Últimas indefectivações

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Fernando Gomes, do 'bibota' ao 'bipresidente'

"Rolando, com a ironia do costume, disse que «no ano passado foi extremamente difícil» bater o Benfica. Palavras de falso respeito


FERNANDO GOMES vai ser naturalmente eleito presidente da Federação Portuguesa de Futebol, cargo que passará a acumular com o de presidente da Liga de Clubes.

Boa sorte aos dois!

Está, por outro lado, resolvida aquela velha questão serôdia que vinha atormentando as consciências dos adeptos e dos desportistas: Quem é que fica com os árbitros, a Liga ou a FPF? A FPF ou a Liga?

Ficam as duas!

Entretanto, o FC Porto, que já teve um Fernando Gomes e bibota, tem agora um Fernando Gomes e bipresidente.

Um abraço aos quatro.



A conversa nos jornais na semana que antecedeu a última jornada da Liga teve um teor diferente do habitual. Mais do que bélica nas palavras, a semana foi antes de cariz alimentar e na vertente das refeições ligeiras.

Por exemplo, nas vésperas de receber o Sporting de Braga, o seu rival histórico, os dirigentes do Vitória de Guimarães fizeram saber através da comunicação social que António Salvador e demais companhia não iriam ter «direito a lanche».

Já na véspera do jogo em Aveiro com o Feirense, o treinador do FC Porto despediu-se dos jogadores com um simbólico «vemo-nos ao pequeno-almoço», visto que perante a pouca consistência do adversário os jogadores foram dispensados do habitual estágio que precede os jogos entre profissionais.

Lanches e pequenos-almoços, pequenos-almoços e lanches, mas onde é que isto vai parar?



NA semana passada, Luís Duque disse que o valor de Elias, o médio brasileiro, é muito superior aos 8,850 milhões de euros que o Sporting pagou ao Atlético de Madrid pelo seu concurso.

Esta semana o Sporting comunicou à CMVM que vendeu por 3,850 milhões de euros cinquenta por cento do passe de Elias à sociedade Quality Football Ireland.

Portanto isto quer dizer que o Sporting ainda fez um negócio muito melhor do que aquele sugerido por Luís Duque visto que, afinal, só comprou Elias ao Atlético de Madrid por 7,700 milhões de euros.

Na próxima semana, quando os dirigentes do Atlético de Madrid perceberem como venderam ao engano Elias ao Sporting vão ficar danados.




ÀS vezes custa entender como é que as pessoas experimentadas e sábias, pessoas para quem o futebol não tem segredos, se arriscam a falar antes do tempo sem se pôr a coberto de virem a ser objecto de chacota dos adversários sempre impiedosos quando se deparam com oportunidades para tal.

Refiro-me a profissionais do ofício, está claro, que têm a obrigação de não se porem a jeito para anedotas.

Eduardo Barroso, por exemplo, está desculpado e deve ser poupado porque não é um profissional da bola. É um cirurgião de top, internacionalmente respeitado.

E quando disse em Zurique, antes do jogo do seu clube para a Liga Europa, que estava tranquilo porque nenhum árbitro estrangeiro se iria lembrar de marcar livre indirecto contra o Sporting caso Rui Patrício agarrasse a bola com as mãos, Eduardo Barroso limitou-se a manifestar a sua fé nas razões que lhe assistem e não tem culpa nenhuma que Rui Patrício resolvesse desmenti-lo tão flagrantemente logo a seguir.

Mas José Mourinho é um profissional, é um treinador respeitado. E não deixa de ser incrível como é que o treinador do Real Madrid, de tão feliz que ficou com os empates do Barcelona frente à Real Sociedad e ao AC Milan, resolveu dar por garantida a vitória no terreno do Levante, afirmando na conferência de imprensa que antecedeu o jogo que «o objectivo do Real é manter-se na Primeira Divisão» e que isso só se consegue depois de ter «mais de 40 pontos».

Quis Mourinho gracejar com o potencial do Barcelona, que muitos consideram superior ao do Real, enveredando por uma piada de falsa humildade, de quem tem a certeza absoluta de que os acontecimentos não o vão amachucar dali a pouco.

E foi precisamente o que aconteceu. O Real Madrid perdeu o seu jogo com o Levante e, pior ainda, o Barcelona despachou com uma goleada de 8-0 a sua vítima seguinte na Liga espanhola. E por toda esta semana, em Espanha, Mourinho está a ter de suportar as contras-piadas sobre os 3 pontos perdidos no Levante e que tornam mais distantes os 40 pontos almejados para garantir a tal prioridade da manutenção.

Fraca graça, sem dúvida. E fraca graça também porque humilha os mais fracos, os adversários que lutam pela sobrevivência na Liga espanhola e com quem o Real Madrid vai ter de jogar ao longo da temporada.

Mais lhe valia, a José Mourinho mestre indisputado dos mind games, ter-se precavido contra um deslize na casa do Levante - e deslizes são coisas que acontecem a todos, mesmo aos maiores - e optado por não picar o Barça à custa de terceiros que, felizmente, têm sempre uma palavra a dizer.

Transpondo tudo isto para o futebol português em semana que antecede mais um clássico eléctrico entre o FC Porto e o Benfica, é caso para festejarmos o bom senso, a parcimónia, a fleuma com que os treinadores dos dois clubes têm projectado o jogo.

Jorge Jesus, muito distante daquele discurso ultra optimista da época passada que tão maus resultados deu, tem sido um diplomata de alto coturno a antever o jogo. As suas palavras são de respeito pelo adversário, sem bazófias tolas.

Vítor Pereira, por seu lado, deu um festival de civilização no final do jogo com o Feirense... quando muitos queriam ouvir protestar contra a expulsão de James, como se fizesse parte de uma conspiração pré-estabelecida para afastar o jovem talento colombiano do jogo, Vítor Pereira limitou-se a proferir sábias palavras como estas: «O resultado premeia um Feirense abnegado e penaliza um FC Porto que não esteve ao seu nível.»

Está visto que pela parte dos dois treinadores em contenda na próxima sexta-feira não há a menor vontade de transformar o ambiente do clássico numa caldeira a ferver.

Já Rolando, defesa central do FC Porto, enveredou por um discurso mais à Mourinho, no sentido em que ironizou sobre as fraquezas do adversário na última visita ao Dragão para o campeonato, dando-lhe méritos que, obviamente, não evidenciou.

Rolando, com a ironia do costume, disse no princípio da semana que «no ano passado foi extremamente difícil» bater o Benfica quando, na verdade, o resultado foi um concludente 5-0 a favor do FC Porto que não teve a menor dificuldade em construir uma goleada histórica e profundamente humilhante para os visitantes de Lisboa.

Na sexta-feira, lá pelas onze da noite, se saberá se Rolando faz bem ou se faz mal ao humilhar o adversário com palavras de falso respeito. Porque no futebol dos discursos trauliteiros, quem tem razão é sempre quem ganha. É triste mais é assim mesmo.

Por isso fazem bem Jorge Jesus e Vítor Pereira em desalinhar destas graçolas.

O grande futebol dispensa os palhacinhos da ocasião.



COM Fernando Gomes na presidência da Federação Portuguesa de Futebol, será que a sede desta instituição se vai mudar também para a cidade do Porto? Ou será que vem a sede da Liga para Lisboa? A ver vamos..."


Leonor Pinhão, in A Bola

Capitão para sempre

"Se em Setembro de 2003, após um jogo a contar para a Taça UEFA, disputado na Bélgica diante do modesto La Louviere, dissessem a Luisão (recém-chegado à Luz) que iria tornar-se um símbolo do Benfica, decerto nem ele próprio acreditaria.


A partida correu-lhe francamente mal, e levantou por aí bastantes dúvidas sobre as suas reais capacidades de um jogador até então quase desconhecido, e com uma fisionomia aparentemente pouco propícia a um bom trato com a bola. Recordo, a propósito, um artigo de uma revista da altura (que lamento não ter recortado e guardado), onde inclusivamente se punha em causa a competência do Departamento de Prospecção do Benfica por ter indicado um futebolista como Luisão - tido precipitadamente, após dois jogos, como um gigantesco flop.


Não foi preciso esperar muito tempo para se perceber quão absurdas eram essas dúvidas, e quão humilhante era o tal artigo para o seu autor. Com alguns jogos de integração, o central brasileiro não tardou a evidenciar a sua enorme qualidade, fixou-se como esteio da linha defensiva da equipa, e afirmou-se como uma figura de relevo, não só dentro do campo (pela voz de comando que rapidamente soube impor), como também fora dele (demonstrando, a cada intervenção, inteligência, maturidade, liderança e profissionalismo acima da média). Hoje é, incontestavelmente, o Capitão do Benfica, e o estrangeiro (se é que o podemos tratar como tal) com mais jogos realizados pelo nosso Clube.




Luisão fica!


Com o passar dos anos, e à medida que crescia a sua importância dentro da equipa, e do Clube, muitas vezes se falou de uma possível saída. Ao contrário da ideia que alguns pretenderam fazer passar, nunca ouvimos Luisão dizer, frontal e publicamente, que queria sair do Benfica. Ouvimos rumores, boatos, declarações de empresários, e, quando muito, uma posição de abertura do jogador a eventuais propostas profissionais que satisfazessem todas as partes. Resistindo às ondas de especulação que, ano após ano, eram lançadas sobre si, sempre foi ficando, até chegar a um ponto em que qualquer venda tornar-se-ia necessariamente num péssimo negócio, pois a idade começava incontornavelmente a condicionar o valor de mercado, subtraindo-o face ao peso desportivo, e paradesportivo, que o atleta tinha, tem, e ainda terá, no seio da equipa 'encarnada'. Na passada semana Luisão renovou o contrato até aos 35 anos, tudo se conjugando agora para que termine a sua carreira de 'águia ao peito', cumprindo um destino que deixa toda a Família Benfiquista bastante feliz.


Mais do que um grande jogador (internacional inúmeras vezes pela poderosíssima selecção brasileira), mais do que a referência de balneário (precioso na integração de novos recrutas, sobretudo num plantel de cariz predominantemente sul-americano), Luisão é também, como comecei por dizer, um símbolo do Clube. Chegou cá alguns dias antes de dois acontecimentos que transfiguraram a história recente do Benfica. Falo da inauguração do novo Estádio da Luz, e da chegada de Luís Filipe Vieira à cadeira da presidência. Poucos meses depois, o Clube acordaria de um longo jejum de títulos, vencendo a Taça de Portugal frente ao FC Porto, e de permeio assistimos à trágica morte de Miklos Fehér em pleno relvado, que, através da dor e por via das lágrimas, teve também o condão de unir a nossa Família. Passados esses quatro momentos, nada foi como antes, e o Benfica pôde enfim resgatar o orgulho que anos menos felizes quase tinham hipotecado. Vimos então o nosso Clube tornar-se uma entidade novamente temida pelos rivais, e respeitada no País e fora dele. Vimos então um grande Benfica a renascer, com realizações desportivas, infraestruturais e institucionais de monta.




O símbolo


Luisão é, dentro da campo, o símbolo desse novo tempo. É o rosto de um Benfica moderno, revitalizado, pujante e ganhador. Com Luisão no centro da sua defesa, o Benfica conquistou dois Campeonatos, uma Taça, uma Supertaça, três Taças da Liga, chegou aos quartos-de-final da Champions, e às meias-finais da Liga Europa (em muitos dos casos com participação directa do central, especialistas, como sabemos, em golos decisivos). Com os jogos realizados, com os títulos alcançados, Luisão é já um património da nossa história.


Em termos marcados pela enorme volatilidade dos mercados de transferências, 13 anos ao serviço do mesmo clube é algo muito pouco comum. Nessa medida, Luisão não é um simples jogador de Futebol. É - como na minha infância eram Bento, Humberto, Chalana ou Nené - um jogador do Benfica."




Luís Fialho, in O Benfica

Vai decidir-se... convicção

"Eis a chave do FC Porto-Benfica. Não só amanhã...; bem mais importante, nas sequelas para o futuro...


EMPATE do FC Porto frente ao Feirense provocou alguma importante mudança na perspectiva sobre o FC Porto-Benfica de amanhã? Sim. Embora quase só num aspecto: a maior pressão mudou de lado. Claro que tudo é muito relativo quando o campeonato vai apenas na 6.ª jornada... Ainda assim...

Se, à partida para este despique de máxima rivalidade, se mantivesse a anterior diferença de 2 pontos, a pressão psicológica estaria, todinha, sobre o Benfica: alto risco de sair do Dragão com atraso de 5 pontos; ou seja, muito provável ressurgimento daquilo que o foi moendo, moendo, até à exaustão de forças, na época passada: ter que correr atrás do prejuízo, face a adversário embaladíssimo... também na supermotivação.

Desta derrapagem portista poderá ter resultado (a ver vamos) como primeira consequência: afectar a confiança de quem era isolado líder; sobretudo por ter ocorrido imediatamente antes de tão especial confronto... Também por isso,, mas não só, de certeza provocou a tal mudança de máxima pressão: até empate amanhã será sentido como forte rombo pelo FC Porto. Para o Benfica, vencer será óptimo, empatar será bom, e, lá está a grande diferença, a possibilidade de derrota deixou de lhe ser assustadora... Para o FC Porto, não ganhar irá de mau a péssimo.

Confiança, convicção - eis as chaves deste despique. Não só amanhã...; creio que bem mais importante, nas sequelas para o futuro...


NÃO só pelo empate, o jogo com o Feirense criou dose de dúvidas, para não dizer que ressuscitou algumas desconfianças, nas hostes portistas, pelo menos entre os adeptos. Mais ou menos em surdina, foi posta em causa a gestão feita pelo treinador para este jogo e ao longo dele. Porquê, numa estrutura defensiva já sem Álvaro Pereira, apostou na estreia de Mangala, em detrimento de Otamendi, ou Maicon? Mais importante: porquê decidiu mexer tanto na linha média (não só os jogadores, também nas funções destes)? Decidiu que era o adversário indicado para o fazer. Mas porquê, ao substituir Kléber, nunca tirou do banco Walter, o único puro ponta-de-lança alternativo? Parece pertinente concluir-se que uma de duas: ou Walter está mesmo a mais no plantel, ou Vítor Pereira decidiu exprimentar outro processo atacante, sem alguém com clara presença na grande área. Sim, o FC Porto construiu oportunidades para ganhar (e também poderia ter perdido...). Mas experiências a meio de jogo com 0-0, e, depois, com este a manter-se...

Ou como, subitamente, ressurge a questão de fundo: pelo segundo ano consecutivo, a escolha do treinador portista fez franzir sobrolhos... André Vilas Boas impôs-se num ápice; Vítor Pereira não tem tido condições para o fazer. Porquê? Simples: há enorme diferença entre iniciar a época com conquista da Supertaça Cândido de Oliveira frente ao Benfica, exuberantemente e detonando o que se seguiu no Dragão e na Luz (lá está, confiança, convicção, ou perda delas...), ou perante o insípido V. Guimarães... Vítor Pereira fez subir a sua cotação quando o FC Porto conseguiu algum bloqueamento do Barcelona, evitando ser esmagado. No entanto, tem subsistido outra diferença: o FC Porto de André Vilas Boas de imediato se tornou cilindro dos adversários; o de Vítor Pereira não tanto assim, embora líder nacional e entrando bem na Champions. Gritante; ai as saudades da superclasse de Falcao... que já brilha em Madrid. Vítor Pereira bem frisara a importância de só vitórias somar até ao jogo com o Benfica. Mas eis o tropeção face ao Feirense, no neutro relvado de Aveiro. Na pior altura? A resposta (estando ausente o talento de James) virá amanhã.


PARA o Benfica de Jorge Jesus, outro tipo de teste, porque em 3.ª época... - tendo quase extremado pólos nas duas anteriores... Por agora, Benfica a lembrar o que arrancou a fundo para ser campeão. Amanhã dirá se atinge, ou falha, esse nível."


Santos Neves, in A Bola

A cor

"Na Champions, vi o Real Madrid de vermelho! Este ano, o Benfica mistura o preto com um dourado meio-envergonhado! O Manchester United veio cá de azul-escuro! O Benfica já trajou de rosa ou café com leite, o Porto de orangina ou azul-bebé e o Sporting até de amarelo fluorescente tipo GNR na estrada! As selecções dos países são tutti-frutti, independentemente da história e da bandeira. E os árbitros equipam-se como se fossem uma passerelle de cores.
Confesso que já nem sei o que pensar. Claro que gosto da cor e das cores. Frias e quentes. Agressivas e suaves. Fortes e pálidas. Presentes e fugidias. Mas, no futebol, tanta variação faz-me confusão. É a cor do dinheiro a esmagar cada vez mais o valor da cor.
Começa até a haver dificuldade na inovação, embora ainda haja na paleta cores como o anil, o ocre, o rosa-velho, o brique (antes modestamente cor de tijolo), a cor de sépia do saudosismo fotográfico, ou até essa cor quase sempre sem cor que é a cor de champanhe.
Claro que para mim, há, acima de todas, o inigualável encarnado, eufemismo no Estado Novo para que os benfiquistas não fossem todos chamados de comunistas e que hoje serve para distinguir o encarnado em Lisboa do vermelho alhures.
Mas não ficam por aqui as cores desportivas: o azul do correio do Conselho de Disciplina. O recibo verde para certos quadros. O cartão amarelo e o vermelho. O ramo verde em que certos jogadores põem o pé. Ou ainda o saco azul, o amarelo de certos sorrisos e o branqueamento de actos bem negros. Só ainda não há o livro amarelo para as reclamações depois dos jogos, mesmo quando se fica de todas as cores. Como a cor de burro quando foge..."

Bagão Félix, in A Bola

Golito

"Nunca pensei fazer um texto sobre Nolito. Tem nome de palhaço e de início pareceu-me muito trapalhão. Enfiava os olhos no chão, não olhava para ninguém, enredava-se no meio de dois ou três adversários e perdia a bola. O problema é que, hoje, continua a meter-se no meio dos adversários – mas às vezes não perde a bola, passa por três ou por quatro, insiste, remata e marca!
Nolito foi a grande figura do Benfica nos últimos jogos, por boas e más razões. No jogo contra o Manchester teve a vitória nos pés nos instantes finais, após uma das suas jogadas trapalhonas em que desorientou toda a defesa – e depois não fez o que parecia mais fácil, a dois ou três metros da baliza. Foi um falhanço que fez chorar a Luz.
No último domingo foi outra vez a figura do jogo – mas pelas razões opostas: marcou dois golos, um deles após um slalom “impossível” no meio de três adversários.
É certo que Nolito não tem o remate de Cardozo, nem a clarividência de Aimar, nem a técnica de Gaitán – mas tem uma característica que falta em alto grau à equipa do Benfica: tem a noção de que os jogos se ganham marcando golos. Numa equipa que gosta muito de passes e notas artísticas, Nolito tem sempre a baliza nos olhos.
Nos antípodas deste espanhol concretizador está Saviola. Enquanto Nolito inventa golos impossíveis, Saviola falha golos incríveis, erra passes sucessivos, perde todas as disputas no “um contra um”. Compreendo que Jesus o defenda. É um coelho atómico. Mas neste momento talvez seja melhor para ele não jogar do que falhar lances em série."


As ideologias do clássico

"Na próxima sexta-feira, vai estar no eixo Madrid-Londres o maior factor de desequilíbrio do clássico FC Porto-Benfica da época passada. Em Londres, estará o mentor desse desequilíbrio (André Villas-Boas) e em Madrid o seu autor material (Falcão). Por muito que se esforce a cartilha oficiosa cumprida pelos carteiros do costume, de que o mérito do retumbante sucesso do FC Porto na época passada e da quase escandalosa diferença que conseguiu estabelecer para o Benfica é tanto de Villas-Boas como do seu adjunto, a verdade é que o atual treinador do Chelsea distingue-se tanto do seu sucessor como o fiambre do queijo.
É verdade que, juntos – o fiambre e o queijo – resultam bem, mas porque a diferença dos elementos permite uma boa combinação, como aconteceu com a anterior equipa técnica do FC Porto. A simples alegação de que o FC Porto da época passada teria uma desconhecida ascendência de Vítor Pereira sobre o chefe de equipa é quase tão estapafúrdia como se nos tentassem, agora, convencer que o atual treinador do FC Porto estaria dependente do que lhe fosse repetidamente segredado por Rui Quinta, seu auxiliar.
Ponto final: o estrondoso domínio do FC Porto, na época passada tem uma marca inconfundível: chama-se André Villas-Boas e a sua saída para Londres, permitirá, ao Benfica, na próxima sexta-feira equilibrar melhor o jogo e, porventura, o resultado.
Além do mais, o que se começa a verificar é que as diferenças entre Vítor Pereira e André Villas Boas são tantas que o atual treinador do FC Porto parece aproximar-se muito mais da ideologia do espectáculo de Jorge Jesus do que da apologia do controlo que é apanágio do treinador do Chelsea.
E, como se sabe, esta ideologia do espectáculo tem um valor que, por vezes, se desliga da necessidade de obter resultados. O Benfica de Jorge Jesus, na época passada, morreu com esta ideologia e esta época o FC Porto de Vítor Pereira já, por diversas vezes, deu sinais de que a invencibilidade alcançada na última temporada, pode acabar a qualquer momento.
Curiosamente, é esta ideologia que aproxima mais o FC Porto de Vítor Pereira do Benfica de Jorge Jesus, dos primeiros dois anos, enquanto o treinador do Benfica esforça-se por compreender melhor o que falhou na última temporada, para obter uma equipa mais equilibrada, menos dependente dos espasmos do seu ataque e, hélas, mais rendida à necessidade de substituir a vertigem pelo controlo."


Dos zeros ao pleno

"O imprevisto empate do FC Porto frente ao Feirense, ainda mais surpreendente porque os campeões vinham dando excelentes sinais de assimilação das particularidades de Vítor Pereira, pode ter aberto portas a um clássico que ajude a resgatar de vez a ideia de que o futebol em Portugal não precisa de ser sempre uma fórmula ou uma batalha, também pode afirmar-se como espetáculo.
Se a vantagem pontual dos nortenhos ainda se mantivesse, poderia o Benfica reclamar que a exibição necessitava de subordinação ao resultado, uma vez que era fundamental não deixar estender a vantagem do líder. Assim, uma derrota no embate do Dragão não ganha a chancela de irreversível, não justifica ainda o carimbo de irremediável. O que é um bom motivo para que ambas as equipas, precisamente aquelas – com o devido respeito pelo Braga, em mudança, e sobretudo pelo Sporting, em reconstrução – que melhor futebol praticam, possam finalmente pôr em campo os trunfos de que dispõem, de uma forma que não se fique pela vergonha, pelo taticismo, pela obsessão de manietar os ases do adversário, pelo calculismo dos pontos ou dos troféus. É, porventura, uma ocasião única para deixar saltar os artistas, para dar poder aos operários, para que a criatividade e o sacrifício, o talento e o suor nos reconciliem de vez com o que resta de pureza e beleza no futebol, tão cheio de podridão, de mascaradas, de “habilidades” e chico-espertos.
Adivinho que haja muitos que, aqui chegados, já se cansaram do romantismo e da utopia que há neste desejo, pouco condizente com a época, com os orçamentos, com as mentalidades. Lamento, mas não chega para me fazer mudar de ideias – eu sou daqueles que sonham com a possibilidade de, quando os hunos se calarem e os domínios passarem de mão, voltar a ver FC Porto e Benfica a disputar jogos amigáveis e a manterem relações cordiais, ao ponto de cada encontro entre as duas equipas ser (de momento, tendo em conta as dificuldades do Sporting) o expoente que se pode oferecer ao consumidor nacional, em vez de ser gerador de tensões irracionais, de comportamentos bélicos, de flashes de vergonha para quem tem que explicar a um filho o que o apaixona e o arrebata no futebol.
Um primeiro passo cumprir-se-á se dirigentes e jogadores (mas estes, reconheçam-se, raramente são culpados) mantiverem o silêncio ou o bom senso. Se o árbitro não for imediato motivo de desconfiança. Se os técnicos evitarem a arrogância e o baixo nível. Depois, só falta que na sexta-feira Hulk e Gaitán, Defour e Witsel, João Moutinho e Aimar, Kléber e Saviola, Rolando e Luisão, Helton e Artur façam mais do melhor que sabem e podem. Se o futebol ganhar, num jogo destes, quase apetece dizer que não há quem perca."


Futebol Corrupto do Porco

Futebol Corrupto do Porco, mais conhecido como FC Porco e conhecido pelos Lisboetas como 'Os tripeiros' (ou 'Os andrades') é um clube de futebol português. Eles jogam no Estádio do Cabrão. Eles detêm o record de equipa com mais títulos (63) em Portugal, estando actualmente à frente do Benfica. No que diz respeito a títulos internacionais é a mesma coisa, tendo o Porco ganho mais Taças UEFA, Ligas dos Campeões e Campeões de Mundial de Clubes do que todas as outras equipas portuguesas juntas. O seu 'Führer' (presidente) actual é o Bimbo da Bosta, possivelmente o melhor líder desde que Salazar teve uma ditadura sobre o Benfica, e o seu treinador actual é Vítor Pereira, embora isso não tenha importântica como em outros clubes, já que todos os treinadores do FC Porco são marionetas de Bimbo da Bosta.


HISTÓRIA

O Porco foi um dos três grandes que comprou tanto a Liga de Clubes e as três outras equipas a ganhar um título antes de 1928 (Carcavelinhos, Marítimo e o Olhanense). A Liga consentiu que todos os títulos antes desta data não iriam contar mais, com o Porco a conquistar 4. Quando o Belenenses apareceu, os "três grandes" decidiram acabar com o mesmo, mas, infelizmente para eles, o actual presidente da FPF acontece que também é o presidente do Belenenses, portanto eles estavam lixados com o plano "ganhar todos os títulos entre nós os três". Com isso, os três tornaram-se inimigos mortais, o qual ainda são até este dia.

O Porco tirou uma "folga" durante os anos 60 e 70, período em que o Benfica dominou, mas voltou com sede de vingança nos anos 80. Apoiados pelo dinheiro, eles subornaram o seu caminho à conquista de muitos títulos nos 20 anos seguintes, culminando com o suborno à UEFA para jogarem com o AS Monaco (quem?) na final da Liga dos Campeões de 2004.

Os adeptos do Porco (tripeiros, andrades, porcos, etc...) acreditam que o Porco faz parte dos "três grandes", mas de facto é um pequeno clube de bairro com muito dinheiro da máfia, amigos árbitros, assassinos contratados e membros corruptos da FPF. Adicionem também algumas putas, café e muita fruta, para ajudar com os subornos.


ESTÁDIO DO CABRÃO

O Porco, devido ao seu recente sucesso, adquiriu a capacidade em Portugal de vender jogadores de outras equipas que tenham sido dispensados pelas mesmas. Um bom exemplo disto é Pepe, um jogador defensivo medíocre que não conseguia ser chamado para a selecção Brasileira, no qual o Porco conseguiu um negócio de €30.000.000 de euros com o Real Madrid. Outro jogador foi o Anderson, no qual o Porco conseguiu amealhar €17.000.000 do Manchester Utd apesar do mesmo ter partido uma perna e várias presenças em tribunal por ter violado a lei mundial de o quanto um mau penteado pode ser.

Devido a esta capacidade, jogadores como Ricardo 'Cigano' Quaresma podem estar ligados a certos negócios que ocorrem com o Bimbo da Bosta que gastou toda a sua mesada. Numa recente controvérsia, a brasileira Tatiana, que é a jogadora chave da equipa e muito conhecida pelas suas técnicas sexuais de oral, disse que quer ir para um clube maior. A Juventus pode estar na corrida para a sua aquisição mas é pouco provável que Bimbo da Bosta a largue assim tão facilmente.


ALGUNS DA EQUIPA ACTUAL DO PORCO

Helton - Um guitarrista de reagge e cantor conhecido por defender bolas com a sua guitarra acústica... infelizmente a sua guitarra foi destruída quando o Hulk a pisou e agora o Helton tem que usar as suas mãos para defender certos tiros à baliza, algo que ele não se sente muito à vontade para fazer.

Fucile - Foi comprado num velho mercado de armas Uruguaio por cerca de $0.7 dólares! Toda a gente pensou que não conseguia dar um tiro sequer até que um dos seus tiros atingiu o avançado Benfiquista, Oscar Cardozo, no olho causando-lhe uma cegueira temporária pela qual não conseguia marcar nenhum golo! Presentemente sofre o síndrome das "Pessoas Gordas (merda)".

Sapunaru - Bisneto do Conde Drácula que gosta de morder nos árbitros em caso de não cooperarem.

Otamendi - Um argentino criado na "máquina criadora de jogadores sul-americanos" do Porco, e nada o pode parar de arrancar partes dos corpos dos jogadores do Benfica.

Alvaro Pereira - Este Uruguaio, nascido na Colombia, criado na Venezuela e importado de uma companhia de escravos Brasileiros é rápido, o qual não é nenhuma surpresa já que ele passou a sua infância a escapar de contranbandistas argentinos nos desertos do México.

João Moutinho - Este jogador Português de 12,7 centímetros é da família do próprio Judas. Ninguém o consegue ver no campo porque a bola é demasiado grande e este traidor tira partido disso.

Belluschi - Este espetacular aquecedor de bancos de suplentes argentino é óptimo para qualquer banco, de bancos portugueses a bancos ingleses, é só escolherem, e ele até aquece durante um breve período de tempo só para voltar às sua actividades normais como aquecedor de bancos.

Guarin - Bimbo da Bosta achou este jovem num campo de cocaína na Colombia. Responsável por obter as drogas para os arbitros viciados!

Rolando - O resultado de um processo de mistura de ADN do Burro Alves e Pedro Emanuel. Ele herdou o aspecto do Burro mas dá menos porrada e parte muito menos pernas. Mesmo assim ele ganha ao Burro por pontapés nos tomates.

Cristian Rodriguez - Um agente ex-KGB que desertou do regime comunista para o estado capitalista de Bimbo da Bosta para trabalhar para a CIA. À medida que ele conhece os segredos do país vermelho Bimbo da Bosta pode tirar vantagem disso e lançar um ataque nuclear que pode destruir (o que resta, pelo menos) o Benfica.

Hulk - O trabalho mais genial de Bimbo da Bosta era aplicar um tratamento de raios gama num jovem rapaz brasileiro chamado Givanildo que se tornou no monstro verde. O único efeito secundário desta experiência é que agora as balizas terão que ser substituídas todos os dias depois do treino... e também porque Mariano recusa-se a ir aos treinos ou jogar porque ele tem medo do monstro verde.


DINHEIRO

A quantia exacta de dinheiro que o Porco tem é desconhecida, devido à teimosia de Bimbo da Bosta em encontrar-se com a Liga e exigências da polícia para mostar os livros de contas, mas é estimado que tenha a mesma quantia que o Sporting, Benfica, Braga, Marítimo, Académica, Guimarães e Belenenses juntos (embora os últimos três também não tenham muito dinheiro).

Estes números só batem certo se alguém pensar no Porco como uma propriedade de Bimbo da Bosta, o que por acaso até é. É um facto bem conhecido que Bimbo da Bosta aceitou a responsabilidade de pôr todo o dinheiro de transferências no seu cofre nas Ilhas Cayman.

Devido às vendas de Anderson e Pepe, o Porco usou €50 milhões para erger uma barricada à volta da cidade do Porco, impedindo qualquer jogador de sair de lá. Diz-se que adeptos do Benfica e Sporting estão satisfeitos com a situação, já que a equipa do Porco já só tem permissão de jogar jogos em casa.


APITO DOURADO

O Porco foi o principal arguido do caso Apito Dourado. Este foi um caso famoso erguido para perseguir a corrupção no futebol. No fim de tudo, Bimbo da Bosta comprou a sua absolvição, como de costume e segundo a tradição.


CURIOSIDADES

É dito que a letras FCP resultam das expressões mais usadas na cidade do Porco: Filha-da-puta, Carago e Puta-que-o-pariu. Podem também ainda significar Fruta Corrupção e Putedo. Isto constitui 55% do vocabulário dos residentes da cidade. Grande parte dos residentes desta zona do país ainda têm a fobia de que existem mouros em Lisboa, o que faz com que os que estudam o assunto especulem de que eles possam ter vindo de um lugar constantemente sob ameaça de terroristas islâmicos.

Para se pronunciar Porco tem que se fazer de conta de que se está a comer algo ainda vivo. Dentro do estádio, uma pessoa pode sentir que irá haver algum tipo de canibalismo, quando adeptos das bancadas se levantam e gritam uns aos outros. Desde meados dos anos 80 é do conhecimento público de que o Porco controla os árbitros. Bimbo da Bosta foi de facto, durante largos anos, presidente da comissão da liga. O escândalo mais recente foram as escutas interceptadas pela polícia, que o mostram a falar com árbitros e a dar conhecimento de todos os esquemas. Ele foi acusado e levado à justiça, mas é incrível como ele não foi preso ou o porco despromovido para outra divisão, como a Juventus. Foi um escândalo tão grande que alguém meteu as escutas no youtube para que toda a gente possa ouvir o quanto corrupto é.