Últimas indefectivações

domingo, 2 de novembro de 2025

Vermelhão: Conquista...

Guimarães 0 - 3 Benfica


Vitória clara, facilitada com a expulsão do adversário, como é óbvio, mas nunca fomos inferiores, mesmo com 11 contra 11, o 0-1 sabia a pouco, tal as oportunidades desperdiçadas, principalmente no início da 2.ª parte!

O 1.º tempo, foi morno, a bola andou muito longe da baliza, sem grande perigo, na 2.ª parte foi tudo nosso! As entradas do Barreiro e do Andreas foram muito importantes, talvez os melhores minutos da época do Schjelderup!

Esta 'nova' defesa, com o Tomás e o Aurnses, acaba por dar ao Benfica, mais qualidade na 1.ª fase de construção, e mesmo na pressão média, o Aursnes, acaba por 'saltar' muitas vezes para a linha do meio-campo, ajudando muito a equipa.

O Enzo foi eleito o MVP, mas pessoalmente não houve grandes exibições individuais, e as métricas até dão ao Schjelderup o 'título' de MVP só com 45 minutos!

O Guimarães ainda não tinha perdido em casa, apesar do plantel estar claramente mais fraco, e o Benfica chegou a esta partida, com pouquissimo tempo de preparação, nas vésperas de mais um jogo decisivo da Champions, tudo isto junto podia ser um mau presságio, mas correu tudo bem...

A arbitragem vai dar polémica, porque os avençados já começaram a fazer o seu trabalho no pós-jogo! A começar pelo idiota útil do treinador do Vitória!


O lance do Sudakov é no limite, já perdemos jogos e competições com expulsões em entradas parecidas, mas ultimamente ninguém tem levado Vermelho nestas situações, só se a pisadela for exclusivamente no tornozelo, ou provocar um entorse é que os Vermelhos, normalmente são mostrados!
Na expulsão, a decisão é indiscutível, patada com os pitõns acertando no joelho do Barreiro, nem sei qual é a dúvida!


Agora, no resto do jogo, critério torto até ao 0-2, a partir desse momento, apitou de forma igual para as duas equipas! Algo que curiosamente, costuma acontecer muitas vezes nos nossos jogos!


Uma nota especial para os senhores que fazem os resumos das partidas para a Vsports, o canal oficial da Liga no YouTube: como é que é possível, num jogo que até teve poucas oportunidades, não colocar o remate do Sudakov na 1.ª parte, e a cabeçada do Ríos ainda com 0-0 no resumo desta partida?! Quem não viu o jogo, e vai ver o vídeo de 5 minutos, fica com uma ideia completamente deturpada da partida... Será intencional?! Ou será mais um funcionário Dragarto?!


Agora, descansar e preparar com cabeça e muito coração o jogo de Quarta-feira, com o Leverkusen! Será uma finalísssima... contra uma equipa competente, com armas que não estamos habituados a jogar contra, como a força, velocidade e intensidade, mas ao nosso alcance. Eles também mudaram muitos jogadores, também já despediram o treinador... Será necessário, uma Luz Europeia, sem hesitações no apoio, independentemente do quadradinho onde cada um de nós vai preencher no próximo Sábado!!!

Vitória sobre o Vitória


Guimarães 76 - 87 Benfica
27-18, 12-22, 21-23, 16-24

Vitória mais apertada, com 3/24 nos Triplos! Ganhámos o jogo nos Ressaltos e nos Lances Livres!!!

Muito bem...

Sanjoanense 2 - 5 Benfica

A Sanjoanense tem sido a grande surpresa da época, com vários resultados positivos contra os tradicionais candidatos ao título, portanto esta vitória, principalmente pela forma clara como foi conquistada na 2.ª parte, é uma excelente indicação... e com o Viti a assumir protagonismo!

Rapidez!

Benfica 3 - 0 Clube K
25-13, 25-19, 25-8

Treino pouco puxado... amanhã temos derby!

Feito

St. Andrews 1 - 6 Benfica

Último jogo desta fase, com mais uma vitória larga, contra um adversário com muitos brasileiros...

Cegueira selectiva!

O homem do título!

Eleições à porta: um mau momento para lançar jovens


"«É possível que me apaixone por um jogador que não está na equipa B nem nos sub-23 que possa dar o salto direto. Os treinadores são todos diferentes relativamente à forma como avaliamos o potencial»
José Mourinho, treinador do Benfica, na conferência de imprensa de sexta-feira

Há um momento certo para um treinador de futebol apostar em jovens? Não exatamente. Mas há momentos errados.
Pode ser tentador, por exemplo, fazê-lo quando os resultados não estão a aparecer — uma forma de dar uma injeção de energia à equipa, de pôr em causa comportamentos de veteranos; e às vezes resulta, mas é profundamente injusto para quem é lançado nessas circunstâncias.
A probabilidade de as coisas correrem bem é menor do que quando a equipa está num bom momento, e muitos miúdos ficam com o destino traçado porque não aproveitaram essa primeira oportunidade, como se a responsabilidade fosse deles.
Mas ao ouvir ontem Mourinho, em conferência de imprensa, apercebi-me de outro momento pouco indicado para lançar jovens: em cima dumas eleições disputadas.
O treinador do Benfica anda a ver treinos dos juniores e dos juvenis, mas não esperem que agarre num miúdo de 16 ou 17 anos e o ponha a jogar em Guimarães, ou com o Leverkusen.
Vamos supor que o faria com um lateral-esquerdo. Por muito bom que fosse, por muito bem que respondesse, a conversa cairia inevitavelmente no facto de ter passado esse miúdo à frente de Rafael Obrador, contratado no último verão por 5 milhões de euros. Seria quase uma tomada de posição em relação à política desportiva das águias que poderia influenciar as eleições."

Borges confia em muitos mais que Mourinho


"A diferença na gestão das duas equipas portuguesas que participam na Champions; leão planeou melhor a época isso vai gerar frutos; diferenças começam a ficar à vista

Quanto valem 90 minutos de descanso? A época ainda não chegou a metade e por esse motivo talvez ainda não sejam visíveis os sinais de desgaste acumulado, mas mais lá para a frente os muitos detalhes podem pesar. Analisando a gestão nas duas equipas portuguesas que participam na Champions vemos que Rui Borges pôs em campo uma equipa nova diante do Alverca na Taça da Liga, voltou à fórmula inicial diante do mesmo adversário, em jogo do campeonato, e saiu de ambos os encontros com a certeza de que tem opções sólidas, em qualidade e quantidade, antes de uma deslocação difícil a Turim. O contrário do que se verificou com o Benfica, pois José Mourinho mais uma vez deu mostras de que não confia em mais do que 14 ou 15 jogadores, obrigando o mesmo núcleo duro a uma rodagem permanente. Ganhou ao Tondela com um onze não muito diferente daquele que defrontará o Vitória, em Guimarães, e que forçosamente que irá receber o Leverkusen para a Champions, encontro no qual está proibido de perder pontos se quiser manter esperanças na qualificação para o play-off.
Uma época desportiva mede-se na soma de muitas decisões e momentos, mas também de contexto. E foi esse enquadramento positivo que permitiu ao bicampeão enviar às feras vários miúdos da formação e produzirem resultados, como aconteceu na goleada a meio da semana frente aos ribatejanos, algo que não se vê na Luz, onde o treinador parece andar à procura de um tesouro escondido nas profundezas do Seixal que possa trazer algo de novo à equipa e representar, mais que esperança, um abanão. Não há oura forma de dizê-lo: quando um treinador busca tanto nos escalões mais abaixo é porque falta algo no topo, o que expõe debilidades no desenho do plantel. É, também, uma mensagem que passa. Para dentro e para fora.
Se houvesse lógica no futebol, os leões podiam começar a distanciar-se das águias porque há um trabalho de continuidade de treinador (já se pode dizer de uma vez por todas que se nota a impressão digital de Rui Borges), rotatividade quando necessária, boas doses de criatividade (Pedro Gonçalves, Trincão), extremos que desequilibram à vez (Catamo, Quenda), opções válidas no banco e na formação e pontas de lança que marcam alternadamente. Nos encarnados, isto surge em doses muito mas reduzidas, está tudo muito mais espremido, mais forçado e menos fluido. E com um Mundial de Clubes nas pernas no acumulado. Mais cedo ou mais tarde haverá uma fatura para pagar."

Um problema de linhas (imaginárias)


"Há uma razão pela qual são os arquitectos a desenhar casas, os veterinários a tratar de animais, e os pilotos a pilotar aviões. Faz portanto todo o sentido escolher árbitros para aplicar geometria descritiva em frames obtidos por câmeras de segurança montadas em postes de iluminação.

Estamos em 2025, dizem-me. No filme Regresso ao Futuro 2, os protagonistas iam até 2015, onde havia carros voadores, casacos que se secavam sozinhos, tratamentos de rejuvenescimento rápido onde retirávamos a pele velha como se fosse uma máscara, máquinas de venda ambulante com comida criada no momento, atacadores que se apertavam sozinhos, skates voadores, enfim… toda uma miríade de invenções tecnológicas que até ver, ainda não tivemos acesso. Contudo, as mentes mais brilhantes do nosso século já conseguiram criar bonecas sexuais com inteligência artificial que também preparam e servem bebidas, por isso menos mal.
No que a futebol diz respeito, a tecnologia viria supostamente ajudar a tornar as decisões menos subjectivas. Com a prática, talvez até mais rápidas. Conceptualmente, a intenção era boa. O problema está na implementação.
Vou tentar fazer uma comparação, sigam se conseguirem a linha de raciocínio. Em 2012 fui convidado a falar numa conferência onde 3-4 médicos de uma instituição norte-americana estavam excitadíssimos para falar do uso de câmeras termográficas para detectar lesões crónicas. Na altura, a termografia era um tema "sexy" em conferências deste género, e a apresentação tinha atraído um número impressionante de profissionais e cientistas interessados em ouvir mais sobre isto. E de facto parecia que se tinha encontrado finalmente uma ferramenta extraordinária no diagnóstico médico, com potencial para outras aplicações que ainda ninguém tinha equacionado. O entusiasmo era palpável, e houve várias perguntas da audiência que parecia igualmente curiosa e interessada neste tema. Eis que lá no fundo, um senhor em idade de reforma, pede o microfone para fazer uma pergunta:
"Como é que vocês incorporaram o índice de luz reflectida pelas estruturas circundantes e pelos próprios pacientes na vossa análise estatística?". Perante o silêncio dos médicos, o senhor continuou: "Como calibraram o equipamento? Fizeram-no antes de cada aplicação? E que equipamento usaram para detectar a humidade relativa? Era um equipamento validado cientificamente? E como incoroporaram esse valor nos vossos cálculos? Estabeleceram areas under the curve para determinados píxeis? Que critérios usaram para excluir outliers, e para determinar número de píxeis necessários em áreas afectadas com a condição médica que procuravam? Como determinaram padrões termográficos de normalidade para as lesões? As margem de erro são coerentes?"
Os médicos, que vinham de uma instituição bastante prestigiada, olharam uns para os outros, esboçaram uma resposta, para ficaram depois em silêncio com uma expressão infeliz. O que raio falava estava o velho a falar?! O que ele disse interessa alguma coisa para o que estamos aqui a discutir?!!
O senhor em causa era o "pai" da termografia aplicada ao diagnóstico terapêutico. Tinha escrito duas "bíblias" na matéria. Os médicos estavam claramente a nadar fora de pé.
O problema era evidente: tinham em seu poder uma ferramenta incrível, com resultados que todos queriam ver, mas a excitação de demonstrar o que conseguiam fazer com esta tecnologia levou a que a sua implementação dosse defeituosa. Muito também por culpa dos intervenientes no processo, que por perceberem parte da equação (medicina), excluíram do processo outras valências que são essenciais na averiguação do problema. A metodologia usada até chegar a estes resultados foi imprecisa e, consequentemente, as conclusões apresentadas não tinham validade científica. Algo que, por analogia, se pode aplicar ao protocolo para apurar o fora-de-jogo no futebol moderno.
As câmeras usadas para apurar o fora-de-jogo têm, por norma, 30 fps. Ou seja, temos frames a cada 33.33 milésimos de segundo. Diz-me o Google que a média de velocidade da bola num passe é 100 km/h (aparentemente, o remate mais rápido de sempre registou uma velocidade de 211 km/h). Ou seja, num passe feito a 100 km/h, a bola avança 92.6 cm a cada 33.33 milésimos de segundo. Por outras palavras, a bola pode avançar quase 1 metro entre 2 frames. Diz igualmente o Google que a velocidade média de um jogador de futebol é 17 km/h. Ou seja, fazendo os mesmos cálculos, um jogador em velocidade média (e já nem estou a considerar um jogador em sprint) pode avançar 15.74 cm entre 2 frames. O que quer isto dizer na prática?
Quer isto dizer que é cientificamente impossível determinar, em bola corrida, um fora-de-jogo de 3 cm. Imaginem então um fora-de-jogo de 1 cm! Mesmo com a colocação certa de linhas, com o melhor ângulo, e com os melhores profissionais atrás dos ecrãs, simplesmente não há tecnologia que consiga determinar com este grau de exactidão o fora-de-jogo.
O Wenger sugeriu que se mudasse a regra, e que enquanto houver partes do corpo do atacante sobrepostas à do defesa, a jogada deve prosseguir. Em boa verdade, iremos continuar a ter o mesmo problema, e estaremos a olhar novamente para os centímetros,
A não ser que resolvam colocar microchips na bola e nas chuteiras dos jogadores, e alterem as regras do fora-de-jogo para só contar a posição dos pés, não antevejo que este problema se resolva nos próximos tempos. Até lá, deixem de atirar areia para os olhos dos adeptos. O sistema actual é falível, e portanto o mais correcto é perceberem que têm de aceitar uma margem de erro para o fora-de-jogo (os ingleses deixam o lance prosseguir se as linhas do atacante e do defensor se tocarem, por exemplo).
Sempre fui defensor do VAR, mas começa a tornar-se muito complicado defender a paragem de uma partida por vários minutos para brindarem os adeptos do futebol com más decisões. Isto sim, é matar o jogo."

Ganhar em Guimarães



"O destaque nesta edição da BNews é o embate com o Vitória SC às 20h30.

1. Ambição
José Mourinho sublinha: "Temos de ir lá com enorme ambição, mas completamente enquadrados naquilo que vai ser o jogo e completamente cientes das dificuldades que vamos encontrar. Benfica é Benfica, e joga para ganhar o Campeonato, joga para ganhar todos os jogos do Campeonato."

2. Bastidores
Veja imagens exclusivas da chegada da comitiva benfiquista ao hotel no Norte de Portugal.

3. Marca redonda
Otamendi chegou aos 250 jogos de águia ao peito em competições oficiais.

4. Ligação à Formação
José Mourinho acompanha com atenção o trabalho das equipas de formação do Benfica.

5. O sonho do Gabriel
Uma iniciativa conjunta do Futebol Profissional e da Fundação Benfica.

6. Últimos resultados
A equipa B ganhou ao Paços de Ferreira por 2-1. No futsal, ao vencer o Riga por 1-6, o Benfica garantiu o apuramento para os oitavos de final da UEFA Futsal Champions League.

7. Outros jogos do dia
Os Juniores recebem o Académico de Viseu às 15h00. Às 16h00, deslocação a Guimarães em basquetebol. Às 17h00, receção ao Clube K em voleibol. À mesma hora joga a equipa feminina de futsal no pavilhão do Santa Luzia. A equipa feminina de andebol visita o Juve Lis (17h15). A partida da última jornada da Ronda Principal da UEFA futsal Champions League, em Malta com o Luxol St. Andrews, começa às 18h00. O embate no rinque da Sanjoanense em hóquei em patins é às 19h00.

8. Chamadas internacionais
O Benfica, com 9 jogadores, é o clube mais representado na convocatória para o Mundial Sub-17 de futebol.
São sete os andebolistas e duas as basquetebolistas do Benfica convocados por várias seleções nacionais. 

9. Entrevistas
No site oficial poderá ver e ler as entrevistas à futebolista Caroline Møller, a Ana Catarina, guarda-redes de futsal recentemente distinguida pela revista Forbes Portugal, e a Guilherme Adão, capitão de equipa bicampeão nacional de paintball.

10. Visita especial
A equipa técnica de futsal do Benfica visitou as instalações, em Malta, do Mediterranean College of Sport, parceiro estratégico do Clube.

11. História
Veja a rubrica habitual das manhãs de quinta-feira da BTV.

12. Casa Benfica Lagos
Conheça esta embaixada do benfiquismo através da lente da BTV."

Terceiro Anel: Diário...

Observador: E o Campeão é... - Quando há Pote, o leão nunca passa fome

Terceiro Anel: React - Mourinho...

SportTV: Primeira Mão - 💥 Palmeiras vence a LDU rumo à final! Surpresas na formação dos 3 grandes

DAZN: Europa - Fejsa sobre Ruben Amorim, Mourinho, e a dificuldade de jogar no Benfica

Abel, o verdadeiro Jesus


"Jorge Jesus, Abel Ferreira e Artur Jorge são muito mais que três sobreviventes no cemitério de treinadores que é o Brasil. São três vencedores da Libertadores. Mas cada um com marca única...

Há um denominador comum: são portugueses. Talvez encontremos ainda outro: têm espírito de conquista, de aventura e de vitória. Dito isto, são bem diferentes, mas igualmente credores de loas e de homenagens, porque triunfaram num dos cenários futebolísticos mais complicados do planeta, para um treinador de futebol: o Brasil. o ao pé da boca, o Brasil, estando longo do estigma de “cemitério de treinadores”, e, porém, um desafio constante aos técnicos, cujas folhas de serviços, passados alguns anos, têm de ver linhas aumentadas, tantas e, por vezes, tão breves são as estadias em cada clubes, em cada projeto.
Se há algo que, pela positiva, deve distinguir um dirigente ligado ao futebol de alto rendimento, é o absoluto respeito pelo fator tempo. O quinhentista espanhol Pedro Calderon de la Barca já o escrevia: «O tempo é aquele que, embora mudamente surdo, sem dizer nada… diz tudo!». E o tempo, sendo porventura o fator mais determinante para o sucesso de um projeto técnico no comando de uma equipa de futebol, é talvez o menos respeitado e observado pelos dirigentes de topo.
Avancemos para os treinadores portugueses de verdadeiro sucesso em terra de Vera Cruz: no Flamengo, Jorge Jesus. Uma velha raposa do treino, com sucesso em Portugal, acarinhado por milhares e odiado por outros tantos, por via das vitórias, claro, mas também por uma postura muito sui generis, privilegiando o diálogo mais básico e, talvez, mais direto e eficaz com os seus grupos de trabalho, e uma concepção de futebol muito prático, direto, organicamente voltado para o objetivo final: ganhar.
Pois foi assim que Jesus se tornou Rei num dos mais difíceis cenários brasileiros, o do Flamengo, gigante nacional e de galões no estrangeiro. Ganhou tudo o que havia para ganhar, incluindo o épico triunfo na Libertadores, em Lima, com direito a algo que Jesus sempre soube cultivar muito e bem: o soundbite. Depois dele, seria difícil (talvez impossível…), alguém português levar de novo o nome do país às páginas de história da mais importante competição continental sul-americana para clubes.
Entenda-se o desabafo de Jesus como geracional. Porque dois outros nomes deram sequência ao fantástico legado deixado pelo antigo técnico de Benfica e Sporting no Mengão. Abel Ferreira havia chegado há pouco e começava uma maravilhosa história no Palmeiras, bem distinto, na sua génese e agregação ao clube, de Artur Jorge, que entretanto, qual meteoro, chegava, via e vencia no Botafogo.
Aliás, o homem de Braga que aterrou no Rio de Janeiro e depressa conquistou o Fogão foi o quem mais próximo esteve da emergência de vitoria dos clubes brasileiros e da vulcânica mas quase episódica carreira num emblema do país. A sua saída, aliás, nunca foi bem digerida por responsáveis e adeptos do Botafogo. A bem dizer, com razão: mal explicada, mal despedida, mal resolvida, a coberto dos milhões de petrodólares que, certamente enriquecendo a conta bancária ao ponto de não necessitar, sequer, de treinar mais um dia que fosse, mancharam incontornavelmente a imagem de absoluto sucesso que Artur Jorge havia construído, um ápice, no Rio de Janeiro.
Resta Abel. Mais um Ferreira, dos muitos milhares que, com o mesmo apelido, e ao longo de séculos, atravessaram o Atlântico para se agregarem a novos costumes, a outro ritmo de vida e a uma concepção muito própria de emigração. Emigrante de luxo, Abel, que havia tentado episodicamente o PAOK, enfrentava de peito feito o desafio de fazer regressar o Verdão aos caminhos do sucesso interno. Mas a verdadeira ambição pairava no ar e radicava na realização dos sonhos continentais, com a (re)conquista da Copa Libertadores.
O que o duriense foi conseguindo, ao longo de cinco anos de consulado técnico na Sociedade Esportiva Palmeiras, é notável e quase inigualável, ao ponto de, pela generalidade da crítica brasileira, ser já considerado o melhor treinador da história do clube. Aos 46 anos, tem elementos, na sua personalidade, que não são apenas distintivos. São altamente reconhecidos e valorizados.
A humildade, essa ideia tão abstrata quanto comprovável por reações simples e transversais, seja pela paciência enorme com a acirrada media brasileira, seja pelo contacto direto, aberto, frontal e sincero com os adeptos que o aguardam à saída do Centro Capitão Adalberto Mendes, a Academia do clube. O foco, sempre presente na comunicação interna e externa, no modo muito particular de defender o grupo mas, também, de o confrontar perante as derrotas e as dificuldades de cada momento, na certeza de que, com a clareza do processo comunicativo, seriam ganhos trunfos essenciais para o prosseguimento do projeto.
A crença, que, no caso prático de Abel, nada tem de estranho ou sobrenatural, antes radica no processo, na sua orientação, na estratégia e nos meios, sabendo muito bem que, desta maneira e em absoluto respeito pelos seus métodos, estaria (e estará!) cada vez mais próximo de continuar a atingir patamares competitivos de excelência e, consequentemente, de sucesso.
Tão diferentes no método, na digestão das vitórias e na relação com o sucesso.
Tão iguais na vontade e na capacidade de mostrar que, afinal, os treinadores portugueses no Brasil podem, sobretudo, calar a boca a muitos e abri-la de espanto a tantos outros…

Cartão amarelo
Tem apenas 17 anos e, em si, todos os sonhos do mundo. Madalena Costa, madeirense e patinadora de excelência, sagrou-se campeã do Mundo. Mas não de juniores. É campeã do Mundo de seniores, mostrando destreza, fidelidade à sua paixão de sempre e qualidades de topo, fazendo dela um exemplo de dedicação à modalidade. Se o Hóquei em Patins, durante muitos anos, foi a vertente maior da patinagem, Portugal tem agora um extraordinário motivo de orgulho nesta estudante da Madeira. Ela, sim, campeã do Mundo.

Cartão Vermelho
É verdade que o rapaz não tem culpa de ser filho de quem é. E até pode vir a ser um bom jogador de futebol. Mas o desnecessário interesse mediático em torno de Cristiano Júnior já aborrece. Foi convocado para os sub-15, e parece que não havia mais ninguém nessa seleção a jogar e a marcar golos. Agora, com os sub-16, a mesmo coisa. É mau para as Seleções Nacionais, e muito mau para um jovem que, a vir a ser um bom futebolista, terá de o justificar por si, e com o tempo que, agora, muitos teimam em não lhe conceder."

Mbappé, Ronaldo, Di Stéfano e Eusébio


"Esta sexta feira, Kylian Mbappé recebeu, no camarote de honra do Santiago Bernabéu, a sua primeira Bota de Ouro, acompanharam-no todos os seus colegas de equipa numa cerimónia com discursos do presidente Florentino Pérez, de Juan Ignacio Gallardo, diretor de MARCA e vice-presidente da ESM (European Sports Media), a entidade que institui o prémio, e palavras finais de agradecimento do próprio Mbappé. Tudo muito formal, pouco a ver com o ato sério e ao mesmo tempo descontraído e divertido que, há 14 anos, A BOLA organizou em Madrid para entregar a Cristiano Ronaldo, então jogador do Real, a segunda Bota de Ouro da sua carreira.
Foi algo histórico que na mesma mesa principal se tenham sentado Cristiano, Eusébio e Alfredo Di Stéfano numa das pontas estava Vitor Serpa, então diretor do nosso jornal, e na outra eu, para, modestamente, procurar conduzir a sessão, olhando para os três e procurando imaginar como teria sido o futebol com eles pertencendo à mesma geração e jogando na mesma equipa.
A nota alegre foi dada por Eusébio ao contar como na final europeia de Amesterdão viu realizado o seu sonho de ter a camisola do Di Stéfano. «Na equipa o único que falava espanhol era o Coluna e foi ele que, antes de o jogo começar, foi ter com ele para o tentar convencer. Quando terminou o desafio fui a correr ao seu encontro e, com toda a modéstia, pedi-lhe: 'D. Alfredo, por favor, gostava muito de ter a sua camisola, tirou-a, deu-ma, agradeci-lhe e escondia-a nas cuecas, sabia que, depois de termos ganho, ia haver invasão do campo com o perigo de, no meio da confusão, alguém me a roubar. Eu quase não sabia o que era a Taça dos Campeões Europeus, não lhe dava grande importância, o que eu de verdade queria era ter a camisola do Di Stéfano, esse era o meu grande troféu».
O público, que enchia a sala, delirou e aplaudiu a mais não poder a simples e despretensiosa forma como Eusébio contou a sua história que era a da grande admiração de um jovem pelo seu grande ídolo. Com o tempo ambos se tornaram bons amigos, admiravam-se um ao outro e suspeito que esse dia de novembro de 2011 foi o último em que estiveram juntos. A Eusébio não voltei a vê-lo antes de nos deixar pouco mais de dois anos depois, Di Stéfano durou seis meses mais, dias antes de partir, abriu-me as portas da sua casa para conceder para o nosso jornal a sua última entrevista, uma honra tão grande como triste, pois teria preferido mil vezes que os dois amigos ainda estivessem entre nós para continuarem a contar-nos as suas deliciosas histórias. Mas a vida, quando decide aplicar a sua lei, é implacável e não perdoa."

Um título vale mais que mil imagens


"O portuguesão, forma informal como a Liga Portugal é tratada na comunicação social do Brasil, é acompanhado de longe pela maioria dos brasileiros — pelo menos por aqueles que não pertencem à bolha dos jornalistas desportivos nem fazem parte daquela pequena tribo apaixonada por todo o futebol internacional.
Logo, nas ruas do Brasil nem sempre se sabe quem foi o campeão português, o vice, etc. Mas muita gente tomou conhecimento do extraordinário Benfica, 4-Barcelona, 5, de janeiro deste ano, ou dos 4-1 do Sporting ao Manchester City, de dois meses antes. Assim como o FC Porto supera os rivais no imaginário dos brasileiros por causa do título da Liga dos Campeões, em 2004, entre outros troféus internacionais conquistados já neste século.
Essa conquista, porém, é, sejamos realistas, uma miragem hoje para qualquer clube português ou outro que não pertença à elite de 12, 10, oito grandes, mesmo muito grandes, tubarões europeus, como Real Madrid, Bayern, PSG, Manchester City, restante armada inglesa e afins.
Daí entender-se o que Rui Borges, treinador do Sporting, defendeu recentemente: «A nossa Champions é o campeonato.» Na Liga Portugal, os leões são candidatos ao título; na Champions, além dos euros pelos pontos, lutam por um brilharete, por uma gracinha, em suma, lutam pela imagem internacional. E, nos clubes de futebol, um título vale mais do que mil imagens.
Pela mesma razão, aquela loucura que se viveu no Brasil, quase comparável à vivida numa Copa de seleções, durante o Mundial de Clubes dos EUA de junho passado, uma prova que esteve longe de ser unanimidade de crítica e de audiência noutros pontos do globo, tenderá a esbater-se.
Na primeira edição do Mundial, os quatro clubes brasileiros passaram todos à fase a eliminar, bateram alguns daqueles tubarões citados acima e sonharam, por isso, com o troféu. Antes de caírem na real: na hora em que aqueceu, o Flamengo perdeu para o Bayern e Fluminense e Palmeiras, que batera o Botafogo, sucumbiram ao campeão Chelsea.
Os próximos mundiais, de 2029, de 2033 e por aí adiante, assim como as intercontinentais, vão com certeza sublinhar o domínio dos gigantes europeus e provar aos clubes brasileiros que, assim como os portugueses na Champions, podem aspirar no máximo a brilharetes, gracinhas, em suma, a retocar a imagem. E ouvir os treinadores locais dizerem, tal como Rui Borges, que o Mundial deles é o Brasileirão. E a Libertadores."

BolaTV: Ticha Penicheiro...

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