Últimas indefectivações

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Empate...

Chaves 0 - 0 Benfica B

Hoje, tivemos alguma sorte, o Chaves fez mais pela vitória, mas jogámos certinho e estamos claramente mais consistentes...

Sem título


"... Porque, muito sinceramente, me apetece repetir o da semana passada, que já era uma repetição da anterior. 'Vamos melhorar', estou cada vez mais convicto!
A receita é simples, caso necessite de ajuda: Junte uma pitadas de reconhecimento da competência da equipa técnica e do plantel, uma colher de paciência, uma mão-cheia de esperança e uma dose de noção dos constrangimentos que a equipa tem atravessado. Remova o pessimismo, elimine excrescências fatalistas e evite identificar pontos fracos. Deixe apurar e junte-lhe benfiquismo a gosto. Quando a mistela estiver avermelhada, inspire-se na combatividade e no foco manifestados por Jorge Jesus e Otamendi na flash interview após o jogo com o Famalicão para decidir quando dar por concluída a poção. Ingira-a sem privações e deixe-se iludir, pois a ilusão, como disse Balzac, é uma fé desmedida, à semelhança, acrescento eu, do benfiquismo.
E assim consiga a nossa equipa reencontrar-se, começar a somar vitórias e restaurar os níveis de confiança, assistiremos a uma erupção de benfiquismo, qual lava imparável e indomável, a fazer de cada casa onde haja um benfiquista epicentro de entusiasmo e crença num Benfica ganhador. É sobejamente conhecido efeito que isso provoca no outro lado da 2.º Circular: Se a Luz é Vesúvio em actividade, o José Alvalade torna-se Pompeia.
'Vamos melhorar' é o meu mantra, pois prefiro a desilusão à resignação. Acreditar é um acto de benfiquismo; nunca desistir, uma obrigação. Cinjamo-nos a factos: quando escrevi a crónica da semana passada, não dependíamos de nós próprios para alcançarmos o 2.º lugar, como é agora o caso. Façamos o nosso trabalho e aproveitemos as eventuais oportunidades.
Somos o Benfica!"

João Tomaz, in O Benfica

Faltamos nós


"No passado 5 de Fevereiro, a equipa principal de futebol do SL Benfica empatou a zero, na Catedral, com o Vitória SC, de Guimarães. Remates foram mais de duas dezenas, cantos ficaram pelos 9, oportunidades claras, uma mão-cheia, e quanto à posse de bola, 65%. Era jogo para dar resposta, para ganhar, mas deu empate, e ficámos mais longe do 1.º lugar. O que é que faltou? Os especialistas dizem que faltou eficácia, que este não é o Benfica que devia estar a arrasar e a jogar o triplo. Tudo certo, não há como contesta a realidade do jogo jogado.
O que eu contesto é a análise às causas. Horas e horas de 'debate' televisivo, páginas e páginas de comentários e posts em blogues e nas redes sociais apontam como razões para os maus resultados 'a falta de qualidade dos jogadores', 'Jorge Jesus estar diferente' ou 'a direcção não estar a fazer o seu trabalho'. Acharia divertido, se não fosse tão ridículo.
Já o escrevi aqui muitas vezes e já o disse também na antena da BTV: todos temos formas diferentes de viver o Clube, mas insultar quem veste a nossa camisola e está à frente dos nossos destinos é só triste.
Menoriza-se o impacto da covid-19, aponta-se o dedo constantemente às opções da equipa técnica, cataloga-se como falhadas algumas contratações, todos acham que fariam melhor, mas será mesmo assim? Querem mesmo saber o que falta?! Além de estar solucionada toda a conjuntura pandémica que estamos a experimentar, faltamos nós, os adeptos.
Alguém tem dúvidas de que, no jogo com o Guimarães, com o estádio cheio, a atacar para a 'baliza grande', obrigados a vencer, e empurrados pelas nossas vozes, a bola não entrava? Entrava, sim. E mais do que uma vez.
O clube do povo sente a falta dos seus. Claro que podemos criticar e exigir mais, mas acima de tudo sentimos falta de puxar pelos jogadores em campo. E acredito que eles também tenham saudades nossas."

Ricardo Santos, in O Benfica

Sei que precisas de mim, Benfica


"Tenho recebido, ao longo das últimas semanas, mensagens de dezenas de benfiquistas naturalmente insatisfeitos com o momento actual, à procura de trocarem ideias que ajudem a explicar a quebra tão brava que vem afectando o Benfica há cerca de um ano. Em todas essas conversas existe um ponto de acordo comum: a ausência de adeptos nas bancadas prejudica mais o Benfica do que qualquer outro clube.
No FCP, os cânticos de apoio à equipa antes e depois do afastamento dos adeptos dos estádios mantêm-se exactamente na mesma. É verdade que já não é possível escutar as tradicionais melodias cantadas ao ritmo de insultos ao Glorioso, mas até que ponto essas canções motivam os jogadores? Será que o Marega tem saudades de correr no relvado enquanto a minha mãe é ofendida? Não acredito. O Marega sabe lá quem é a minha mãe.
No caso do Sporting, a equipa até tem sido beneficiada com as bancadas despedidas. Para o guarda-redes Adán, é muito mais confortável participar num jogo sabendo que não existe qualquer possibilidade de ser atacado com uma chuva de tochas vindas de trás da baliza. O treinador Rúben Amorim sabe que se deslizar não corre perigo. Se há uns anos um treinador sportinguista levou com um cinto em cima por falhar os objectivos, nem consigo imaginar que fariam a um treinador fanático pelo Benfica. Assim, com as pessoas confinadas em casa, o Rúben pode estar descansado.
O Benfica, sim, está muito mais frágil desde que o hino passou a ser tocado sem cachecóis no ar. Falta paixão, falta chama, falta mística. Agora, sei com toda a certeza: o Benfica faz-nos muita falta, mas nós também fazemos muita falta ao Benfica."

Pedro Soares, in O Benfica

Não desistir!


"Em 2015-16, depois de começar mal e deixar-se atrasar na classificação, o Benfica empreendeu uma sequência de 25 vitórias em 26 jornadas, que acabaram por lhe valer o tricampeonato. Em 2018-19, à 15.ª jornada, os encarnados encontravam-se em 4.º lugar, a 7 pontos da liderança, mas uma série de 18 vitórias em 19 jogos ainda permitiu a 'Reconquista'. Ou seja, em dois dos últimos três campeonatos ganhos pelo Benfica, houve fases da época em que tudo parecia perdido, e foi com segundas voltas fortíssimas que acabamos por ser felizes quando realmente interessava:  no fim. Aliás, bem ao invés do que nos sucedeu no ano passado - o qual a dada altura chegou a parecer um passeio rumo ao título, e acabou como se viu.
Bem sei que a desvantagem pontual é agora maior do que em qualquer uma dessas situações. Mas também sei que, se vencemos todos os jogos até final, garantimos, pelo menos, o acesso directo à fase de grupos da Liga dos Campeões (que vale ouro). E seguramente adensarmos a ansiedade do Sporting, com uma equipa bastante jovem, com um banco limitado (num contexto em que a qualquer momento uma equipa pode ver-se dizimada), com um treinador ainda pouco experiente, com a pressão gigantesca de quem não é campeão há quase vinte anos - e que, além da Luz, ainda tem de visitar, por exemplo, o Dragão e a Pedreira.
É muito difícil? Sim. É impossível? Não!
Temos de ser frios e saber esperar. Não olhar para a tabela, e seguir vitória a vitória, garantindo o que depende de nós, mantendo-nos sempre à espreita de um eventual colapso do rival, lisboeta que, não sendo certo, pode vir a acontecer."

Luís Fialho, in O Benfica

Jesus voltou


"Jorge Jesus regressou, e o Benfica voltou a ganhar. Com uma exibição sólida, marcámos dois bons golos e conseguimos controlar o jogo frente ao Famalicão, a equipa-sensação da época passada. Ou seja, arrancámos bem a 2.ª volta. Escrevo este artigo antes de o Sporting jogar com o Gil Vicente. Estamos a 3 pontos do 2.º lugar e a 8 do 1.º lugar. Faltam 16 jornadas, todas elas verdadeiras finais, com 48 pontos em disputa, mas com a ambição de sempre. Temos a vantagem de receber em casa os nosso dois principais rivais, Sporting e FC Porto. Reconheço que temos a complexa deslocação a Braga, onde defrontaremos uma equipa que está cada vez melhor. Sem esquecer as viagens a Paços de Ferreira, cuja carreira sensacional é uma evidência, e a Guimarães, na última jornada. Sabemos que a 2.ª volta da Liga é sempre mais complicada, pois quem luta para não descer usa as armas que tem, quem luta por um lugar na Europa faz o mesmo, e a disputa pelo título é muito acesa até ao fim. A nossa exibição frente ao Famalicão foi um bom sinal. Conforme explicou Jorge Jesus, fomos arrasados pela covid-19, mas agora, que voltamos a estar todos juntos e já sem esse inimigo pela frente, podemos arrancar para a segunda metade da época bem mais fortes. Até porque chegou mais um reforço de peso - Lucas Veríssimo. Apesar do nosso atraso pontual, que foi bem explicado pelo nosso treinador, só alguns intelectualmente desonesto pode desvalorizar o surto que se abateu sobre o nosso grupo de trabalho. Quase ninguém escapou! Ensinaram-nos os especialistas que na alta competição os efeitos nos futebolistas que contraíram a covid-19 podem ser devastadoras. Apesar de serem atletas jovens, ninguém está a salvo de complicações em quatro órgãos e sistemas - respiratório, cardiovascular, músculo-esquelético e imunológico. Por isso, o nosso Departamento Médico e o Benfica Lab, duas estruturas servidas por profissionais de enorme competência, têm sido fundamentais, e o seu trabalho deve ser louvado."

Pedro Guerra, in O Benfica

Mãos à obra!


"Não importam as dificuldades nem os confinamentos, desconfinamentos e reconfinamentos alternados que a todos baralham e não são desculpa para ninguém. No fim do dia, com maior ou menor esforço, os resultados têm de aparecer, porque, se há lições que a escola deve ensinar, as da vida são as principais para a formação humana de cada um e cada uma de nós. E esta geração escolar, se, por um lado, tem o ónus de atravessar uma pandemia histórica, por outro, tem o condão de se poder revelar e descobrir em si mesma forças e expedientes que não imaginava ter. Por isso, nos projectos socioeducativos da Fundação, a palavra de ordem é 'mãos à obra', e ninguém fica para trás a menos que queira. Em conjunto com as escolas e com os nossos parceiros, temos feito de tudo para assegurar condições dos projectos, seja no terreno, com a bola a rolar e os corações a sorrir, como tão bem iniciámos este ano lectivo, seja temporariamente à distância com objectivos individuais e actividades adaptadas ao aperfeiçoamento e melhoria continua de todos os nossos jovens nos planos escolar e desportivo.
Eles, os jovens, ansiosos que estavam de voltar a jogar e ciosos que estão de não perder a sua posição no projecto Para ti Se não faltares!, também têm dado tudo de si para conseguirem ultrapassar as novas barreiras que a vida a todos impõe. Fazem-no com mérito e às centenas. Conquistam resultados à altura, sem se escudarem em desculpas. Recebem e exibem prémios de desempenho de olhos postos no próximo período e sonhando com um lugar nas colónias de férias e nas selecções de futsal. Que 2021 seja o ano de ver esses sonhos realizados e que os nossos jovens mostrem a todos que estão à altura dos desafios e qe aprendem esta lição de vida que lhes será útil pela vida fora!"

Jorge Miranda, in O Benfica

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"5
A magistral jogada de Everton no início do jogo com o Famalicão resultou no 10.º golo de Darwin na temporada. Everton tem agora 5 assistências, e só o jovem uruguaio (8) e Rafa (6) fizeram mais;

60
Anos desde que o Benfica não teve uma grande penalidade assinalada a seu favor na 1.ª volta do campeonato, um registo inacreditavelmente repetido em 2020/21, dadas as situações ocorridas e o facto de ser a 2.ª equipa com mais acções na área adversária da Liga NOS Note-se, no entanto, que então cada volta tinha menos 4 jornadas que na actualidade e não havia videoárbitro;

150
Jorge Jesus chegou às 150 vitórias no campeonato nacional ao serviço do Benfica. Fê-lo em 202 partidas, com uma percentagem de triunfos de 74,26%, a segunda melhor entre os treinadores benfiquistas com mais de 100 jogos na prova. Os 2,76 golos marcados por jogo com Jorge Jesus são o melhor registo desde Jimmy Hagan (2,8);

157
Pizzi passou a ser, a par de Cardozo, o 3.º futebolista com mais jogos pelo Benfica no actual Estádio da Luz (incluindo particulares) e está a apenas 12 de alcançar o 2.º, Maxi Pereira. Considerando todos os palcos, ultrapassou também o paraguaio no ranking e é agora, com 337 jogos, o 37.º:

200
Jogos de Grimaldo de águia ao peito, incluindo particulares. É o 93.º no ranking e o 5.º considerando apenas os elementos do actual plantel (precedido por Pizzi, Jardel, André Almeida e Samaris);

2508
Vertonghen foi o 1.º do plantel a superar os 2500 minutos de utilização nesta época em competições oficiais (inclui tempos adicionais), Darwin, Vlachodimos, Rafa e Everton são os restantes a superar os 2 milhares de minutos."

João Tomaz, in O Benfica

Só mais um !!!

 


Polvo das Antas, in Facebook

Festival !!!


"O Conselho de Arbitragem achou por bem enviar amanhã uma delegação dos Super Dragões para Moreira de Cónegos. É que é tudo Andrade! TUDO! Árbitro, fiscais, 4ºárbitro, var...QUE FESTIVAL! 
"Manuel Oliveira, árbitro da AF Porto, foi nomeado pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol para apitar o Moreirense-Benfica, jogo da 19.ª jornada da Liga NOS, às 20h15 de domingo, 14 de fevereiro, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
O juiz do encontro vai ter Tiago Leandro e Nélson Cunha como assistentes e Cláudio Pereira no papel de quarto árbitro.
O videoárbitro (VAR) será Fábio Melo, e o assistente (AVAR) Rui Licínio.""

Está montado o circo, mandem entrar os palhaços


"Há dias, Renato Paiva, antigo treinador do Benfica B e atualmente ao serviço do Independiente del Valle, no Equador, comentou a postura do FC Porto no futebol português, dizendo que «a história deles é aquela maneira de eles verem o contra tudo e contra todos, os coitadinhos, os Calimeros» e prosseguiu «encontraram uma 'mola' que os motiva e isso perdeu-se. Durante algum tempo perdeu-se. Agora recuperaram e voltou a choradeira. Não se pode expulsar um menino do FC Porto porque é uma vergonha, porque no banco do FC Porto podem estar 150 gajos em pé e se não puderem estar em pé ninguém gosta do FC Porto, é uma vergonha, é a capital, é o governo». Na mouche!
O modus operandi é sobejamente conhecido, porém, este ano está a atingir proporções insustentáveis. O motivo é de fácil entendimento: lutam desesperadamente pelo ar que necessitam para respirar. Mas sobre o Relatório & Contas deste semestre debruçaremo-nos numa próxima publicação.
Hoje falaremos apenas do – triste - espetáculo circense com que o FC Porto vestiu o estádio do Dragão para a receção ao Boavista FC. Mais um, depois da infame tarja que orgulhosamente ergueram no último jogo do campeonato nacional de 2018/19, no jogo diante do Sporting, onde visaram árbitros, o empresário César Boaventura e também figuras da sociedade, como António Costa. Relembramos que o FC Porto acabou por ser multado unicamente em estonteantes 1150 euros pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol. Inenarrável.
Os dirigentes FC Porto, assim como os seus adeptos, nomeadamente a sua claque legalizada, gozam de um sentimento e prática de impunidade por responsabilidade direta do Governo e de quem devia tutelar o futebol português, mas que opta por assobiar para o lado perante a constante coação despudorada desta corja.
Não é preciso ter-se dons de futurologia para prever o que irá acontecer com as tarjas do «basta», hoje colocadas no estádio do Dragão. Como é que o Manuel Mota, árbitro nomeado para o jogo, irá arbitrar num ambiente hostil destes? Não se sentirá condicionado? Será difícil de prever que, caso não assinale - mais - um mergulho escandaloso do Taremi ou o jogo não corra de feição ao clube da casa, amanhã verá o seu talho ser novamente vandalizado? Por mais imune que seja à pressão, estes “fantasmas” afetam sempre, nem que seja inconscientemente.
Há três dias Pinto da Costa disse querer «paz no futebol». Hoje presenteia a classe da arbitragem com tarjas grosseiras de intimidação. A Liga Portugal irá permitir que o jogo se realize perante este manto de coação? E os patrocinadores MEO e Super Bock, cujos logótipos se encontram estampados nas tarjas, apoiam a causa? Seria interessante saber.
Basta, dizemos nós!"

Basta!

 


Basta


"Basta de FC Porto;
Basta de um clube que adultera a data de fundação;
Basta de “Quinhentinhos”;
Basta de Agências Cosmos;
Basta de conselhos matrimoniais;
Basta de corrupção;
Basta de fruta e café com leite;
Basta de suicídios em que não se encontra a arma;
Basta de crime organizado;
Basta de emails roubados e truncados;
Basta de jornalistas ao serviço;
Basta de PJs com a missão de "arrumar com o Benfica;
Basta de controlar tudo a nível regional (juízes, procuradores, polícia, etc.);
Basta de Unilab; Basta de coação;
Basta de pressão e intimidação;
Basta de 1 penálti a cada 2 jogos;
Basta de castigos de 1 jogo por agressões;
Basta de treinadores expulsos sem consequências.
Continuem..."

A possibilidade de (mais) uma qualificação milionária falhada | SL Benfica


"Para Jorge Jesus, o campeonato continua a ser a prioridade do SL Benfica. Interessava – ainda que não seja dos seus interesses – que quem de direito dentro da tão afamada estrutura encarnada viesse a público, com a coragem que tem faltado dentro e fora de campo, admitir que por “campeonato” entende-se a qualificação para a Liga dos Campeões.
Essa é a verdadeira luta das “águias” até final da temporada, secundada pela Taça de Portugal. Acreditando, e desejando, que o FC Paços de Ferreira e o Vitória SC vão manter-se próximos de FC Porto, SC Braga e SL Benfica no campeonato remanescente, serão, assim, cinco os candidatos a dois postos de qualificação para a Liga dos Campeões – com apenas um a entrar de forma direta.
Como tal, o SL Benfica terá que ser melhor, pelo menos, do que três dos quatro opositores. Previsivelmente, sê-lo-á. Mas… e se não for? E se, chegado o final da jornada 34 da Primeira Liga 2020/2021, as “águias” não estiverem em lugar de acesso à próxima edição da prova milionária?
São “ses” que podem bem ser “quandos” se a qualidade e a constância exibicionais da turma da Luz não sofrerem melhorias significativas muito em breve. Após uma qualificação falhada para a prova maior de clubes europeus na presente época, em claro contraciclo com o avultado investimento feito, absurda, desnecessária e infrutiferamente, pela (falta de) direção encarnada, uma repetição do caso será desastrosa.
As nocivas consequências desportivas, financeiras, financeiras logo desportivas e desportivas logo financeiras serão bastantes e terão repercussão nos anos sequentes. A não qualificação para a Liga dos Campeões por duas épocas aumentará a suspeita de adeptos e sócios, suspeita essa já bem vincada em alguns aglomerados de benfiquistas.
Incutirá, igualmente, desconfiança nos principais patrocinadores, que, seguramente, começaram a indagar-se se fará sentido apostar num clube que não marca presença na principal montra financeiro-desportiva da Europa. Num momento em que é difícil prever quando voltarão a surgir, sobretudo de forma significativa, as receitas de bilhética, manter os principais patrocínios é fundamental.
Atrair jogadores que possam ser mais-valias para a equipa e para o campeonato português tornar-se-á, também, mais complicado. Uma equipa pouco apelativa num campeonato cada vez mais poluído não é propriamente o sonho dos jogadores de gama, digamos, média-alta.
A ausência da Liga dos Campeões associada à incapacidade de contratar jogadores de considerável gabarito implicará, inevitável e invariavelmente, a definitiva adoção da estratégia de aposta na formação. No entanto, será muito difícil manter os jovens de maior potencial – como já se vê com Ronaldo Camará – e contratar outros que recheiem o Benfica Futebol Campus de qualidade para o futuro.
Os jovens formandos do Seixal começam a perceber que, permanecendo nas “águias”, ou não serão aposta de Jorge Jesus ou, sendo-o, vão viver uma fase complicada do clube, caso, lembro o cenário hipotético em jogo, os encarnados voltem a falhar a fase de grupos da liga milionária.
No entanto, as mudanças profundas não deverão impactar apenas a equipa, mas todo o clube. Apesar de estarmos ainda na ressaca das eleições presidenciais de outubro de 2020, a liderança, cada vez menos pujante, de Luís Filipe Vieira ficará bastante enfraquecida com nova ausência da Champions. Com isso, também as posições dos seus eleitos (incluindo JJ) ficarão comprometidas.
Tudo pode ruir. São previsões fatalistas, claro, mas que não me parecem de todo irrealistas – e as que constam no parágrafo anterior seriam até positivas, na minha opinião, num sentido de “mal que viria certamente por bem”. Pode, também, “a coisa endireitar-se” até ao término da temporada – que nunca deixará de ser um fracasso.
Ainda está em aberto – e em fogo – a luta pelos lugares de acesso à Liga dos Campeões. É esperar para ver e desejar que nada do escrito acima venha a suceder nos tempos próximos ao Sport Lisboa e Benfica."