Últimas indefectivações

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Vitória em Sexta 13 !!!

Benfica 2 - 1 Leões de Porto


Regresso às vitórias, num jogo onde voltámos a demonstrar muito ansiedade no momento do remate, desperdiçando assim muitas oportunidades... e acabámos o jogo a 'sofrer' o 5x4 !!!
Como também já é habitual, os jogos com os Leões são sempre muito 'picados', o Bruno Coelho já tem idade para ser mais inteligente... Após várias agressões em várias partidas, o João Silva, levou um vermelho, num jogo contra o Benfica (se calhar no lance onde menos merecia!!!).

Cadê os outros?

"Não vamos aturar mais isto - disse ele do cimo das pirâmides, como se alguém o estivesse a contemplar.
Pouco arranjado e hirto, vociferou contra o ar e logrou cativar a audição de umas quantas pessoas.
É a última vez que vamos mostrar esta postura tranquila em relação às arbitragens - leia-se, para a próxima vez 'vai haver molho'.
Se lutarmos com as mesmas armas, de certeza que em Maio vamos ser felizes - ou seja, inventando uma pretensa manhosos - ou seja, vamos ganhar pela porta do cavalo e com armas!
E rematou novamente - Não vamos aturar mais isto!
Ora, que se saiba, são afirmações graves e cheias de conteúdo.
Nos termos do art.º 4.º, alínea a) do Regulamento Disciplinar da Liga (RDL), definem-se clubes, como os clubes e sociedades desportivas.
Por sua vez, nos termos do art.º 4.º, alínea c) do (RDL), são «dirigentes dos clubes», os titulares dos respectivos órgãos sociais.
Nos termos do art.º 17.º do (RDL), é infracção disciplinar o facto voluntário, por acção ou omissão, e ainda que meramente culposo, que viole os deveres gerais ou especiais previstos nos regulamentos desportivos e demais legislação aplicável.
Nos termos do art.º 18.º, do (RDL), as infracções disciplinares classificam-se em muito graves, graves e leves.
Nos termos do art.º 19.º, são deveres e obrigações gerais, que as pessoas e entidades sujeitas à observância das normas previstas neste Regulamento devem manter conduta conforme aos princípios desportivos de lealdade, probidade, verdade e retidão em tudo o que diga respeito às relações de natureza desportiva, económica ou social.
Primeira pergunta: O que foi dito é leal, verdadeiro e recto?
Continua o mesmo artigo, que aos sujeitos referidos no número anterior é proibido exprimir publicamente juízos ou afirmações lesivos da reputação de pessoas singulares ou colectivas ou dos órgãos intervenientes nas competições organizadas pela Liga, bem como das demais estruturas desportivas, assim como fazer comunicados, conceder entrevistas ou fornecer a terceiros notícias ou informações que digam respeito a factos que sejam objecto de investigação em processo disciplinar.
Segunda pergunta: Não é lesivo da reputação dos árbitros o que foi dito?
Nos termos da subsecção que regula as infracções dos dirigentes, no art.º 130.º do (RDL) é considerada infracção muito grave as declarações sobre arbitragem antes dos jogos e sobre a organização das competições.
Terceira pergunta: Não foi o que foi feito antes do jogo Sporting-Feirense?
Perante isto, o vocábulo que mais me assome ao cérebro, é do intocável!
Para quando existirá Justiça e verdade disciplinar?!
Estão todos cheios de Medo!

AC Milan
O AC Milan foi comprado por chineses. Os chineses, fazem todos sociedades no Luxemburgo, porque são mais rentáveis fiscalmente e ninguém diz nada.
Anda-se atrás é dos Europeus que as fazem no Luxemburgo, ou na Irlanda!
Esta sociedade chama-se Rossoneri Sport Investment Luxemburg S.à.r.l. que comprou 99,93% do Milan à Fininvest de Berlusconi.
Por enquanto a sócia desta empresa é outra empresa, mas fiduciária denominada la Orangefield (Luxemburf) S.A., tudo muito transparente!
E pronto, quem tributa os chineses? Ninguém claro!
(...)"

Pragal Colaço, in O Benfica

Mais um passo rumo ao tetra

"A excelente vitória obtida em Guimarães, fruto de uma exibição personalizada, lançou o já lançado Benfica para a conquista do tão desejado e nunca alcançado tetra. O regresso de Jonas aos golos, agora no quarto posto do ranking dos melhores goleadores estrangeiros da história do Benfica em competições oficiais (30.º no total), é outro motivo de celebração.
Assim como o regresso da dupla Jonas-Mitroglou, tão bem sucedida na temporada passada (52 golos no campeonato), com o último, assistido pelo primeiro, a ser o autor do segundo golo Benfiquista.
Mas o que realço do nosso triunfo é a naturalidade com que o mesmo foi aceite por todos (passando relativamente despercebida a substituição forçada de Fejsa por lesão a meio da primeira parte). A consistência exibicional da nossa equipa tem sido o seu maior trunfo e a historieta das arbitragens, só evocada, nem sempre justamente, pelos nossos adversários quando lhes dá jeito, o que felizmente tem vindo a acontecer diversas vezes esta temporada, cai em saco roto na medida em que tem sido por demais evidente que entre Benfica e adversários há, sobretudo e até esta fase da temporada, diferenças qualitativas da mais variada ordem, desde a composição do plantel à orientação técnica, passando pela gestão e comunicação, que resultam na inevitabilidade do nosso sucesso. Arbitragens? Que tal as de Paços de Ferreira e Alvalade?
P.S.1: Jorge Coroado (de azia e ridículo) descortinou um fora-de-jogo de Mitrolgou no lance do nosso segundo golo. Louve-se-lhe a coerência: É tão péssimo comentador como péssimo árbitro que foi.
P.S.2: Que grande exibição da nossa equipa de hóquei em patins frente ao FC Porto!"

João Tomaz, in O Benfica

Hipocrisia

"Numa semana, exigem medidas drásticas, invadem centros de treino, insultam árbitros, pressionam as suas famílias, dão entrevistas a falar de 'guerra'. Isto tudo depois de verem os seus objectivos desportivos desmoronarem por falta de jeito e pontaria, aselhice, poder competitivo e força psicológica.
No fim de semana seguinte, jogadores, técnicos, dirigentes, sócios e adeptos de FC Porto e Sporting estão calados. A pressão terá resultado. Não há conferências de imprensa para contar quantas grandes penalidades ficaram por marcar contra as suas equipas. Nem quadros em branco a explicar tácticas. Há um silêncio profundo entre eles, e junto da comunicação social que lhes deve favores, quanto oa favorecimento das duas equipas que sonham ainda em ser campeãs nacionais.
Há imagens que provam a perseguição em campo e agressão e um árbitro. Há imagens de um defesa vestido de azul a cortar a bola com a mão. Há imagens de um defesa vestido de verde a empurrar um adversário para fora da grande área. Há imagens de penalties por marcar. E silêncio.
Um silêncio hipócrita de quem não quer transparência. Afinal, o que eles querem é ser beneficiados para não se atrasarem ainda mais na classificação. Agora já não interessa a verdade desportiva.
É o desespero total a tomar conta dos hipócritas. E nem com erros a seu favor se vê alguma coisa de jeito a sair daquelas equipas. Futebol jogam pouco, muito pouco."

Ricardo Santos, in O Benfica

Gritem mais alto!

"A história repete-se. Benfica na frente do Campeonato é sinónimo de desespero, e consequente espernear dos rivais. Os pretextos variam: foi o Estoril, o Túnel, o Colinho, os Vauchers, quase sempre as arbitragens.
Os objectivos são claros: iludir fracassos próprios, subtrair méritos alheios, e condicionar os juízes para o que se segue. Se o Benfica conquistar o Tetra, como esperamos, no dia seguinte calam-se todos, como também tem sido hábito.
Os vizinhos da 2.ª circular, por exemplo, mesmo com dois penáltis perdoados a Coates nas últimas duas partidas, não deixam de fazer barulho. Além de uma proverbial azia, têm eleições para breve. Que se enganem entre eles, pois a nós, não só não enganam nem comovem, como reforçam a união e a motivação rumo ao grande desígnio da temporada. E, francamente, cá de cima, já há dificuldade em ouvi-los. Terão, talvez, de gritar mais alto…
O que temo é que os próprios árbitros não tenham coragem para resistir a tamanha pressão. É um desafio que se lhes coloca, e ao qual estaremos atentos.
Há que manter vigilância também sobre outras questões, tais como quem empresta jogadores a quem, quem treina quem, ou quem estabelece parcerias com quem, em face de alguns jogos do Campeonato e da Taça a ocorrer no próximo mês e meio.
Na época passada assistimos a algumas situações esquisitas (Sporting-U.Madeira, Benfica-V.Guimarães, etc). Sabemos que, neste momento, nos confrontamos com gente sem escrúpulos, capaz de tudo, e que quer, à força, ganhar fora do campo o que há muito não consegue dentro dele.
O Benfica está destacado no 1º lugar, mas não está a dormir."

Luís Fialho, in O Benfica

Uma equipa!

"O que mais me impressionou do 'segundo' Benfica em Guimarães foi o espírito da equipa com André Carrillo.

O Benfica impressionou, realmente, em Guimarães, onde venceu por duas vezes e pelo mesmo resultado no curto espaço de três dias. Impressionou sobretudo no jogo da Taça da Liga, pelo que jogou mas sobretudo por ter mudado oito jogadores de um jogo para o outro. Um Benfica que respira confiança, que mostra quantidade/qualidade no plantel - inegavelmente o melhor plantel da Liga portuguesa -, que mantém um enorme compromisso com a competição e revela um extraordinário espírito de equipa.
Fez o Benfica dois bons jogos num terreno particularmente difícil como é o do Vitória de Guimarães e conseguiu duas vitórias que acabam por ser bem mais do que apenas duas vitórias. Porque conseguiu, de novo, ganhar mais do que dois jogos.
Na noite  da última terça-feira, então, o Benfica deixou o Dom Afonso Henriques com a alma verdadeiramente cheia de ânimo, porque os oito novos jogadores que entraram no onze mostraram tanta coisa que a equipa jogou ainda melhor do que no jogo do campeonato, três dias antes. Do onze da Liga, ficaram apenas Nélson Semedo e André Almeida nas laterais - talvez porque, nesta altura, não haverá mesmo como substitui-los... - Pizzi - pelo que representa na mecânica da equipa, e porque Pizzi parece mesmo aquele jogador que Rui Vitória não dispensa a não ser que seja mesmo obrigado.
Jogou um novo guarda-redes e uma nova dupla de centrais, jogou Samaris, por quem Rui Virtória nunca terá morrido de amores, e jogaram novos alas, um dos quais, Carrillo, condenado, pelos vistos, a continuar em exame, e jogou até nova dupla de jogadores no ataque, um dos quais capaz, de confesso, de me encher as medidas.
Mas de tudo o que o Benfica fez no carrossel que montou em Guimarães o que mais me impressionou, sublinho, até nem foi o fantástico modo como voltou a exibir-se Gonçalo Guedes, ou a surpreendente atitude e qualidade de Zivkovic, um jovem sérvio que chegou à Luz exactamente 30 anos depois de um outro Zivkovic, também sérvio, também vindo do Partizan, também cheio de talento, que apenas jogou, e não muito, em 86/87, e conseguiu festejar campeonato e taça.
Regresso a Guimarães, onde o que mais me impressionou, confesso e repito, foi ver praticamente toda a equipa cair em cima de André Carrillo, celebrando a assistência de peruano para o 2.º golo de Gonçalo Guedes, numa altura em que adeptos mas também comentadores e jornalistas muito justificadamente duvidam da verdadeira capacidade de Carrillo se impor no Benfica como solução e não como problema.
Para os devidos efeitos, o que os companheiros quiseram mostrar foi solidariedade, espírito, compromisso entre todos sem o qual nenhuma equipa consegue verdadeiramente ganhar títulos. A estrela da jogada tinha sido Gonçalo Guedes, não apenas porque foi ele que a desenhou nos últimos metros daquele contra-ataque mas, sobretudo, porque foi Guedes que a finalizou, matando um adversário de muitíssimo valor.
Mas nem o brilho intenso do jovem Gonçalo, que acabava de fazer o seu 2.º golo no jogo, nem a vantagem entretanto obtida, impediu a equipa de se concentrar praticamente toda em Carrillo, uma espécie de patinho feio no Benfica actual a quem os companheiros quiseram mostrar confiança e fé. O Benfica voltou, portanto, a ganhar mais do que o jogo. Ganhou ainda mais alma!
É nesse compromisso colectivo, nessa evidente manifestação de solidariedade, na alegria de jogar e na disponibilidade física para dar tudo e morrer pelo companheiro, como tanto valorizam os treinadores de futebol, seja na Premier League ou nos campeonatos regionais, que o Benfica assenta o essencial do seu comportamento como equipa tricampeã e, queira-se ou não, mais forte candidata ao título deste ano que lhe dará, se lá vier a conseguir chegar (o que não será fácl!!!), o primeiro tetra da história encarnada.
De todos os traços do perfil de Rui Vitória que porventura o levarão a ter inegáveis méritos em todo este processo, um parece-me hoje de peso significativo: a serenidade.
Faz-lhe bem a ele e parece fazer bem à equipa!

Não posso deixar, porém, de voltar ao talentoso mr. Guedes, o rapaz desajeitado cujo talento me enche realmente as medidas. Está naturalmente a crescer como jogador e vai melhorar muitos dos aspectos do jogo. Mas tem qualidades ímpares e, tal como o extraordinário Nélson Semedo - com quem muito jogou B -, já quase não faz nada por acaso. Insisto: como a maioria dos analistas, sou capaz de compreender, mas é muito injusto que o regresso de Jonas signifique a saída de Guedes.
Capaz de mudar de velocidade num abrir e fechar de olhos, Gonçalo tem um remate poderoso, é frio na finalização, é o atacante do Benfica com mais e melhor capacidade de pressionar na frente, joga para a equipa e não para ele, e tem a humildade de continuar com aquele sorriso do menino sempre que joga - e o prazer com que joga... -  mesmo sabendo que nos próximos meses da Liga já não jogará tantas vezes como jogou na Liga até agora. Um craque!

Cristiano Ronaldo voltou a ganhar merecidamente o prémio de melhor do mundo da FIFA. Pela 4.ª vez. Porquê compará-lo a Messi? Não será melhor desfrutarmos dos dois?!
(...)"

João Bonzinho, in A Bola

A importância das segundas linhas

"A composição de um plantel vasto, rico em soluções de qualidade para todas as posições, é um pormenor decisivo para uma equipa encarar o calendário competitivo.

Esta semana, o duplo confronto entre V. Guimarães e Benfica demonstrou a importância que tem o planeamento de toda uma época desportiva para um clube de futebol. Na partida a contar para a Taça da Liga, os encarnados alinharam com algumas segundas linhas do plantel, sem que isso tenha afectado o rendimento da equipa. A composição de um plantel vasto, rico em soluções de qualidade para todas as posições, é um pormenor decisivo para que uma formação esteja preparada para encarar o calendário competitivo.
Ao longo da temporada, o Benfica tem dado mostras de ter conseguido lidar bem com a falta de vários elementos nucleares do seu plantel por motivo de lesão. Esta é possivelmente a grande diferença e a principal vantagem que as águias apresentam em relação aos principais adversários, FC Porto e Sporting, que em determinadas posições do terreno não dispõem do mesmo número de soluções de qualidade, em função dos desequilíbrios existentes na composição das equipas. Dragões e leões denotam mais dificuldades em lidar com a ausência de determinados jogadores.
Para resolver este tipo de problemas, a pré-época assume-se um momento nuclear. A par do treino e preparação física, é vital assegurar dois jogadores de igual valia por posição, recorrer aos melhores talentos da equipa secundária e (tentar) 'antecipar o futuro'. Deste modo, aumenta-se a competitividade interna, reforça-se a ambição dos jovens jogadores formados pelo clube e começa-se a potenciar activos que vão substituir jogadores titulares cuja venda seja prioritária a médio prazo.
No fundo, é muito melhor que o substituto já se encontre adaptado no plantel, do que encontrar alguém novo para o lugar do atleta que sai no momento da venda. Esta cobertura permite ao clube gerir com maior tranquilidade a saída de 2/3 jogadores importantes, sabendo que o rendimento da equipa não será afectado de forma drástica.
Como dizia Rui Vitória esta semana, 'os jogadores gostam mais de jogar do que treinar'. E, em boa verdade, é nos picos competitivos do calendário, onde existem mais jogos e provas para disputar, que têm essa possibilidade, sejam eles titulares ou segundas linhas. A estratégia passa, acima de tudo, por uma boa preparação física dos atletas e controlo dos picos de forma, de modo a conseguir gerir esses momentos recorrendo às várias opções existentes. Num plantel com vários titulares, a resposta às adversidades é maior.
Com menos jogadores do mesmo nível para responder ao exigente calendário, aumenta o desgaste dos principais jogadores e o seu rendimento pode acabar por nem sempre ser o expectável. Isso obriga a olhar para os momentos de abertura de mercado de forma reactiva, para preencher as lacunas do plantel. A prospecção nesta fase fica limitada pelos compromissos financeiros que a equipa já tiver e obriga a ser-se ainda mais criterioso nas escolhas.
Há outras questões que influenciam tanto ou mais o êxito desportivo. A observação e conhecimento profundo dos adversários, o trabalho da equipa técnica ao longo da semana, uma liderança forte do departamento de futebol e a criação de um bom ambiente entre adeptos, treinadores e dirigentes. Contudo, sem matéria-prima não se fazem campeões. Nem sempre ganha quem tem o melhor plantel (o Benfica de Jesus no ano do minuto 92 e o FC Porto do primeiro ano de Lopetegui são exemplos recentes), mas é sem dúvida um dos passos mais importantes para lá chegar.
(...)"

A culpa é do Benfica e do Vitória

"O treinador pode ser hoje uma peça da máquina e não o centro das atenções. Não precisa, é de elementar justiça sublinhar que os encarnados têm sido mais consistentes.

Nas últimas semanas a discussão sobre o futebol em Portugal tem estado centrada na velha questão dos árbitros e das arbitragens. FC Porto e Sporting, em perda no campeonato e já fora de outras competições, queixam-se da mão pouco invisível que embala o Benfica. Não vale a pena dizer que não têm razões, mas será um exagero dizer que têm razão e que os árbitros levaram o Benfica ao ponto onde está nas diferentes provas - e para já o clube tem todas as frentes nacionais e a frente europeia em aberto.
Mais: é o favorito na Liga, é o favorito na Taça da Liga, tem um sorteio favorável na Taça de Portugal e, na Liga dos Campeões, correndo por fora, até pode chegar longe.
Há muito mérito da organização - a agora famosa estrutura - nestes resultados. Até por contra-ponto com os rivais, onde impera alguma desorientação. Porto e Sporting são clubes sobre brasas, envolvidos em polémicas internas e externas. O Benfica vive uma paz responsável, longe da confusão, focado nos objectivos, com prioridade para o negócio e para o crescimento do clube e da SAD. Parecendo que essa paz nada tem a ver com o futebol, não é verdade. Os jogadores, mesmo sendo estrangeiros muito deles, não são imunes ao clima de guerrilha, às notícias de jornais, aos restaurantes vandalizados, aos Ferraris que não podem ser vermelhos. Tudo conta.
Há também o futebol propriamente dito. Durante uma parte da época discutiu-se quem, de Sporting e FC Porto, jogaria melhor. O Benfica não entrava nessa equação. Reconhecia-se à equipa organização, pragmatismo e uma forma até cínica de encarar os jogos. Para usar um termo dos tempos modernos, o Benfica era (e é) uma equipa resultadista.
Estando nós na segunda metade da época, e estando tudo em aberto nas duas competições internas mais importantes - Liga e Taça -, é de elementar justiça sublinhar: que o Benfica tem sido mais consistente. Que fez, como na época passada, das fraquezas forças, que tem ultrapassado com distinção a onda de lesões que atingiu grande parte do plantel, que encontrou soluções onde se viam problemas com impacto.
E que fez tudo isso com grande serenidade e sob a direcção firme, sem nunca perder o rumo, sem alterar o discurso de Rui Vitória. O treinador pode ser hoje uma peça da máquina e não o centro das atenções. Não precisa. os que questionavam não as suas qualidades, mas o seu estilo de liderança (fui um deles), devem reconhecer que Vitória, mesmo num contexto excepcionalmente favorável, está a fazer um bom trabalho. Por este caminho, no fim, terá razões para sorrir.
(...)"

Nuno Santos, in Record

PS: Quando um colunista, que conscientemente deixou a sua assinatura na Comissão de Honra, da recandidatura de Bruno de Carvalho, escreve esta opinião destas... algo não bate certo!!!!

Ainda sobre a arbitragem...

"Os responsáveis pela arbitragem profissional reuniram-se com os clubes, deram explicações e prometeram mais transparência. Também disseram que não aceitam que os árbitros sejam usados em operações de branqueamento de insuficiências alheias. Porém, o problema que existe é de fundo e não resistirá a um qualquer penalty mais polémico. A mentalidade vigente em Portugal continua a privilegiar a desculpa fácil e a desresponsabilização constante, escondendo-se na culpa do bode expiatório. É evidente que a utilização de árbitros menos preparados e por isso mais sujeitos ao erro, em jogos de maior índice de dificuldade, também não ajuda. E o secretismo dos relatórios e das notas dos observadores só adensa uma teoria da conspiração que só a transparência derrota em toda a linha.
Neste momento, em Portugal, para minimizar danos e desarmadilhar discursos mais perversos, os responsáveis pela arbitragem deviam explicar as nomeações, mostrando à opinião pública que muitas vezes estão manietados pelo protocolo vigente; depois, seria necessário, muito rapidamente, haver acesso on-line as relatório do árbitro e à nota que este recebeu e porquê.
Concordando-se ou não, a explicação técnica dada para os casos de alegadas grandes penalidades no último derby foi corajosa e pedagógica e esse é o caminho a seguir. Os árbitros e os seus dirigentes devem abandonar a torre de marfim onde historicamente têm vivido e comunicar com os adeptos. Mas há mais: os responsáveis dos clubes que procurarem condicionar os árbitros não podem ficar sem punição. E a questão das ameaças físicas muito menos. Doa a quem doer..."

José Manuel Delgado, in A Bola

Quer o nosso futebol mudar?

"Dos resultados práticos da reunião que juntou Conselho de Arbitragem e clubes apenas teremos noção mais para a frente, embora os primeiros sinais pareçam indicar que pouco mudará: quem se queixa continuará a queixar-se, os árbitros defender-se-ão como podem, sabendo que de nada lhes servirá darem murros na mesa e dizerem não admitir servir de bodes expiatórios. Continuarão a sê-lo. Mesmo que se divulguem as análises da Comissão Técnica aos lances mais polémicos (e é bom que o façam), estarão sempre sujeitos às análises da bancada - enquanto cresci dizia-se que todos tínhamos um bocadinho de treinadores, mas as tácticas interessam cada vez menos - e dos que vêem as coisas sempre com o olhar que lhes convém. Aliás, começou já ontem...
Ainda assim, duas medidas importantes para o futuro saíram do encontro:
1.º A divulgação dos relatórios dos árbitros é mais um passo para a transparência. Passaremos a saber as razões que levaram à tomada de uma decisão e o que motivou, por exemplo, a expulsão de jogadores, treinadores ou dirigentes quando não são claras. Claro que logo aparecerá quem apelide o árbitro de mentiroso, que ouviu mal, mas pelo menos teremos uma noção mais clara do que se passa dentro do campo. E fora dele também. E ainda nos vamos rir um bocado...
2.º Todos parecem ter estado de acordo quanto à necessidade de sanções mais pesadas para quem se refere às arbitragens em tons excessivos, como acontece noutros países, ou para quem for expulso por palavras aos árbitros. Porque os regulamentos que temos neste momento são nesse capítulo ridículos e deixam as portas escancaradas aos exageros que transformam o nosso futebol num circo. Agravar as sanções é, pois, o único caminho possível. Se avançar é outro passo importante, claro. Mas coloco algumas reservas. Porque quem aprova os regulamentos são os clubes. Que nunca aprovam nada contra eles..."

Ricardo Quaresma, in A Bola

A turma de Cristiano Ronaldo e Jonas

"5 pontos: Ronaldo e os seus
2016 não foi o melhor ano da carreira de Cristiano Ronaldo a título individual. O embaixador português já fez mais por si sem ter o devido acompanhamento. No ano passado, porém, provou-se que as maiores conquistas não são obra de um homem só. Ronaldo destaca-se igualmente pela capacidade para reconhecer isso mesmo. Desde logo pela importância que dá à família nos momentos de consagração, como aconteceu na Gala The Best, da FIFA. Mas não só. Ronaldo agradeceu em bom português aos companheiros de Selecção e do Real e teve um gesto bonito e justificado para com Fernando Santos. Ficou o sabor amargo pela distinção que o Engenheiro merecia.
4 pontos: A excelência de Jonas
Está de volta um dos melhores jogadores estrangeiros da história recente, se não de toda a historia, do Benfica. Jonas evoluiu ao longo dos anos, afirmando-se como um avançado de fino recorte, de excelência na leitura do jogo e dos seus momentos. Se o Benfica se manteve a frente dos adversários sem o seu baluarte, o que esperar de um líder com Jonas? A forma como antecipa e define os lances, transpirando confiança, só está ao alcance de algumas dezenas de jogadores por esse mundo fora. Felizmente, um deles anda pelos relvados portugueses.
3 pontos: Seis craques com o DN
António Veloso à conversa com Nélson Semedo, Fernando Gomes com André Silva, Manuel Fernandes com Gelson Martins. Se perdeu este conceito brilhante do Diário de Notícias, apresentado a 1 de Janeiro, aqui fica. Parabéns ao DN pela ideia, aos seis craques pela execução, aos clubes por terem percebido o alcance de tamanha iniciativa. O bom jornalismo torna-se mais fácil quando nos é permitido o acesso pleno aos principais protagonistas.
2 pontos: Os presidentes e as arbitragens
Dias de tempestade em torno da arbitragem portuguesa. A reunião com os clubes na Cidade do Futebol foi bem pensada e executada. Tornou-se essencial nesta fase. Passo positivo em direcção à pacificação possível num cenário de imensas dificuldades. Lamenta-se porém a ausência dos presidentes dos 'grandes' no local indicado para discutir as questões de fundo. Para além disso, os árbitros e as competições mereciam maior protecção na praça pública: nesse aspecto, esperava mais de José Fontelas Gomes (presidente do Conselho de Arbitragem da Federação), Fernando Gomes (presidente da Federação) e Pedro Proença (presidente da Liga).
1 pontos: O Barcelona em Barcelona
Não faltam exemplos de mau perder e eles chegam até de um nível altíssimo, a justificar crítica à medida. Por mais que o argumento tenha sido a preparação para a Taça do Rei, a não comparência do plantel do Barcelona na Gala The Best da FIFA foi deselegante e desagradável. Foi feia, aliás. Não ficou bem a Messi e aos pares. Menos mal, salvou-se a Taca do Rei."

Aquecimento... para o fim-de-semana!

Benfiquismo (CCCXLVII)

Respeito...

Só é vencido quem desiste de lutar

"No Porto, começam a perceber que não se trata de um problema de arbitragem mas de Direcção.

Mário Soares
Um homem de grande coragem, que teve uma vida feita de lutas. Ou, adaptando as palavras de Paul Éluard - conhecido pelos seus poemas contra o nazismo, durante a 2.ª Guerra Mundial - um homem que, na esperança, nasceu para conhecer e para chamar a «liberdade».
Fazendo história, ainda que muitos não o tenham reconhecido, como, aliás, bem lembrou o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, numa adaptação feliz da citação de Karl Marx, no seu discurso de homenagem, nos Jerónimos.
Figura ímpar, um dos políticos mais marcantes do século XX (a par de Francisco Sá Carneiro), destacou-lhe um reconhecido humanismo e uma apaixonante vocação pela política pura!
Um homem de convicções, de projectos, de grande visão e, acima de tudo, com uma invejável intuição.
Um estadista!
Que sempre privilegiou o diálogo e o entendimento, contribuindo para um país mais justo e para uma Europa unida.
Ou, nas palavras de Sophia de Mello Breyner Andersen, em «Naquele tempo..., Retrato», um homem que tinha «uma forma especial de ser corajoso». «Era uma coragem sem crispação e sem excitação: raciocinava, relativizava, desdramatizava e ria dos ridículos e das manhas dos adversários».
Talvez também por isso tenha tido um papel tão fulcral na nossa democracia e, até, na construção da própria Europa.
Além do legado, da referência e do exemplo, deixou-nos, talvez, a maior lição de todas: só é vencido quem desiste de lutar.
Na política, como na vida, mas, também, no futebol, que faz partes das nossas vidas.
Acreditando, muito, no que queremos, enquanto requisito essencial para a construção do futuro.
Para que também nós possamos «trazer um novo mundo ao mundo».
À sua família, as minhas sentidas condolências.
E um forte, enorme e muito especial abraço ao João, com que já partilhei outras lutas (.. até pela vida).

A estratégia para disfarçar a incompetência
Nas últimas jornadas têm sido várias as queixas sobre a arbitragem. Perante as desgraças e os desaires de cada um, esse tipo de queixas, a cada ponto perdido, têm sido um clássico.
Essencialmente para tentar disfarçar o mais variado tipo de erros.
Para que, enquanto se fala disso, fazerem de conta que ninguém vê ou percebe de futebol.
A ambição de perpetuação do poder origina, por vezes, o recurso aos mesmos truques.
Que, inevitavelmente, se alia à recorrente agressividade, para encobrir muitas fragilidades.
Com ameaças de morte a árbitros, que, embora inadmissíveis - em si e por si - servem, também, para desviar atenções.
Mas o mais curioso é que ninguém ameaçou de morte os árbitros que alegadamente prejudicaram o Porto e o Sporting em jornadas passadas.
Cingindo-se, antes, aos árbitros que iam arbitrar o Sporting, o Porto e o Benfica na última jornada, em que tínhamos uma importante deslocação a Guimarães.
Jornada essa fundamental para Porto e Sporting, porque achavam que o Benfica ia perder pontos.
Como se enganaram.
Fazendo tábua rasa da velha máxima, nesta vida, que o poder, no futebol, emana do relvado.
E como não há estratégias que resista às derrotas (ou aos empates que sabem a derrotas) em campo, nunca alcançarão o que, de forma tão sufocada, anseiam.
Apesar dos reais problemas existentes entre eles começaram a ser desvendados.
No Porto, começam a perceber que não se trata de um problema da arbitragem, mas de direcção.
Com, um dia, também descobrirão no Sporting (só espero que depois de reeleger este Presidente).

A decisão do TAD
Em Setembro do ano passado a Comissão de Instrutores da Liga recebeu um despacho da Secção Profissional do Conselho de Disciplina da FPF, em que me era determinada a instauração de um processo disciplinar, por participar no O Dia Seguinte, da SIC Notícias.
Essa mesma comissão da Liga porpôs à FPF a suspensão do meu processo disciplinar, por entender que se devia esperar pela decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que se encontrava a apreciar a acção de impugnação das normas em causa do Regulamento Disciplinar e do Regulamento das Competências da Liga.
Entretanto, deixei de ser membro dos órgãos sociais do Benfica e, por isso, de ser considerado agente desportivo (coisa que, aliás, não era, deixando, assim,de o ser o que nunca fui!).
A Liga, não contente com o sentido das decisões que foi conhecendo, achou que, não só o TAD não teria competência para conhecer da legalidade ou ilegalidade dos regulamentos administrativos de si emanados (mas apenas de actos e omissões), como também existia «falta de interesse em agir? da SIC, por as normas em causa não lhe serem aplicáveis.
A Liga esqueceu-se, no entanto, que essas normas, no que concretamente diz respeito à SIC, não só prejudicariam directa ou indirectamente a estação, como ainda violariam os direitos à liberdade de imprensa e de programação.
Porque, de facto, essa alteração limitaria a liberdade de escolha dos participantes em programas, com efeito aniquilador, aliás, na liberdade editorial.
Com repercussão, por exemplo, nas receitas publicitárias, variáveis em função da média de share.
Mas o mais caricato da situação prende-se com o facto de a Liga estar convicta de que a participação regular de dirigentes como comentadores, em programas televisivos, perturbaria a conformação do futebol a valores e princípios éticos, afectando, inclusivamente, a realização das competições por ausência de patrocinadores.
Nada mais patético!
Eram, ainda, temidas pela Liga a existência de uma crispação e de uma falta de serenidade no meio desportivo, que poderiam afectar o comportamento de toda a gente!
Esqueceram-se que sempre esteve em causa a liberdade de expressão e de informação, enquanto direito fundamental.
Que não tem, no entender do TAD, uma 'função constitucional promotora de conteúdos vinculados pela «sensatez», «serenidade», «fair play», «contenção verbal» ou «manutenção do prestígio das instituições»'.
A liberdade de expressão acompanha a liberdade de pensamento e traduz-se numa manifestação da dignidade da pessoa humana.
O entendimento da Liga colide com a liberdade pessoal de cada um em participar em acontecimentos com repercussão social e aí manifestara sua opinião.
Para o TAD essas normas contendem com a liberdade de expressão, na sua dimensão de proibição de censura.
Ora, proibir o discurso público sem qualquer fundamento ou base legal ou, numa visão mais ténue e aflorada, adicioná-lo a tipos de conteúdo previamente determinantes é censura, e, por isso, inconstitucional.
Afectando, ainda, a liberdade de programação.
Uma decisão expectável e sensata.
Agradeço, por isso, à SIC (muito especialmente ao Ricardo Costa, ao Pedro Cruz, à Daniela Horta Monteiro e, não menos importante, ao José Guilherme Aguiar, ao Rogério Alves e ao Paulo Garcia), a todos os que decidiram bater-se, em sede própria, pelo desaparecimento da ordem jurídica portuguesa de uma norma injusta, ilegal e com um destinatário em concreto.
Como agradeço ao Benfica (a Luís Filipe Vieira e ao Paulo Gonçalves), por terem sustentando essa mesma leitura!
E quem se bate, assim, por princípios, merece um enorme sentimento de reconhecimento."

Rui Gomes da Silva, in A Bola

A taça coetesã

"A Taça da Liga é, desportivamente falando, uma cortesã. Quase ninguém afirma querê-la e alguns até dizem desprezá-la (na aparência) para, em seguida, dela abusarem. Um marialvismo à portuguesa, misturado com um indisfarçável despeito, porque a taça vai quase sempre para um temível concorrente do lupanar.
Este ano, dela se voltaram a servir, não tanto por causa da coitada - ainda tão jovem e já com tantas alcunhas - mas a olhar para o palácio maior: a Liga, ela própria, a matrona. Quer dizer, apontando vícios mefistofélicos à tacinha concubina, com o intuito de assim produzir mal-estar, desconfiança e ciúme na casa grande, ou seja, na prova maior.
Nestes últimos dias, vimos e ouvimos tudo o que de mau se abateu sobre a pobre amásia. Os 'fiscais' são agora vilmente acusados, sem dó nem piedade, se serem teleguiados por uma águia-imperial e de, assim, protegerem, despudoradamente, uma hedionda aliança entre a cortesã e a carnívora águia.
O dragão reptiliano que, num sorteio amaldiçoado, havia calhado no 'grupo da morte', caiu à mão de fidelíssimos e puritanos cónegos, ficando no último lugar da fila. Nem os desenhos no recato da alcova acalmaram a tacinha, essa fera amancebada, que não amansada.
O felino leão - pouco dado a cálculos de idades - e que, há tempos, começou por enaltecer o comportamento social de lambedura típico das leoas, é agora um incontinente crítico da menina tacinha que até fazia parte dos seus projectos. Para o feroz animal, ela voltou a ser andrajosa, palavra que, porém, nada tem a ver com André. Tudo por causa de um penálti marcado ao minuto 70. Perdão, ao minuto 92."

Bagão Félix, in A Bola