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domingo, 6 de julho de 2025

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A ressaca dos brasileiros


"O tema é recorrente mas é, também, incontornável porque não se fala noutra coisa há mais de um mês: a diferença de atenção dedicada ao Mundial de Clubes pelos europeus em contraste com os outros terrestres, mais concretamente os sul-americanos, mais concretamente ainda os brasileiros.
Os europeus, já se sabe, estavam como aquela pessoa que, depois de um dia desgastante de trabalho, ao chegar a casa só pensa em assistir a uma série e dormir mas é levantada de repente do sofá porque um amigo, daqueles a quem não se consegue dizer não, o convida de última hora para comemorar o aniversário num bar.
No bar, bebe só uma ou duas (no caso do FC Porto) ou três ou quatro cervejas (no caso do Benfica) mas, mesmo saindo a meio da festa, sabe que já tem o rendimento da manhã do dia seguinte comprometido.
Os brasileiros, pelo contrário, já esperavam a festa há meses, vestiram a melhor roupa, calçaram o melhor par de sapatos, borrifaram-se com o melhor perfume e, ao sair de casa, olharam-se no espelho e prometeram: esta noite vou arrasar e só volto para casa depois do sol raiar.
Ao verem, porém, que os convidados, a quem queriam exibir a tal roupa, os tais sapatos, o tal perfume, estão ali mais por obrigação do que outra coisa, frustram-se, pois claro.
Entretanto, não é daquela festa mas da seguinte que vamos falar aqui. Depois de uma ou duas noites de um sono mais ou menos retemperador, FC Porto, Benfica e os demais europeus, passam a pensar animadíssimos na roupa, nos sapatos e no perfume novos que ainda vão comprar para se exibir nas respetivas ligas e nas competições europeias.
Pelo contrário, os brasileiros, mesmo Botafogo e Flamengo, que voltaram para casa mais cedo do que Palmeiras e Fluminense, sentem agora os efeitos da ressaca. E não há folgas ou férias para os curar.
O Botafogo, por exemplo, cuja noite do Mundial de Clubes foi tão louca que ficou até sem o treinador, assim como tantas vezes o boémio se dá conta no dia seguinte à balada que perdeu o telemóvel, as chaves ou coisa que o valha, tem, nada mais, nada menos, compromissos só em julho com o rival Vasco da Gama, o Vitória, o Sport, lá no Recife, o Grêmio, lá em Porto Alegre, o Corinthians e o Bragantino, para a Copa do Brasil. E, na agenda do mês do Flamengo, há Fla-Flu, há Santos e Bragantino fora, há São Paulo e Atlético Mineiro em casa e galo, outra vez, para a taça.
Viagens continentais, relvados esburacados, arbitragens confusas, rivais com fome de bola a todo o vapor e torcida e imprensa preparadas para bater forte ao mínimo deslize.
Portanto, enquanto os europeus ainda podem desfrutar de uns dias de relax antes da festa de rentrée a que estão desejosos de comparecer, bronzeados e revigorados, os brasileiros, estafados, têm de encontrar ânimo para regressar ao seu nem sempre salubre local habitual de trabalho."

O Barcelona não aprende e voltou a levar baile


"«Na época passada pensávamos em dois jogadores para melhorar: Olmo e Williams. Desde o primeiro momento Olmo quis vir para o Barça e mostrou confiança no projeto e foi mais fácil. Nico não.»
Deco, diretor desportivo do Barcelona, à RAC1, em maio deste ano

Há um ano, após brilhante Europeu, Nico Williams tornou-se o grande alvo do Barcelona para 2024/2025, mais até que Dani Olmo, que também brilhou na seleção espanhola.
O problema: o Athletic Bilbao não tinha vontade de negociar. Teoricamente isso não seria problema, Nico tinha uma cláusula de rescisão comportável, de 58 milhões de euros. Bastaria depositar esse dinheiro e levar o extremo. Só que o Barça não o tinha.
Pior — limitado pelo incumprimento do fair play financeiro da LaLiga, dificilmente poderia contratar os dois craques, Nico Williams e Dani Olmo, e não era certo que pudesse inscrevê-los (conseguiu ir buscar Olmo, mas a inscrição foi suspensa em janeiro e só com recurso aos tribunais o Barça conseguiu continuar a utilizá-lo). Nico, claro, ficou em Bilbau.
Há dois meses, Deco criticou-o por não ter feito tudo o que podia para ir para Barcelona. Ainda assim, voltou à carga. O Barça continua sem dinheiro, mas acredita que só pelo nome convencerá jogadores. Mas entre os que foram contratados e só semanas ou meses depois puderam ser inscritos e jogar e os que assinaram para meses depois serem pressionados a sair ou a baixar ordenados, cada vez mais o mundo do futebol percebe que o Camp Nou não é um destino tão apetecível.
Nico, entretanto, deu baile ao Barça e aproveitou o interesse para assinar contrato milionário com o Athletic. Que os culés tenham ficado chocados é, na verdade, o mais chocante."

Estrelas no céu do Mundo


"O Paris Saint-Germain ganhou, brilhantemente, ao Inter de Milão, por 5-0, na final da Liga dos Campeões. De parabéns estão os portugueses Vitinha, João Neves, Nuno Mendes e Gonçalo Ramos, já que, além de campeões europeus, jogaram a final. E os três primeiros, titulares, com grande impacto devido à sua qualidade superlativa. De parabéns está, claro, o resto da equipa, o treinador Luis Enrique, o português Luís Campos, diretor para o futebol do clube, e o emir do Qatar, peça fundamental para este sucesso. Porquê?
Em 2011, a Qatar Sports Investments, 100% detida pelo Estado do Qatar, comprou 70% do PSG e, no ano seguinte, os restantes 30%. Durante anos, o Qatar investiu com o objetivo de ganhar a Liga dos Campeões. E passou um, dois, três, sete anos. E passaram 10, 11, 13, 14 anos. Aí, ao 14.º e tantos incontáveis milhões depois, conseguiu.
O dinheiro do Qatar comprou Neymar por 200 milhões, comprou e manteve Mbappé, comprou Messi e comprou muitos outros considerados estrelas. Os melhores treinadores, os melhores cuidados médicos, instalações excelentes, tudo da mais elevada qualidade. Esse mesmo dinheiro juntou a atual equipa jovem, sem estrelas cadentes, mas com estrelas permanentes. Essa foi a grande diferença, jovens estrelas que juntas sabem que brilharão em qualquer relvado do mundo, ou, de forma mais poética, no céu do futebol mundial. Se analisarmos com mais cuidado percebemos que o emir do Qatar continua a gastar muito dinheiro. Vejamos: Kvaratchkelia 100 M€; Dembélé, 50 M€; Doué 60 M€; João Neves, 60 M€; Vitinha 41,5 M€; Hakimi 68 M€; Nuno Mendes, 38 M€, só para dar alguns exemplos. Para investir assim, como mais ninguém na Europa continental, só mesmo um país. Por definição um país, ainda por cima rico como o Qatar, tem fundos ilimitados. Como se vê também pelo Manchester City, propriedade dos Emirados Árabes Unidos.
A UEFA, tentando manter o futebol equilibrado, criou as regras do fair play financeiro, explicitando que um clube não pode gastar mais que o que ganha ou fatura. Só que os Estados fazem as regras e a UEFA não consegue mais que dar uma palmada na mão. Sim, a última foi uma multa de 60 M€ ao PSG por infringir o fair play financeiro. É muito dinheiro, mas não para um país. Na mesma linha o Manchester City foi considerado culpado de ter gastos excessivos, multado em 30 M€, e banido dois anos das competições europeias, mas um tribunal suspendeu a decisão. E assim continua, suspensa, ainda não há decisão final.
Se recuarmos uns anos percebe-se o porquê do Qatar ter adquirido o clube da capital francesa: ganhar influência política e social. E conseguiu, já que foi anfitrião do Mundial de futebol e, com isso, recuperou o investimento. E com a vitória na Liga dos Campeões prevê-se que o investimento não pare, compensa, certo? Os ingleses chamam sportswashing, ou seja, melhorar a imagem e conseguir objetivos políticos através do desporto. O que chama o caro leitor?
Já eu tinha escrito este texto quando recebi aqui em Hong Kong a notícia que Diogo Jota e o seu irmão André Silva faleceram num brutal acidente de viação. As palavras pouco significam perante tamanha tragédia. Endereço, por isso, as minhas sentidas condolências à família, amigos e a todos os que vibravam com o talento de ambos. Descansem em paz!"

Rabona: "Eles deveriam SAIR": TENSÕES no vestiário da Inter de Milão explicadas

BolaTV: Hoje Jogo Eu - Marta Simões...