom Jesus em Braga para criar uma orquestra improvisada - metáfora perfeita para a sua visão de equipa: cada um com o seu instrumento, todos na mesma harmonia.
Para Abel, Cajuda «estava muito à frente do seu tempo» e este livro «é uma lição de vida». E, na verdade, não é preciso muito para perceber que Manuel Cajuda já fazia, há décadas, aquilo que hoje tantos chamam inovação: trabalhar estados emocionais, criar significado, promover vínculos, potenciar autonomia, valorizar contexto.
José Mourinho, treinador do Benfica, que o trata carinhosamente por Ti Manel, escreve e assina o Prefácio da obra com amizade e admiração. Para Mourinho, Cajuda era dos treinadores que sabiam incomodar, que preparavam cada detalhe com inteligência e alma. Um líder presente, capaz de ouvir o roupeiro, o cozinheiro e o apanha-bolas com o mesmo respeito. Numa frase que ficará na memória de muitos leitores, Mourinho deixa um conselho precioso: «Leiam devagar. Saboreiem cada página. Aqui dentro está a vida de um homem que dedicou tudo ao futebol e que, pelo caminho, nos ensinou a todos a sermos melhores.»
Reinaldo Teixeira, presidente da Liga Portugal, oferece no Posfácio um testemunho de rara dimensão emocional. Fala de dois algarvios que cresceram longe dos centros de decisão, mas nunca longe dos sonhos. Recorda Cajuda como um homem de caráter firme e escuta verdadeira. Para ele, esta é uma obra feita «a duas vozes e quatro mãos», nascida da sabedoria de Cajuda e da responsabilidade de dar forma ao seu legado.
A estas vozes juntam-se outras, igualmente marcantes. Artur Jorge, campeão em título do Brasileirão e da Libertadores pelo Botafogo, escreve: «Tive o privilégio de trabalhar com Manuel Cajuda, que mais do que um treinador foi uma referência na forma próxima e humana como liderava. Um homem humilde e apaixonado pelo jogo que muito me marcou no meu percurso, com valiosos valores que ainda hoje me representam.»
E Leonardo Jardim, num testemunho emotivo, recorda o impacto de Cajuda no início da sua carreira: «Mais do que um manual, este livro é uma viagem por dentro de um homem que fez da arte de treinar uma forma de ajudar e inspirar um jovem que, na Madeira em 2003, iniciava uma carreira e podia usufruir dos seus conhecimentos quando liderava o Marítimo a uma competição europeia. Um livro de leitura obrigatória para quem ama o jogo… e para quem acredita que a verdadeira liderança se faz com simplicidade, boa disposição e humanidade.»
Mas este livro vai ainda mais longe. Porque não se limita a reunir memórias; procura interpretar um tempo. Recolhe episódios que se tornaram símbolos de uma cultura de trabalho. Revela bastidores onde se percebe que a liderança, quando é verdadeira, não se exerce apenas no balneário: está nos silêncios, nos gestos, nos sorrisos cúmplices, nos momentos difíceis onde se escolhe proteger em vez de julgar.
É por isso que esta obra é tão valioso para qualquer profissional, de qualquer área.
Porque, no fundo, o que Cajuda fez, e continua a fazer, é aquilo que todos tentamos: liderar pessoas com humanidade, coragem, dúvida, propósito e verdade.
Hoje, caro leitor, deixo um convite simples: descubra o mundo de um (des)treinador. De alguém que nunca deixou de ser jogador. De um curioso incansável. De um treinador e presidente sem querer. De um homem de alma inteira.
Vale a pena lê-lo devagar. Saborear cada memória, cada reflexão, cada imperfeição humana. Porque dentro do livro está um legado e uma vida inteira dedicada às pessoas."

Backstage | Brighton 1-1 SL Benfica B | Premier League International Cup

Basquetebol Feminino: 63-73

BolaTV: Hoje Jogo Eu... - Francisco Tavares

SportTV: Primeira Mão - ⚽ 12 mil adeptos na distrital por causa de… um influencer argentino!