Vitória clara, com um início demolidor, tudo ficou resolvido cedo... após o 6-0 no início do 2.º tempo, a equipa 'desligou' completamente, principalmente os titulares, com muita displicência mesmo... só quando o Valter reentrou, a equipa melhorou...!!!
Destaque para o continuado instinto 'matador' do Jordi... em sentido contrário, tenho destacar as más exibições do Diogo. Com as novas funções desta época, o Diogo é fundamental no equilíbrio da equipa... a jogar assim, o Tiago dá mais segurança!
No próximo fim-de-semana temos derby, que vai ser jogado no Livramento... este jogo tem que ser encarado, tal como foi o jogo da 1.ª volta, doutra forma, teremos problemas...
"O maior virtuoso do violino do seu tempo esteve em Lisboa, encheu a sala do Império, sai sob uma chuva de aplausos e na noite seguinte estava no Estádio da Luz para ver um dos seus ídolos jogar: Eusébio!
Muita gente não sabe quem foi David Oistrach. Pois bem: muita gente também não sabe o que perde. David Fyodorovich Oistrach - um dos maiores virtuosos da história do violino. Nasceu em Odessa, junto ao Mar Negro, em Setembro de 1908. Fantástica Odessa! Quem ainda lá não foi também não sabe o que perde. Lugar de exílio do poeta Pushkin. Cenário de Eisenstein. A história russa é fascinante, com toda a sua panóplia de enormes grandezas e gigantescas misérias.
Mas eu falava de David Oistrach, e já vão perceber porquê. Filho de judeus, David Kolker e Isabella Beyle, já tocava violino com três anos de idade. Em seguida veio, naturalmente, o conservatório já no tempo de uma União Soviética que valorizava imenso a música clássica.
Depois Moscovo, a amizade com o compositor Shostakovitch, as suas inesquecíveis interpretações de Bach, Tchaikovski, Mozart e «tutti quanti».
David Oistrach viajou pelo Mundo à boleia do seu raro talento. As digressões multiplicaram-se após o final da II Grande Guerra: Helsínquia para começar; Florença, França, Reino Unido, até os Estados Unidos.
No dia 7 de Maio de 1968, os jornais portugueses traziam um anúncio em letras garrafais: «DAVID OISTRACH - O MAIOR VIOLINISTA DA ACTUALIDADE. Nascido em Odessa, na URSS. Professor do Conservatório do Moscovo. Amigo e criador de obras de célebres compositores soviéticos como Prokofiev, Katch Hakurian, Kabacewski e tantos outros. Acompanhado ao piano por Frieda-Bauer. Programa com obras de Bach, Prokofiev, beethoven e Tartini. Amanhã às 18h30 no Império. Representante artístico: Sequeira Costa».
Para uma das meias-finais da Taça dos Campeões, anunciava-se outro grande espectáculo: Benfica-Juventus no Estádio da Luz. A RTP confirmava uma oferta muito vantajosa pela transmissão directa do jogo. O Benfica só admitia dar aval ao negócio se o estádio esgotasse a lotação.
O Benfica arrasou a Juventus
David Oistrach foi ele próprio: enorme.
Da noite do Império vinham os elogios: «A arte de David Oistrach dispensa adjectivos. Eles ficariam quase esvaziados de sentido pois teriam de ser empregados - a bem dizer: constantemente - no grau superlativo. É o que David Oistrach atinge as regiões mais elevadas da interpretação nos estilos e nas obras mais diversas». Palavras do crítico Nuno Barreiros.
Saiu do Império sob uma chuva de aplausos.
Instado a fazer uma palestra no dia seguinte, David Oistrach abespinhou-se:
- Nem pensar nisso! Nada! Não troco o jogo do Benfica por coisa nenhuma! Nunca vi o Eusébio ao vivo... Só na televisão. Não vou perder esta oportunidade única.
David Oistrach: as mãos que dominavam o Stadivarius não perderam o ensejo de aplaudir Eusébio.
Dia 9 de Maio, David Oistrach esteve na Luz. Três dias depois, já tinha abandonado Lisboa. Mas Eusébio continuava a produzir obras de arte, mesmo sem o seu aplauso.
«Benfica sem Eusébio, não vale muito», dizia Heriberto Herrera, treinador italiano.
Mas o Benfica tinha Eusébio.
Em Lisboa, vitória por 2-0, um golo de Torres e outro de Eusébio.
Em Turim, vitória por 1-0, golo de Eusébio. E que golo!!!!
Claro como a mais pura água das fontes do Montesinho.
Mário Zambujal contava no seu peculiar estilo: «Algumas senhoras da alta roda, alfacinhas, amantes da música tinham-lhe preparado a noite, uma recepção do palacete de uma delas. Esperavam ansiosamente honrar tão grande músico e ouvir, uma vez mais ainda, em serão privado, o encanto do seu violino mágico. Ninguém contava porém com a vontade de Oistrach. Quando lhe anunciaram o que estava projectado, o violinista agradeceu polidamente mas mostrou interesse em manter a sua vontade de ver o Benfica-Juventus e Eusébio, «o virtuoso do pontapé da bola». E não houve maneira de o demover de tal. Oistrach esteve na Luz, vibrou com o jogo e com Eusébio, e mostrou o desejo de ser apresentado ao melhor marcador do último Campeonato do Mundo. E não teve receio de lhe caírem na lama os seus pregaminhos de génio da música pelo facto de admirar um génio do futebol».
David Oistrach teve as suas noites perfeitas. Eusébio foi quase perfeito. Mas perfeito mesmo seria na segunda mão, em Turim.
Para quem é apaixonado por estádios pelo mundo, assim como eu, vale a pena ficar de olho na nova série do Liga Espetacular.Estádio da Luz, a Catedral do Benfica!
Publicado por Arthur Quezada em Terça-feira, 2 de Fevereiro de 2016
"E não é que, contra as expectativas dos mais céticos (entre eles o autor destas linhas), a geringonça não só está a funcionar, como revela uma atitude vencedora, dá espetáculo e põe os adversários sob pressão. Quem diria que o que nasceu errático e a oferecer uma vantagem aos adversários que parecia irrecuperável é, agora, candidato à revalidação do título?
Poucos, certamente. Mas seja por força do efeito Renato - que, com uma vitalidade juvenil, joga por dois ou três e empurra a equipa para a frente; seja pela estabilização do onze titular ou porque o trabalho de Rui Vitória começou a frutificar, a verdade é que se o Benfica vencer o Porto na Luz passará a ser o principal candidato ao título.
A razão é simples: no terço final do campeonato, o que conta não é apenas a qualidade do futebol ou a disponibilidade física dos jogadores (duas dimensões em que, agora, o Benfica leva vantagem), é, também, a capacidade para gerir emocionalmente a equipa. Quanto a isso, o excesso de confiança (e a fanfarronice) do Sporting serão adversários temíveis do próprio Sporting. Já o Benfica, que começou como uma equipa frágil e desequilibrada, derrotada sucessivamente pelos de Alvalade, tem, por contraste, a seu favor as baixas expectativas com que iniciou o campeonato, a cultura de vitória dos jogadores, a estabilidade emocional da direcção e a sensatez do treinador.
Pode bem dar-se o caso de, no futebol como na política, o que nasceu como uma geringonça, afinal revelar pernas para andar e durar mais tempo e ter mais qualidade do que o inicialmente aventado."
"Treinadores da Série A decidiram que vão deixar de comentar lances de arbitragem
Os treinadores das equipas da primeira divisão italiana resolveram agir contra o ambiente de constante polémica que rodeia a arbitragem e, após reunião que juntou à mesma mesa treinadores, árbitros e ainda directores dos diferentes clubes da Série A, decidiram que vão deixar de comentar os trabalhos realizados pelas equipas de arbitragem nos jogos.
A tomada de posição dos técnicos ganhou contornos oficiais através de um comunicado da responsabilidade da Associação Italiana de Treinadores Profissionais, imediatamente a seguir ao referido encontro. «Todos concordámos que o trabalho dos árbitros não será mais discutido», revelou Renzo Ulivieri, presidente da associação profissional. «Os treinadores não vão responder mais a questões sobre grandes penalidades ou sobre o trabalho dos árbitros, porque os árbitros não têm possibilidade de responder e isso parece injusto», completou o dirigente."
"O dia em que um Deus argentino se curvou perante um Rei português.
O mundo está cheio de crenças. Na Argentina, terra de Pampas, existe um Deus maior que de vez em quanto desce à Terra na forma de um homem genial mas louco, capaz de fazer tanto o melhor como o pior. No dia 14 de Janeiro de 2009, essa divindade foi recebida em apoteose pela multidão que aguardava pelo jogo entre o Benfica e o Olhanense, a contar para a Taça da Liga. Sorriu-lhes. Ninguém imaginava que, uns minutos antes, esse Deus de tinha curvado perante um Rei português.
Quem seria este Rei, que obrigava uma divindade a curvar-se perante a sua presença? A resposta só poderia ser uma. Eusébio da Silva Ferreira.
O Deus argentino reencarnou em Maradona, eleito pela FIFA como o segundo melhor jogador de sempre e pelos amantes do futebol, numa votação online, como o primeiro de todos. Futebolista fantástico, de drible fácil e rápido, alternava as grandes exibições com noitadas regadas com álcool e drogas. Já o Rei Eusébio era o talento puro em acção, dotado de uma capacidade técnica superior e duma velocidade impressionante, que deixava os seus adversários 'pregados ao chão'. Em 1965, atingiu o topo da sua carreira ao vencer a Bola de Ouro e, em 2000, foi considerado pela FIFA o sexto melhor futebolista europeu de todos os tempos, e o nono melhor do mundo.
No dia em que desceu à Terra para visitar a 'Catedral', o Deus argentino recebeu das mãos dum mortal - não de um simples mortal, mas um daqueles que da 'lei da morte se vão libertando' - o 'manto sagrado'. A divindade e a imortalidade numa imagem que vale mais que qualquer palavra. Entre as arrancadas, os dribles, os golos e os títulos destes dois monstros do futebol, passa uma grande parte da história do futebol mundial. Ambos tinham uma paixão enorme pela bola, fosse num bairro pobre de Lourenço Marques com uma bola de trapos, num bairro pobre e Buenos Aires com balizas de pedra, ou em grandes palcos. O futebol tem uma linguagem própria e não discrimina o pé descalço ou o pobre. Coloca todos no mesmo patamar e depois deixa vir ao de cima a arte e o engenho de cada um. Uns são dignos representantes da modalidade, outros transformam-se em Deuses e Reis.
A imortalidade do rei Eusébio está bem presente no Benfica. Saiba mais sobre esta grande figura do desporto mundial no Museu Benfica - Cosme Damião."
'Quem está em primeiro é o Zbording!' É com esta vincada ideia que acaba o dia para os lados do wc. Ilucidativo. Eles que se entretenham com essas questiúnculas. São bons nisso. No esgrimir de argumentos sobre questiúnculas. Incansáveis. Tudo em uníssono a passar uma mensagem que vale zero. Entretenham-se, que nós nos entretemos a amealhar os três pontos, jornada após jornada.
E vai daí sai outra pérola: Qual a melhor equipa do campeonato?'O Zbording e o Benfica...'. Ah tá. Não sabia que o Zbording e o Benfica eram uma equipa. Pois é, dói. Dói e de que maneira. Então agora a melhor equipa do campeonato do momento são duas. E o que custou colocar o nome do Glorioso ali no meio. Já dava muito nas vistas vir dizer que era o super, mega Zbording. Colocassem os microfónes na boca do esquizofrénico mor que com certeza a resposta seria: o Zbording, amo de paixão e pelo Zbording sou capaz de dizer tudo. Para essa criatura não existe noção do ridículo.
Outra:'Estofo de campeão quer dizer muita coisa'. Onde é que eu já ouvi isto? Traz-me à memória velhas recordações. Começou meus amigos o discurso dos tomates apertados. Já pia fininho, fininho, fininho. Já só falta ajoelhar.
Outra:'O futebol é isto'. Ah pois é. É isso e muito mais.
Outra:'Merecíamos a vitória'. Vocês mereciam a vitória e nós o primeiro lugar. Muito obrigado da parte que me toca.
Outra:'Hoje perdemos amanhã perdem outros'. E eu acrescento: 'E depois de amanhã perdem vocês de novo e depois de depois de amanhã os outros novamente. É a chamada dança da derrota'. Uma boa dança para que o Glorioso siga galopante a sua caminhada triunfal deixando dragartos cada vez mais longe. Assim tem sido e tem sido lindo de ver.
Outra:'O Zbording tem alma para estar na frente'. Essa dou de barato. Não vou estar aqui a discutir assuntos metafísicos. Não hoje. Podia discutir mas não acho que seja o momento apropriado. Fiquem com a alma mas juntem-lhe também os braços. Não se esqueçam dos braços. Mas o que é evidente é que faltam os pés e porque não dizer a cabeça. E sem pés meus amigos estar na frente é uma miragem.
Outra:'A pressão para nós é muito boa'. Viu-se. Tão boas que saiem essas pérolas. Tomates apertados que até esguincha feito o presimente.
Cada goleada do Glorioso é mais um apertão que se lhes dá. Há que continuar!