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segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Resumo...


De Ferro e cal!

"O Sport Lisboa e Benfica tem, no seu plantel, vários jogadores merecedores de renovação de contrato. Ultimamente, o clube encarnado tem negociado extensões de contrato com variados jogadores do plantel e um dos visados foi Francisco Ferreira, mais conhecido por Ferro.
Ferro é um dos que chegou à principal equipa das águias via Bruno Lage, sendo mais uma aposta do SL Benfica na formação. A realizar a sua segunda temporada ao serviço dos encarnados, as boas exibições do jovem defesa central já lhe valeram a convocatória para a selecção nacional de Fernando Santos, ainda que não se tenha estreado com a camisola das quinas.
Na temporada transacta, entre jogos na II Liga, Liga Europa, Taça de Portugal e Primeira Liga, Ferro disputou 37 jogos, tendo apontado três golos. Esta época, a sua importância na defensiva encarnada manteve-se e já conta com 12 jogos, tendo marcado um golo. O golo apontado por Ferro foi marcado na vitória por uma bola a zero no terreno do Tondela. Esse mesmo tento foi apontado na actual jornada e foi fulcral, uma vez que permitiu ao Benfica partilhar o primeiro lugar do campeonato com o Futebol Clube do Porto.
Na presente época, o número 97 dos encarnados tem sido um dos centrais de eleição de Bruno Lage, que só prescindiu do jovem por duas ocasiões: na derrota frente ao Zenit por três bolas a uma e no nulo para a Taça da Liga frente ao Vitória Sport Clube. Em ambos os jogos, o seu substituto foi mesmo Jardel, que é um dos capitães da equipa da Luz.
Em Fevereiro passado, o jovem de 22 anos já tinha visto o seu contrato melhorado, mas a sua preponderância no eixo defensivo dos encarnados valeram-lhe mais uma melhoria no contrato. Assim, o parceiro de Rúben Dias passará a receber qualquer coisa como cerca de 600 mil euros brutos anuais, muito mais que no anterior acordo. Em troca, o vínculo ao SL Benfica estende-se por mais uma temporada, até 2024, e a cláusula de rescisão também aumenta, para valores astronómicos: 120 milhões de euros!
No Benfica desde os iniciados, Francisco Ferreira é um menino da casa e mais um talento que sai, com sucesso, do Caixa Futebol Campus. A formação encarnada tem vindo a dar frutos e prova disso é a quantidade de jovens jogadores no plantel principal que fizeram a sua formação no clube. Nomes como Florentino Luís, Rúben Dias ou Gedson Fernandes constam no plantel do glorioso para o ataque ao “38” e todos eles são “made in Benfica”.
Certo é que as renovações no plantel não deverão ficar por aqui, até porque Luís Filipe Vieira e a restante estrutura, têm casos pendentes com peças chave do xadrez de Lage."

Recordar Rui Manuel Trindade Jordão

"Sempre foi homem diferenciado no talento que impunha em cada intervenção, senhor de classe como só os grandes a têm; Um dos únicos que olhou o futebol como arte e o tratou como tal, nunca se expondo demasiado na expressão do seu estilo e da sua personalidade. Aos 37 anos, 1989 contava-se no calendário, decidiu pendurar as chuteiras e pegar nos pincéis, afastando-se totalmente dos relvados e de todo o fenómeno.
A sua relação com o SL Benfica é de eterna consideração de parte a parte, de valorização do homem e da sua conduta enquanto atleta da instituição: sempre se portou à altura dos pergaminhos encarnados e, dentro do campo, destacou-se como um dos melhores avançados de sempre do futebol português e o real sucessor de Eusébio: as duras lesões e terrível aventura em Saragoça impediram ainda mais o engrandecimento do mito. O argentino Arrua não suportou partilhar o protagonismo e tratou de escorraçar o luso-angolano, dando origem ao pedido de ajuda enviado ao fim de uma época (33 jogos, 14 golos) para Lisboa.
É esta sucessão de acontecimentos que dá origem a mais um tiro nos pés da direcção de Ferreira Queimado e Romão Martins, director à época para o futebol profissional: da capital portuguesa foi enviado como resposta um rotundo «Não» e o Sporting, no coração de Jordão desde tenra idade, aproveitou a oportunidade. Tudo isto depois de se ter rejeitado o regresso pronto de Eusébio da Silva Ferreira, que ao ouvir que a direcção do Benfica lhe queria oferecer um contrato… à experiência, não tolera a ofensa e assina com o Beira-Mar.
Jordão assina com o Benfica em 1970, vindo do Sporting Benguela e valendo aos seus cofres a quantia de 30 contos. Passa uma época ás ordens de Ângelo Martins, bi-campeão europeu, na equipa de júniores, onde o seu rendimento fantástico o leva rapidamente à equipa de reservas e, um ano depois, aos AA, em jogo a contar para a Taça de Honra da AF Lisboa contra o rival predilecto – 2-1 e um golo da sua autoria.
Dez dias depois, Jimmy Hagan estreia-o nas competições europeias numa vitória com o Innsbruck (0-4) na Aústria. Foi com naturalidade que, aproveitando a expectativa à sua volta, aproveitou o tempo de jogo cada vez maior para avançar na sua evolução como futebolista e na estatística do golo, até se estrear como guardião da Bola de Prata, em 1975/76, quando faz 30 golos em 28 jogos.
Até esta altura, Rui Jordão era um dos adorados do Terceiro Anel, fazendo parte do melhor plantel de sempre, onde era um dos constituintes da melhor linha avançada que a Luz já presenciou – havia no plantel, além dele, Simões, Eusébio, Artur Jorge, Vítor Baptista e Néné – e o papel de sucessor da Pantera Negra era uma realidade, onde só a imaginação nos pode dar uma ideia do que teria sido a sua permanência na Luz durante toda a carreira: vê-lo no outro lado da segunda circular foi uma facada demasiado grande para massa adepta, que nunca perdoou a direcção pelo sucedido.
Em cinco temporadas de vermelho, ganhou quatro campeonatos e uma Taça mas mais que os títulos conquistados, ficou sempre a imagem de um homem íntegro e merecedor de toda a reverência que lhe prestavam os fiéis seguidores benfiquistas.
Guardam-se as memórias de um homem que sempre se destacou por perceber, em primeiro lugar, que o exagero das emoções no jogo eram caminho para outros e que a irracionalidade era coisa apenas para dentro de campo. Nunca se apaixonou verdadeiramente pelo fenómeno e assim fugiu para as telas, que se tornaram demasiado pequenas para o seu gigantesco talento, que lhe permitiu ser também uma lenda na pintura. Até já, Senhor Rui."

Sacríficio, compromisso, abnegação, entrega, sangue, suor e lágrimas. Futebol é que está quieto: eis Seferovic (...)

"Vlachodimos
Vlachodimos deverá ter pensado que talvez nos fizesse bem deixar entrar uma.

André Almeida
Depois de alguns meses a recuperar de uma fractura de stress, André Almeida arrisca-se agora a sofrer uma fractura de depressão, tal é o misto de angústia e tristeza provocado por exibições como a de hoje. Veremos se recupera a tempo do jogo na quarta-feira. Ele e nós.

Ferro
Marcou um golo preciosíssimo e deu mais um dois a marcar.

Rúben Dias
Que Rúben Dias vista o fato-macaco para uma tarde de trabalho em Tondela não é exactamente novidade para os benfiquistas. A surpresa dá-se quando Rúben olha em redor e, onde antes encontrava pensadores e artistas, vê mais dez tipos que pareciam saídos de uma oficina de bate-chapas, alguns deles a seguir ao almoço.

Grimaldo
A reedição da dupla com Cervi mostra alguns sinais prometedores, isto sem sequer terem passado do meio-campo juntos na 2ª parte.

Florentino
Interessante. Não lhe conhecia esta faceta de atracção pelo abismo. Passámos perto de 65 minutos a tentar adivinhar o que iria acontecer primeiro, se um golo do Tondela se a expulsão do Florentino. Felizmente nenhum dos cenários se confirmou, mas abusámos duplamente da sorte.

Gabriel
Intensidade e clarividência quanto baste para ser o melhor em campo. O papel de irmão mais velho do Florentino assenta-lhe muito bem. Só faltou um safanão bem dado ao miúdo.

Pizzi
A imagem de Pizzi sentado no banco aos 92 minutos a abanar a cabeça perante o triste espectáculo no relvado somos todos nós cuja paixão clubística nos obrigou a assistir a este jogo.

Cervi
Foi preciso ir à Petit Patapon do Fórum Viseu buscar um fatinho-macaco para o nosso titular da Champions, que hoje se viu subitamente atirado para o papel de titular num jogo da Liga NOS. Ao invés da arrogância dos génios reservados a palcos maiores, o argentino soube laborar em função da estratégia de Bruno Lage para este jogo, que consistiu em infligir o maior sofrimento possível aos olhos dos adeptos do Benfica.

Taarabt
Imaginem Simon e Garfield, Bonnie e Sócrates, Ike e Maria Leal, João Gilberto e um reco-reco, enfim, tudo duplas que, ainda assim, se entenderiam melhor do que Taarabt e Seferovic. 

Seferovic
O do sacríficio, a capacidade de luta, o espírito de compromisso, a abnegação, a disponibilidade para sofrer, o espírito de missão, a entrega inabalável, o sangue, o suor e as lágrimas. Futebol é que está quieto.

Chiquinho
Quando o futebol jogado é tão pobre, ter alguém como Chiquinho em campo pode ser perigoso. A sua vontade excessiva de ganhar e contribuir com acções ofensivas quase desequilibrou a equipa, que procurava a todo o custo segurar o resultado.

Vinícius
Nada contra ele, que tem claramente talento para mais, mas a sua entrada teve o sentido de oportunidade de um fã do Netinho num concerto do Leonard Cohen.

Gedson
O cabelo saudável do Gedson deu-me uma ideia. Se a relva do nosso estádio não só não permite que pratiquemos bom futebol como inclusivamente nos priva dos melhores jogadores, por que não aceitar a tal interdição por meia dúzia de jogos e aproveitar a relva de outros campos?"

Assalto à liderança – Curtas de Tondela

"Sexto jogo em oito sem sofrer golos – Da segurança defensiva (e ineficácia adversária, afinal o Tondela criou mais que os encarnados) se tem valido o Benfica para continuar a somar pontos. São sete vitórias em oito jogos, mesmo somando exibições cinzentas como a desta tarde em Tondela.
- O regresso de Chiquinho é a melhor notícia dos últimos tempos no Benfica. Só a forma como recebe a bola demonstra como é diferente, para melhor da grande maioria dos colegas – Muito do que o Benfica possa evoluir ofensivamente passará pela tremenda qualidade do seu refinado médio centro;
- Incapacidade muito grande para ligar as jogadas – Os posicionamentos habituais repetem-se, mas mais do que nunca há decisões com bola que se vão precipitando;
- Apesar dos muitos pontos somados, começa a tornar-se claro a dificuldade que o Benfica tem na fluidez do seu jogo ofensivo. São demasiados os jogadores que vêm sendo chamados a jogo com uma quase total incapacidade para errar pouco – Na decisão e no gesto técnico. É tremendamente difícil conseguir essa fluência ofensiva quando se depende de Seferovic, Pizzi ou Cervi no último terço – Jogadores com percentagens de perdas elevadíssimas para um nível Benfica. Sem reduzir erros em posse, torna-se difícil manter o jogo instalado no meio campo adversário, e a equipa passa o tempo todo a alternar entre posicionamento ofensivo e defensivo;
- A perda da fluidez que obriga a equipa a constantes transições, torna também do ponto de vista físico o jogo de maior dificuldade – Aumenta o desgaste – pioram as decisões;
- A lesão de Rafa retirou ao Benfica o único jogador da equipa com desequilíbrio individual, e Bruno Lage terá de reinventar o futebol dos encarnados sob pena de a perda de pontos estar ai ao virar da esquina;
- Nível elevadíssimo – o habitual – de Rúben Dias nos momentos defensivos – Organização e Transição – foi também determinante para o sucesso de uma equipa que parece desconfiar de si própria."

CD Tondela 0-1 SL Benfica: Valeu a cabeça de Ferro

"O Sport Lisboa e Benfica deslocou-se ao Estádio João Cardoso para defrontar o Clube Desportivo de Tondela. Um jogo onde a equipa da casa procurava manter-se no segundo pelotão do campeonato e os visitantes procuravam continuar colados na liderança da Liga.
Natxo González optou por lançar um 5-2-3, abdicando do médio Jaquité em prol do central P. Sampaio. Não podendo contar com o suspenso Pité também deixou no banco J. Toro e T. Strklj, apostando na velocidade de um trio de ataque formado por Xavier, Murillo e Denilson.
Já Bruno Lage, perante as ausências de Rafa e Raul de Tomas, lançou Cervi na esquerda e Taarabt como terceiro médio. A minha primeira curiosidade prendeu-se logo no tipo de posicionamente que Taarabt iria ter, se mais recuado na primeira zona de construção ou se mais próximo do avançado e das zonas de finalização.
O jogo arrancou com um sinal muito positivo dos encarnados. Com uma pressão alta e colectiva, muito possível pela subida no terreno de Taarabt e a presença de Cervi, permitiu que a equipa de Bruno Lage não fosse deixando o adversário ter bola e o fosse empurrando cada vez mais para a sua área. Contudo essa foi uma pressão que não levou perigo à baliza de Cláudio Ramos e em 10 minutos o CD Tondela adaptou-se e as jogadas de perigo surgiram sim na baliza de Vlachodimos. Duas grandes defesas do guardião grego precederam o 0-1 encarnado num lance de canto finalizado por Ferro.
Apesar do golo do SL Benfica o jogo manteve o mesmo ritmo. O SL Benfica com mais bola e o Tondela a criar jogadas de maior perigo.
Foi uma primeira parte de sinal positivo da equipa da casa e com mais uma exibição preocupante por parte do SL Benfica. A pressão alta não foi acompanhada pela linha defensiva que várias vezes ficou exposta aos três homens de ataque da equipa de Natxo González.
No SL Benfica Cervi foi uma ausência ofensiva e Pizzi acabou por ter de ir para esquerda de forma a tentar dinamizar aquele lado do ataque. Florentino no meio-campo foi quase um desastre – faltas consecutivas e perante o risco do segundo amarelo foi-se encolhendo e dando espaço ao meio-campo beirão para rendilhar mais as suas jogadas.
Na primeira parte destaco a exibição de Vlachodimos com excelentes intervenções e muita segurança e também a do médio João Pedro e do avançado Denílson. Enquanto o médio do CD Tondela conseguiu ir construindo espaço entre os médios encarnados, o Denílson ia deixando os centrais do SL Benfica com a cabeça completamente à roda.
A segunda parte tem muito pouca história. O SL Benfica começou com o controlo da bola, o qual foi muito concedido pela equipa da casa que abdicou de pressionar o adversário. Durante uns 20 minutos foi um jogo sem grande interesse. O que desde logo se notou foi o maior recuo do Florentino, que quando a equipa tinha bola ele procurava dar linhas de passe recuadas mas quando não a tinha este quase se escondia do jogo.
Com as substituições, principalmente do lado do CD Tondela, o jogo começou a agitar-se um pouco mais. O treinador dos beirões acabou por abdicar do terceiro central e fez a equipa avançar no terreno. Com o CD Tondela a pressionar mais alto e com maior capacidade de ter bola fomos vendo alguns movimentos interessantes mas quase sem criar qualquer perigo à baliza de Vlachodimos. Richard e Toro dinamizaram o futebol beirão e do lado do SL Benfica foi o Chiquinho que, saltando do banco, acabou por ir criando jogadas e momentos de finalização.
Foi um jogo onde no primeiro tempo o CD Tondela fez por merecer o empate ou até a vitória mas que no segundo tempo pouca capacidade mostrou para conseguir um resultado positivo. Do lado do SL Benfica vimos um futebol desligado e com pequenos momentos de qualidade tanto na primeira como na segunda parte. Após o intervalo a equipa não pareceu entrar em campo com grandes intenções de procurar outro golo, contentando-se com o 0-1 até ao término da partida.
Com a inexistência de Florentino destaco o jogo do Gabriel. Não foi magnifico com bola mas foi crucial no jogo sem bola da equipa.
Já na equipa da casa merecem também destaque o Xavier e o aguerrido e inconformado lateral Moufi, tanto quando jogou pela direita como quando jogou pela esquerda.

Onzes Iniciais e Substituições
CD Tondela: Cláudio Ramos, F. Moufi, Y. Tavares, B. Wilson, P. Sampaio (Richard, 81′) F. Ferreira (J. Toro, 81′), Pepelu, J. Pedro, J. Murillo, Xavier e Denilson (T. Strklj, 83′).
SL Benfica: Vlachodimos, A. Almeida, R. Dias, Ferro, Grimaldo, Florentino, Gabriel, Taarabt (Chiquinho, 65′), Pizzi (Vinicius, 86′), Cervi (Gedson, 94′) e Seferovic.

Figura
Odysseas Vlachodimos Há várias boas exibições do lado do CD Tondela mas todos foram travados pelo mesmo jogador – o guarda-redes do SL Benfica. Na primeira parte o guardião encarnado foi crucial para a equipa não ir para o intervalo a perder e na segunda parte foi seguro o suficiente, até a sair dos postes, para não permitir grandes sobressaltos na sua baliza.

Fora de Jogo
Florentino Luís Foi um jogador que no segundo tempo esteve literalmente fora-de-jogo. Um jogo desastrado do médio encarnado que poderia ter criado maiores problemas à equipa de Bruno Lage. Valeu-lhe Gabriel a condicionar o meio-campo do CD Tondela."

Cadomblé do Vata

"1. 45 minutos para marcar um golo e 45 minutos para defender um golo... é o que se chama, "fazer um Fernando Santos de belo efeito".
2. Hoje tivemos em campo Florentino, Gabriel e Chiquinho... a vantagem de jogar fora é que podemos utilizar os recém recuperados sem receio de recaídas.
3. A segunda parte foi absurdamente má, mas o Tondela só teve oportunidades no primeiro tempo... a consistência defensiva na etapa complementar ficou a dever-se à entrada do Gabriel ao intervalo.
4. Bruno Lage começa a revelar problemas em explicar aos jogadores o que pretende que façam em campo... em Tondela foi evidente que Chiquinho não entendeu o "isto hoje é só para encher chouriços, não é para jogar à bola".
5. Florentino esteve 64 minutos em campo com amarelo e não foi expulso... está escrita a linha editorial da próxima semana do F. J. Marques."

CD Tondela - SL Benfica

"Oitava jornada. Esta semana com um FC Porto - Famalicão que poderia deixar o Benfica numa liderança isolada. O Tondela surpreendeu com uma defesa com cinco homens. O Benfica trocou Taarabt pelo lesionado Rafa, Pizzi pelo Gedson e Almeida pelo T. Tavares em relação ao jogo com o Lyon. Chegámos à vitória numa bola parada. Umas notas sobre o jogo.
1. Jogo. O Tondela jogou com um bloco fechado, a defender com 11 homens atrás da linha da bola. O Benfica manteve os problemas que já conhecemos. Centrais a não intervir na construção, obrigando os médios a baixar e criando um fosso enorme entre Gabriel-Florentino e Adel Taarabt-Seferovic.
2. Rúben Dias e Ferro. Para mim os dois melhores em campo. Rúben Dias seguro como sempre. Ainda fez meia dúzia de cortes bastante bons. Ferro não tão seguro, mas com o golo da vitória num mau momento da defesa do Tondela que marcando individualmente deviam ter dado maior atenção ao Ferro.
3. Adel Taarabt. Teve um jogo apagado. Não jogou nem a médio centro, nem a avançado. Naquela posição tem que aparece entre linhas e conseguir combinações com alguém (extremos, Seferovic ou um dos médios), ao mesmo tempo que atrai um defesa e desorganiza a linha defensiva do Tondela. Mas a bola nunca entrou nele porque havia sempre pelo menos três jogadores do Tondela (os dois médios centros e o ponta de lança) entre o Taarabt e os nossos dois médios.
4. Franco Cervi. É o perfeito retrato do Benfica actual. Jogador claramente abaixo da média que é titular porque há uma falta de alternativas gritante e dentro dos jogadores abaixo da média este é o que corre mais. A bola não chega aos nossos avançados porque os jogadores que deveriam conseguir os desequilíbrios não os conseguem. Nesta altura preferia ver Grimaldo + Nuno Tavares na ala esquerda do que o Cervi.
5. Odysseas Vlachodimos. Jogo habitual dele. Tem duas defesas espectaculares. Mas depois quando vem uma bola cruzada treme que nem varas verdes.
6. Chiquinho. Entrou bem, o facto do Tondela ter mexido no sistema de jogo ajudou. Conseguiu dois remates. Num deles acho que poderia ter feito mais. Estava num 2 para 1 e poderia ter passado ao Seferovic em vez de rematar. Não foi uma exibição memorável da nossa parte. Vem sendo a tendência ultimamente e agora com a lesão do Rafa só se vai agravar.
Não foi um dia trágico porque o Tondela também não soube fazer melhor. O verão lamentável onde voltámos a vender jogadores de boa qualidade e não resolvemos os problemas que tínhamos, tendo até criado mais problemas, está cada vez mais à mostra. É o Benfica que temos."

Benfica After 90 - Tondela...

Benfiquismo (MCCCXXXVI)

Cara lavada!

Vermelhão: três pontos...

Tondela 0 - 1 Benfica


Neste momento, aquilo que podemos esperar do actual Benfica são os três pontos. E este jogo não foi 'diferente'. Com todas as dificuldades ofensivas que temos tido (e vamos continuar a ter), a chave para as vitórias, será a nossa consistência defensiva...! E hoje tirando alguns minutos na 1.ª parte, onde o Odysseas fez duas grandes defesas, fizemos o suficiente... Mesmo com algumas perdas de bola no meio-campo suicidas (com o Gabriel em destaque)!!!

A ausência do Rafa tem várias 'consequências'! Hoje, por exemplo, o Tondela 'resolveu' defender o jogo interior, o Benfica neste momento não tem extremos rápidos, os nossos Alas 'desequilibradores' são os nossos Laterais(!!!), isso facilita o plano de jogo adversário...
Aliás, o 'encaixe' no sistema de 3 Centrais do Tondela foi um dos nossos problemas nas transições defensivas, por falta de marcação nos laterais adversários...
Até entrámos bem nos primeiros minutos, chegámos com perigo à área do Tondela várias vezes, mas aqueles dois 'contras' dos Tondelenses 'assustaram' os nossos jogadores e com o golo do Ferro (de Canto), acabámos por entrar em 'modo gestão'!!! E temos que reconhecer, que o Odysseas acabou por ter uma 2.ª parte, relativamente 'tranquila'!!!

A subida do Taarabt para 2.ª avançado foi a grande novidade táctica, e não resultou! Com o Lyon, eu tinha colocado o Taarabt nesta posição quando o Rafa se lesionou, mas os Franceses davam muito espaço entre-linhas, algo que os Tondelas do Tugão nunca dão ao Benfica... O Taarabt, para fazer a diferença, quando recebe a bola, tem que ter opções de passe 'para a frente'!!!
A grande novidade 'positiva' do dia, foi o regresso do Chiquinho, e dos minutos que esteve em campo, foi notório o impacto do Chiquinho na melhoria da tomada de decisão no nosso ataque. O Chiquinho, nas recepções orientadas, nos passes, e até nos remates, tem claramente 'faro' de golo... é o único jogador no plantel que pode fazer de Félix ou Jonas, e a sua ausência tem sido demasiado sentida... Se tudo correr bem, sem o Rafa, vai ser o nosso 'pivot' ofensivo na série de jogos complicados que vamos ter pela frente!!!

A dupla Gabriel/Tino também teve muitas dificuldades. Recordo que o ano passado, o Tino só começou a jogar após a lesão do Gabriel. Com a lesão do luso-brasileiro na Supertaça em Agosto, os dois têm tido poucos minutos juntos! Um dos 'problemas' é que ambos gostam de ir 'à queima', e quando são ultrapassados, abrem um 'buraco' nas costas! É necessário melhor coordenação na 'marcação'...

Quem 'gosta' da nova companhia é o Grimaldo!!! Com o Cervi, o espanhol fica com mais 'espaço' para arriscar nas subidas... o problema são as transições defensivas!
O Macron teve um jogo relativamente fácil, tenho a certeza que nos próximos dias muito se vai falar das faltas do Florentino! Admito que em 'teoria' o Tino podia ter visto um 2.º amarelo, mas o critério durante o jogo foi consistente, para as duas equipas, perdoou vários cartões ao Tondela... e já agora no Amarelo do Tino, existe uma falta claríssima sobre o Grimaldo que não é assinalada!

Com novo jogo na Quarta e outro no próximo Sábado, ambos na Luz, contra duas equipas que 'sabem' jogar à bola, quando querem, o normal seria esperar alguma 'rotação', mas com este 'tipo' de vitórias, à justa, com exibições cinzentas, não me parece que vamos ter muitas alterações, provavelmente nenhumas... A existir, talvez lá na frente!!!