Últimas indefectivações
quarta-feira, 14 de agosto de 2019
Natal em Agosto?
"– Ho Ho Ho! Feliz Verão 2019!
– Oh diacho… estás com os copos, Pai Natal?
– Pshh cala-te e liga aí na FC Porto TV.
A eliminação do FC Porto da Liga dos Campeões foi amarga para os portistas numa multitude de aspectos, mas sobretudo num: beneficiaram o seu maior rival.
É certo e sabido que para a nação azul e branca as vitórias não têm o mesmo sabor se não forem apimentadas por desaires benfiquistas. E, nesse contexto, o inverso é o pior de todos os males: pior que uma derrota, só mesmo uma derrota que favoreça o seu ódio de estimação. Fora a humilhação própria de uma eliminação às custas de um clube que não trouxe o seu melhor jogador e cujo treinador, com apenas 35 anos, transitou das reservas na época passada (paralelismos com Lage é pura especulação), os “dragões” deram folga às renas e trouxeram no sapatinho para o Benfica a subida de potes no sorteio da fase de grupos. Foi de uma generosidade imensurável, já que nem esperaram pela próxima fase para trazer um sorriso às hostes encarnadas.
Para que tal acontecesse, o Benfica precisava que ou o FC Porto ou o Ajax fossem eliminados na 3ª pré eliminatória ou playoff de acesso à competição. Com este desaire portista, o Benfica evita (desde já) Real Madrid, Atlético de Madrid, Borussia Dortmund, Nápoles, Shakhtar Donetsk e Tottenham (finalista na última edição) no sorteio de grupos.
Mas como diria Alexandre Herculano (não percam tempo a procurá-lo no Transfermarkt), “a ingratidão é o mais horrendo de todos os pecados”, e assim sendo há que agradecer uma vez mais a Pinto da Costa e Sérgio Conceição. É que esses "mãos largas" encomendaram outra prenda antecipada ao clube encarnado: a totalidade do valor relativo aos direitos televisivos da UEFA. O Benfica, que já garantia 42,95 milhões pelo acesso à fase de grupos, recebe agora mais €1,11M (num total de 44,06 milhões de euros) do “market pool”, onde a UEFA distribui (proporcionalmente ao valor dos países) um total de 292 milhões de euros pelos 32 clubes.
Sendo a única equipa portuguesa em prova, o Benfica receberá os 100% destinados a clubes portugueses. A título de curiosidade, a UEFA faz o mesmo com a Liga Europa, onde caso Sporting de Braga e Vitória de Guimarães se qualifiquem, o valor atribuído a Portugal para esta competição terá de ser dividido pelos 4 emblemas portugueses em prova. Ou seja, ainda menos dinheiro é atribuído a cada um dos clubes nacionais. Ho Ho Ho!
Para além destes valores, acrescem as vendas de Rony Lopes (para o Sevilha) e Rodrigo (hipoteticamente para o Atlético de Madrid), que podem trazer aos cofres encarnados mais €1,15M, prevendo-se um encaixe total de €45,21M. Muito dinheiro sem sair do sofá.
Financeiramente, o Benfica vê-se assim perante uma oportunidade única para consolidar o seu domínio competitivo no panorama nacional. Há quem inclusive sugira que a ambição benfiquista poderia ser maior, isto é, pensar a nível externo (algo que já debati no artigo “O Projecto Europeu do Benfica”.
Mas perante as últimas declarações de Domingos Soares de Oliveira, fica claro que essa aspiração não tem fundamento. O Benfica, a par de Barcelona, Bayern de Munique e Real Madrid, é uma de apenas quatro equipas com presença ininterrupta nas 10 edições mais recentes da Liga dos Campeões. Esta assiduidade atrai novo talento ao clube, que vê com bons olhos ingressar numa equipa que constantemente se mostra no maior palco do futebol europeu (temos pena, Nakajima). Mas, por força do poderio económico de outras ligas, esse talento nunca é de nível mundial, também por culpa da pouca competitividade da nossa liga (“pouco atraente”, como foi aliás mencionado pelo administrador executivo da Benfica SAD). Acresce que a direcção do Benfica também não vê com bons olhos remunerações excessivas que levariam a uma discrepância de salários no plantel (onde jogadores ganham muito mais que outros).
Se por um lado isto faz algum sentido em termos de ambiente no balneário, por outro é incompreensível usar esta argumentação como único método de atrair (financeiramente) jogadores ao clube. Até porque denota alguma falta de imaginação relativamente aos mecanismos financeiros que podem ser usados para convencer bons jogadores a representarem as cores encarnadas.
De qualquer modo, é importante que se entenda que após o sucesso da International Champions Cup, o Benfica quer continuar a marcar presença entre a elite do futebol mundial por vários motivos: seja pelo encaixe financeiro, pela tão desejada internacionalização da marca, ou pela “sobrevivência” na já aguardada revolução das competições internacionais de clubes. Para que tal aconteça, não pode estar continuamente à espera que os rivais lhe entreguem craques de mão beijada (obrigado Pinto da Costa) ou cheques de €45M (obrigado Sérgio Conceição). Há que demonstrar mais ambição, e isso implica inevitavelmente abrir cordões à bolsa.
Num ano em que o clube espera receber uma receita recorde, muitos dos adeptos questionam-se como irá o Benfica aplicar esta pequena fortuna que entrou nas contas da Luz. É que até ver, estes milhões servem única e exclusivamente para uma coisa: mais quartos no Seixal. E não é à toa que este é já um dos 8 concelhos mais populosos de Portugal…"
FC Porto (ou o que resta dele)
"Derrotas com o Krasnodar e com o Gil Vicente não começaram agora: têm meses
Lembra-se de alguma grande defesa do guarda-redes do Krasnodar, leitor?
É provável que não. Eu pelo menos não me lembro. Isso não quer dizer que tenha tido uma noite tranquila, não teve, mas tudo o que foi o obrigado a fazer passou por agarrar uns cruzamentos e afastar com segurança vários remates de longe.
O FC Porto fez, aliás, vinte e cinco remates à baliza, treze dos quais enquadrados entre os postes, mas estou seguro que a esmagadora maioria foram de fora da área.
Houve, de resto, o golo de Zé Luís, um ou outro cruzamento para a área e uma enorme incapacidade de entrar em zonas de finalização.
Por isso - e porque foi incapaz de controlar a profundidade defensiva, permitindo que todas as saídas rápidas para o contra-ataque do Krasnodar pelos extremos se tornassem numa situação de perigo -, por isso, dizia, perdeu, e perdeu bem.
Soma agora duas derrotas seguidas, o que é sinal de que Sérgio Conceição está a encontrar extremas dificuldades em reconstruir uma equipa.
Estas duas derrotas, porém, não começaram agora: começaram na época passada.
Tenho agora de abrir um parêntesis para contar uma história.
Lembro-me de uma vez, há uns seis ou sete anos, ter tido a informação que Christian Atsu não ia renovar. Perguntei a uma pessoa do clube, que me respondeu que nenhum jogador recusava uma proposta de renovação do FC Porto.
Por acaso Atsu não renovou e saiu a custo zero, mas naquela altura, em 2013, aquela informação tinha algum sentido: de facto não havia muito exemplos de jogadores que recusassem renovar pelo FC Porto (Paulo Assunção era talvez a excepção).
Desde então, e depois de Atsu, uma mão cheia de atletas saíram a custo zero. O que é um sinal de como as coisas mudaram no Dragão.
Mudaram tanto que o clube foi incapaz de segurar Brahimi e Herrera, por exemplo, dois jogadores fundamentais e dois históricos dos últimos anos no clube.
Foi aí que começaram estas duas derrotas, na incapacidade de continuar a ser organizado, forte e pujante. A verdade é que muita coisa mudou, a estrutura perdeu vigor e método, o FC Porto foi-se transformando num clube igual aos outros.
Tanto assim é, aliás, que demorou uma eternidade a encontrar os substitutos de Herrera e Brahimi: Luis Díaz e Matheus Uribe chegaram já com a pré-temporada a decorrer. O próprio Marchesín foi contratado praticamente em cima da terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões.
Há uns anos isto era impensável no Dragão: ter meses para se preparar e não o fazer.
Por isso, e porque assim é difícil conseguir reconstruir com sucesso uma equipa, o FC Porto vai somando várias dores de crescimento, exibições pobres e maus resultados."
PS: A azia, misturada com memória selectiva, e ainda com uma pitada de esperança que as coisas vão melhorar, é deliciosa!!!
Por acaso também me lembro das declarações da namorada do Atsu... e até me lembro da 'fuga' do Demol... ou as aventuras do Adriano, etc... etc.. etc...
Sorrindo na tristeza...
"A final da Taça de Inglaterra de 1915 ficou conhecida como a Final do Caqui. Nem Bob Thompson, o zarolho, fugiu à tristeza
Era uma vez um príncipe. Eu diria, o príncipe mais principesco do humor. Os príncipes têm, geralmente, nomes imensos, e este não foi exceção: Antonio Griffo Focas Flavio Angelo Ducas Comneno Porfirogenito Gagliardi De Curtis di Bisanzio. Ou Antonio de Curtis, mais simplesmente. Dele disse Umberto Eco: «Como podem as pessoas entender-se umas às outras se houver uma delas que não conheça Totò?». Ora, exatamente. Eis de quem eu queria falar.
Curiosamente, dois dos príncipes do humor da história do cinema são autores de duas canções essencialmente tristes. Tristes e belas. Charlie Chaplin escreveu Smile para Tempos Modernos e, depois, Nat King Cole cantou com aquele tom xaroposo e inconfundível:
«Smile, though your heart is aching
Smile, even though it’s breaking
When there are clouds in the sky
You’ll get by...».
Totò, o tal Antonio de Curtis, com aqueles nomes todos a reboque, escreveu Malaafemmena para o filme Totò, Pepino e la Malafemmina:
«Femmena/Si’ doce comm’ o zzuccaro...
Peró ‘sta faccia d’angelo
Te serve pe’ ‘nganná!».
Não estranhem o grafismo porque a canção é, no original, em dialecto napolitano.
Tanto Totò como Chaplin são donos de alguns dos gestos que pairam mais fundo no céu azul da minha memória. Desde a famosa pesca ao presunto feita do alto da varanda que tinha um açougue por baixo, ao movimento de dedos subindo os cantos da boca como um súplica para que a miúda órfã, Paullette Goddard, tivesse a coragem de sorrir contra a tristeza. «Sorria e talvez, amanhã...».
No dia 24 de Abril de 1915, os ingleses não tinham muitos motivos para sorrir. Fora-lhes prometido que, lá pelo Natal de 1914, a guerra já teria acabado. Mal sabiam que ainda iriam ver os seus rapazes morrerem nos campos da Flandres durante mais três anos. A pouco e pouco, os espectáculos de entretenimento foram sendo proibidos ou tiveram de ser cancelados. O futebol não foi excepção. Nesse dia de Abril jogou-se a mais triste de todas as finais da Taça de Inglaterra. Ficou conhecida pela Final do Caqui. Estiveram em Old Trafford, Manchester, cerca de 50 mil pessoas, na sua grande maioria soldados. As fardas davam ao ambiente um aspecto soturno. Milhares e milhares de fardas. Carne para canhão.
«Smile, what’s the use of crying?
You’ll find that life is still worthwhile
If you’ll just smile»:
este até poderia ser o lema de vida de Bob Thompson, não se desse o caso de Smile e Tempos Modernos só terem surgido em 1936, nas vésperas de outra Grande Guerra. Em miúdo, gostava de lançar foguetes com os amigos e de correr a apanhar as canas. Foi precisamente uma cana que lhe vazou um olho e o deixou zambaio para o resto dos seus dias. Algo que não o impediu de seguir uma carreira de avançado-centro vestindo a camisola do Chelsea por mais de dez anos consecutivos. Talvez fosse uma questão de pontaria, a sua facilidade em fazer golos. Geralmente, fecha-se um dos olhos para fixar a mira. Bob não precisava desse truque.
O jogo de Old Trafford teve lugar, precisamente, no dia que seguiu à batalha de Ypres. A canalhice alemã atingira picos de uma crueldade absurda. Os ataques com gás mostarda destruíram o futuro de centenas de jovens. A Inglaterra ficou de tal forma chocada que a revista Punch publicou um cartoon arrasador para o futebol. Um senhor bem posto dá um conselho a um rapaz de calções e chuteiras: «No doubt you can make money in this field, my friend, but there’s only one field today where you can get honour». Não admira que os jogadores do Chelsea e do Sheffield United tenham entrado em campo com uma sensação incómoda de vergonha a pesar-lhes sobre os ombros.
Há um texto formidável sobre a final da Taça de Inglaterra de 1915. Chama-se: When Football Seemed Unimportant. Doloroso como um trecho de Malaafemmena.
«Femmena/Tu si’
‘a cchiù bella femmena...
Te voglio bene e t’odio:
nun te pòzzo scurdá...».
Tudo isso: futebol entre amor e ódio e impossível de esquecer.
A despeito dos esforços de Thompson, o Chelsea foi batido por 0-3. Só em 1920 é que voltaria a haver nova final. O jogo dos ingleses entrou em hibernação. A guerra tomara conta dos pensamentos dos homens e reduzira a mecânica dos seus actos. No memento da entrega das medalhas, o Earl of Derby, não poupou os jogadores a mais uma lição: «You have played with one another and against one another for the Cup; play with one another for England now».
No final da guerra, mais 670 mil soldados ingleses morreram ou desapareceram, mais de um milhão e 700 mil foram feridos. Bob Thompson continuou a jogar. Ser cego de um olho evitara a incorporação. Ia sorrindo na tristeza. É esse o segredo..."
Vítor Oliveira, o acelerador de partículas
"Aconteça o que acontecer de agora em diante, o Gil Vicente já marcou uma posição neste campeonato. Para o FC Porto, a surpreendente derrota em Barcelos poderá ser reduzida à dimensão de mero acidente de percurso caso, em Maio, consiga chegar ao título. Para os minhotos, o raciocínio será o inverso: no cenário de um final de época amargo, poderão sempre recordar com orgulho o dia em que se reencontraram com a elite do futebol nacional. Fraco consolo caso falhem o objectivo principal? Talvez, mas ainda assim um marco para uma história já longa.
Deixemos de lado a futurologia para nos centrarmos no presente e no passado recente. O que Vítor Oliveira e a sua entourage conseguiram na 1.ª jornada da Liga foi contrariar, em toda a linha, as probabilidades. Aquelas que sublinhavam o palmarés, o poderio e a qualidade do plantel do FC Porto; e aquelas que recordavam que este Gil Vicente se submeteu, mais do que a uma operação de cosmética, a um relançamento do seu projecto desportivo, reconstruído a partir das fundações por força de um “salto quântico” do terceiro até ao primeiro escalão.
Não por acaso, Vítor Oliveira referiu-se a esta empreitada, ainda durante a preparação da pré-temporada, como o desafio mais difícil da carreira. “O projecto do Gil Vicente vai começar do zero. Penso que é até inédito no futebol português, mas estamos a trabalhar muito, por forma a fazermos uma equipa que possa conseguir os objectivos, que passam por mantermo-nos na I Liga”, assumiu o técnico, que decidiu agitar um percurso brilhante na segunda divisão com (mais) uma viagem até ao topo da pirâmide.
O que está em causa neste regresso de Barcelos ao mapa do futebol de primeira linha é uma equipa técnica e um plantel totalmente renovados. Os números são esclarecedores, a este respeito: 23 reforços num conjunto de 28 jogadores. Uma equipa inteira de contratações, o que significa uma equipa inteira para instruir desde a casa de partida; mais de duas dezenas de atletas para assimilarem, pela primeira vez, as linhas mestras de um modelo que forçosamente tem de ser construído degrau a degrau.
Não há atalhos para o sucesso, mas há formas de esconder as fragilidades quando a equipa ainda gatinha rumo a novos patamares. Sagaz, como sempre, Vítor Oliveira ensaiou com rigor o momento da organização defensiva, socorrendo-se de um “patrão” que foi buscar ao mercado justamente porque já lhe conhece a metodologia e lhe permitiria ajudar a impulsionar os colegas. Rúben Fernandes, central com o qual já tinha trabalhado no Portimonense, vestiu rapidamente a pele de capitão e, diante do FC Porto, contribuiu para um controlo permanente da profundidade e para reduzir o espaço entre linhas.
Quando convidado a comentar a “loucura” que foi a construção do actual plantel, Vítor Oliveira começou por elogiar o trabalho de observação e recrutamento da estrutura gilista, assumindo que deu um contributo decisivo ao acrescentar elementos que acreditava que pudessem dar uma resposta à altura na I Liga. “Fomos juntando as peças. Isto ainda é um bocadinho desarticulado, mas estamos a trabalhar para ser o mais articulado possível no mais curto espaço de tempo”, avaliou.
Aparentemente, as parcas seis semanas de trabalho que antecederam a estreia no campeonato 2019-20 foram suficientes para construir um “onze” solidário, que teve como maior mérito de todos a capacidade de responder à adversidade (o golo do empate) num daqueles momentos delicados que costumam ser de viragem no jogo. Essa foi talvez a maior prova de maturidade que a equipa podia ter deixado no relvado de Barcelos.
Numa carreira que começou em 1978, em Famalicão, Vítor Oliveira pode vangloriar-se de já ter treinado 10 (isso mesmo, 10) das 18 equipas que competem actualmente no campeonato português. A experiência, por si só, não é sinónimo de competência, mas quando um treinador se mantém durante tantos anos a este nível, não faz sentido falar em coincidências."
Ambição nas modalidades
"Num primeiro olhar sobre as perspectivas para a nova época, começamos pelas modalidades de pavilhão das equipas masculinas em que defenderemos o título de Campeões Nacionais no Futsal e Voleibol e reforçámo-nos nas outras para atingir esse objectivo e lutarmos por ganhar todas as competições em que entramos, como é comum para quem representa o Sport Lisboa e Benfica.
Começamos pelo Andebol que tem vindo de forma gradual a recuperar e a consolidar a sua posição em termos de conquistas regulares. Desde a época 2015/16 que o Clube tem coleccionado Taças de Portugal e Supertaças. Tem faltado o principal. O Campeonato Nacional, que escapa há 11 anos, e esse é um objectivo claro, mas com a pressão igual, como se essa conquista já tivesse acontecido na época passada. O apoio dos adeptos nessa caminhada será fundamental. Nesse sentido, uma palavra especial para os mais de mil adeptos que estiveram no jogo de apresentação frente ao Belenenses. Um exemplo daquilo que se pretende para uma época que é exigente desde o início e não apenas na fase final. Todos contam!
O Futsal trabalha, tal como o Andebol, desde o dia 29 de Julho. Os Campeões Nacionais partiram para a nova época com a ambição de fazer mais, de ganhar mais, não escondendo que terão também como grande prioridade a conquista europeia. O trabalho desenvolvido na pré-época tem um primeiro objectivo muito claro, chegar bem à Supertaça, no dia 30 de Agosto, e vencer! Até lá, muitos treinos e jogos competitivos para afinar a máquina para esse duelo e dar bases para as restantes metas: Campeonato, Liga dos Campeões, Taça de Portugal e Taça da Liga.
A próxima semana fica marcada pelo arranque de mais duas modalidades. As equipas do Hóquei em Patins e do Basquetebol iniciam as temporadas com vários reforços e ambições renovadas. No Hóquei em Patins o Campeonato promete uma competição de altíssimo nível com a presença da grande maioria dos principais jogadores mundiais nas diferentes equipas portuguesas. No Basquetebol a reconquista será o mote com um reforço muito significativo da equipa nos seus vários sectores.
O Voleibol é a última equipa masculina a entrar ao serviço na época 2019/20. Aproveitar aqui para dizer que os atletas, tal como nas restantes modalidades, já começaram há muito a trabalhar a sua forma física. É um trabalho invisível, muitas vezes solitário, mas fulcral para depois enfrentarem a carga a que são submetidos nas pré-épocas. Depois do Triplete em 2018/19, a ambição é repetir esse registo e encarar o novo desafio europeu – participação na Liga dos Campeões – com grande entusiasmo.
Um breve retrato a que voltaremos de forma mais minuciosa a cada uma das modalidades em que o mote está dado. Ambição redobrada, equipas reforçadas, uma cada vez maior aposta na formação e ganhar Pelo Benfica!
(...)"
Os 5 melhores guarda-redes que vi no SL Benfica
"Desde que me conheço como adepto do SL Benfica, vários foram os nomes que vi guardar as redes encarnadas. Uns mais bem sucedidos que outros, deixando os seus nomes ligados à história do clube, em detrimento de outros que passaram praticamente despercebidos.
Desde cedo percebi que um bom guarda-redes é a base mais sólida do sector defensivo. Quando muitas vezes vemos na televisão resumos de jogos passados, seja de clássicos ou jogos internacionais, são referência os jogadores que ficam directamente ligados à história do jogo, ou seja, os marcadores dos golos. Os guarda-redes, muitas vezes, são deixados para segundo plano, sendo na maioria das vezes falados pelos piores motivos.
Por, vou dedicar o meu tempo a esta posição de enorme importância dentro do desporto de que tanto gosto, elaborando um top 5 daqueles que na minha opinião, foram os melhores guarda redes que vi jogar no SL Benfica.
1. Ederson Moraes – Para mim, foi destacadamente o melhor guarda-redes que vi jogar, não só no Benfica como em Portugal. Um jogador super completo. Frio entre os postes, bom no jogo aéreo, rapidíssimo a sair da baliza e com um soberbo jogo de pés. Questiono-me se será necessário falar do jogo contra o Dortmund ou até mesmo falar da sua estreia contra o Sporting CP. Não sinto grande necessidade de me alongar sobre a qualidade do brasileiro, pois o que ele fez e faz dentro de campo fala por si. Obrigado Ederson Moraes!
Anos de clube: 2009/2011-2015/2017
2. Jan Oblak – A primeira vez que vi o jogador esloveno jogar foi ao serviço do Rio Ave FC. Um jogo em Vila do Conde contra o Benfica em que Oblak fez uma excelente exibição. A sua equipa saía derrotada por 0-1, mas mesmo assim mereceu nota de destaque tanto pelos adeptos encarnados como pela imprensa no dia seguinte.
Pelo Benfica, recordo o jogo contra o FC Porto. Eu estava no estádio e ninguém sabia quem iria ser o guarda-redes titular naquele jogo. Oblak vinha a ser o titular fruto da lesão de Artur Moraes num jogo em Olhão, mas agora o experiente guarda-redes estava recuperado. Era a grande dúvida para aquele jogo. Quem seria o titular? O jovem guarda-redes que tão bem conta de si tinha dado ou o brasileiro? A opção caiu por Jan Oblak e o mesmo não mais largou as redes encarnadas. Em pouco mais de meia época como titular encarnado, Jan Oblak ganhou um campeonato nacional, uma Taça da Liga, uma Taça de Portugal e foi finalista vencido na Liga Europa.
No fim dessa época, Oblak foi transferido para o Atlético de Madrid por um valor a rondar os 16 milhões de euros e é hoje considerado por muitos como um dos melhores da actualidade. É por mim então considerado o segundo melhor que vi de águia ao peito.
Anos de clube: 2010-2014
3. Michel Preud’homme – Recordo-me com especial carinho do ex-internacional belga. Lembro-me de uma vez no antigo estádio da Luz, num jogo contra o Salgueiros, perguntar ao meu pai qual a nacionalidade do guarda-redes do Benfica e questionar a sua qualidade, uma vez que era a primeira vez que o via.
Foi facilmente perceptível a qualidade do mesmo. Michel Preud’homme era aquele tipo de jogador que reunia respeito, tanto dos seus próprios colegas como dos jogadores adversários. Um jogador muito ponderado em tudo que fazia dentro do campo, talvez por ser um jogador muito experiente nos grandes palcos ou por ser uma qualidade sua intrínseca. Foram cinco as épocas que vestiu de vermelho e branco até ter terminado a carreira, já com 40 anos de idade.
Quando chegou à Luz, o seu valor já lhe era reconhecido mas mesmo assim foi questionado se era o que o Benfica precisava, pois era um guarda-redes numa curva descendente da carreira. Pois bem, o belga fez questão de provar que não era verdade o que foi lançado pela imprensa, dando razão à estrutura encarnada que tinha apostado nele.
Lamentavelmente, Preud’homme não ganhou nenhum campeonato português, durante estas cinco épocas. Nunca soube o que era estar no Marquês e ver uma imensidão de adeptos encarnados. No entanto marcou uma era, não só no Benfica mas também no futebol português. É por isso que, com muita justiça, ocupa um lugar no meu pódio, ficando assim com o terceiro posto.
Anos no clube: 1994-1999
4. Robert Enke – É com bastante saudade e um profundo respeito que recordo aqui o alemão Robert Enke, falecido em Novembro de 2009. Não é pela curta vida que Enke teve, que o recordo como sendo o quarto melhor guarda-redes que vi jogar de águia ao peito. Recordo-o porque realmente foi um grande jogador e um grande profissional. Foi um jogador que não permaneceu muito tempo no Benfica, pois com a sua elevada qualidade era impossível mantê-lo em Lisboa.
Robert Enke vivenciou um SL Benfica completamente diferente do que é hoje. Naquela altura, era uma equipa com muitos problemas e altamente instável. O plantel não conseguia reunir a qualidade que tem nos dias de hoje, fruto de problemas financeiros e desportivos. Mesmo assim, Enke revelou ser um profissional exemplar e guardou as redes da equipa encarnada com uma qualidade inquestionável, fazendo com que saltasse do Estádio da Luz para Camp Nou. Embora a experiência no Barcelona não lhe tenha corrido bem, o regresso à Alemanha fez com que voltasse a adquirir minutos e estabilidade.
Foi notícia dias depois do desastre, que Enke seria o guarda-redes titular da sua selecção para o Mundial na África do Sul. Ao alemão, resta agradecer por tudo de bom que fez de águia ao peito.
Anos no clube: 1999-2002
5. Odysseas Vlachodimos – O jogador grego, nascido na Alemanha, chegou ao SL Benfica no verão de 2018 proveniente dos gregos do Panathinaikos. Para a grande maioria dos benfiquistas era um jogador praticamente desconhecido. Recordo-me que a sua apresentação decorreu no meio de vários adeptos, sem que estes, até ao momento da apresentação e já na presença do jogador, o tivessem reconhecido.
Para já conta apenas com uma época completa de águia ao peito, mas para mim é o suficiente para que o coloque num honroso quinto lugar. Um campeonato nacional e uma supertaça são uma carta de apresentação perfeita para o jogador, que em tão pouco tempo conseguiu conquistar os adeptos mais exigentes.
Muito se falou, e continua-se a falar, da possibilidade de chegar um novo jogador para a sua posição mas para mim, a baliza encarnada para a época 2019/2020 já tem dono e esse será seguramente Vlachodimos. É certo que ainda tem de evoluir em alguns aspectos, mas também não pode ser esquecido que tem apenas 25 anos.
Foi, para mim, um jogador altamente decisivo na conquista do campeonato, sendo em muitos jogos o grande responsável pela conquista dos três pontos. Acredito que até ao dia da sua partida, o SL Benfica terá em “mãos” um guarda-redes à imagem da equipa – grandioso.
Anos de clube: 2018-presente"
Cadomblé do Vata (Tuguices...)
"1. Terminou na segunda feira à noite a primeira jornada da Liga cujo regulamento diz que não há jogos à segunda feira; o Marítimo proibiu adereços do adversário na bancada central; Inácio perdeu e queixou-se da arbitragem; o Benfica está em primeiro... é melhor considerar isto a 35ª jornada da temporada 18/19.
2. Desde 61/62 que não terminávamos a primeira jornada com vantagem pontual para Sporting CP e FC Porto... se na UEFA estiverem com atenção, podem colocar já o joalheiro de serviço a gravar o nome do Glorioso na taça da Liga dos Campeões.
3. António Salvador diz que o futebol português se tornou num teatro de marionetas... resta saber se descobriu isso no almoço com Pinto da Costa, no envio de 3.500 bilhetes para adeptos portista ou no jogo de pré época à porta fechada no Centro de treinos da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia.
4. Diz o Jogo que o Sporting CP precisa vender jogadores para "não falhar nas contas"... oh que fofura dizer que um clube que acumula 100 milhões em perdão bancário, deve a fornecedores à velocidade da luz e vai acumulando pedidos de insolvência, só precisa vender um jogador para ficar com as contas em dia.
5. Adil Rami, ex. namorado da Pamela Anderson das Marés Vivas, foi despedido do Marselha porque faltou a um treino para participar na gravação de um episódio do Fort Boyard... com a fixação que o rapaz tem por programas míticos da TV dos anos 90, não se admirem se for ele o sucessor do Eládio Clímaco no anunciado regresso dos Jogos Sem Fronteiras."
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