Últimas indefectivações

domingo, 15 de dezembro de 2019

Símbolos olímpicos e paralímpicos

"A 12 de Dezembro foi publicado, em Diário de República, o Decreto-Lei n.º 171/2019 que altera o «regime de protecção jurídica a que ficam sujeitos os símbolos olímpicos e paralímpicos e reforça os mecanismos de combate a qualquer forma de aproveitamento ilícito dos benefícios decorrentes do uso dos mesmos» instituído pelo Decreto Lei n.º 155/2012, de 18 de Julho.
Entendeu o legislador que o movimento paralímpico no nosso país foi-se consolidando ao longo dos anos, sendo que o Comité Paralímpico de Portugal deve ser a entidade com o direito exclusivo ao uso das propriedades paralímpicas e equiparadas.
O legislador entendeu ainda necessário actualizar as disposições do regime à luz do novo Código da Propriedade Industrial.
Estas alterações surgem em momento estratégico, antes do início do ano de 2020, ano em que se irão realizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Verão, em Tóquio. A protecção das respectivas propriedades, como são a Divisa, o Símbolo, o Emblema, a Bandeira e o Hino, assume assim uma especial importância, uma vez que nestas ocasiões existe uma tendência forte para as marcas lançarem campanhas comerciais em que se associam indevidamente aos Jogos, respectivos Comités e atletas participantes.
Assim, é reconhecido, entre outros, ao COP e ao CPP o direito exclusivo ao uso das propriedades referidas, independentemente de qualquer registo, bem como o direito de impedir terceiros, sem o seu consentimento de usar, no exercício de actividades económicas, qualquer sinal igual, ou semelhante, em produtos ou serviços, que possa causar um risco de confusão, ou associação, no espírito do consumidor, com as propriedades."

Marta Vieira da Cruz, in A Bola

PS: A Lagartada do COP, finalmente conseguiu a 'arma' legislativa, para proibir o Benfica de usar a 'marca':  Benfica Olímpico!!!

Vinte e Um: Sorteio da Liga Europa...

Seferovic 100

O Desporto no coração da civilização

"As artes são sempre um bom barómetro da importância de um fenómeno no coração da civilização. Assim sendo, o desporto pode ser considerado um meio de expressão artística.
Para além da inspiração, o desporto dá o gosto da força, mas não é uma força qualquer. É o da força cultivada, trabalhada, controlada e honestamente utilizada. O desporto não se reduz a uma só prática e não existe confinado em si próprio. Ele não é apenas um espectáculo submetido às leis de audiências e dos mercados. Pela força das coisas, ele constitui-se em sociedade, tem instituições e regras. Ele organiza-se. Ele estrutura-se. Os poderes são distribuídos. Constituem-se hierarquias. Ele molda e é moldado. Como todo o fato social, o desporto é uma perpétua criação dos homens e das mulheres que o praticam e organizam, e estes homens e mulheres são, por seu turno, transformados por esta mesma criação. O mundo do desporto, apesar das suas especificidades incontestáveis, não paira de forma angélica por cima da sociedade global. É atravessado pelos campos de força da sociedade económica e política onde ele se situa. Ele não é um enclave autónomo, uma prática independente. Ele está ligado aos problemas de educação e de política, aos “dramas” de amor e de dinheiro. Ele é um elemento activo no seio de uma civilização. Os encontros de alto nível provocam um grande entusiasmo colectivo.
As grandes competições (futebol, râguebi, etc.) provocam explosões de alegria colectiva. O espectador atinge muito depressa o máximo de intensidade de participação e de comunhão. As multidões (espectadores) não vibram somente porque são mobilizados factores identitários. É-lhes dado a ver o rendimento do corpo humano, as performances físicas e a vontade de querer vencer. Concordamos com Magnane, na sua “Sociologie du Sport” (1964), quando escreve: “a paixão do espectáculo desportivo, independentemente da dose de convenção e de improvisação, da simulação e da autenticidade que comporta, manifesta-se sempre pela necessidade de evidência, pela obsessão do visível” (p. 101). O carácter obsessivo da performance é para o atleta o prolongamento do seu próprio eu projectado no exterior."

Que infância tiveste, Chiquinho?


"«E jogar na rua nada tem a ver com freestyle. Não tem a ver com organização, mas com tudo o que tem faltado nos programas orientados. É a bola a bater no chão irregular desenhando diferentes ângulos, obrigando a uma adaptação técnica, a um ganho de agilidade. É o estimular da criatividade usando os obstáculos. É o saltar por cima de um muro e deslizar por baixo dum carro para recuperar a bola que se perdia. A velocidade a que tudo decorre quando enfrentas miúdos com mais três anos, e a forma como tens de te adaptar se pretendes continuar a ser escolhido. É a persistência que adquires enquanto na baliza esperas pela tua oportunidade. Nada é oferecido! É o levantar permanente da cabeça porque não há equipamentos ou coletes, e tu tens de ver tudo. É o driblar quatro amigos porque não conseguiste vislumbrar um colega. É o tempo totalmente gasto a jogar. É o saber onde a bola não pode entrar, porque naquele quintal o vizinho vai furá-la! A variedade de situações… de jogo! Deixem as crianças ser crianças. Deixem os miúdos driblarem, os defesas ter a bola no pé, não apressem o guarda redes nas reposições de bola e forcem apenas no sentido de os fazer perceber o jogo e não a posição.
“Joguei à bola todos os dias da minha vida desde os três anos” Messi.»
In “Construir uma equipa Campeão” por Pedro Bouças

Cada lance em que Chiquinho intervém remete-me para um texto que escrevi há já alguns anos – Ninguém incorpora tão bem a importância da habilidade motora quanto o médio encarnado. A forma como enquadra, como roda sobre si mesmo, como muda de direcção. A agilidade que tem, como essa habilidade lhe permite ligar o jogo a 360º por uma eficiência absolutamente invulgar na forma como usa o corpo, é algo de absolutamente invulgar de encontrar nos dias que correm.
Não sei a quantas árvores subiste ou quantos muros saltaste enquanto fugias do vizinho, Chiquinho, mas a noção que tens do teu próprio corpo remete-nos para os apaixonantes jogadores de outros tempos.
Sobre Chiquinho, que foi por cá referenciado bem antes do sucesso no Benfica (aqui) na Académica, e (aqui) no Moreirense, não sobram muitos adjectivos para lá da evidência que a sua entrada na equipa do Benfica, pela sua qualidade motora, técnica e de decisões elevou para um nível não antes visto a equipa de Bruno Lage.
Com Chiquinho, cresceu também e muito Pizzi, e tornou-se para o Benfica fácil construir e criar."

Fama...

Vlog: Bello no Fama...

Cada vez que Vinícius faz a pose magnânima, há um departamento de comunicação entre Alvalade e o Dragão que esbraceja

"Vlachodimos
Mais uma hora e meia a assistir a bom futebol sem pagar bilhete. Depois venham dizer que não há dinheiro para competirmos com os grandes da Europa.

Tomás Tavares
Não foi por acaso que o André Almeida decidiu actualizar o seu perfil de LinkedIn ontem à noite. Exibição plena. Descobriu que o seu melhor colega no flanco direito é o apanha-bolas. Não sei qual é a cláusula de rescisão, mas parece-me baixa.

Rúben Dias
Na verdade ele tinha dito que queria umas novas colunas bluetooth, mas uma colecção de avançados do Famalicão para destruir ao fim de meia-hora também é um bom presente de Natal.

Ferro
Vou recuperar uma frase histórica de Bruno de Carvalho: “É importante os adversários começarem a dar mais luta”.

Grimaldo
Os seus piques pelo corredor esquerdo são uma coisa linda de se ver. Está num dos melhores momentos desde que chegou a Portugal, e por isso mesmo vou pedir ao Insónias em Carvão que recrie o poster do Vertigo com a silhueta do Grimaldo a romper pela lateral.

Gabriel
Sabem quem é que não achou piada nenhuma à exibição do Gabriel? O Florentino.

Taarabt
Depois de lhe termos salvo a vida, chega a fase seguinte da nossa história de amor com Adel Taarabt: o medo de o perdermos. Talvez seja hora de repor o seu antigo salário e começar a negar bilhetes aos observadores de clubes europeus dispostos a contratar jogadores com mais de 25 anos.

Pizzi
Começa a ser cansativo escrever tanto elogio e já não sei bem o que dizer sobre as incríveis exibições do nosso Zidane. Por isso, prefiro que seja o segundo melhor jogador da liga a escrever por mim. 

Cervi
Não quero estar na pele da pessoa que, daqui a poucas semanas, terá de dizer a Franco Cervi que este vai regressar ao banco de suplentes. Será necessário muito sangue frio para resistir quando aqueles olhos de rafeiro argentino começarem a emudecer.

Chiquinho
Agora que recuperou totalmente da lesão e ultrapassou a pressão de ser o novo João Félix ou coisa que o valha, Chiquinho parece mais livre, muito mais ligado à qualidade que o rodeia, e muito mais leve quando carrega o piano. Acima de tudo, aquele bigode já não parece uma piada de mau gosto, mas antes uma demonstração de personalidade e confiança. Se mantiver este este nível, tem a minha autorização para entrar em campo com umas argolas nas orelhas e umas grelhas de ouro nos dentes. 

Vinicius
Decisivo mais uma vez. O proverbial golinho a cada 45 minutos alimenta os sonhos de benfiquistas em êxtase, mas põe comida na mesa de mais gente. De cada vez que Vinicius coloca um ponto final numa jogada nossa e faz a pose magnânima, há um departamento de comunicação algures entre Alvalade e o Dragão que desata a esbracejar para justificar a sua existência e o futebol sofrível da sua equipa. A arbitragem, a falta de competitividade dos adversários, o polvo, seja lá o que for que permita explicar de um modo conveniente a nossa superioridade. Tudo menos o futebol propriamente dito, essa modalidade detestável que fará de Vinicius o próximo ídolo dos benfiquistas e a próxima úlcera dos rivais.

Seferovic
Ninguém nega que o suíço precisa de minutos, mas o facto é que estas entradas de Seferovic a 25 minutos do fim são um tanto ou quanto anti-climácticas. Está uma pessoa feliz da vida na bancada a especular sobre se o resultado final será 7 ou 8 a zero e de repente damos por nós a pensar que se calhar saíamos já para evitar a confusão na linha azul. Desculpa, Haris. O problema não és tu, sou eu. E o Vinicius, vá.

Caio Lucas
Sim, e então?

Jota
Esteve pior do que Caio Lucas. Que pare e reflicta sobre as suas acções."

Cadomblé do Vata

"1. Assumindo desde já que sou facilmente impressionável e altamente mal educado, deixem que vos pergunte.. é impressão minha ou o Benfica está a jogar à bola p'a caralho?
2. Independentemente da qualidade do futebol do Benfica, este foi um jogo sobre o qual F. J. Marques vai facilmente levantar suspeições... não só goleamos o 3° classificado, como até o Caio marcou um golo... investigue-se.
3. O relvado é novo e escolhido a dedo, mas hoje perdi a conta ao número de escorregadelas dos jogadores de ambas as equipas... está visto que no Seixal, não só temos que apostar na formação de jogadores e treinadores, mas também de tratadores de relva.
4. Pizzi escolheu mal a época em que passou a marcar golos que nem um tresloucado... devia-o ter feito há 2 ou 3 anos atrás, quando era médio e podia entrar nos rankings europeus dos maiores centrocampistas goleadores.
5. Terminamos o ano civil de 2019 com 34 jogos no campeonato, 31 vitórias, 1 empate, 2 derrotas e 109/23 em golos... ficam aqui então, os meus mais sinceros desejos que estes números melhorem drasticamente em 2020."

Benfica After 90 - Famalicão

Curtas da nova dinâmica de um Super Benfica

"Um grande Benfica, uma vez mais, no regresso à Luz na Liga NÓS.
Curtas de uma dinâmica que se desenha:
- Laterais por dentro na zona de construção
- Interiores perto da linha defensiva adversária no espaço central lateral prontinho a atacar profundidade
- Alternância entre jogo interior e alteração de corredor com passe longo
- Busca de oportunidades para cruzamento rasteiro
- Afastamento do AV para zona do 2 poste quanto bola no CL
Chiquinho – Taarabt – Pizzi, e com Vinicius eficientemente e eficaz em zona de finalização elevaram o jogo encarnado para um nível que não havia experienciado ainda na temporada.
Nota para Tomás Tavares. Depois de adquirido o ritmo de um futebol de adultos, já demonstra o porquê de estar a este nível tão cedo. Inteligência e qualidade técnica notável!"

Um 4.0 na escala de Pizzi

"Driblou, criou e inventou na primeira parte para, na segunda, receber e finalizar. Pizzi marcou dois golos, fez uma assistência e foi do melhor que se viu no Benfica que ganhou (4-0) ao Famalicão e se mostrou cada vez assente nas dinâmicas geradas entre o capitão e Chiquinho, nas bolas filtradas por Gabriel e no jogo criado por Taarabt

Não lhe apanhei o nome, o cabelo era grisalho, a cara rugosa, o senhor acumulava idade e estava à porta do Estádio da Luz, eu em casa, ele de câmara e microfone apontados, a ser um de muitos alvos para auscultação pré-jogo, banalmente cheias, por hábito, de opiniões parciais e superficiais e que mal chegam a roçar a superfície de uma análise com pés e cabeça.
O senhor sapiente se desvendou, durante mais de cinco minutos, falando sem quebras à “Sport TV” e prolongando a sua sessão no interrogatório em série que costumam ser estas coisas, partindo do particular Benfica-Famalicão para o futebol no geral, ele são e razoável, a dizer que um jogo, seja onde for, depende da “vontade de uma equipa que quer ganhar, sem ter medo de perder”.
É mera ocupação de espaço escrever que a frase se aplica ao Benfica, é de elogiar que exista na mesma linha que o Famalicão, que em dezembro, com 14 jornadas várias feitas a liderar o campeonato, joga na Luz iluminado pela mesma atitude de querer ganhar jogando como sempre - construindo do guarda-redes, na relva, de forma apoiada e curta, com jogadores a atraírem contrários, a fixarem-nos e a soltarem a bola - em vez de tentar não perder e, se der, vencer.
Em 45 minutos houve, apenas, dois chutões para a frente, espasmos sem nexo durante uma parte em que o querer sair de trás com a bola, do Famalicão, funciona até metade do tempo, de tabela em tabela, respeitando apoios frontais, até Fábio Martins ou Rúben Lameiras receberem, terem o seu lateral a correr-lhes pelas costas e criarem espaço para decidirem.
O primeiro remate na baliza é de Pedro Gonçalves, recto e às mãos de Vlachodimos, aos 27 minutos, quando Carlos Vinícius ainda nem um toque dera na bola, desligado da equipa porque o Famalicão compactava as linhas, cerrava espaços ao centro e obrigava Taarabt a distribuir passes por fora.
Mas foi aí, mais ou menos, que, sem bola, Chiquinho atinou na marcação a Gustavo Assunção, tapando o primeiro médio adversário e deixando o Benfica assentar as referências de pressão na saída de bola do Famalicão. Aos poucos, forçou os destemidos visitantes a errarem atrás da linha do meio campo e acelerou o ritmo nos momentos pós-bolas recuperadas.
Chiquinho intensificou-se, desatou a atacar o espaço entre central e lateral esquerdo com diagonais, ora recebendo de Tomás Tavares ou Pizzi, ora desviando atenções para arranjar tempo ao capitão. O mais inspirado, moralizado e em forma criador de jogo da equipa, com as suas acções de poucos toques na bola, recepções orientadas, piques curtos e um-dois constantes, fizeram crescer o jogo atacante do Benfica.
Pizzi já tentara canalizar o seu Van Basten interior, numa bola longa rasgada por Taarabt, já fizera um slalom da esquerda para dentro e já batera contra Defendi, na área. Já tinha três remates com um quê de espetacularidade quando uma diagonal de Chiquinho foi respeitada e ele cruzou a bola, rasteira e tensa, para Vinícius encostar o 1-0 perto do segundo poste.
O golo tão perto do intervalo não levou o Famalicão a corrigir o desamparo no seu lado esquerdo. Fábio Martins continuou a chegar tarde, ou a nem chegar, ao apoio e compensação defensivas, Centelles manteve-se sozinho perante Pizzi, às vezes até sem um central ou médio perto, na cobertura, devido às diagonais de Chiquinho.
Não é que o íman gerador de desequilíbrios estivesse, constantemente, colado a esse lado. Quando a bola chegava à direita, já o Famalicão se partira e desorganizara, cada vez mais partido nos momentos em que tentava pressionar o Benfica a todo o campo. Gabriel era sempre a opção perto da bola que a filtrava para longe da pressão, deixando Taarabt ser o criador-mor nos últimos 40 metros - e, aos 30 anos, pós-travessia no deserto, ser um 8 que rouba, desarma e intercepta tanto quanto passa, finta e remata.
E, de principal desequilibrador na primeira, Pizzi tornou-se no finalizador da segunda, receptor do último passe para deixar alguém apto para finalizar. Ele dominado duas bolas com o pé direito e rematou-as com o esquerdo, na área, batendo o 2-0 e o 3-0 à força, mais eficaz do que genial, decisivo no jogo em que se insuflou de confiança e regressou às tentativas insistentes de tabelas bonitas, à entrada da área, quando o resultado estava feito.
O Famalicão não mais teve fluidez para sair de trás com futebol apoiado, perdeu muitas bolas e só em transições rápidas, nos últimos 10 minutos, levou jogadas até aos remates de Fábio Martins, já Racic recuara para trinco sem resolver o problema da falta de referências livres para construir jogo causado pelo Benfica, que ainda faria o 4-0 por Caio Lucas, a fechar um contra-ataque em que Pizzi o assistiu.
A fórmula que Bruno Lage experimentou para afastar as dúvidas do Benfica, aproximar os bons pés na mesma equipa e criar dinâmicas/movimentos para os fazer render, juntos, deu-lhe mais uma prova de que poderá mesmo ser a solução para o titubeante arranque de época que a equipa mostrou.
Se Pizzi servir de escala e se fixar a mira nos números, estará mesmo a resultar: vai com 18 golos esta época, 11 no campeonato."

SL Benfica 4-0 FC Famalicão: 11.ª vitória consecutiva para fechar o ano no topo da Liga

"À 14.ª jornada, o SL Benfica, líder do campeonato, tinha pela frente a equipa sensação desta primeira parte da época, o FC Famalicão. Os encarnados vinham embalados da vitória europeia a meio da semana e queriam manter o registo imaculado na Liga Portuguesa, bem como a liderança isolada. Já os famalicenses, que já não venciam há quatro jogos, queriam voltar aos bons resultados e vencer no Estádio da Luz – caso acontecesse seria algo histórico.
Passados 20 minutos da partida, tínhamos o Benfica a controlar o jogo e o Famalicão atrevido, tentando através de transições rápidas conseguir criar perigo. Estava um jogo interessante, mas os remates enquadrados com a baliza? Esses haviam poucos ou nem sequer víamos… Não havia muito jogo perto de ambas as balizas, sejamos sinceros.
Aos 26 minutos, houve talvez a melhor oportunidade desta primeira parte. Novamente uma boa jogada por parte de Fábio Martins, que encontrou Pedro Gonçalves em zona frontal para a baliza de Vlachodimos. O número 28 famalicense viu uma brecha na defensiva encarnada e rematou com força para uma bela intervenção do guarda-redes grego do Benfica. Ficava o aviso para os encarnados que pareciam que tinha adormecido na partida.
O aviso serviu para alguma coisa, pois ao minuto 30 apareceu Pizzi a fazer a delícia dos adeptos. Pegou na bola e foi por ali fora e passou por tudo o que era jogador do Famalicão. No frente a frente contra Rafael Defendi foi o brasileiro que levou a melhor e deixou as suas redes invioláveis. Ainda no mesmo minuto, houve cruzamento de Rúben Dias para Cervi rematar e só um desvio de um jogador do Famalicão travou o que podia ter sido o primeiro da partida. Estava vivo o jogo tanto para um lado como para o outro, afinal.
Ao minuto 36, depois de um cruzamento encarnado e de um corte famalicense, a bola sobrou para Tomás Tavares, que com um pequeno toque encontrou Pizzi. O 21 encarnado rematou, mas, de novo, Rafael Defendi novamente a estar ao melhor nível e a não permitir o golo encarado, que tardava a aparecer. 
Tantas vezes lá foi o Benfica e com perigo que tinha mesmo de aparecer… Aos 38 minutos, Primeiro, foi Tomás Tavares que descobriu nas costas da defesa Chiquinho. Depois o 19 do Benfica fez um cruzamento a rasgar a defesa do Famalicão – e que passe! – e apareceu Vinicius que só teve de encostar. Estava feito o primeiro na partida e era encarnado (1-0). Destaque para o ponta de lança brasileiro que já marca há quatro jogos consecutivos a marcar em jogos da Liga e é já o melhor marcador do campeonato (dez golos).
O intervalo chegou e as duas formações recolheram para os balneários com a vantagem mínima para os encarnados. Nesta primeira parte, tivemos duas caras encaradas: uma primeira onde remates não existiram (até aos 30 minutos) e depois 15 minutos à Benfica onde apareceu muitos remates e um golo. O Famalicão estava muito bem na partida, mas faltava algo no último terço do terreno. Uma primeira parte muito equilibrada e interessante como há muito não se via sem ser em clássicos e derbis.
Se na primeira se demorou 30 minutos para a máquina olear, na segunda parte foram precisos só três minutos. Aos 48 minutos, oportuno o lançamento rápido de Tomás Tavares a lançar Chiquinho. O 19 do Benfica cruzou a bola que acabou por ser cortada por um defesa do Famalicão e depois apareceu Pizzi, que de primeira só teve olhos para a baliza e para o golo. Era o 2-0 na partida e era a melhor entrada que podiam ter os encarnados e o contrário para o Famalicão. Com este golo o capitão encarnado igualou Vinicius nos melhores marcadores da Liga.
Aos 63 minutos, Chiquinho podia ter feito um lance simples, mas quis brilhar nesta partida novamente com um excelente passe para Pizzi. Depois, o capitão encarnado recebeu a bola, deu um pequeno toque para o lado e de pé esquerdo marcou o segundo golo da sua conta pessoal e o terceiro na partida (3-0). Acho que é importante salientar o passe delicioso de Chiquinho e depois a jogada individual de Pizzi que está ao nível do passe.
Depois do terceiro golo, as trocas encarnadas levaram a um desacelerar por parte da equipa e o Famalicão meteu “a carne toda no assador”, mas sem grande sucesso, porque não houve grande oportunidade perto da baliza de Vlachodimos. As duas equipas pareciam já pensar muito nos seus compromissos para a Taça de Portugal. Contudo, enquanto escrevia isto… houve ainda tempo para mais um golo para o Benfica.
Ao minuto 89, um passe da grande área do Benfica para o meio campo que chegou a Seferovic e depressa se tornou um bom lance de perigo. O suíço tocou rápido para Pizzi, que depois encontrou Caio Lucas. O número sete galgou vários metros no campo e só teve de trabalhar o seu drible, marcando o quarto na partida (4-0).
Mais uma goleada do SL Benfica para fechar o ano civil de 2019 na Liga Portuguesa e para fazer um grande registo de onze vitórias consecutivas na competição – igualando o registo do FK Shakhtar Donetsk esta época. Os encarnados somam mais três pontos e são líderes isolados com 39 pontos, com mais sete pontos do que FC Porto se bem que com mais um jogo. Já o FC Famalicão não vence há cinco jogos, tem três derrotas consecutivas e mantém o seu registo negativo para o campeonato. As emoções da Liga volta só em 2020 tanto para encarnados como para os famalicenses.

Onzes Iniciais e Substituições:
SL Benfica Odysseas Vlachodimos (GR), Grimaldo, Ferro, Rúben Dias, Tomás Tavares, Gabriel, Taarabt, Pizzi, Cervi (79′, Jota), Chiquinho (84′, Caio Lucas) e Carlos Vinicius (69′, Seferovic) FC 
Famalicão Rafael Defendi (GR), Riccieli, Roderick Miranda, Nehuen Perez, Alax Centelles, Uros Racic, Gustavo Assunção (64′, Guga), Pedro Gonçalves, Rúben Lameiras (76′, Nico Schiappacasse) e Toni Martinez (64′, Anderson)

A Figura
Chiquinho Peça fundamental neste resultado encarnado. Participou (duas vezes directamente e uma indirectamente) nos três golos que houve na partida e fez uma exibição monstruosa. Parecia que estava em todo o lado e aproveitou muito bem as bolas em profundidade que iam sendo feitas pelos seus companheiros. A demonstrar que merece as oportunidades que tem tido. Acabou por sair aos 84 minutos e foi mais uma chuva de palmas por parte dos adeptos para outro jogador do Benfica. (Não podemos esquecer Pizzi, que fez novo jogo monstruoso com dois golos).

O Fora de Jogo
Toni Martinez O único momento em que realmente se viu a sua presença em campo foi numa recepção orientada incrível, que não deu em nada, e um lance aos 57 minutos em que apareceu em profundidade, mas a partir daí… nada. Também fica difícil quando a bola não chega lá e, portanto, pouco se falou de si no jogo, acabando por ser substituído aos 64 minutos."

Chiquinho... Nunca é tarde para chegar ao êxito!

"Nunca é tarde para chegar ao topo!
Chiquinho é cada vez mais um pedra fulcral no Benfica... aliás, hoje, frente ao Famalicão foi essencial na vitória dos encarnados com passes açucarados para os golos de Vinicius e de Pizzi!
Mas, o médio ofensivo, além de ser sinónimo da melhoria e (até da definição) exibicional da sua equipa, é um verdadeiro exemplo para quem quer chegar ao topo!
Tendo feito, praticamente, todo a sua formação no Leixões, depois do Boavista o ter descoberto no Roriz, seria emprestado ao Gondomar para jogar no terceiro escalão do futebol português! Regressaria ao Mar, para, não terminar a sua primeira temporada na equipa de Matosinhos...como resultado das suas boas exibições, rumaria ao modesto Lokomotiva na Croácia, para não ser feliz!
Por isso voltaria, rumo à Académica, para brilhar! Em Coimbra seria o melhor jogador da Liga de Honra e, finalmente, fazer os clubes da Primeira Liga perceberem que ali "existia qualquer coisa"! Seria o Benfica a apresentar argumentos suficientes para o conquistar...depois de um percurso feito a pulso, a lutar por um "lugar ao Sol", um sonho bonito parecia estar a realizar-se!
Mas, não seria assim... Chiquinho na Luz nem aqueceria o lugar! Após o estágio do clube seria dispensado por Rui Vitória, e como resultado da recompra do médio defensivo Alfa Semedo ao Moreirensepelos encarnados, rumaria aos Cónegos!
Aí, "Chiquinho seria Chicão"... golos, dribles, velocidade, intensidade quer nas transições ofensivas, quer agressividade nas defensivas, foi das grandes surpresas da bela equipa delineada por Ivo Vieira! 
Voltaria a fazer desencadear o desejo encarnado...que depois de o ceder como "contrapeso", para o reaver teve de pagar 3,75 milhões de euros ao seu antigo clube, com um acréscimo de 750 mil euros se os homens da Luz alcançarem a Champions League.
Entraria pé ante pé...quando se estava a afirmar, lesionar-se-ia! Porém, depois deste périplo para chegar ao topo, não se poderia deixar abater!
Regressou e tornou-se em peça chave numa Águia que mudou de cara para deixar de ser tão previsível como era no início da temporada...e ninguém duvide que tal se deve ao talento do jovem que subiu a pulso até ter a oportunidade que sempre fez por merecer!"

A Economia do Golo, in Facebook

Benfiquismo (MCCCLXXVIII)

Frio!!!

Vermelhão: mais uma confirmação, da subida de forma...

Benfica 4 - 0 Famalicão


Mais uma goleada, num jogo que até começou 'perigoso', com o Famalicão a conseguir chegar à área do Benfica, em contra-ataque, mas também com 'posse de bola'... sendo que desta vez, o nosso golo demorou algum tempo a aparecer. Só ao minuto 38 a bola 'entrou'... na Luz, para o Campeonato, temos marcado mais 'cedo'! Mas apesar das aparentes 'facilidades' que o resultado transparece, o Famalicão era o 3.º classificado antes desta jornada, a forma como acabámos por gerir a vitória no 2.º tempo, pode dar a ideia que o adversário 'facilitou', mas foi o Benfica que 'facilitou' ao marcar e ao jogar bem... Ao contrário do que aconteceu na visita do Famalicão ao Dragay, hoje, não houve golos 'oferecidos'!!!
É impossível não destacar o Pizzigol!!! Dois golos e de facto está em grande forma... Mas o Chiquinho está em 3 golos, dois com assistência directa e no nosso 2.º golo, faz o cruzamento, provocando o 'corte/assistência' para o Pizzi!
Sem desmerecer o impacto que a dupla Chiquinho/Vinícius deu ao Benfica... de todas as variáveis, continuo a defender que dupla Gabriel/Taarabt foi o factor mais importante para a enorme melhoria exibicional nos últimos tempos!
O Fama, veio à Luz, com um esquema defensivo muito parecido, com os esquemas que várias equipas nos tentaram 'travar' no início da época (hoje, tentaram pressionar mais alto...), mas nessa altura só tínhamos um médio de 'construção' no meio-campo, agora basicamente com dois 'lançadores', as marcações não dão resultado... e com os 3 Centrais, que quase todos nos têm tentado 'travar', o espaço nas 'costas' dos Laterais aparece com alguma facilidade... e se antes a bola não chegava lá, agora chega!!!
Ainda temos a Taça de Portugal (a Taça da Liga, está fora do nosso controle...) antes do Natal, mas o Campeonato só vai regressar no próximo ano civil, em Guimarães, um jogo seguramente muito difícil (na mesma jornada vamos ter um Lagartos-Corruptos), mas neste momento, temos na pior da hipóteses 4 pontos de vantagem! Tudo isto, porque conseguimos num mau momento de forma, conquistar os três pontos, jornada após jornada... Não sei se vamos ter 'retoques' na janela de transferências de Janeiro, mas a equipa neste momento está sintonizada... Pessoalmente, acho que existem posições que necessitam de reforço. Em caso de lesões em alguns jogadores fundamentais, ficamos sem substitutos à altura... Com a Liga Europa em Fevereiro, a equipa merece a ambição da conquista 'total', em todas as competições, sem ter que abdicar de uma pela outra, mas para isso é preciso profundidade no plantel... em todas as posições!

Vitória em Angra...

Lusitânia 60 - 103 Benfica
17-25, 14-28, 13-21, 16-29

Temos feito alguma 'rotação': hoje, tanto o Coleman como o Betinho, tiveram poucos minutos; invertendo aquilo que tinha acontecido na última jornada! Desta vez foi o Murry que 'carregou' a equipa (com 9 Triplos!), ele que no último jogo, praticamente não tinha saído do banco!