"A indústria do desporto está muito perto de viver uma autêntica revolução, impulsionada pela introdução de novas tecnologias e pela adoção de estratégias de marketing inovadoras. Toda a economia mundial está em profunda transformação digital pelo que, o desporto, não passará ao lado desta tendência acentuada.
As novas tecnologias imersivas como a realidade virtual ou a realidade aumentada são revolucionárias e vão ter um impacto gigante na forma como estamos habituados a consumir espetáculos desportivos. A Goldman Sachs, empresa de referência norte-americana, prevê que o mercado de realidade virtual e realidade aumentada no desporto poderá atingir 11,2 mil milhões de dólares até 2025, ou seja, já no próximo ano.
Estas tecnologias não estão apenas a melhorar as experiências dos adeptos com visualização imersiva dos espetáculos desportivos, mas também estão a ser utilizadas para o treino de atletas ou na recuperação de lesões, proporcionando uma trajetória de crescimento imparável para este setor. Estamos habituados a pensar que estas tecnologias estão ainda muito distantes, mas a verdade, é que muitas delas já estão a ser utilizadas numa base diária.
Numa outra perspetiva, a análise de dados tem permitido personalizar radicalmente as experiências dos adeptos quando visualizam desporto. O relatório Sports Industry Outlook da consultora Deloitte indica que 76% das organizações desportivas planeiam investir dinheiro, tempo e recursos na análise de dados. Cada vez mais equipas e ligas utilizam big data para oferecer serviços personalizados, conteúdo feitos à medida e até mesmo experiências de jogo personalizadas, levando a um envolvimento mais profundo dos adeptos.
Olhando para o futuro, a trajetória da indústria do desporto está, cada vez mais, ancorada na inovação tecnológica, no envolvimento digital e numa forte ênfase na sustentabilidade e na personalização. Os profissionais de marketing e dirigentes desportivos precisam de atuar neste cenário com agilidade, criatividade e visão estratégica, adaptando-se a estas tendências não apenas para sobreviver, mas também para prosperar.
Está instalada na maioria dos clubes, federações e ligas portuguesas uma preocupante acomodação sobre estes temas e desafios parecendo até, em alguns casos, que os dirigentes pensam que este tipo de transformações não os vão afetar, ou acontecer em Portugal.
Esta miopia é perigosa e põe em causa a sustentabilidade de muitas organizações desportivas do nosso país. A tecnologia vai continuar a invadir as nossas vidas e constitui-se como uma enorme oportunidade para a indústria do desporto chegar a mais pessoas e obter melhores resultados."
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