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quarta-feira, 7 de março de 2012

Benfica, embalado pelas bancadas, a caminho das Meias-Finais da Taça de Portugal

Benfica 3 - 1 Sporting



Vitória indiscutível... Com muito coração, e com muito talento... Esta noite abrimos o caminho para a vitória na Taça de Portugal, com toda a justiça. Mas se calhar, mais importante, depois da vitória na Supertaça confirmámos que esta equipa, já passou por cima do ciclo de resultados negativos, com este Sporting do carrancudo e mal educado treinador Lagarto... excelente aditivo emocional para a possível final do Campeonato.

Começamos muito bem, criando muitas oportunidades, que infelizmente fomos falhando com algum 'estilo', mas finalmente numa bola parada, colocámo-nos em vantagem... depois inexplicavelmente começamos a dar muito espaço, e foi o São Marcão a salvar em várias ocasiões a nossa baliza, mesmo assim com alguma sorte aguentámos até ao intervalo. Na 2ª parte, entrámos um pouco melhor, mas continuávamos a ter dificuldade em ter a bola no pé... até que após um muito ingrato erro do Marcão, o Sporting igualou!!! Logo de seguida voltámos a ter a bola, e pouco tempo depois com Ricardinho, Joel e o César em campo simultâneamente, voltámos a marcar, com uma excelente tabela entre os nossos dois principais goleadores. Faltavam cerca de 5 minutos, o Sporting arriscou imediatamente no guarda-redes avançado, os Lagartos foram ficando muito nervosos, criando sururu's em todas as oportunidades, o Benfica ia defendendo muito bem, 'cheirava' mais ao 3º golo do Benfica, do que ao empate... e num contra-ataque do Benfica, João Benedito tem mais uma das suas famosas saídas assassinas fora da grande área, a vitima desta vez foi o Ricardinho (recordo uma muito parecida, mais grave ainda, sobre o Arnaldo), mas desta vez não escapou ao cartão vermelho, e foi em superioridade numérica que Ricardinho resolveu parar a bola em cima da linha de golo, parar, dar meia volta, e marcar de calcanhar!!!

Arbitragem extremamente incompetente (muito bem na expulsão) , onde na capa de um 'critério largo' deixou passar muitas faltas, inclusive um penalty claro sobre o César no final da 1ª parte, em relação a outros jogos a única novidade é que os erros foram para as duas equipas, algo que os Lagartos não estão habituados...!!!

O 'amigo' comum de Nélson Oliveira e... Rui Costa

"No dia 16 de Junho de 2004 Portugal defrontou a Rússia no Estádio da Luz, no segundo jogo da fase de grupos do Euro. A vitória sorriu aos pupilos de Luiz Filipe Scolari por 2-0 e o marcador do segundo golo da turma das quinas foi Rui Costa, hoje director desportivo do Benfica. E a quem marcou Rui Costa esse golo, há quase oito anos? Precisamente a Vyacheslav Malafeev, o mesmo guarda-redes que ontem defendeu, na Luz, as redes do Zenit. Aliás, não foi apenas Malafeev a repetir a derrota na Nova Catedral. Também o ponta-de-lança Aleksadr Kerzhakov teve com Ricardo, em 2004, a mesma sorte que agora teve com Artur Moraes. Quando o jogo a que me referi - e que constituiu o início de uma caminhada linda de Portugal que terminou ingloriamente às mãos dos gregos - aconteceu, Nélson Oliveira tinha 12 anos e andava a jogar à bola com os amigos; hoje, pode partilhar com Rui Costa a honra de ter marcado a Malafeev, no mesmo palco e na mesma baliza, em jogos de suma importância para a Selecção Nacional, então, e para o Benfica na noite de ontem.
Sic transit gloria mundi..."

José Manuel Delgado, in A Bola

A vitória do PP

"Escrevo antes da Champions, ainda sobre o excelente clássico que PP (Porto Proença) venceu. A falsidade do 3º golo portista deveria constar da 1ª aula de um manual iniciático de um jovem imberbe que queira der árbitro. Jogadores foras-de-jogo desde do momento zero, bola parada, marcador de livre a dar todo o tempo para certificar o adiantamento, bandeirinha no sítio certo. A ajudar à festa, Artur também faz de Roberto.

Aquele golo batoteiro deveria envergonhar qualquer juiz de vão de escada. Ou levá-lo a um oftalmologista. Mas, pelos vistos, não para o bem penteado Proença e sua equipa. Foi este mesmo alegado benfiquista (abrenúncio!) que inventou um penalty sobre Lisandro no Dragão, dois na Luz para o Sporting, castigou um braço de Emerson em Braga mas não o de um portista na Luz.

Dizem comentadores, uns mais tutelados do que outros, que «foi apenas um erro». E o Lobo científico lá balbuciou na sua linguagem rebuscada que «o jogador estaria... adiantado».

Tem razão o presidente do Benfica nas declarações que fez. Só que tarde. Casa arrombada, trancas à porta. Mais preocupado em blindar estatutos para evitar putativos candidatos, o Benfica tem-se deixado seduzir pelo canto da sereia nos órgãos da Liga e da Federação onde conta como uma quase nulidade. Excesso de confiança ou insensata ingenuidade?"


Bagão Félix, in A Bola

Complexo Calabote

"A nomeação de Pedro Proença para o Benfica-Porto resultou de uma aplicação inquestionável de critérios objetivos: melhor árbitro português, um dos melhores da Europa, seguro de si, experiente e respeitado pelos jogadores. Nada parecia poder correr mal, exceto por algum pormenor incontrolável, mas a Lei de Murphy fez-se cumprir uma vez mais, pela incompetência gritante do tal auxiliar: tinha de acontecer, aconteceu para desgraça do chefe de equipa, adepto assumido do clube prejudicado.

E logo vieram ao de cima os números que o condenam sumariamente aos olhos dos benfiquistas, porque realmente não há memória de uma coisa assim, a nível europeu, mesmo: seis jogos grandes do Benfica e nem uma vitória. A estatística denuncia o complexo de Proença e justifica o seu erro maior, que foi a indulgência com os jogadores portistas, relativamente à facilidade com que expulsou o jogador menos cotado em campo.

Sem surpresa. Em 20 jogos do FC Porto, assinalou 355 faltas, em 22 partidas do Benfica marcou 357 infrações – uma regularidade impressionante que, todavia, faz ressaltar ainda mais a incongruência do histórico de expulsões: 7-0, “a favor” do Benfica.

Embora Jorge Jesus tenha cometido erros tão ou mais gritantes, Pedro Proença foi imediatamente declarado “persona non grata” com uma violência que fez lembrar as quarentenas frequentemente exigidas por outros clubes e que já originaram reações corporativas não menos chocantes aos árbitros.

A questão recorrente dos últimos tempos nesta área é o poder das nomeações, autêntico eixo do mal do processo Apito Dourado, cujos responsáveis estão hoje em posições ainda mais poderosas, com o voto do Benfica. Durante décadas e décadas, a escolha foi um atributo de seres superiores, através da famosa Comissão Central e de um poder com mandato estatal. A democracia, o regionalismo emblemático e a fragilidade dos dirigentes transformaram-no em moeda de troca e em elo mais fraco da indústria do sucesso desportivo.

Com cinco anos de carreira pela frente, Pedro Proença não poderá evitar o Benfica em futuras oportunidades, incluindo futuros clássicos ou dérbis. Os clubes não podem evitar as nomeações, nem devem vetar árbitros – admiti-lo seria permitir uma competição desigual e desvirtuada à partida.

Portanto, assim como Bruno Paixão entrou nas boas graças do FC Porto após 18 meses de travessia do deserto, voltaremos a ter dentro de algum tempo João Ferreira num jogo do Sporting e, na próxima temporada, Pedro Proença num partida do Benfica. Ele precisa de mais uma oportunidade para deixar de ser o único árbitro internacional em mais de 60 anos com quem o Benfica nunca venceu um clássico, sob pena de se transformar no Calabote do século 21: um benfiquista confesso com assinatura na glória do FC Porto.

Seguro de si, experiente e com a mania da superioridade sobre os jogadores, Pedro Proença nunca admitirá a sua fraqueza, perante o Benfica. Talvez possa ser ajudado pelo mestre, Vítor Pereira, que durante anos e anos fugiu de dirigir jogos do Sporting para não correr o risco de cometer o pecado original."


Feira da ladra

"Parece que a feira da Graça mudou de género, para o masculino. Esta época o campeão nacional é o árbitro do Benfica-FCP. Não, não é mau perder. A “3.ª equipa” foi a clara vencedora do clássico. Pedro Proença deve ter ouvido Vítor Pereira quando este disse, após levar 3 do Gil Vicente, que podiam encomendar as faixas de campeão para o Benfica. E, ouvinte atento e generoso, o senhor Proença veio auxiliar a que aquele não fosse corrido do FCP. Mui agradecido, o treinador do Porto disse na conferência de imprensa que estiveram em campo 3 grandes equipas. É uma lata que não tem descrição.

Vamos aos factos. O golo de Hulk é um canhão de qualidade. O Emerson deu espaço ao brasileiro, sem qualquer inteligência de jogo. É pena que tamanho pontapé nasça de uma recuperação de bola que começa com uma falta sobre Aimar. O Emerson levou um primeiro amarelo que prova que o senhor Proença é daltónico. É fácil amarelar o elo mais fraco, que leva com o Hulk de frente e que inevitavelmente lhe sacaria o vermelho. E os amarelos que o FCP não levou? Foi preciso uma demorazinha do Helton para o senhor Proença elevar as estatísticas e dar amarelos ao Porto. Mas melhor, melhor mesmo foi a cegueira do fiscal de linha, aos 87’, que resolveu não ver que o Maicon e mais outro estavam há meia hora fora de linha. Mesmo a jeito para a vitória do FCP. Passei horas a ver o rescaldo do jogo na TV. E não ouvi um comentador dizer outra coisa senão que aquele golo é irregular e influenciou de modo claro o resultado do jogo. Mesmo os portistas.

Não gosto de depender de outros, de ter perdido 5 pontos antes, do FCP nos ter cilindrado até aos 22’. Mas gostei do Oscar, que foi Tacuara Cardozo. Venha o Zenit. E mais 9 jornadas."