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terça-feira, 5 de novembro de 2024

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Cinco Vitórias, Muita Bazófia: A Euforia Benfiquista e o Desafio da Realidade


"Ser adepto do Sport Lisboa e Benfica implica viver intensamente a paixão pelo futebol, alimentada por décadas de glórias e conquistas históricas. Esta paixão inquestionável, no entanto, tem vindo a dar lugar, cada vez mais, a um fenómeno que podemos chamar de “bazófia”. Uma confiança desmedida, uma crença quase cega na superioridade inata do clube, que não raras vezes se torna desajustada face à realidade. E é precisamente nos momentos em que o clube alcança uma série de vitórias que esta bazófia atinge o seu expoente máximo. Cinco vitórias consecutivas bastam para inflamar um entusiasmo desmedido. Mas será que esta euforia se justifica, especialmente à luz dos números recentes e da situação interna do clube?
O Benfica, ao longo da sua história, sempre esteve associado à grandeza, quer no plano nacional quer no internacional. Contudo, é inegável que o clube tem atravessado, nos últimos anos, um período de menor fulgor. Se olharmos para os últimos 50 títulos disputados, verificamos que o Benfica conquistou apenas 11, o que corresponde a cerca de 22% dos troféus em jogo. Este dado, por si só, já seria motivo de reflexão. Porém, a situação torna-se ainda mais preocupante quando analisamos o período mais recente: nos últimos 24 títulos disputados, o Benfica ergueu apenas 2 troféus.
Estes números refletem uma realidade inegável: o Benfica, outrora dominador no panorama desportivo nacional, já não tem a hegemonia que em tempos deteve. É evidente que o clube tem a capacidade de competir ao mais alto nível, mas a falta de consistência nas conquistas deve ser encarada como um sinal de alerta, tanto para os adeptos como para os dirigentes. Não obstante, após uma sequência de cinco vitórias consecutivas, vemos novamente emergir a bazófia que se traduz numa confiança desmedida, como se estas vitórias fossem prova inequívoca de um domínio iminente. A verdade é que o futebol é muito mais complexo e exige uma análise mais ponderada.
No futebol, como em qualquer outro desporto, os ciclos de sucesso são definidos pela consistência. Ganhar cinco jogos consecutivos é, naturalmente, positivo e deve ser celebrado. Porém, a grandeza de um clube como o Benfica não se mede apenas pelos momentos, mas pela capacidade de manter uma trajetória de vitórias ao longo de toda uma época e, preferencialmente, ao longo de várias temporadas. A bazófia que se manifesta após uma curta série de vitórias ignora este princípio fundamental.
Ademais, a competitividade no futebol moderno é imensa. Equipas de menor calibre, com orçamentos consideravelmente inferiores, têm mostrado que a diferença em termos de qualidade dentro das quatro linhas se tem esbatido. Neste contexto, um clube da dimensão do Benfica não pode dar-se ao luxo de se iludir com vitórias momentâneas. O foco deve ser a longo prazo, onde a consistência de desempenho – e não apenas picos de forma – é que garante títulos.
Se dentro de campo a equipa procura reencontrar o caminho da glória, fora das quatro linhas o cenário revela-se igualmente ou ainda mais preocupante. O Benfica está atualmente envolvido em processos judiciais que lançam uma sombra sobre a integridade da gestão do clube nos últimos anos. Estas investigações expõem práticas que não só colocam em risco a imagem do clube como também levantam questões sobre o impacto financeiro destas decisões. A auditoria recentemente divulgada apenas veio reforçar estas preocupações, mostrando que as práticas de gestão tiveram consequências nefastas para o clube, não só a nível reputacional, mas também a nível financeiro.
É importante questionar como se pode justificar uma bazófia desmedida num clube que, à medida que celebra vitórias pontuais, está a enfrentar uma tempestade de problemas fora do campo. Os adeptos, em vez de se deixarem embalar por euforias momentâneas, deveriam exigir maior responsabilidade e transparência por parte da direção. O futuro do Benfica depende de uma gestão que olhe para o longo prazo, que proteja os interesses do clube e que tome decisões estratégicas que garantam a sustentabilidade financeira e desportiva.
A bazófia, embora muitas vezes vista como uma atitude arrogante, pode ser interpretada como uma expressão da paixão incondicional dos adeptos. No entanto, há uma linha ténue entre a confiança saudável e o desfasamento da realidade. Quando a bazófia se baseia em vitórias pontuais e não numa análise cuidadosa da situação do clube, torna-se prejudicial. Esta atitude coloca uma pressão desnecessária sobre a equipa e cria uma atmosfera onde a expectativa se sobrepõe à realidade.
Os jogadores são, muitas vezes, vítimas desta euforia desmedida. Entram em campo com a responsabilidade de manter a sequência de vitórias, sabendo que qualquer deslize pode gerar críticas ferozes por parte de uma massa adepta que já se deixou iludir por uma ideia de superioridade. Este ambiente, em vez de ser uma fonte de motivação, pode tornar-se uma fonte de ansiedade. 
Para que o Benfica retome o seu lugar de direito no panorama nacional e internacional, é necessário mais do que confiança cega e vitórias momentâneas. O clube precisa de um projeto sólido e consistente, alicerçado numa gestão profissional e transparente, que seja capaz de enfrentar os desafios dentro e fora de campo. O caminho para o sucesso passa por uma abordagem equilibrada, onde a paixão dos adeptos deve ser acompanhada por uma visão crítica e realista.
É importante que os adeptos compreendam que o sucesso do Benfica não se constrói em séries curtas de vitórias, mas em ciclos sustentados de conquistas. É necessário um equilíbrio entre a paixão e a exigência, onde o apoio à equipa se mantenha inabalável, mas onde se exija, ao mesmo tempo, responsabilidade de quem gere o clube.
A bazófia benfiquista, que tantas vezes surge como reflexo de uma paixão intensa, necessita de ser temperada pela realidade. Cinco vitórias consecutivas são motivo de celebração, mas não apagam as dificuldades que o clube enfrenta. O verdadeiro desafio do Benfica, tanto para os adeptos como para a direção, é encontrar um equilíbrio entre a euforia e a razão. Só assim será possível construir um futuro onde o clube possa não só voltar a conquistar títulos com regularidade, mas também recuperar a sua imagem de credibilidade e força no futebol europeu e mundial."

Shisha e cerveja 'viking'


"Viktor Gyokeres foi apanhado a fumar um cachimbo de Shisha, numa discoteca, num dia de folga. Aursnes, do Benfica, a beber umas cervejas, numa esplanada, também num dia de folga. Em suma, os dois a divertirem-se num dia de folga. Logo surgiu a reação de alguns adeptos, do Sporting e do Benfica, que questionaram se o comportamento dos dois jogadores era profissional. Permite a lei que atletas de topo, tão bem remunerados, andem por aí em noitadas e copos?
Permite sim, mas com limitações. A ideia subjacente ao contrato de trabalho é que durante o horário de expediente o trabalhador está sujeito à autoridade e direção do empregador. Mas só isso. Fora do horário de trabalho há limites, mas poucos, porque felizmente ainda temos liberdade e somos adultos. Vejamos: cada um de nós é um ativo da empresa em que trabalha. Mas há diferenças óbvias: não somos valorizados como os futebolistas, cujo valor até aparece no balanço das SAD e é tido em conta pelos bancos na hora de financiar o clube.
Ou seja, o jogador de futebol, ao contrário de um trabalhador não desportivo, tem um valor de mercado. E parte desse valor é da empresa. Veja-se os 10M € que o Sporting vai receber pela saída de Rúben Amorim, se esta se concretizar. Aqui o contrato pode mesmo ser vendido. O contrato, não o jogador ou treinador, que aliás tem que concordar com a transferência.
Tudo parece indicar que o trabalhador desportivo tem especiais deveres para com a entidade empregadora de preservar e manter a sua forma física. Mas isso levanta a questão de saber até que ponto é que os clubes podem exercer disciplina sobre os atletas.
O art.º 13 da Lei do Contrato de Trabalho Desportivo diz que «(...) são deveres do praticante desportivo, em especial: c) preservar as condições físicas que lhe permitam participar na competição desportiva objeto do contrato». Esta norma não tem paralelo no direito do trabalho que se aplica aos outros trabalhadores. Aí, a liberdade é, e deve ser, quase absoluta.
Diz-se que Alex Ferguson, lendário treinador do Manchester United, perguntava aos jogadores, antes de os contratar, se eram casados/namoravam. Considerava este fator importante, já que segundo ele as mulheres controlavam os companheiros, impedindo noitadas e asneiras que prejudicam a performance desportiva.
O entendimento daquele preceito legislativo tem que ser feito com bom senso. A relação entre a vida laboral e a privada tem de ser equilibrada. Não se pode proibir um Aursnes ou um Gyokeres de se divertirem: não podem é andar em noitadas em dias de trabalho. Mas se de vez em quando bebem uns copos ou fumam Shisha, tudo bem, porque não podemos esquecer algo importante: se um jogador, ou qualquer um de nós, estiver mentalmente feliz, o desempenho é sempre mais elevado.
O Direito ao Golo desta semana vai para o Sporting e para Rúben Amorim. Que carreira fantástica do treinador nos últimos cinco anos! E que futebol bonito e eficaz tem praticado o Sporting, com muitos títulos ganhos. Boa sorte a ambos, parece-me que vão precisar."

O desporto a digitalizar-se


"A indústria do desporto está muito perto de viver uma autêntica revolução, impulsionada pela introdução de novas tecnologias e pela adoção de estratégias de marketing inovadoras. Toda a economia mundial está em profunda transformação digital pelo que, o desporto, não passará ao lado desta tendência acentuada.
As novas tecnologias imersivas como a realidade virtual ou a realidade aumentada são revolucionárias e vão ter um impacto gigante na forma como estamos habituados a consumir espetáculos desportivos. A Goldman Sachs, empresa de referência norte-americana, prevê que o mercado de realidade virtual e realidade aumentada no desporto poderá atingir 11,2 mil milhões de dólares até 2025, ou seja, já no próximo ano.
Estas tecnologias não estão apenas a melhorar as experiências dos adeptos com visualização imersiva dos espetáculos desportivos, mas também estão a ser utilizadas para o treino de atletas ou na recuperação de lesões, proporcionando uma trajetória de crescimento imparável para este setor. Estamos habituados a pensar que estas tecnologias estão ainda muito distantes, mas a verdade, é que muitas delas já estão a ser utilizadas numa base diária.
Numa outra perspetiva, a análise de dados tem permitido personalizar radicalmente as experiências dos adeptos quando visualizam desporto. O relatório Sports Industry Outlook da consultora Deloitte indica que 76% das organizações desportivas planeiam investir dinheiro, tempo e recursos na análise de dados. Cada vez mais equipas e ligas utilizam big data para oferecer serviços personalizados, conteúdo feitos à medida e até mesmo experiências de jogo personalizadas, levando a um envolvimento mais profundo dos adeptos.
Olhando para o futuro, a trajetória da indústria do desporto está, cada vez mais, ancorada na inovação tecnológica, no envolvimento digital e numa forte ênfase na sustentabilidade e na personalização. Os profissionais de marketing e dirigentes desportivos precisam de atuar neste cenário com agilidade, criatividade e visão estratégica, adaptando-se a estas tendências não apenas para sobreviver, mas também para prosperar.
Está instalada na maioria dos clubes, federações e ligas portuguesas uma preocupante acomodação sobre estes temas e desafios parecendo até, em alguns casos, que os dirigentes pensam que este tipo de transformações não os vão afetar, ou acontecer em Portugal.
Esta miopia é perigosa e põe em causa a sustentabilidade de muitas organizações desportivas do nosso país. A tecnologia vai continuar a invadir as nossas vidas e constitui-se como uma enorme oportunidade para a indústria do desporto chegar a mais pessoas e obter melhores resultados."

O Futebol é Momento - S03E13 - Tática Europeia

Tailors - Final Cut - S03E27 - Fernando Ferreira

Segundo Poste - S04E14 - “Era pior sair Gyökeres do que Amorim”

Bagnaia é uma luz na escuridão de Valência


"Campeão do Mundo de Moto GP recusou disputar Grande Prémio em região devastada e com grande perda humana

O que fazer perante uma tragédia? Há incredulidade, depois pânico, por fim tristeza. Esta semana fica marcada pelo fenómeno meteorológico que fez chover num dia, em algumas zonas da província de Valência, em Espanha, o mesmo que num ano. Houve tornados e cheias instantâneas na noite de terça para quarta e quem estava a salvo conseguiu registar nos telemóveis o que passou naquele final de tarde, em que muitos acabaram por não chegar a casa após um dia de trabalho. À hora a que escrevo são 214 os mortos confirmados, as autoridades não se atrevem a dar um número de desaparecidos.
Mas há também a coragem: pessoas que lançaram cordas e lençóis para salvar alguém que vai a ser arrastado pela rua, e aquelas que tomam a única atitude possível à distância. Dentro de duas semanas a região seria palco do último Grande Prémio de Moto GP da época, a luta ao rubro entre o espanhol Jorge Martin e o italiano Francesco Bagnaia, campeão em título.
Ora o italiano tomou uma posição de força e afirmou ser contra a realização da corrida, disposto a desistir de lutar pelo título. «Não me parece correto correr lá do ponto de vista ético. Mesmo à custa do objetivo máximo, não estou disposto a correr em Valência», disse ao jornal especializado Motosport, na Malásia. Bagnaia não quis ir lá participar numa festa, atitude louvável e de desprendimento, se calhar rara. Foram os habitantes das povoações vizinhas que sim foram lá, e se organizaram para ajudar quem está sem luz e água, e sente medo durante a noite, devido a pilhagens.
A verdadeira medida da tragédia que se vai encontrar no lodo que ficou ainda não é conhecida. Com a subida repentina das águas, muitas das vítimas acabaram por morrer presas em lojas térreas ou garagens. Outras arrastadas dentro dos carros, na hora de ponta da tarde. Os avisos da Proteção Civil chegaram tarde demais."

O terrível Charles Kid McCoy e os seus dez casamentos


"Norman Selby sempre foi um homem estranho. A sua vida e a sua morte entraram na lenda do boxe

No dia 18 de abril de 1940, Norman Selby deu entrada no Hotel Tuller, em Detroit, engoliu um frasco de comprimidos para dormir à custa de uma garrafa de bourbon e morreu. Deixou uma nota de arrependimento, solitária com ele mesmo: «‘To Whom it May Concern’: durante os últimos oito anos tentei ser útil para a Humanidade e especialmente para os jovens que desconhecem as leis da natureza, entre as quais a do comportamento, da utilização do corpo ou da maneira de comer… Desejo aos meus amigos muita sorte. Desculpem não conseguir suportar mais este mundo louco. Fiquem bem. Norman E. Selby». O E era de Elijah. A sua vida foi tão confusa que caiu na asneira de se casar dez vezes, três das quais com a mesma mulher, uma tal de Julia Crosselman, de nome de batismo Julia Ella Woodruff, nascida em 1874, dois anos depois do seu triplo marido. Conta a lenda (tudo o que diz respeito a Norman E. Selby se transformou em lenda) que infernizavam a vida ao outro e tal forma a polícia lhes batia mais vezes à porta do que o leiteiro. Enfim, por alguma coisa os casamentos celebram-se em altares. Tal e qual como os sacrifícios.
Muita gente nunca ouviu falar de Selby, mas já são menos os que nunca ouviram falar de Kid McCoy. Foi uma personagem tão absolutamente fascinante que até eu, que não sou a favor de repetições, já por aqui falei dele numa crónica qualquer de vá lá saber-se quando. Como Norman Selby não encaixava na sua vida de boxeur de pesos-médios, resolveu adotar a alcunha de Charles Kid McCoy. Foi com esse nome que bateu Joseph Youngs, aliás Tommy Ryan, tornando-se campeão mundial. Estávamos no dia 2 de março de 1896. O gancho de esquerda de McCoy era temível. De apavorar etruscos. Mas tinha uma tendência irresistível para a palhaçada e para a aldrabice que lhe valeu o ódio exacerbado de muitos adversários e até do público. Para aligeirar essa imagem entraria mais tarde em alguns filmes de Hollywood, como The House of Glass, de Émile Chautard, Broken Blossoms or The Yellow Man and the Girl, de D. W. Griffith, ou Tom Mix in Arabia, de Lynn Reynolds. Foi nessa ocasião que se tornou grande amigo de Charlie Chaplin, um dos poucos tipos que lhe achava verdadeiramente piada, mesmo apesar de Charlie ter fama de não achar piada a quase nada que não saísse da sua própria imaginação.
No mesmo ano de 1896, em Maio, aceitou pôr o título em jogo contra um sujeito se intitulava Mysterious Billy Smith, um canadiano nascido William Amos Smith, posteriormente apelidado de Dirtiest fighter of all Time. De pouco lhe serviram os truques sujos quando McCoy lhe aplicou um golpe de baixo para cima nos queixos e o deixou esparramado no ringue com estrelas e passarinhos a brilharem e a assobiarem em redor da sua cabeça. Mas a verdade é que Charles também não era propriamente um desportista amante do ‘fair-play’. Viajou pelo mundo, fazendo-se pagar, e bem, por cada combate, fosse na África do Sul, de onde trouxe uma das suas mulheres, Lizzie, com a qual por acaso não casou porque preferiu trocá-la por Lillian Estelle Earle, viúva de um milionário, Edward C. Ellis, e proprietária de uma fortuna muito considerável, ou na Austrália, onde ao ver-se frente a frente com um latagão aborígene com 120 quilos. McCoy, que não ia além dos 75, e prometera bater-se com quem quer que fosse, percebeu que o seu adversário se apresentava descalço pelo que mandou que atirassem berlindes para o ringue. Não ganhou por KO, mas por escorregadela. A sua aura de trafulha tinha por onde se espalhar. E ainda dizia ele que o mundo é que tinha enlouquecido em seu redor.
No início dos anos 20, Norman Selby mergulhara no alcoolismo. Quando alguém precisava de o ver só o encontrava no fundo de uma garrafa. Metia-se em sarilhos a torto e a direito. Envolveu-se com uma senhora casada, Teresa Mors, e o divórcio desta foi feio como um javali desdentado. Na manhã de 12 de agosto de 1926, a ex-Mrs.Mors foi encontrada morta no apartamento que dividia com Norman. Tinha levado um tiro na cabeça. Selby barricou-se na loja de antiguidades de Teresa com seis reféns e afirmou que a parceira se tinha suicidado. Serviu-lhe de nada. Julgado por um tribunal de Los Angeles foi condenado por homicídio e atirado para as catacumbas da prisão de St.Quentin de onde saiu em precária em 1936. Transformara-se num destroço mas ainda conseguiu um emprego, tão precário como a sua soltura, na poderosa Ford Motor Company. Na sua última entrevista mostrou-se estranhamente lúcido: «Norman viveu sempre na sombra de Kid e nunca conseguiu ser ele próprio. Todas as minhas mulheres casaram com McCoy e não com Selby». Azar o delas."