Últimas indefectivações

domingo, 31 de agosto de 2025

Antevisão...

BI: Antevisão - Alverca...

Sudakov


É oficial, o jovem criativo Ucraniano, é jogador do Benfica!
Estávamos a precisar de alguém com estas características: tem semelhanças ao Kokçu, sendo mais coletivo, fisicamente mais disponível, e mais maleável taticamente, podendo jogar em várias posições...

A minha única dúvida, é a adaptação. Jogadores de Leste, às vezes, têm dificuldades na adaptação ao jogo mais rápido, mais intenso... e às críticas!


Ficou-me na retina, no Euro, onde ofensivamente foi para mim o jogador mais influente da Ucrânia, apesar do Mudryk ter atraído a maior parte dos olhares! Toque de bola diferenciado, bem nos passes de ruptura...

Quem vai agradecer, deverão ser os nossos avançados... Não tem o mesmo faro de golo do Kerem, mas vai assistir mais!

Vamos esperar, para ver onde será utilizado, no meio atrás do ponta de lança, à frente dos dois médios, ou partir da esquerda...


Neves x 3 !!!

Inexperiência...

Benfica 1 - 2 Portimonense
R. Rêgo


Jogo 'absurdo', com um resultado ainda mais 'absurdo'!
Voltámos a sofrer um golo nos primeiros minutos, voltámos a reagir bem, fomos sempre melhores, a desvantagem rapidamente se transformou em injustiça...
Até que o Portimonense fica reduzido a 10, com a expulsão do seu guarda-redes (justa). Poucos segundos depois, já com o guarda-redes suplente, nova expulsão, novamente do guarda-redes (justíssima)! Com o adversário, com um guarda-redes de recurso, com um autocarro de três andares â frente da baliza, durante toda a 2.ª parte, fomos incapazes de criar perigo com consistência! Com a equipa muito ansiosa, muito nervosa, a tomar demasiadas vezes decisões erradas...
Mesmo assim, empatámos, aos 70m, para que no minuto seguinte, de forma incrível o Portimonense voltar a marcar!!!

Pela primeira vez, a nossa equipa B, não tem nenhum jogador mais 'velho' para transmitir alguma maturidade à equipa, e hoje fez falta! Faltou paciência, calma, experiência...

A equipa ainda não ganhou, mas tem demonstrado qualidade e muita atitude, mas como afirmei no início de época, esta 1.ª volta, vai ser muito complicada, pois estamos a jogar basicamente com uma equipa de Juniores, com os minutos, vamos melhorar...

Sudakov...

Kerem Aktürkoglu de saída


"SERÁ DIFÍCIL SUBSTITUÍ-LO

1. Pagar 12M€ por um jogador como Aktürkoglu foi um verdadeiro achado da estrutura do Benfica.

2. O turco não perdeu tempo: chegou, entrou na equipa e apresentou rendimento: marcou golos e fez assistências, não precisou de adaptações, de ambientações, de desculpas de mau pagador para não começar logo a dar cartas.

3. Com um jogo vertical, rápido e prático, com ações sempre a benefício da equipa, nada de egoísmos, com facilidade em aparecer na zona de finalização, remate certeiro, com compromisso defensivo também, impôs-se e conquistou os adeptos. E mais: mostrou ser um grande profissional ao marcar o golo que eliminou o seu futuro clube da Champions.

4. Quanto vale um jogador como Aktürkoglu? Não sei se foi bem ou mal vendido, temo, porém, que como o mercado está seja muito difícil encontrar outro de igual rendimento pelos 22,5M€ do valor da venda ao Fenerbahçe.

5. Serve de desculpa a oferta de salário que o Fenerbahçe lhe fez? Não tinha contrato com o Benfica? Agora são os jogadores, e não os interesses dos clubes que lhes pagam, a determinar os momentos de serem vendidos? Ficava insatisfeito? A birra duraria, no máximo, 15 dias.

6. O Benfica está carente de extremos, o Benfica precisa de mais estabilidade no plantel, não é fácil acertar nas contratações, custa-me a compreender a venda de Aktürkoglu. O futuro, só o futuro dirá se foi uma boa operação de mercado."

BF: Lukebakio e Gulliksen...

BF: Akturkoglu, Sudakov, Amoura, Florentino, Gouveia, Alvarez e Mudryk!

Zero: Mercado - Benfica atrás de extremo norueguês

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - FC Porto ou Sporting: alguém quer ficar já em primeiro?

Terceiro Anel: Bola ao Centro #147 - Mais um ano, mais uma voltinha!

Manteigas #7 - Arbitragem e Regulamento Eleitoral

Selim: Fernebahçe...

Comunicado


"O Sport Lisboa e Benfica alerta que apenas os bilhetes vendidos diretamente pelo SL Benfica, e, neste caso concreto, pelas equipas visitantes para os setores que lhes estão destinados, são considerados válidos. Qualquer sócio ou adepto que adquira bilhetes através de canais não oficiais corre sério risco de não conseguir aceder ao Estádio da Luz.
Importa reforçar que a bilhética oficial para os jogos da Fase de Liga da UEFA Champions League ainda não se encontra disponível e, quando for aberta, estará acessível exclusivamente a Sócios e Adeptos registados que tenham efetuado inscrição até ao dia 28 de agosto.
O SL Benfica recorda ainda que a venda de acessos Red Pass fora da plataforma oficial (APP Benfica) é ilegal e passível de procedimento criminal. O Clube mantém uma vigilância ativa e continuará a denunciar às autoridades todas as plataformas e sites de venda ilegal de bilhetes, de cuja existência tenha ou venha a ter conhecimento, para instauração dos respetivos processos-crime.
Apelamos a todos os Sócios e Adeptos que adquiram os seus bilhetes exclusivamente através dos canais oficiais do Clube, site e App oficial, Lojas Benfica e Casas do Benfica com sistema de bilhética, assegurando assim a autenticidade dos mesmos e o acesso garantido ao Estádio da Luz."

O Treinador, um Senhor


"É tão aliciante, no papel e nas ideias, como traiçoeira, cheia de alçapões e de armadilhas, com curvas sinuosas e percursos plenos de nevoeiro.
A carreira de treinador, seja em que modalidade for, mas sobretudo no futebol de alto rendimento, aporta riscos e torna-se tanto mais compensadora quanto, aos fatores inatos de cada um dos profissionais, se aliarem elementos externos aleatórios, tantas vezes injustos, tantas vezes geradores de imagens pouco consistentes com a personalidade de cada profissional.
Mas é aliciante, sim. Transporta-nos para um mundo em que tudo se altera num segundo, na bola que bate na barra e não entra, no pontapé falhado ou na defesa pouco segura. Sendo hoje uma das profissões muito bem pagas no planeta futebol, representa uma conjugação de circunstâncias que, muitas vezes, fogem ao controlo dos profissionais da área.
Se é verdade que, nos dias de hoje, as equipas técnicas são multidisciplinares, compostas por gente de imensa qualidade em áreas tão distintas como a ciência do treino, a fisioterapia, a nutrição, a psicologia ou o mercado, dotando os chefes de equipa de todos os dados possíveis para a decisão final, em cada microciclo de treino, em cada movimento de contratação ou em cada momento de jogo, não é menos certo que é ao treinador principal que compete o risco, a responsabilidade máxima e as consequências mediatas e imediatas das suas tomadas de posição.
E o seu futuro, em cada cidade, clube ou projeto, está diretamente dependente do tipo de atitude e de postura das administrações com quem trabalha. Não é difícil concluir que, na Europa latina, o tempo e o momento são fatores muito distintos, na análise e na consistência, em relação ao modus operandi anglo-saxónico ou escandinavo.
Olhando para o exemplo das ligas inglesa e alemã, duas das mais (ou mesmo as mais…) competitivas e bem organizadas do mundo do futebol, o espaço e o tempo para os projetos e a respetiva implementação são respeitados e tidos pelas organizações como essenciais e parte integrante do potencial sucesso.
Não é possível construir uma equipa em dois, três ou quatro meses. O imediatismo resultadista das administrações latinas não se compagina com o sucesso estruturado e pensado dos emblemas do norte da Europa. São abordagens diferentes, que têm muito a ver com a idiossincrasia dos povos e com a demanda dos adeptos. A impaciência de um grego, turco ou português, não ajuda os dirigentes, mas também não é a melhor amiga dos técnicos.
Em Inglaterra, David Moyes esteve onze anos à frente do Everton, e Eddie Howe, antes do notável trabalho que está a desempenhar no Newcastle, passou igualmente onze anos no Bournemouth. Marco Silva, na quarta temporada ao serviço do Fulham, encontrou uma Administração disposta a tornar o projeto desportivo cada vez mais consistente, encontrando o equilíbrio exato no reforço das estruturas físicas de Craven Cottage, entre o mítico centenário da construção do estádio à beira do Tamisa, e a modernização possível com uma nova e confortável bancada central.
No Arsenal, Mikel Arteta tem, pé ante pé, projetado uma equipa em crescendo, com dois segundos lugares nas últimas temporadas e uma recorrente candidatura ao título. A paciente auréola do basco e o comportamento sólido da sua estrutura fazem dos gunners um dos mais bem sucedidos projetos desta década, quase benchmark para a concorrência.
Não fora a raiz latina (grega…) do proprietário do Nottingham Forest, que ferve em pouca água e tem uma matriz de comportamento dona disto tudo, e Nuno Espírito Santo estaria, no City Ground, com caminho aberto para fazer retornar, de modo consistente e permanente, os Garibaldi à luta por lugares de destaque no futebol inglês, como já sucedeu no final da década de setenta do século passado (duas vezes campeão europeu, o grande Forest desse tempo).
Por estes exemplos percebemos facilmente que o tempo é um fator essencial ao trabalho de um treinador, e que é justamente esse elemento que, tantas vezes, falha e faz desmoronar todas as expetativas em relação à contratação de um responsável técnico. O caso de Ruben Amorim é o paradigma de uma situação entre estas realidades: por um lado, é certo que o treinador português vem da primeira pré-temporada em que, efetivamente, pôde moldar e remodelar o grupo de jogadores à sua disposição, purgando o balneário e blindando-o, aspecto tão determinante para o sucesso e tantas vezes, por não cumprido, motivo de insucesso…
Mas Ruben tem muito mais em que pensar do que apenas em treinar. Até por força da estruturação dos clubes ingleses e da particularidade do seu funcionamento, o manager (como tanto gostava José Mourinho no United, no Chelsea ou no Tottenham), é um gestor de topo, com visão transversal sobre todos os aspetos da vida do clube e das equipas principal e de formação, e com palavra a dizer, opinião a dar e decisão a tomar em cada momento, em cada segmento, em cada elemento que contribua para o sucesso.
Aqui chegados, surge a pergunta: o que é, afinal, o sucesso, na vida de um treinador profissional de futebol? Serão apenas os resultados do fim de semana, os golos que se marcam e os que não se consentem? Ou será a implementação de uma ideia de jogo, de um sistema, a capacidade de adaptação e adequação às realidades de cada emblema e de cada país, aos seus sortilégios?
É preferível apostar no risco de uma pressão mediática forte e na necessidade de vitórias no imediato, ou na conjugação de fatores de todo o ecossistema ao seu serviço para projetar jogadores, criar empatias e demonstrar pensamento construtivo de médio e de longo prazo?
Vale a pena pensar nisto, colocar cada peça do puzzle no seu lugar. Analisar, enquadrar. E só depois criticar.

Cartão branco
Excecional o início de caminhada da seleção de Portugal no Euro Basket. Se, há alguns anos, nos dissessem que, no Basquetebol (como no Andebol…), o país mediria forças com as principais potências europeias e mundiais, não evitaríamos um sorriso terno. Agora, ainda que Neemias Queta ajude, há um trabalho profundo de construção de uma dinâmica de qualidade. Os resultados, normalmente, aparecem quando as bases são sólidas. É o que Mário Gomes e a sua equipa têm feito, tal como Paulo Jorge Pereira e a respetiva entourage potenciam os resultados do andebol. Portugal a trabalhar como deve ser."

Um clássico que chega na pior altura


"«É uma loucura que o mercado ainda esteja aberto quando já se está a jogar a Serie A. Há jogadores que na manhã dos jogos estão ao telefone com os empresários a tentarem sair, outros não querem vir treinar. O mercado devia fechar antes de começarem os jogos oficiais. Há meses e meses para os clubes resolverem as coisas, já devia estar tudo feito»
Vincenzo Italiano, treinador do Bolonha

O ótimo arranque de campeonato de Sporting e FC Porto — três vitórias para cada, 12-1 em golos para os leões, 9-0 para os dragões — abre o apetite para o clássico de hoje. Mas não acho que ele chegue na melhor altura, pelo contrário.
Entre jogadores que querem sair mas vão ficar, jogadores que até pensariam em ficar mas vão sair, jogadores que hão de chegar e outros que chegaram mas ainda não estão prontos para jogar, ou pelo menos para serem titulares, as equipas que veremos em campo este sábado poderão ser bem diferentes daquelas que estarão a jogar daqui a um mês.
É certo que a Liga não costuma decidir-se em jogos grandes, pelo menos em jogos grandes à quarta jornada, mas o Sporting-FC Porto de hoje vai ter peso enorme na definição das candidaturas ao título de leão e dragão. E que isso aconteça com equipas a meio gás faz pouco sentido, para mim.
Vincenzo Italiano, treinador do Bolonha, foi duríssimo no fim de semana passado a falar das datas do fecho do mercado, depois do erro de Lucumi (doido para rumar ao Sunderland) que deu a Wesley, e à Roma, o único golo na primeira jornada da Serie A.
Mas as tentativas de antecipar o fecho do mercado, para antes do arranque das competições, nunca correram bem. Em 2019, a Premier League fê-lo, de forma unilateral (para 8 de agosto). Depois do fecho, os clubes passaram três semanas e meia em pânico, com jogadores assediados, porque os outros mercados estavam abertos, e sem possibilidade de contratarem substitutos caso os deixassem sair.
Não mais repetiram a brincadeira. Para acontecer, têm de juntar-se todos os principais campeonatos."

Sporting-FC Porto: cheira a napalm


"Espetáculo promete competitividade e isso deve-se a Farioli: foi o FC Porto que se aproximou do Sporting e não o contrário que sucedeu. Duelo vale liderança isolada, falta saber resultado e como se vai desenrolar o pós-jogo

O Sporting recebe o FC Porto num duelo que não decide nada a não ser... quem é o líder da Liga. Digamos o óbvio, o jogo é importante. A esta distância do final nunca será decisivo a não ser para se estabelecer já alguma vantagem em confronto direto: e como essa ideia foi importante na época passada, naquelas últimas jornadas em que um golo do Arouca inverteu a liderança, um golo de Quaresma manteve-a e permitiu ao Sporting jogar na Luz como jogou: com a ideia de que o empate era seu e o título também em caso disso.
Estamos na madrugada do campeonato, não sabemos como mercado ainda pode mexer com os plantéis, nem se vai chover em novembro. Ainda que isso seja bastante provável. O que sabemos é que as duas equipas têm apresentado futebol de bom nível, venceram os seus jogos, o FC Porto é uma das três equipas que não sofreram qualquer golo ainda (as outras: Famalicão e Benfica) e o Sporting tem o melhor ataque do campeonato.
No fundo, o espetáculo promete competitividade e pelo que leões e dragões têm apresentado talvez até beleza estética. O mérito para isto, digo-o eu, tem sido de Farioli, na medida em que o italiano, a par com a direção portista, tem conseguido inverter o rumo que levou o azul e branco do Porto para um patamar irreconhecível, como foi o da época passada.
Isto porque do outro lado o Sporting mantém-se firme, tem mostrado que pode sobreviver sem Gyokeres, num trabalho de continuidade de Rui Borges com o grupo, apesar da mudança tática que alguns temiam, mas que, até ver, tem o mesmo resultado que a anterior. Assim, foi o FC Porto que se aproximou do Sporting e não o contrário que sucedeu.
É por isso, e pelo resultado do Gil Vicente-Moreirense, que o clássico de Alvalade vale a liderança isolada da Liga. Treinadores experientes sabem que todos os fatores contam nestes jogos e que a vantagem no final de um sábado em agosto pode ser o passo para uma vantagem no final de maio, mês de festa de campeão.
O FC Porto de Jorge Costa sabia muito bem como disputar estes duelos, como influenciar todos os momentos e foi isso mesmo que o italiano fez da sala de imprensa, ao lembrar as expulsões dos adversários do Sporting. Faz bem Farioli em analisar como jogar em inferioridade numérica, mas aquela declaração trazia agarrada a ela o cheiro a napalm que tantas vezes atinge o futebol português. Esperemos que seja apenas isso, cheiro, e que a mistura explosiva não se conclua e rebente, para que simplesmente se fale sobre se o FC Porto está ao nível competitivo do Sporting, se já o consegue superar, ou ainda está curto para o bicampeão."

Sporting-FC Porto: o primeiro teste a duas formas distintas de jogar


"O primeiro grande clássico da época chega cedo, mas nem por isso perde intensidade ou simbolismo. Sporting CP e FC Porto apresentam-se em Alvalade com pleno de vitórias, nove pontos em três jornadas, num déjà-vu perfeito em relação à época passada. Também então, à quarta jornada, as duas equipas se encontraram coladas na liderança. Esta repetição de calendário dá ao jogo um carácter quase ritual, como se fosse uma prova de fogo anual que mede forças, fraquezas, ambições e estados de espírito logo no arranque da temporada.

Este Sporting-FC Porto não é um mero clássico de calendário. É um embate de estilos, de ambições e de mentalidades. Duas equipas que têm superado expectativas no brilhantismo com que os seus jogadores se têm apresentado dentro das quatro linhas. No lado verde e branco, uma equipa com um ataque fulgurante - doze golos marcados em três jogos - que se apoia no coletivo e num ambiente de estádio capaz de incendiar qualquer momento. Do lado azul e branco, uma formação que ainda não sofreu qualquer golo, sustentada numa estrutura defensiva de ferro, numa convicção inabalável e na capacidade de sufocar o adversário até este perder clareza no seu jogo.
Herdeiro de princípios de treinadores como Roberto De Zerbi, Farioli aposta numa ocupação racional dos espaços, numa construção pensada e numa pressão agressiva, mas coordenada. A sua maior virtude talvez resida na inteligência situacional: lê o jogo com clareza, ajustando blocos e posicionamentos em função do adversário e das exigências de cada momento. O FC Porto de Francesco Farioli representa um salto qualitativo em relação à equipa da época anterior, orientada por Anselmi. Hoje vemos um conjunto mais cerebral, mas também mais intenso, com processos claros e uma identidade bem definida. O 4-3-3 surge como sistema de referência, mas nunca de forma rígida: a estrutura é constantemente animada por rotações dinâmicas. O médio defensivo recua para auxiliar a saída de bola, enquanto os interiores alternam entre apoio e atração, assegurando uma circulação fluida e a exploração consciente dos espaços.
Farioli privilegia a construção desde trás, envolvendo centrais e guarda-redes, e não hesita em atrair a pressão adversária para depois explorar os espaços deixados livres mais à frente. Essa flexibilidade permite ao FC Porto jogar tanto em apoio curto, com paciência, como variar rapidamente para passes longos sempre que a pressão rival bloqueia a construção curta. No momento ofensivo, o treinador valoriza o envolvimento coletivo: normalmente, consegue colocar cinco jogadores no último terço, criando densidade suficiente para gerar desequilíbrios, seja por dentro ou pelas alas. Quando a pressão se torna sufocante, a equipa recorre ao passe longo estratégico, atraindo o adversário e libertando espaço para explorar nas costas da defesa.
Defensivamente, o Porto mostra-se camaleónico: pressiona alto quando sente que pode recuperar de imediato, mas sabe resguardar-se em bloco médio ou baixo, mantendo os sectores compactos. Na dinâmica ofensiva, os laterais surgem muitas vezes por dentro, oferecendo apoios interiores, enquanto os extremos dão largura e alongam o campo, abrindo corredores de progressão. Contudo, o Porto terá de lidar com uma ausência de peso: Pepê. Mas nem tudo são más notícias… Samu Aghehowa recuperou e está apto para jogar. Resta saber se a sua condição física permite recuperar o seu lugar no 11 dos Dragões. O jovem avançado internacional espanhol, de apenas 21 anos, afirma-se como um dos protagonistas da equipa: alto, rápido e forte, combina potência, mobilidade e técnica, sendo letal tanto no jogo aéreo como na finalização. Se não integrar o 11 inicial, a sua ausência altera a dinâmica ofensiva do Porto, uma vez que não há um substituto de perfil semelhante. No seu lugar, Luuk de Jong será a referência ofensiva. O neerlandês, de 34 anos, representa experiência e maturidade, trazendo uma longa carreira recheada de títulos. É um clássico target man: usa a altura e a força para dominar no ar e segurar a bola, permitindo que os colegas se juntem ao ataque. Não tem a velocidade de Samu, mas compensa com leitura de jogo, inteligência posicional e eficácia na finalização. Além disso, é um líder dentro de campo e uma referência para os mais jovens.
Do outro lado, Rui Borges chega ao clássico com um Sporting em afirmação. O novo treinador percebeu que os sistemas são apenas um ponto de partida e que o essencial está nas dinâmicas e na confiança dos jogadores. No Sporting, a equipa joga em 4-2-3-1, permitindo um equilíbrio entre construção e verticalidade. O futebol apresentado é de ataque forte, rápido e vertical, mas alicerçado no coletivo. Rui Borges não procura a perfeição posicional: procura criar superioridade em zonas-chave, seja através de ajustes no meio-campo, seja explorando a largura dos alas. O seu discurso simples, direto e objetivo tem passado confiança ao grupo, reforçando uma mentalidade competitiva que já se viu em jogos recentes. E este ano conta com uma profundidade que antes não tinha: no banco, jogadores como Quenda e Kochorashvili que podem acrescentar qualidade decisiva nos momentos certos.
O duelo promete ser decidido na capacidade de cada equipa impor a sua dinâmica: de um lado, o cariz ofensivo e vertical dos leões; do outro, a compostura tática e a solidez dos dragões. Quem conseguir romper o plano contrário, quebrar a confiança e ditar o ritmo, poderá não só conquistar três pontos, mas também condicionar a narrativa de toda a temporada.
O fator casa favorece o Sporting, que em Alvalade se agiganta perante os seus adeptos, sobretudo nos momentos de maior pressão. Mas o FC Porto tem a marca da persistência no seu ADN: não desiste, mesmo quando parece encostado às cordas. Essa mentalidade competitiva, tantas vezes decisiva em clássicos, não pode ser descartada.
Este sábado, não se joga apenas um clássico. Joga-se um teste de identidade, um confronto que pode anunciar o rumo de uma época inteira. Em campo estarão duas formas distintas de interpretar o jogo - ataque contra defesa, fogo contra aço. No fim, quem sair vencedor terá dado muito mais do que um passo na tabela: terá reclamado o estatuto de protagonista maior do futebol português neste início de temporada 2025/26."

Para sempre...

Valdano...

Um dos nossos...

Duas jornadas à porta fechada


"No Brasil, repetem-se as cenas terríveis nas bancadas dos estádios, de gritos homofóbicos e racistas a brigas entre adeptos, de cadeiras arremessadas para o relvado a adeptos com pistolas à cintura. Qualquer dia, as autoridades civis e desportivas decretam jogos, ou mesmo jornadas, à porta fechada.
Uma claque organizada, por exemplo, cantou em coro 'LGBT não pode bater penálti', para nítido constrangimento do cobrador em causa.
Adeptos junto à linha lateral chamaram um jogador de 'x-tudo', que significa, nos cardápios brasileiros, um hambúrguer com todos os ingredientes e, na gíria local, alguém gordo demais.
Ofensas raciais ou relacionadas à proveniência do jogador, seja de um bairro mais pobre da cidade ou de uma região mais vulnerável do país, são registados às centenas.
Os árbitros são chamados de pedófilos, de tarados, de pervertidos e de outros insultos irreproduzíveis.
A polícia já teve de intervir em 46 ocasiões, apenas em agosto, por ameaças de morte entre adeptos. Um, a jogar em casa, desfilou no setor dos visitantes com a arma à cintura. Outros, detonaram uma bomba que causou ferimentos ligeiros em espectadores. Uma mulher alcoolizada caiu da bancada, ferindo-se a ela e a mais adeptos. Apanha bolas e auxiliares são alvo constante do lançamento de líquidos. Um jogo foi até interrompido após um monte de ténis velhos ter sido atirado para o relvado.
Qualquer dia, como foi escrito no início do texto, as autoridades civis e desportivas decretam jogos, ou mesmo jornadas, à porta fechada.
Pois esse dia chegou: por decisão do tribunal de justiça, a federação decidiu fechar os portões em duas jornadas.
Os estádios do Brasileirão vão estar, então, vazios? Não, os casos acima não foram registados nos muito policiados jogos da Série A. Nem nos menos vigiados encontros das séries B, C, D ou dos estaduais disputados nos rincões mais recônditos do imenso Brasil.
O caso é, futebolisticamente falando, menos mediático — mas, socialmente falando, mais grave ainda: o campeonato punido com duas jornadas à porta fechada por gritos homofóbicos, racistas e preconceituosos, em cujos estádios circulam adeptos armados com pistolas e bombas a ameaçarem-se uns aos outros em bancadas de onde chovem objetos que atingem os jogadores e outros protagonistas é o Paulistão de… sub-12.
«Registámos episódios inaceitáveis de conduta de adultos nos jogos dos atletas das categorias mais jovens, em vez de respeito e alegria nas bancadas, vimos maus exemplos», disse Mauro Silva, campeão do mundo pelo Brasil em 1994 e espanhol pelo Deportivo em 2000, hoje vice da federação paulista, para justificar a suspensão."

Terceiro Anel: DRS #21 - IT'S CADILLAC TIME & NETHERLANDS GP!!