Últimas indefectivações

sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Bah & Manu

Derrota...

Benfica 55 - 64 Ferrol
14-17, 15-16, 18-19, 8-12

Sinceramente, pensava que a derrota seria 'maior'! Temos um vaga de estrangeira para preencher no plantel, e a recente contratação brasileira, lesionou-se! Hoje, jogámos com 2 estrangeiras, contra uma equipa com 6 estrangeiras e isso notou-se, principalmente nos ressaltos, com uma diferença brutal: 28 contra 53 !!! Perder por 9, com uma diferença destas, foi um milagre!!!

Fever Pitch - Domingo Desportivo - Portugal Despises Fans Awards

Benfica, FC Porto e Sporting: que fizemos nós para merecer estes presidentes?


"No lugar dos maus mestres ficaram os 'bons' alunos, mas o futebol português não pode continuar a arder, incendiado a cada palavra de mau gosto, suspeita ou discussão. É preciso punir. Sem recurso! Porque não se calam? Porque não interessa.

Porque assim se esconde fragilidades, se desvia atenções e não se discute o essencial. Mesmo recentes, são personagens iguais a tantas outras antes deles. Os dirigentes portugueses, de clubes e instituições, não querem viver em paz e de forma racional, preferem o pântano e a discussão de café, que os fatos bem-compostos ou as palavras mais cuidadas não disfarçam. Não vou discutir o frame, o agarrão ou a agressão. Joguem à bola!
A última conversa de Varandas com os jornalistas é uma aberração. Ultrapassa o bom-senso, soa não só a premeditado como a infantil. O silêncio, tão mas tão esperado, de um Proença que tenta passar, outra vez, entre os pingos da chuva, é também ensurdecedor. Sim, aquele que reclamou o prémio Calimero para os rivais foi o primeiro a lançar a própria candidatura. Queixou-se do que todos se queixam e, ultrapassando qualquer sentido de Estado, foi mais adepto do que dirigente. E aquele outro que foi defendido duas vezes, enquanto presidente e candidato, voltou à desculpa de que nada sabia, agora sobre dinheiro russo na Luz, horas antes de lançar o primeiro verdadeiro soundbyte da campanha: «Serei melhor presidente do que joga
dor.» Infelizmente para si, fosse no Benfica, na Fiorentina, no Milan ou na Seleção, fica difícil imaginar que aguentaria quatro anos a um nível como este.
Esqueçamos a péssima amostra de algo que ninguém quer comprar que surgiu no Dragão. Ninguém ganhou, fosse produto ou equipas. Nem mesmo os treinadores. A fazer descer as expetativas de jogo para jogo, Mourinho atravessou a limusina no meio-campo e, quando esta já não tapava tudo, trouxe finalmente o autocarro. Continua a ser forte a defender, mas não provou o essencial: consegue pôr o Benfica a atacar? E bem? Farioli foi ainda pior, não se entende. Quis soltar Varela com Rosário e deu os descontos para Mora — que continua a olhar como médio ofensivo em vez do segundo avançado ou o falso extremo que é — resolver. Teve medo de perder, mas todos perderam.
O FC Porto ao não ficar com sete de avanço, o Benfica ao não reduzir para um de atraso, o Sporting ao ficar exatamente como estava com o empate dos rivais e o SC Braga no fracasso do encurtar de distâncias, que o deixa em 8.º e com Vicens ainda em risco. E o que faz Salvador? O mesmo que os outros.
É a Liga dos queixumes e das queixinhas, e já não há o mínimo de paciência para tamanho teatrinho dos horrores."

Mourinho faz lembrar Trapattoni


"Maior beneficiado da jornada dos empates foi o que, curiosamente, está mais atrás na classificação: o Benfica. Interregno é benéfico para os três grandes, a começar pela águias.

O último domingo prometia ser gordo, com dois jogos grandes, o Sporting-SC Braga e, fundamentalmente, o FC Porto-Benfica, mas a noite acabou com sabor a muito pouco. Dois empates que deixaram tudo igual no topo da classificação.
Passou assim mais uma jornada, mas, obviamente, que há conclusões a tirar. E, do meu ponto de vista, o maior beneficiado foi, curiosamente, o que está mais atrás na classificação: o Benfica — considero que o SC Braga não tem argumentos para lutar pelo título.
Ao assistir ao clássico do Dragão, assim como às conferências de imprensa após o jogo, recordei-me de Giovanni Trapattoni, a velha raposa que levou o Benfica ao título em 2004/2005, quebrando um jejum de 11 anos. O carismático italiano mais do que um treinador defensivo era um pragmático. Para ele o fundamental era o resultado e é assim que analiso agora José Mourinho, um verdadeiro resultadista.
O técnico dos encarnados, como é habitual, foi bem claro nas explicações e todos percebemos que para ele o mais importante foi não perder. E o maior elogio que se lhe pode fazer é que o Benfica esteve sempre bem longe de perder no Dragão.
Tanto como de ganhar, é certo, mas indiscutivelmente parou a máquina de pressão que é o FC Porto de Francesco Farioli. Tanto assim foi que o jovem italiano mudou a habitual estratégia, a equipa deu sempre a sensação de estar inibida, e só a um minuto dos 90 resolveu arriscar um pouco, lançando o criativo Rodrigo Mora e prescindindo do médio defensivo Alan Varela. Ironia do destino, a ousadia quase que era premiada, mas a bola rematada pelo craque azul e branco embateu na trave.
O FC Porto continua no topo da classificação do campeonato, na UEFA Europa League tem duas vitórias em dois jogos, mas viu interrompida a série 100 por cento vitoriosa. E logo em casa e contra um dos grandes rivais. Teve, também ele, medo de perder. O que pode deixar marcas. Afinal, perdeu uma grande oportunidade de cavar um fosso talvez irrecuperável de sete pontos para um dos candidatos ao título, mesmo que estejam decorridas apenas oito das 34 jornadas.
A reação do FC Porto ao nulo é mais um motivo de interesse para os próximos capítulos no reino do dragão, até porque o calendário apresenta uma série de cinco jogos fora nos próximos seis: Celoricense, Nottingham Forest, Moreirense, Utrecht e Famalicão, sendo que pelo meio é o SC Braga que visita a Invicta.
Já o Sporting foi também uma equipa curta na receção ao SC Braga, sendo penalizada por um penálti desnecessário cometido por Hjulmand, já no período de compensação, mas que só veio trazer justiça ao resultado. Rui Borges geriu a equipa entre Napóles e o jogo com os guerreiros, mas as contas saíram-lhe furadas. Derrota na UEFA Champions League e oportunidade perdida de ganhar pontos aos rivais na corrida pelo título. Também em Alvalade, que depois da desilusão do 1-1 deve ter ficado a torcer pelo empate no Dragão, há motivos para reflexão.
Considero que o interregno nas competições, dados os compromissos das seleções, é benéfico para os três grandes, fundamentalmente para o Benfica.
Mourinho, mesmo privado por estes dias de grande parte do plantel, precisava de tempo para assentar ideias e os jogadores de aliviarem o stress. Entre mudança de treinador, calendário ainda mais sobrecarregado depois de pré-época atípica e período eleitoral, os encarnados podem agora desanuviar e reaparecer com outra imagem. Como referi, empatar no Dragão foi bom na atual conjuntura, mas jogar à defesa não se coaduna com a grandeza do Benfica.
É preciso mais. É preciso vencer. É preciso convencer. Jogar à Trapattoni só resulta se se conquistarem… títulos."

Abriu a época de caça ao Calimero!


"À falta de bom futebol, ou de confiança de que o que as suas equipas praticam lhes seja suficiente para garantir as vitórias, em inequívoco reconhecimento de que a influência das arbitragens poderá sobrepor-se, os presidentes dos três grandes, mais do que uma simples marcação de posição, pressionam e tentam, sem dúvida, coagir o processo de arbitragem

Definitivamente, abriu a caça ao Calimero nos três grandes do futebol português.
Após o presidente do Benfica, Rui Costa, ter aberto as hostilidades ao afirmar que «acha» que o Sporting está a ser «beneficiado pelas arbitragens» neste início de temporada e frisar que o seu clube está a «sentir-se prejudicado», referindo ainda «não saber se o Sporting controla ou não as instituições do futebol», e do seu homólogo Frederico Varandas ter-se insurgido sobre essas declarações, três dias depois, dizendo que «o presidente da Federação é benfiquista (...) «e o presidente da Liga (...), que lhe disseram «ser pessoa séria, profissional e íntegra, e que também é benfiquista», foi a vez do líder do FC Porto, André Villas-Boas entrar na liça, com tanta ou maior acutilância nas palavras. O presidente dos dragões, à margem do Portugal Football Globes, introduziu na contenda a figura do Calimero, o célebre pintainho negro de desenho animado, que usa metade da sua casca de ovo na cabeça, em permanente vitimização, e que passou a denominar síndrome psicológica. Rejeitando querer «entrar no mesmo jogo dos outros», o presidente portista disse que estariam «todos ansiosos para ver a quem será hoje [na referida cerimónia de entrega de galardões de futebol] atribuído o prémio de 'Calimero do Ano'. Não faltam candidatos…», referindo-se a Rui Costa e Frederico Varandas, acusando-os de «coação» sobre a arbitragem com «impacto direto nas nomeações». Villas-Boas deu como exemplo a «ausência de um dos melhores VAR portugueses, Tiago Martins, que tem sido amplamente criticado pelo presidente do Sporting e do Benfica e está afastado dos clássicos», questionando: «Como é que a mediocridade é premiada com um clássico?».
O presidente do FC Porto visou ainda diretamente Frederico Varandas, afirmando que «o mais grave é ter havido um encontro entre o presidente do Sporting e o presidente da Federação para o mapeamento clubístico dos órgãos sociais da FPF», afirmou.
Contra o Benfica, o F. C. Porto anunciou, na quarta-feira, que fará queixa ao Conselho de Disciplina da FPF para denunciar «conduta violenta» do avançado Pavlidis no último clássico, num lance de alegada cotovelada do grego ao médio portista Gabri Veiga.
Ainda no mesmo dia, as águias contra-atacam, publicando um vídeo do jogo no Dragão que mostra lances de entradas dos jogadores do FC Porto sobre os do Benfica, intercalados pela imagem de... Calimero. Em resposta à queixa sobre Pavlidis ao CD da FPF, os encarnados preparam também uma ao mesmo órgão sobre o azul e branco Alan Varela, por eventual agressão ao grego na mesma partida.
A reação do Sporting também demorou menos de 24 horas, em forma de participação ao Conselho de Disciplina da FPF, por se considerar que as declarações do presidente do FC Porto «atentam contra a honra de Frederico Varandas e a reputação da SAD». Ao comunicado dos leões, só faltou... o Calimero.
Tudo muito maus exemplos das figuras de proa dos maiores clubes e os que, certamente, disputarão os principais títulos nacionais esta temporada. À falta de bom futebol, ou de confiança de que o que as suas equipas praticam lhes seja suficiente para garantir as vitórias indispensáveis à conquista das competições - em inequívoco reconhecimento de que a influência das arbitragens poderá sobrepor-se, os três presidentes, mais do que uma simples marcação de posição, sem dúvida, pressionam e tentam coagir o processo de arbitragem (desde nomeação até ao ajuizamento dos árbitros envolvidos nos jogos). Falta de desportivismo - que promete ficar pior..."

O fantasma do vácuo


"Escrevo isto não como uma crítica, mas como um aviso. Um aviso do que não fazer perante um cenário, cada vez mais provável, de mudança e que convém estar na mente de todos nós.
Assistimos várias vezes, ao longo da História, a períodos de grande instabilidade após um governo/regime, em poder há décadas, cair quer de forma pacífica ou violenta. Há vários exemplos que atestam esta ideia, entre estes a França, após a revolução de 1789, a União Soviética, após a queda do Muro de Berlim e Portugal, após o 25 de Abril de 1974.
Após as quedas destes regimes altamente impopulares, houve sempre a tendência de existir um grande vácuo de poder, exponenciando radicalismos, divisões e instabilidade. E é exatamente por estes motivos que, caro leitor(a), escrevo este texto.
O Sport Lisboa e Benfica, durante mais de 20 anos, teve na Direção mais ou menos as mesmas pessoas, com ideias e maneiras de dirigir o clube cada vez mais impopulares entre os Benfiquistas e que têm propulsado o crescimento, cada vez mais acentuado, do sentimento de mudança (sendo eu um destes Benfiquistas descontentes).
Tudo aponta para que, a 25 de Outubro (ou a 8 de Novembro), um novo capítulo, com novas pessoas ao leme, comece a ser escrito na longa história do Sport Lisboa e Benfica.
No entanto, não deixo de me preocupar com o que vier a seguir às eleições. Preocupa-me que a oposição à atual Direção, unida em torno do objetivo de mudar o rumo do clube, se fragmente após as eleições e que, no meio do vácuo de poder, a instabilidade cresça. Além disso, também me preocupa que os apoiantes do "status quo" utilizem este momento, tão delicado, para causar ainda mais divisão e mais instabilidade.
Por estes motivos, deixo já o seguinte repto:
Se, realmente, querem o bem do Benfica e se, realmente, são Benfiquistas íntegros, conscientes e de bom senso, não se assustem com o fantasma do vácuo de poder. O clube, certamente, estará num momento altamente instável e a transição só poderá correr bem se todos nós ajudarmos, independentemente de quem vocês apoiam.
Só assim é que o Benfica Vencerá."

Pisões e agressões!!!


"Acho muito bem, até o Porto assume a corrupção que houve na final da taça de Portugal…no entanto a taça continua no museu sapal.
Mas vamos apertar o critério!
Musa e Otamendi expulsos por pisão, únicos no panorama dos três grandes a nível nacional, são a bitola, e olhem que eu vi o Darwin ser suturado num pé por causa de um pisão que nem amarelo foi.
Portanto em relação a esta partida onde o “super Porto” de “Gaurdioli”…
Alan Varela - cotovelada sobre Pavlidis = agressão;
Moura - pisão sobre Lukebakio = Agressão;
Pepê - pisão sobre Dahl = agressão;
Até deixo o vídeo para que não restem dúvidas!
Vamos lá brincar aos sumarissimos."

Têm-se visto por aí muitos Andrades indignados com o Pavlidis e os seus cotovelos!! Dizem que devia ter sido expulso!!


Honestidade!

Tiagos!!!


"Ontem vimos um senhor de cabeça completamente perdida, com as veias quase a rebentarem pela cara, a colocar em causa a honestidade e integridade de colegas de programa que tinham uma opinião que, curiosamente, é a opinião de todas as pessoas que não são adeptos do FC Putedo ou anti-benfiquistas primárias como o Paulo Andrade (deve ser do nome...lol).
O que vale é que esse mesmo senhor tem um histórico nas redes sociais que o próprio não pode apagar. E o carácter e honestidade desse senhor ficam bem demonstradas pelo comparativo com o lance do agarrão de Otávio sobre Gyokeres no clássico do ano passado no Dragão, apenas a meia dúzia de meses de distância. Aquilo que há 8 meses era um penalti da treta, passou 8 meses depois a ser um lance vergonhoso e indecente, que deveria levar à prisão dos juízes que em campo não assinalaram nada, bem como de todos os comentadores que ousem dizer agora o mesmo que o Tiago dizia há 8 meses atrás.
We rest our case em relação a essa personagem, mas convém de facto irmos relembrando o carácter do individuo, para que ninguém se esqueça."

Jogo Pelo Jogo - S03E09 - Porto x Benfica

BF: Abaixo das expectativas...

PortugueseSoccer - International Break: Portugal vs Hungary & Ireland, Reviewing First 8 Liga Portugal Match Days

Terceiro Anel: Eleições...

BolaTV: Lado B - S02E10 - A Virgínia é a nova 'Vini'

Visão: Debate - Mayer vs. Manteigas...

5 Minutos: Diário...

Terceiro Anel: Diário...

Zero: Tema do Dia - Conceição na Arábia: quais os desafios?

Observador: E o Campeão é... - De calimero em calimero, todos ralham e ninguém tem razão?

Observador: Três Toques - Adeus futebol, olá aspiradores

Zero: Saudade - S04E05 - O melhor capitão de sempre: Manuel Fernandes, Gomes ou Veloso?

ESPN: Futebol no Mundo #498

TNT - Melhor Futebol do Mundo...

Condições de excelência


"Nesta edição da BNews, são vários os temas abordados, com destaque para o Benfica Health & Performance Congress.

1. Todos os meios à disposição
José Mourinho revela que "o Benfica é um daqueles clubes aonde se chega com um pequeno grupo de pessoas, como foi o meu caso, e onde, depois, é só criar empatias funcionais e começar a trabalhar em grupo, porque, de facto, o Benfica tem tudo".

2. Congresso
Benfica Health & Perfomance Congress foi um sucesso.

3. Declaração
O Presidente do Sport Lisboa e Benfica, Rui Costa, assegura que "os sócios do Benfica têm de ficar tranquilos e serenos, porque não é um processo que implique algo de mais para o Benfica", referindo-se à transação relacionada com o ex-atleta Conti.

4. Distinção
O futebol no feminino do Benfica recebeu o Prémio Globo Mérito Desportivo.

5. Vitória no Minho
Em andebol no feminino, o Benfica ganhou, por 12-31, na visita ao ABC. 6. Jogo do dia Hoje há embate europeu, na Luz, de basquetebol no feminino, com o Benfica a receber o BAXI Ferrol, às 20h30.

7. Convocatória
São 6 os atletas do Benfica na mais recente convocatória da seleção nacional de futsal.

8. Entrevistas
Veja as entrevistas acerca das conquistas das Supertaças de voleibol e de polo aquático no feminino, e também aos campeões do mundo e da Europa de canoagem.

9. Partilha de experiências
O canoísta Fernando Pimenta e o plantel masculino de voleibol do Benfica conviveram e trocaram conhecimento.

10. Ação solidária
A Fundação Benfica ajuda Cabo Verde."

Mourinho...

História Agora


Andries Jonker: a técnica da política contra a política da técnica


"Há um erro quase congénito nas candidaturas presidenciais aos grandes clubes portugueses: o de apresentarem quadros técnicos como trunfos eleitorais. O fenómeno repete-se de forma cíclica — vimos isso recentemente, nas eleições para o FC Porto (onde está Zubizarreta?) e voltamos a vê-lo agora no Benfica. É a instrumentalização eleitoral do que devem ser escolhas do âmbito exclusivamente técnico e que não são nem podem ser sufragáveis. Com o devido respeito por todos os adeptos do futebol, não têm quer o conhecimento quer as competências para avaliar quem deve ou não deve ser um director desportivo de um clube profissional de futebol
Transformar um diretor-geral, um diretor desportivo ou um coordenador técnico em argumento de campanha é uma distorção sem quaisquer virtudes. Estas funções exigem competência, rede de contactos, sensibilidade negocial, leitura de mercado e conhecimento profundo do contexto competitivo nacional e internacional. Nenhuma destas qualidades se mede em votos.
O problema é que, neste jogo eleitoral, o critério deixa de ser técnico e passa a ser mediático. Em vez de se procurarem os melhores, procuram-se os mais apresentáveis. Em vez de profissionais discretos mas eficazes, buscam-se nomes que soem bem na praça pública. E assim se perde o essencial: a adequação ao cargo.
A escolha de Andries Jonker, treinador e selecionador, mas sem percurso relevante como dirigente ou conhecimento do futebol português, é o exemplo mais recente dessa tendência. Um nome estrangeiro, com prestígio internacional, mas sem lastro local, ou craveira na função.
A história mostra o contrário: Tiago Pinto, Antero Henrique, Luís Campos, Mário Branco, ou Carlos Freitas (apenas para citar alguns nomes) eram desconhecidos da maioria dos adeptos quando assumiram cargos semelhantes — e foi precisamente essa ausência de protagonismo que lhes permitiu trabalhar com rigor e foco. Como exemplo de sentido oposto tivemos Rui Pedro Braz...
Quando os clubes escolhem dirigentes para ganhar eleições, em vez de os escolherem para ganhar campeonatos, o resultado é sempre o mesmo: perde o futebol, e os clubes que os escolhem não ganham campeonatos."

Como se destrói a cultura num clube?


"Tal como nos desportos coletivos, também nas organizações é mais fácil destruir jogo do que construir. No que diz respeito às culturas e às identidades, desvalorizamos muitas vezes o real impacto que a destruição de uma cultura de trabalho comprometida e de uma identidade sólida tem nas pessoas. Uma identidade que leva sempre anos a ser construída num clube (e pode aplicar-se a qualquer empresa).
No desporto de alta competição olhamos (apenas) para o resultado e tendemos a achar que, quando se vence, está muita coisa bem, e quando se perde, está muita coisa mal. A cultura de um clube, a sua identidade, aquilo que faz mover as pessoas (e a vitória é uma das justificações, claro, mas está longe de ser a única) acaba, por isso, muitas vezes menosprezada. Por regra atribuímos a responsabilidade quase exclusiva das vitórias e das derrotas aos atletas e treinadores, e raramente à estrutura de suporte, à capacidade de existir organização ou à presença de uma cultura que identifique, una, direcione e comprometa todos com uma exigência comum que possa fazer a diferença. 
E como se destrói uma cultura já existente ou como se começa, de forma errada, um processo de criação de cultura? Três coisas: mentiras, incoerências e incapacidade de dar o exemplo. E especialmente quando essas atitudes vêm da liderança, que tem quase sempre o condão de ser uma espécie de farol. Um líder que não é exemplo naquilo que pede e naquilo que faz, que mente e é incoerente, acaba por criar um efeito de contágio. Isso vai-se infiltrando no pensamento diário até se tornar normal dentro da organização e leva geralmente a duas reações:
1. Pessoas que não se identificam e saem;
2. Pessoas que, por diferentes razões, querem manter-se e acabam por se habituar a esse tipo de comportamento.
Passa então a ser encarado como algo normal e, com o tempo, desvalorizamos. Um simples exemplo: se a estratégia de valorização das pessoas diz uma coisa, mas na prática acontece outra, isso descompromete e desmotiva o grupo. Dizemos que valorizamos as pessoas, os seus valores, a integridade e a responsabilidade como pilares fundamentais. Mas depois temos na organização alguém que maltrata, mente ou engana, mas entrega o seu trabalho muito bem e decidimos mantê-lo. A mensagem que passa é clara: vale tudo, desde que se entregue.
Numa linguagem de jogo, se valorizamos ao máximo o treino, não podemos tolerar a frase «ele até treina mal, mas depois no jogo faz melhor». Mesmo que seja verdade, os que jogam têm de ser aqueles que estão mais próximos de atingir o objetivo. E isto deve passar pela nossa marca interna: seja a valorização do treino, seja termos pessoas competentes e com valores corretos dentro da organização."

Morreu o melhor político que conheci


"Passaram-se muitos anos. Eu ligava e ele atendia sempre. Todos os dias, várias vezes por dia. Nem sempre me dizia o que eu queria. E às vezes dizia ao Record, o que me chegou a fazer chorar numa casa de banho da Travessa da Queimada como se a notícia de qualquer reforço para o Estrela da Amadora fosse a mais importante notícia do Mundo.
A verdade é que era — nesse dia era. Pelo menos para mim, e o jornalista também é pessoa.
Soube há alguns dias, tarde de mais, da morte do senhor Marques Pedrosa, eterno vice-presidente do Estrela, o melhor político que conheci.
E assim se vai ganhando maior consciência da finitude.

De chorar por mais
É absolutamente admirável perceber como Roberto Martínez nunca se esquece de Jota sempre que fala em público.

No ponto
Portugal somou mais um título de futsal, nas camadas jovens, provando que há planos que dão mesmo certo.

Insosso
Calma, Cabo Verde! Foi apenas um adiamento. Na segunda-feira o passaporte para o Mundial será carimbado.

Incomestível
Comunicados, comunicadinhos, queixas, queixinhas, futebolzinho. Quem quererá comprar este produto?"