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segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Cloé...

Inferno da Luz: desejo ou mito?


"Acabado o derby com o Sporting do passado domingo, ficaram-me vários sabores amargos. Primeiro e mais importante o resultado, de quem já muita gente falou. Mas logo a seguir, o ambiente da Luz.
Nascido em 1990, a minha maior tristeza é nunca ter vivenciado a Antiga Catedral. Tempos diferentes é certo, mas míticas são várias imagens de variadíssimos jogos, Derbies, Clássicos, Noites Europeias, onde de facto a Luz se transformava num Inferno, ajudava e muito a ganhar jogos e onde muitos tinham medo de jogar, até pelas célebres palavras do nosso Carlos Mozer.
A Nova Luz nasceu já com um handicap enorme: “substituir” talvez o maior símbolo do Benfiquismo é tarefa impossível.
Nada ou quase nada de místico existe na Nova Luz, ao contrário do que existia, fosse pela história da sua construção, pelos jogos e jogadores míticos que pelo antigo Estádio da Luz passaram.
Dito isto, eu acredito firmemente que quem faz o misticismo, quem faz os ambientes, quem faz o Estádio uma referência, que o torna um Inferno são os mesmos de sempre, nós, os adeptos.
Já na inauguração dos novos ecrãs e LEDs fiquei com um sabor agridoce na boca. São bonitos, modernizam o Estádio, diferenciam-no, pelo menos a nível nacional. Mas por outro lado simbolizam a vitória da artificialização do apoio, do final da responsabilização de todos e cada um de nós em fazer da Luz um Inferno, metendo esse ónus em jogos de luzes e músicas de discoteca.
No jogo com o Sporting foi ainda mais confrangedor. No derby eterno, num jogo importante, frente a um rival forte, comportamo-nos como se fosse um jogo com um Arouca desta vida, com todo o respeito pelo Arouca.
Senti-me realmente desanimado.
Entre as dezenas de vezes que me “mandaram” sentar para poderem ver o seu “teatro” refestelados nas cadeiras, as várias vezes que ouvi “mandarem” a polícia ir “buscar” os perigosos bandidos que abriram uma tocha, as milhentas pessoas a saírem ainda nem a placa dos descontos levantada, acho que fiquei quase tão deprimido como com o resultado do jogo.
Todos nós já vimos recentemente ambientes extraordinários de Benfiquismo, nas roulotes, na rotunda Cosme Damiāo, nos pavilhões. O que nos falta para esse Benfiquismo, essa paixão louca voltar ao Estádio da Luz, o mais importante dos locais? Podemos pôr culpas, justas, num speaker que nunca deveria ter entrado no clube. Mas não chega, é curto.
Vários pensamentos me assolam, várias perguntas sem resposta me vêm à cabeça.
● É isto ainda resquícios do Vietname, onde uma certa geração perdeu a sua paixão pelo Grande Benfica e as novas não mais voltaram a beber dessa paixão?
● É isto resquícios de uma fase conturbada, com péssimos resultados desportivos e crise diretiva no passado recente?
● É isto fruto de um Benfica aburguesado, que se foca mais em vender merchandising e camisolas do que em fomentar paixão nos seus sócios?
● É isto fruto de nos termos tornado apoiantes de uma empresa, parte interessada apenas pelos produtos e serviços que oferece, em vez de sermos verdadeiros sócios, apaixonados por um clube e parte integrante da sua vida?
● Serão estes sinais dos tempos que vivemos, em que esperamos mais que façam por nós do que sermos nós a tomar iniciativa?
● É isto resultado de uma sociedade que mais e mais tende a olhar para uma paixão clubística como algo anormal ou em muitas circunstâncias um crime?
Tanto mais me passa pela cabeça. Mas a pergunta que mais me assola neste momento é a seguinte:
Neste momento, o Inferno da Luz, o qual poucas vezes vivi, é neste momento apenas um desejo meu ou já passou a ser um mito?
Não tenho resposta. Tenho pena de não ter resposta.
Seja qual resposta for, até outra que não contemplo, o sonho de voltar a viver Infernos da Luz em derbies, clássicos e noites europeias continua cá.
Viva o Benfica!"

Jogador analógico


"Há mais de duas décadas, ainda durante os anos 90, tive uma ideia genial que prometia alterar por completo o panorama dos jogos de futebol entre amigos: filmar as partidas. Filmar e editar os jogos como se de um encontro profissional se tratasse e, posteriormente, comercializar em CD, campo a campo, equipa a equipa, jogador a jogador, por todo o país.
Era uma espécie de crime perfeito. De uma assentada faria justiça a uma classe remetida à sombra e ao esquecimento e, pelo caminho, acabaria rico, porventura milionário, tão seguro que estava da minha proposta, pois não me passava pela cabeça que existisse algum jogador de fim-de-semana capaz de resistir ao desejo de se ver em campo. A certeza de que todos eles (todos nós), guardaríamos e protegeríamos aqueles discos com a própria vida, se preciso fosse; uma bússola que nos guiaria e iluminaria em dias de nevoeiro e de tempestade; um tesouro que transitaria de geração em geração para que, os nossos filhos, netos e, sobretudo, nós próprios, pudéssemos recordar o jogador que fomos ou poderíamos ter sido.
Contemplara a força e a fragilidade dos meus colegas, descobrira um filão, e estava disposto a explorá-lo, ainda que o lucro não fosse o meu objectivo, repito. Mais do que um negócio ou objecto de vaidade, acreditava que aquelas gravações seriam um exercício de memória. Com o tempo transformar-se-iam em documentos raros. O retrato de um era.
Escusado será dizer que não avancei. A genialidade e a originalidade, tal como um passe de morte, estão tantas vezes na rapidez de execução e nem sempre no gesto em si. Um pouco por todo o mundo houve quem tivesse tido a mesma ideia. E materializou-a. Nos últimos anos, algumas destas empresas criaram, inclusive, serviços que permitem editar o jogo de forma automática, ao segundo, com o objectivo de partilhar aquela jogada, aquele golo ou aquele falhanço através dos smartphones e das redes sociais. Viralizar.
Diz que o negócio tem corrido bem, sobretudo no padel. Vendem o equipamento directamente aos pavilhões que, por sua vez, oferecem um serviço premium aos jogadores, mediante o pagamento de uma taxa extra. Pelo caminho, passam a cobrar mais pelos cartazes publicitários espalhados pelo campo, uma vez que a audiência é maior. Toda a gente ganha. Eles, dinheiro. Nós, jogadores de fim-de-semana, vida.
É bonito, não é? Só que não, como dizem os adolescentes. O mundo evoluiu, eu também, pelo menos assim espero, mas percebi há um bom par de anos que a melhor forma de honrar o jogador de fim-de-semana é mantê-lo longe dos ecrãs.
Todos os jogadores (e quando digo todos quero mesmo dizer todos) vivem numa bolha. Ligar as câmaras é rebentar essa bolha. O vídeo, como qualquer espelho, coloca tudo em perspectiva e o que vemos raramente é o que queríamos ver. Uma coisa é imaginar aquilo que fizemos em campo, outra é aquilo que se fez. O jogador que aparece na imagem é, na maioria dos casos, uma figura pálida, desfocada, deslocada, um homem em duplicado que parece mover-se em câmara lenta sem o toque de bola que justifique o mito. Até a camisola, tão cara, não nos assenta assim tão bem. Os falhanços, sim, são quase sempre épicos, mas a jogada, aquela jogada, não foi assim tão, tão boa. Nunca é. E tudo se desmorona.
Talvez funcione no padel, que é um desporto sem infância.
O jogador de fim-de-semana é matéria e material analógico, anacrónico, uma ilusão, não deve nem pode aparecer na televisão nem nas redes sociais; não deve ser pesquisado, arquivado ou catalogado; não está no Maisfutebol, n’A Bola, no Record, n’O Jogo, no Zerozero, no Transfermarkt, nem sequer no Google; não pode ser nomeado, recordado, criticado ou elogiado a não ser por si próprio, pelos colegas ou pelos adversários.
O jogador de fim-de-semana não é ninguém, existe apenas na nossa cabeça e isso, meus caros, é tudo. É aí, em diferido, no fundo dessa rede furada chamada memória, onde os nossos feitos e defeitos devem continuar alojados. O que se perdeu, perdeu. Reinventa-se. Inventa-se. Faz parte do jogo. E da magia."

23 de Janeiro


2.ª Taça Federação

Benfica 60 - 46 Imortal
19-16, 15-8, 18-14, 8-8

Mais um título, confirmando o total domínio interno da secção, que nem com as lesões deixa de ganhar...

Recordo que no início da época, com a saída de algumas das nossas melhores jogadoras, havia dúvidas sobre a 'continuidade' vitoriosa, creio que neste momento já ninguém tem dúvidas!!!

Qualificação para os Quartos-de-final da Taça de Portugal...

Machico 0 - 3 Benfica
20-25, 19-25, 18-25

Algumas horas após o fim do derby em Alvalade, que obrigou a disputar 5 Set's, lá fomos jogar à Madeira, para a Taça... E com muita rotação vencemos, tranquilamente...

Empate...

Benfica 2 - 2 Corruptos
Gerson(66'), H. Pereira(86')


Mau jogo, com duas equipas que não têm qualquer ideia de 'posse' de bola, ou de construção ofensiva!!!
Mesmo assim, a 2.ª parte foi um bocadinho melhor... Inacreditável como depois do 2-1, sofremos o golo do empate, numa jogada onde os jogadores ficaram com medo de disputar a bola, não fosse o apitadeiro marcar penalty...!!! E depois, com poucos minutos para jogar, ainda desperdiçamos o 3-2, por duas vezes, de forma incrível!!!

Juvenis - 3.ª jornada - Fase Final

Torreense 0 - 2 Benfica
Jair, Parente


Marcar cedo e depois controlar...

3 jogos, 3 vitórias, para a semana temos derby no Seixal.

Sábado à Benfica


"A News Benfica de hoje é dedicada ao fecho positivo da primeira volta do Campeonato, à goleada no dérbi do futebol feminino com recorde de assistência e a muito mais num sábado repleto de triunfos benfiquistas, além de novo troféu conquistado esta manhã.

1
Terminou a primeira volta do Campeonato com a nossa equipa a vencer na deslocação ao Santa Clara, por 0-3, e a alcançar 14 vitórias, dois empates e uma derrota, um percurso que propicia a liderança com quatro pontos de vantagem sobre o segundo classificado.
Roger Schmidt fez o balanço e realça que há muito por disputar: "Estamos felizes com esta primeira parte da época, mas temos de a repetir para sermos campeões, que é o nosso grande objetivo. O caminho é longo e vamos lutar pelo título até ao fim."
Sobre o jogo, o nosso treinador considera que "jogámos bem e ganhámos com o apoio dos adeptos" num "estádio onde é difícil jogar". Schmidt destacou a exibição na primeira parte: "Começámos muito bem, muito focados e a jogar bom futebol. Criámos muitas oportunidades e marcámos dois bons golos. Tivemos muita posse e acelerámos com bola."
Veja conferência de imprensa de Roger Schmidt.

2
Gonçalo Guedes já mostra serviço. Chamado a entrar no decurso da segunda parte, o jogador formado no Benfica foi o autor do terceiro golo da partida. Após o jogo, Guedes revelou a emoção de representar o Clube novamente: "Sentir outra vez a camisola do Benfica foi espetacular. Quero ajudar a equipa ao máximo e aproveitar cada momento, cada segundo. Saber que [os adeptos] me receberam de braços abertos outra vez, foi espetacular e estou muito feliz."
Veja o resumo do jogo, aqui.

3
Grande exibição e goleada (5-0) da nossa equipa feminina nos quartos de final da Taça de Portugal frente ao Sporting perante 15 032 espectadores no Estádio da Luz, o novo recorde nacional de assistência em jogos oficiais da vertente feminina do futebol.
Filipa Patão mostrou-se satisfeita com a exibição e com a presença de muitos benfiquistas nas bancadas: "No cômputo geral, foi bastante positivo e os objetivos passam por dar ao Clube todos os troféus em disputa. Mais uma vez conseguimos fazer história, e agradeço aos adeptos."
Jéssica Silva, autora de um bis, realça a importância de atuar na Luz: "Jogar no nosso Estádio é muito especial. Mais uma vez, batemos o recorde de assistência, mas queremos mais. Agradeço o apoio dos adeptos."
Leia a reportagem e mais declarações e veja o resumo no site oficial.

4
A nossa equipa feminina de basquetebol não se cansa de vencer. Esta manhã disputou e ganhou a final da Taça Federação ante o Imortal, por 60-46. Veja o resumo, aqui.

5
Houve mais jogos ontem, dos quais destacamos o triunfo, em voleibol, no dérbi com o Sporting no pavilhão João Rocha (2-3), a vitória em hóquei em patins ante o Paço de Arcos (4-2), a deslocação bem-sucedida a Albufeira em basquetebol, batendo o Imortal por 94-112 e a goleada em França no hóquei em patins feminino. Os Juniores ganharam ao Belenenses, por 2-0, e venceram a Série Sul do Campeonato.
Hoje há partida da equipa B frente à congénere do FC Porto (Benfica Campus, 14h00), Taça de Portugal de voleibol (no reduto do AD Machico às 16h00), jogo de andebol feminino com o Alpendorada para a Taça FAP e voleibol feminino, na Luz, às 16h30, com o V. Guimarães.
Confira a agenda do fim de semana para ficar a par de todos os jogos e resultados."

PitchCam: Santa Clara...

1904, com pronúncia!!!!

BI: Derby feminino...

5 minutos: Mercado...

Preparação...!!!


"✅ João Afonso (Marítimo) expulso por empurrão, falha FC Porto (2 amarelos em 3 minutos).
✅ Edgar Costa (Marítimo) amarelo no minuto 90', falha FC Porto.
Se o João Afonso fosse o Otávio até podia dar um murro nas costas que não era nada.
Assim, nada de novo..."

Quando o guarda-redes é o jogador com mais ações com bola na área adversária, dá para perceber a vontade dos outros 10…

Cadomblé do Vata


"1. Entrada fortíssima no jogo... ainda Draxler não tinha chegado aos Açores e já o SLB ganhava por 2-0.
2. Com apenas 1 treino, Guedes só precisou de 15min para marcar ao Santa Clara em São Miguel... um claro caso de Santo da Casa que faz milagres.
3. Bonita homenagem do Guedes ao Pauleta na comemoração do golo... de orelhas bem abertas a imitar o voo do açor, tal qual o ponta de lança ilhéu.
4. Enzo demonstrou hoje que ainda não perdoou ao Benfica por não ter sido vendido ao Chelsea... apanhou pela frente uma equipa vermelha e branca com emblema de Águia Altaneira ao peito e sacou logo de um jogão com 2 assistências.
5. Enzo aguentou-se bem aquela entrada a pés juntos do adepto que invadiu o campo no final do jogo... afinal 90 minutos a jogar contra o Ugarte sempre serviram de treino para alguma coisa."

CD Santa Clara 0-3 SL Benfica: Vitória da Águia no Território do Açor


"O CD Santa Clara saiu derrotado frente ao SL Benfica na 17.ª Jornada do campeonato, no Estádio de S. Miguel. 

SL Benfica com uma entrada avassaladora aproveitou da melhor forma a passividade no meio campo açoriano e foi letal.
Mais do que a superioridade no ataque, o Benfica fez-se valer da supremacia no meio-campo perante a inferioridade do Santa Clara que colocava Misao e Adriano contra a linha de quatro médios que a equipa apresentava.
Os comandados de Roger Schmidt, após 25 minutos alucinantes, acabariam por perder o ímpeto ofensivo, limitando-se a controlar as despesas do jogo.
Na segunda parte o ritmo do jogo sofreu uma quebra drástica. Desde já, o Benfica deixou de ser tão intenso e pressionante, abdicando, muitas vezes, da posse de bola perante um Santa Clara que se transcendeu, tendo em Ricardinho um dínamo no ataque à baliza de Vlachodimos.
A ascendência dos açorianos no segundo tempo não foi sinónimo de oportunidades. Já o Benfica, mesmo jogando num ritmo mais baixo, acabaria por um ponto final na partida através de um golo de belo efeito do regressado Gonçalo Guedes.
O Benfica mantém assim a distância para Sporting e Braga no topo da tabela classificativa, ficando à espera do que fará o FC Porto diante o Vitoria SC. Já o Santa Clara, permanece em lugar de playout de descida, somando o quarto jogo sem marcar e sem vencer.

A Figura
Enzo Fernández Já faltam adjetivos para o argentino. Passou por ele todo o jogo do Benfica, contribuindo com duas assistências e muitas jogadas de belo efeito.

Fora de Jogo
Matheus BabiPassou ao lado do jogo o avançado brasileiro. Poucas vezes conseguiu assustar a defensiva dos encarnados. Deu-se pouco ao jogo

BnR na Conferência
CD Santa Clara
BnR: O Santa Clara rubricou uma segunda parte bem mais conseguida do que a primeira. A equipa mostrou-se mais agressiva e rápida nos duelos. O que mudou na equipa ao intervalo?
Jorge Simão: Fizemos uns ajustes táticos principalmente nossa primeira linha de pressão. Foi fazer perceber que tínhamos necessidade do que andamos a treinar. Temos mudado alguns comportamentos dos jogadores e temos treinado isso. Ainda está apenas inculcado de forma superficial. A entrada forte do Benfica tivemos dificuldade. Ao intervalo tentei passar essa mensagem que íamos tentar fazer um golo porque assim vamos entrar na discussão do resultado. Os jogadores ouviram-me e ficou visível.

SL Benfica
BnR: O Benfica jogou com uma linha de quatro e cinco homens no meio. De que modo esta superioridade numérica no meio-campo acabou por se traduzir na vitória?
Roger Schmidt: Usamos os espaços para dificultar a vida ao adversário. Tentamos ser imprevisíveis, também tivemos de ser pacientes e tentar arranjar soluções. A nossa boa atitude e superioridade também ajudou."

Não pressionem Enzo, que não é preciso


"Qualquer jogador é melhor se lhe concederem tempo e espaço para matutar o que fazer com a bola. Nos Açores, Enzo Fernández foi só mais um a confirmar essa ciência exata no futebol, dando duas assistências na vitória (0-3) do Benfica contra o Santa Clara que também serviu para Gonçalo Guedes marcar nem 48 horas após regressar ao clube

‘Pressionar o portador da bola’ é dito e rebatido, provavelmente, nos relatos de quase todos os jogos de futebol neste planeta, e poliglota no seu uso, porque é daqueles chavões a que se pode criticar o repetido uso, mas cuja aplicação no campo é tão necessária, inclusive elementar, sem bola de cristal é seguro adivinhar que a sua utilização perdurará até ao fim dos tempos dos pontapés na tal bola, pois se, na prática, esse cliché não for aplicado, qualquer portador é melhor jogador.
Isso é ciência exata, amador ou profissional todo o futebolista vira leopardo, chita, tigre ou outra espécie elevada na hierarquia dos felinos se partir como um gato nesta analogia em que receber a bola com tempo e espaço para pensar é um abono para quem for, então no caso de Enzo Fernández é um disparate o quão perigoso o argentino se torna para os adversários se estes não fizerem por pressioná-lo quando é o porta-bolas no Benfica.
Novidade será para ninguém, mas, aos 9’, assim que João Mário tirou rapidamente a bola da direita para a esquerda, fazendo-a chegar a Grimaldo, o espanhol de pronto a tocou no campeão do mundo à beira da área, que mostrou o quão errado é deixá-lo à vontade: levantou a cabeça, ajeitou a bola, cruzou-a em jeito na direção da baliza e achou a cabeça que procurava em Fredrik Aursnes, tudo feito rápido e sem esforço para ser do norueguês o primeiro golo que castigou o desrespeito dos Santa Clara pelo chavão elementar do futebol.
A tendência prosseguiria com os açorianos encafuados na sua metade do campo, os seus médios a perseguirem sombras face às simples combinações de passes com que o Benfica envolvia sempre três jogadores no centro - ter Aursnes, João Mário e Draxler a deambularem nas costas de adversários é um fartote de opções - com os laterais Paulo Henrique e Calila fixados pelo posicionamento dos homólogos Bah e Grimaldo, bem subidos no campo precisamente para tal e, retornando ao mesmo, no caso do espanhol servia também para Enzo aparecer nesses quintais de relva mais à esquerda.
Nas suas chuteiras que tanta sola pisam na bola o Benfica acorrentou o Santa Clara em 40 metros de campo, aos 16’ foi do argentino o pequeno passe a rasgar a linha defensiva que lançou Grimaldo para um cruzamento rasteiro e uma finalização trademark de Gonçalo Ramos, que atacou a zona do primeiro poste para marcar com um ligeiro desvio. Ele ainda remataria, pedalando sobre a bola com um defesa na sua cara, enganando-o e batendo contra o guarda-redes Gabriel Batista; nele e na baliza Julian Draxler não acertou apesar de sozinho na área a cruzamento de Bah; e de pé esquerdo João Mário tão pouco encontraria o alvo.
Na génese ou após uma breve bola perdida, essas tentativas beneficiaram do contrário que faltava ao Santa Clara, entre os jogadores do Benfica havia pressão intensa aplicada às receções dos adversários e os açorianos sofriam, não conectavam três ou quatro passes seguidos. À meia hora o recente Jorge Simão, chegado a Ponta Delgada há duas semanas, trocou MT, acrónimo pelo qual Matheus Nunes Fagundes Araújo se auto-nomeia na camisola, por Ricardinho e a toada só mudou perto da hora de jogo. As pistas foram três cantos seguidos e um remate desviado de Gabriel Santos, quando Gonçalo Ramos já se isolara na pradaria das costas dos defesas e não atinou o remate com a baliza.
A dezena de minutos entre os 60’ e os 70’ seriam as melhores dos anfitriões, por fim encostaram as suas posições nos adversários, não o deixaram tocar na bola à vontade e nutriram as participações de Bruno Almeida e Ricardinho nas jogadas, os dois criadores de ideias antes de Gabriel Silva se confirmar como o rematador de serviço: aos 68’, bateu fortemente a bola que apenas a cabeça de António Silva impediu de entrar na baliza. Mas a inflação do Santa Clara na partida estava umbilicalmente ligada à presença do jogador do diminutivo: quando o azar tocou no substituto e uma lesão o virou em substituído, os açorianos murcharam de volta ao seu estado inicial.
A um ritmo mais de esticões quando a lentidão das jogadas pensadas não imperava, os últimos 20 minutos foram de rearrumação do Benfica, ainda à boleia da simplicidade certeira de Enzo quando a pressão na bola amansou nos adversários e ele teve o tempo, o espaço e o passe para encontrar um retornado na área. Chegado na quinta-feira à casa que abandonou há seis anos, Gonçalo Guedes encarou um adversário na área, orientou a bola para o centro e rematou, sempre a correr como em 2016 zarpou para fora nem com duas épocas completas de equipa principal.
O remate desviado do filho tornado à sua naturalidade deu o terceiro golo ao jogo, em tempos idos houve um vídeo pandémico nas visualizações onde um cidadão prestes a estatelar-se na mata por ir tão veloz em cima de um skate teve em “sai da frente, Guedes” as célebres últimas palavras, nos descontos o Guedes do Benfica ainda teve outro remate para sair na frente dos marcadores da partida em que os encarnados regressaram às vitórias, fechando tudo com pacatez, tranquilidade e tempo para todos jogarem à vontade. Deixarem que Enzo Fernández o faça continuará a ser meia obra feita para cada posse de bola do Benfica virar uma tormenta a quem os enfrente."

BF: Santa Clara...

Formação...


"Para a conceituada publicação online inglesa, football-observatory.com, a maior percentagem de minutos jogados por jogadores da academia na primeira equipa esta época em Portugal são:
1. SL Benfica
2. Vitória de Guimarães 
3. FC Porto
4. Estoril Praia
5. Sporting
Para a Cofina a formação do Seixal está um caos e cheia de incertezas.
Perspectivas..."

O Guedes também não é assim craque... Demorou 6 anos desde que marcou o último golo!

Crise?!


"1.º lugar e 3.ª melhor primeira volta do Benfica no século XXI, apenas suplantada pelas épocas 19/20 e 14/15. Ainda deu para promover André Gomes e Samuel Soares, colocar António Silva, Florentino e Ramos a titulares e lançar Neves, Henrique e Guedes. 🔴⚪️
A crise do Benfica é tremenda!"

A Cofina ficou, mais uma vez, sem caso para contar


"Da incerteza dos miúdos ao caos na formação, o SL Benfica responde com António Silva, Morato, Florentino, Gonçalo Ramos (1), João Neves e Gonçalo Guedes (1) em campo e vence por 0-3 o Santa Clara nos Açores 🔴⚪🦅"

Pseudo-Zandinga!


""O Benfica arrisca a chegar ao fim de Janeiro em segundo", dizia o (Camelo) Vilar.
"Presos por arames..."
Pior que o Zandinga a fazer previsões.😏"

Águia: Santa Clara...

Bigodes: Santa Clara...

BI: Santa Clara...

BnR: Santa Clara & afins...

5 minutos: Santa Clara...

Visão: Guedes...

Visão: Explica #16 - Guedes...